O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante
Notas iniciais do capítulo
Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos:
As Erínias, deusas filhas de Hades, atravessaram o Yomotsu em busca de invadir o Santuário, porém não esperavam se deparar com cavaleiros naquele local. Sage, Hakurei e Gateguard tentaram alertar a todos, mas já era tarde demais, o Santuário havia sido profanado pelas forças de Hades.
Os cavaleiros de Prata simplesmente pareceram parar. Seus corpos começaram a levitar no ar, com semblantes catatônicos, se contorcendo como se a dor que os acometesse não pudesse ser suportada por nenhum humano.
— Não ultrapassem! - alertou Sage estendendo os braços para impedir o avanço de Hakurei e Gateguard. - Aqui fica o limite do poder dela.
Que percepção incrível ele tem… é um poder sensorial absurdo.
— Os cavaleiros de prata…
— Hakurei se acalme! - Sage se interpôs frente ao irmão.
— Temos de salvá-los!
— Nossa missão é neutralizar a divindade… - disse friamente Gateguard.
— Eles são nossos companheiros! Não podemos deixar que percam suas vidas dessa forma!
— Não teriam caído no poder da deusa se tivessem mais poder.
Hakurei se virou para o Dourado de Áries com um olhar carregado de fúria.
— Se Sage não tivesse nos parado nós também estaríamos ali agora. - vociferou apontando para a direção dos prateados.
— Vocês dois estão perdendo o foco! - Sage interveio - Aquela é Tisífone, uma deusa filha de Hades!
O punho de Hakurei se fechou ao lado do corpo de forma tão apertada que era possível ver os nós dos desdos esbranquiçarem. Gateguard em contrapartida apenas deu de ombros.
— Precisamos de um plano para agir.
—Eu vou acabar com essa maldita! Sinta as chamas espirituais do Seikishiki!
Hakurei lanço uma rajada de fogo fátuo na direção da deusa, a chama foi se espalhando, porém, ao alcançar a deidade apenas resvalou como se houvesse ali uma parede invisível.
— Minhas chamas espirituais…
— Sage, Hakurei… montem logo um plano eu vou a segurar…
— Gateguard! - Sage tentou impedir mais não teve tempo, Gateguard atravessou o limite do poder de Tisífone.
Seu cosmo formava uma aura dourada intensa e grandiosa em torno de seu corpo.
— Você ousa mesmo se chamar de deusa? Armando uma armadilha tão vil ao invés de encarar seus inimigos?
— Mortal idiota, mais atenção a quem se dirige.
— Não seja tola deusa!
— Eu vou mostrar a você o verdadeiro poder da minha Zona de Castigo.
A movimentação dela foi rápida mesmo para os olhos aguçados de Gateguard.
— PUNISHIMENT PRISON (PRISÃO DO CASTIGO)!
Uma esfera de energia atingiu o corpo de Gateguard lançando sobre seu sistema nervoso uma onda de choque poderosa para paralisá-lo. Em seguida ela se expandiu formando uma estrutura esférica que abrigava o corpo do cavaleiro dentro. Ela oscilava a luminosidade piscando periodicamente, deixando amostra o corpo do ariano, que parecia se contorcer de dor.
— Droga! Gateguard.
— Hakurei fique frio, eu tenho um plano, mas preciso que você esteja imensamente concentrado.
O irmão mais velho confirmou ao mais novo com a cabeça.
Sage abriu uma fenda interdimensional, atravessando junto do irmão.
Yomotsu Hirasaka
— O que estamos fazendo no Yomotsu? Esse era seu plano? Fugir como covarde…
— Não seja idiota! Vamos abrir fenda dessa dimensão para o Mundo dos Vivos, e puxaremos os Santos de Prata para cá, libertando-os.
— Sage…
— Está pronto? - novamente Hakurei confirmou com a cabeça.
Postos de costas um para o outro os gêmeos esticaram seus braços com o dedo indicador em riste e forçaram sua cosmo-energia contra o tecido espacial, mas nada aconteceu.
— O que está havendo?
— Será que perdemos nossos poderes?
— Não… isso não faz sentido… Tente outra vez!
Entrada das 12 casas - Santuário
Gateguard ainda estava preso na técnica de Tísifone.
"Novamente ele estava sozinho. Era escuro. O barulho ensurdecedor, mas não o suficiente para sobrepor o som dos gritos, dos ossos se quebrando, da carne sendo dilacerada. O cheiro da fumaça se misturava com fuligem e o odor metálico fétido do sangue que jorrava dos corpos.
— Todas as pessoas desse vilarejo eram boas… - ele dizia com a voz embargada em lágrimas.
Ele colocou as mãos na cabeça, tapando os ouvidos para abafar mais uma explosão e os gritos que a acompanharam.
— Elas oram todos os dias a deus, por uma vida tranquila e pacata, com o suficiente para quem possam sobreviver nesse mundo sem guerras.
Gritos e choro preenchiam a atmosfera enquanto o odor sanguinário, parecia formar uma densidade palpável em torno dele.
— No entanto elas estão morrendo… morrendo de forma dolorosa. Porque permitiu isso?!
Ele sentiu a flecha atravessar seu ombro. A dor queimava e lancinava da ferida por todo o seu corpo."
— O espaço não se abre. Porque?
— Eu não consigo entender…
— Não somos fortes suficiente. Não temos poder suficiente! - Sage caiu de joelhos socando o chão rochoso com a lateral dos punhos enquanto lágrimas vertiam de seus olhos.
— Maldição! Eu não vou admitir que eles morram, que Gateguard se sacrifique por nossa inutilidade!
O cosmo de Hakurei começou a arder, crescer queimar com imensa voracidade.
Sage deu mais um soco no chão se apoiou num dos joelhos e se ergueu. Seguindo o irmão ele fez seu cosmo explodir com grandiosidade.
O grito que emitiam de suas gargantas fazia estremecer todo o entorno.
— Nós somos Santos de Athena!
No céu duas constelações brilharam fortemente.
Salão do Grande Mestre - Santuário
— Eles… - Itia sentiu o poder dos garotos crescer e se transformar.
Um pilar dourado emergiu das doze casas atravessando uma fenda no céu. Junto dele um brilho de prata rasgou as nuvens.
A fenda se abriu sobre a cabeça de Sage e Hakurei e lá estavam, ambas ressonando ao cosmo ardente e fervoroso dos garotos.
— Câncer…
— Altar…
As armaduras flutuavam diante deles.
— Venha Câncer!
— Altar, me conceda o seu poder!
As armaduras se dividiram, e peça a peça emolduraram o corpo dos cavaleiros.
SAGE - CAVALEIRO DE OURO DE CÂNCER
HAKUREI - CAVALEIRO DE PRATA DE ALTAR
Eles fizeram o mesmo processo de antes na tentativa de abrir fendas para o Mundo dos Vivos.
Dessa vez, no entanto, os rasgos interdimensionais se abriram. Do outro lado os corpos aprisionados dos prateados. Sem muito esforço eles puxaram um a um, abrindo e fechando as fendas a poucos centímetros deles, trazendo cada um deles para o lado do Yomostus da fenda.
— Vamos deixar eles descansarem aqui, precisamos voltar e salvar Gateguard. - disse Sage.
O problema é que a deusa já os aguardava e os imobilizou com seu poder.
— Vocês são meus!
— PHANTOM ARROW (FLECHA FANTASMA)!
— ORION DEVASTATION (DEVASTAÇÃO DE ORIÓN)!
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No próximo capítulo:
Capítulo XLIII: Sacrifício de Alma