No fundo da alma escrita por RosaDWeasley


Capítulo 20
Belarus


Notas iniciais do capítulo

OOOOi gente linda!!

Perdão pela demora... já antecipadamente peço perdão por qualquer erro ou falha, não revisei o capítulo porque to sem tempo...

Boa leitura.



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Ok, tinha amigas loucas, na verdade extrovertidas, alegres, animadas e noivas, o que é claro a faziam ser completamente loucas. Hermione estava em uma loja de alta costura bruxa no beco diagonal com Marry e Gina, enquanto a ruiva bruxa tagarelava sem parar com a prima da morena e a costureira da loja sobre as milhares de opções de vestido de noiva. Hermione revirou os olhos quando viu a incrível indecisão das noivas ao tentarem escolher as diversas opções de cores de vestido de noiva que iam de branco, champagne, off-white, marfim, nude e dusty rose, Hermione perguntava a merlim onde é que ela estava com a cabeça a ter chamado Gina para almoçarem com elas e em que momento daquele encontro provas de vestidos foram vistas como prioridade. Foi desistindo das noivas em questão que ela sentou na poltrona e mexeu nas revistas, deixando a mente vagar no nada.

— Eu não acredito que vocês começaram sem mim?! – Um moreno muito empolgado adentrou na loja arrancando gritinhos da ruiva e um revirar de olhos da morena.

— Nathan! Vem aqui, preciso de uma opção masculina nessas cores! – Gina exclamou ao observar o moreno dar um beijo na ex-cunhada e se juntar a elas nas difíceis decisões.

— Cuidado em Nathan, quem ver você assim tão animado com cores de vestidos, vai achar que você é gay – Hermione ironizou dando ênfase no cores e o moreno gargalhou

— Porque me tomas minha morena, isso tudo é ciúmes porque não quer dividir minha doce e preciosa presença com essas maravilhosas ruivas? – ele insinuou e Hermione riu do convencimento dele, mas antes que ela pudesse falar qualquer coisa Gina foi mais rápida.

 - Na verdade acredito que ela só quer te contar dos pegas que deu no meu irmão!

— Gina!

— O que? To mentindo? – Perguntou e viu a ex-cunhada lançar um olhar dela para a costureira que estava de cabeça baixa mexendo nas cores dos vestidos. Costureira essa que faria o vestido de Bethany e que devido a fama dos Weasley e de alguns integrantes daquela sala, ou seja, Gina e Hermione, ela já sabia de quem elas estavam falando, para dar privacidade a conversa, na qual seus muitos anos lidando com casamentos haviam lhe ensinado, ela se levantou.

— Com licença queridas, vou ali buscar os tipos de tecidos para ajudar na escolha de vocês – e com um sorriso simpático deixou a sala. Foi só então que Hermione percebeu que Nathan ainda estava a olhando boquiaberto.

— O que foi Nathan?

— Tá rodada hein amiga?

— Vai se foder! – ela lançou a revista nele e todos caíram na gargalhada. Ainda riam quando a porta da sala foi aberta revelando um moreno e um ruivo.

— Boa tarde garotas, Nathan – Harry comprimentou com um sorriso, dando um beijo na noiva e um beijo na testa da amiga e de Marry.

— O que você está fazendo aqui Harry, veio querer saber qual é meu vestido? – Gina questionou já de sobrancelhas levantadas, enquanto observava o embaraço de Rony e Hermione – Boa tarde pra você também viu Ron!

— Boa – o ruivo respondeu sem mal olhar pra irmã, ninguém sabia, mas ele já estava estressado pela discussão que teve com Harry antes de irem atrás delas.

— Na verdade eu vim sequestrar a Mione, precisamos tratar de uns assuntos.

— Nem vem, tô de folga hoje – ela falou enquanto voltava a abrir outra revista, só que Harry retirou a mesma da mão dela e a fez olhá-lo.

— Eu sinto muito Mi – e com uma olhada rápida para Ron apenas disse – Precisamos de você.

Foi com uma angústia dentro do peito que Gina observou os três pedirem uma sala para a costureira e se retirarem para que pudessem conversar em paz.

— Gina, o que isso significa? Outra guerra? – Marry já tinha os olhos cheio de lágrimas.

— Não, isso tem a ver com os comensais soltos, tem alguma coisa acontecendo e eles precisam que Hermione os ajude a pensar.

— É o trio de ouro junto outra vez?

— Só que dessa vez Nathan eles não são mais adolescentes, Harry e Ron são aurores, envolver Hermione em qualquer caso pode lhes custar o cargo.

— Porque Harry arriscaria o próprio cargo? – Foi Marry quem questionou.

— Porque ele não deve estar confiando em mais ninguém.

xXx

Dentro da sala selada com feitiços o clima não estava nada leve, Harry havia contado e mostrado pra Hermione absolutamente tudo das investigações da fuga dos comensais de Azkaban, até as primeiras mortes de trouxas na Rússia e Alemanha. Havia casos não resolvidos também na Síria, mas como aquele país vivia em guerra, não sabiam ao certo até que ponto os comensais estariam envolvidos. O principal componente que não se encaixava dentro dessa história era a forma como os comensais haviam fugido, sem deixar pistas, simplesmente sumido de suas celas, o que deixava claro que receberam ajuda de alguém de fora, os guardas já haviam sido investigados e em nenhum deles foi encontrado algo que os tornassem suspeitos ou cumplices da fuga.

— Harry, você está me contando tudo isso por eu ter contato com o governo da Russia e Alemanha?

O moreno balançou a cabeça negando – Não, porque algo nessa história não bate e eu queria que você me ajudasse.

— Você quer ouvir o que você já desconfia? Que existe um traidor dentro da sua equipe?

— Ah não! Você também pensa isso?! – Ron se pronunciou pela primeira vez – Nós já avaliamos a ficha de cada um e simplesmente não conseguimos encontrar nada suspeito.

— Vocês têm que mudar a linha de pensamento então, alguém está envolvido nisso e está bem debaixo do nosso nariz!

— Hermione, eu também gostaria que você participasse das investigações e ficasse a par do caso.

— Nem pensar Harry! Já envolvemos ela demais nisso! É contra a lei e nos perderemos nossos distintivos! – Rony agora estava totalmente alterado, as orelhas vermelhas denunciavam sua irritação.

— Rony, nós precisamos dela! Você sabe que sim, se há algum suspeito na equipe nós não podemos confiar em ninguém!

— É perigoso Harry!

— Eu sei me defender Ronald! – Hermione o respondeu o calando.

— Ron, se não fosse Hermione nós não teríamos sobrevivido a Voldemort, você sabe que é verdade, é como se aquela época voltasse e nós temos que nos proteger novamente.

— Harry eu vou participar disso com vocês, mas o meu conselho é que retirem qualquer pessoa que não seja vocês dois das investigações.

— Já fiz isso Mione, o que tornou um certo alvoroço no departamento, mas eu vou lidar com isso, enquanto isso, quero que fique com a cópia das investigações e tome cuidado – dizendo isso ele balançou a varinha fazendo com que os papeis duplicassem, entregou a Hermione e se despediu dela, prometendo uma reunião no dia seguinte.

Hermione passou o resto do dia com as noivas, o que ajudou ela a se distrair, visto que a aparição de Rony juntamente com a participação dela na investigação havia mexido demasiadamente com ela, Marry iria embora no dia seguinte e Hermione a fez prometer que não sairia do Brasil e nem cometeria a loucura de se casar na Grecia, visto o perigo que eles corriam, a ruiva deixou Londres com o coração apertado e um medo descomunal de que dessa vez não teriam tanta sorte.

xXx

Fazia uma semana desde que ela tinha tido aquela conversa com o noivo. Rony estava estranho e Bethany resolveu não perguntar, mas depois do almoço dele com Harry e com Hermione, ele entrou na sua sala e disse que a noite iriam conversar. Ela achou que era o fim, que finalmente ele iria atrás de quem realmente amava, só que ela não contava que Ron era bom e decente, ele não terminou com ela, contou tudo, do dia em que Hermione foi embora e ele não se despediu, do termino deles, em como ele ficou após, em como Bethany foi importante pra ele, como ela havia lhe devolvido a alegria e a esperança em um relacionamento novamente. Só que ele também contou o que tinha acontecido depois da volta, do beijo no Brasil e no elevador e em como ele se sentia mal e entendia se ela quisesse terminar tudo. Devido a isso, Bethany pediu um tempo, pra ela poder pensar e se alinhar, sozinha na sua casa ela chorou, urrou e arremessou vasos na parede, se permitiu odiá-lo, odiar a Granger e odiar a si mesma por ter insistido tanto naquele fracasso de relacionamento. Mas não conseguia terminar com ele, tudo que ela havia feito em uma semana foi tentar se preparar pra falar “acabou”, mas não conseguia, algo a segurava.

Distraída em seus pensamentos ela mal ouviu quando o mais novo contratado do departamento de aurores havia entrado em sua sala com um relatório em mãos para lhe entregar, quando ele lhe estendeu o rolo de pergaminho ela se sobressaltou e o pegou abrindo, um relatório do próprio Harry Potter e um bilhete de Ron.

“Almoça comigo hoje?

Vamos sair em missão a noite, quero te ver.”

Bethany se sentiu estranha e nada tinha a ver com o bilhete, erguendo a cabeça viu Peter, o novo contratado a olhava fixamente.

— Eu sei oclumência Wager, não adianta tentar ler minha mente – ela o olhava séria e ele se sobressaltou pedindo desculpas e deixando a sala e enquanto se adiantava a responder a Ron e redigir o texto conforme Harry havia pedido, só conseguiu pensar “menino estranho”.

XxX

Eles estavam prontos, Harry havia dado a Bethany informações falsas sobre a investigação para publicar, sendo que todos, até mesmo a família pensava que Harry e Ron haviam saído para américa atrás de informações, Hermione pediu afastamento ao ministro alegando problemas familiares e passou todas as pendencias do departamento para Nathan, que assim como Gina, não engoliu nada, nada essa história, contudo nada disseram.

Hermione havia passado aquela semana estudando com eles e sozinha todas as pistas casos e suspeita que tinham, não havia chegado ao possível traidor, mas ela havia descoberto o possível paradeiro dos comensais. Na primeira guerra bruxa, que durou muito mais tempo que a segunda, eles haviam se escondido em um pequeno país chamado Belarus, entre as muitas florestas daquele pais havia um castelo, em ruina para os trouxas e em perfeita ordem para bruxos. Esse pais ficava entre a Alemanha e Rússia, o que fazia com que eles resolvessem fazer uma visitinha surpresa. Totalmente arriscado, Harry havia combinado com alguns aurores que ele ousou confiar que avisaria o seu paradeiro caso as coisas complicassem.

Num beco de Londres eles estavam aguardando os minutos da chave de portal, não tinha malas, tudo estava na bolsinha de Hermione o que os lembrava a guerra e por um momento os três, cada um no silencio da sua mente, se sentiram novamente com 17 anos e de cara com a morte. A chave os levaria direto para Belarus, assim que tocaram foram levados para a capital fria Minsk, se alojaram em um albergue trouxa cheirando a mofo e cigarro que Hermione odiou, alugaram dois quartos, mas dormiriam no mesmo por precaução, esperariam o dia amanhecer para aprofundarem as investigações, a noite era melhor descansar e não arriscar.

Quando o dia amanheceu eles se disfarçaram de turistas, Hermione alisou os cabelos com magia e os escureceu, fez a barba de Ron e Harry crescerem, assim como os cabelos, colocou um óculos escuros em cada um e abriu o mapa que havia conseguido da localização do castelo.

— Ok, temos que aparatar, o castelo fica mais para o interior do país, perto desse vilarejo aqui – ela apontou com o dedo – não, melhor ativarmos outra chave de portal.

— Estejam alerta a cada movimento e lembrem-se de sorrir para todos, somos turistas felizes por estarmos aqui – Harry disse enquanto eles andavam pela rua até uma mata que avistaram ali.

Ao entrarem na mata ativaram a chave que os levou para um povoado que era divido claramente por trouxas e bruxos que viviam livremente entre si, não que os trouxas soubessem da existência de bruxos de verdade ali, mas a quantidade de pessoas com vestimentas estranhas e falando coisas em russo como “trestrálios” “mandrágonas” que Hermione conseguiu identificar no mínimo que entendia de russo, no meio da rua, os deixava em alerta. Eles se encaminharam para uma pousada, um pouco mais limpa e sem cheiros o que agradou a Hermione, fazendo o mesmo procedimento de alugar dois quartos eles se alimentaram e foram para a rua.

Mal começaram a caminhada no vilarejo e se sobressaltaram, na frente deles Dolohov passava conversando com um homem desconhecido e entravam em uma estalagem.

— Você estava certa Hermione – Harry disse enquanto os puxava para um trailer de cachorro quente, enquanto davam as costas para o lugar onde o homem havia entrado – eles estão aqui.

— Mas pelo jeito não são somente os três – Ron disse temeroso.

— Vamos nos encaminhar para o castelo, mesmo que não tenha alguns lá o local não deve estar completamente sozinho.

Concordando os três caminharam por todo o vilarejo até se embrenharem floresta a dentro. Duas horas de caminhada depois eles encontraram o castelo.

— Puta merda! – Ron não foi capaz de segurar o choque.

O castelo se erguia bem no meio da floresta, com apenas um muro o cercando, era como se a floresta o escondesse.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM POVO!

A fic está na reta final, vem forte emoções por aí!!



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