O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 2
Capítulo II: Até o Santuário


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente...
O Mestre de Jamir comunicou a Sage e Hakurei, os discípulos de Reparação das Armaduras que o Santuário os havia convocado para serem aspirantes a cavaleiros. A surpresa dos gêmeos foi grande, mas Sage prometeu a Hakurei que estariam sempre juntos não importasse o que ocorresse, assim ambos decidiram aceitar a mudança do destino.



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Santuário de Athena, Grécia
— Grande Mestre…

Itia parou o que estava escrevendo para dar atenção ao cavaleiro que entrou na sala, se ajoelhando em respeito.

— Pode se levantar Olivier.

— Mestre Itia, os garotos de Jamir, já estão a caminho.

— Isso é bom, tão logo eles cheguem a Grécia eu pediria que os recebesse.

— Sim senhor!

— Precisa de algum apoio?

— Não senhor, ainda que as estrelas malignas estejam pouco a pouco despertando, eu, Oliver de Órion, sou suficiente para com as manifestações dos exércitos das trevas.

— Confio em você Olivier.

Jamir, Tibete

Os jovens gêmeos saíram de casa, mas antes de saírem do vilarejo decidiram se despedir do líder da vila.

— Mestre, partimos hoje para o santuário de Athena. - disse Sage.

— Fico feliz… - ele sorveu um gole de uma bebida quente, servida numa caneca simples - acredito que o destino de vocês era esse desde o dia que nasceram. Escutem - ele se levantou -, está prestes a anoitecer, os envoltos do vilarejo podem ser bastante perigosos.

— Não se preocupe, Mestre, nós damos conta! - afirmou Hakurei com um sorriso lado no rosto.

— As Estrelas Malignas de Hades começaram a se manifestar com mais força nos últimos anos. O que significa que a Guerra Santa está prestes a começar.

— Mestre, pelo que li nos meus estudos teológicos Athena desperta sempre aos pés de sua estátua no Santuário como indício de que a Guerra Santa está prestes a começar.

— Sim, você tem razão Sage. - ele bebeu mais um gole da bebida fumegante - Acontece que nem sempre Athena reencarna junto com a manifestação das Estrelas Malignas. As Estrelas Malignas se manifestam mais fortemente conforme a presença da alma de Hades se aproxima da Terra. O Santuário já está em alerta total.

— Athena está atrasada…

— Não fale assim Hakurei! - reprimiu Sage.

— De certa forma Hakurei tem razão, mas Athena é sábia ela virá.

Ele caminhou em direção ao painel de Athena. Ele emanou seu cosmo e um compartimento se abriu. Ele pegou algo de dentro e se voltou aos gêmeos.

— Hakurei, aqui está… - ele entregou ao garoto ferramentas.

— Isso é…

— Sim, são as Ferramentas de Cinzel.

— As Ferramentas da Sagrada Armadura de Bronze de Cinzel.

— Ainda que elas trabalhem melhor com a armadura de Escultor, acredito que um reparador com a habilidade que vocês dois possuem seja capaz de usá-las sem problemas.

— Sim, Mestre!

Os jovens já partiam da sala quando o Mestre os chamou de volta.

— Hakurei, Sage… o futuro de vocês brilha como as constelações no céu. Mas não se esqueçam que o verdadeiro futuro está em deixar um legado.

Os jovens partiram com mochilas nas costas.

O céu havia escurecido e eles pararam para levantar acampamento.

— Nossa nunca imaginei que o treino físico fosse ser tão útil numa viagem.

— Alcançar uma velocidade sobre humana pode ser útil…

Sage se recostou numa árvore próxima da fogueira. Hakurei, por sua vez, terminou de comer o último pedaço de peixe assado.

— Se movendo nessa velocidade quanto tempo temos até o santuário?

— Uma semana, talvez um pouco mais. Você parece mais empolgado agora, Hakurei.

— Eu não queria sair de Jamir, pensava que estava destinado a ser um reparador de armaduras. Mas agora… agora é diferente. O próprio Grande Mestre nos convocou!

O brilho nos olhos de Hakurei era claro como a fogueira.

— Amanhã vamos seguir viagem cedo é melhor descansarmos. - sugeriu Sage.

De algum lugar do meio da escuridão da floresta a fogueira que fora acesa pelos dois foi observada se extinguido.

Vencendo a floresta Sage e Hakurei chegaram em um descampado grande onde ficava também um lago, as águas apesar de escuras eram bem limpas e tinha peixes em abundância.

Hakurei olhou para cima fazendo sombra com a mão sobre os olhos.

— Acredito que seja quase hora do almoço.

— Vamos parar para comer?

— Podemos pescar no lago ou caçar na floresta…

— Sim…

Eles caçaram e comeram carne de lebre assada.

—  Sabe irmãozinho eu acredito que devemos nos exercitar…- disse Hakurei com um sorriso nos olhos.

Ele avançou numa velocidade impressionante contra Sage que barrou seu punho direto com as palmas das mãos em frente ao rosto. Ele segurou o punho puxando o irmão mais velho para si e o acertou com um soco baixo na altura do estômago.

— Você está mesmo enferrujado Hakurei.

— Acha mesmo?

Hakurei se moveu tão rapidamente que Sage não conseguiu acompanhar. O soco veio do lado esquerdo de um ponto quase cego para resposta, acertando em cheio o rosto do gêmeo mais novo.

Apesar do abalo Sage aparou a queda com as mãos espalmadas no chão, ele fez um giro e acertou dois chutes que foram defendidos por Hakurei com seus antebraços cruzados frente ao rosto. Ele saltou para trás com mortais precisos parando de pé há alguns metros do irmão.

Ambos frente a frente como um espelho, a respiração rápida, a adrenalina correndo pelo corpo, em posição de guarda.

A tarde avançou e o treino havia sido cansativo, eles decidiram. Usaram o lago para se banhar, primeiro Sage enquanto Hakurei colhia lenha e caçava mais uma lebre para o jantar, depois o mesmo retornou para banhar-se enquanto o primeiro ascendia a fogueira.

Quando a noite caiu e o céu escureceu somente a luz da fogueira sustentava a claridade. Nesse momento os outros sentidos além da visão se aguçam; foi quando Hakurei ouviu um som vindo do meio da floresta densa. Eles se virou para o irmão fazendo um sinal de silêncio. Usando sua cosmo-energia Hakurei fez a fogueira se extinguir como se fosse algo natural…

— Sinto uma intensa cosmo-energia se aproximando… - sussurrou Hakurei.

A silhueta se formou na clareira envolta em uma aura de cosmo obscuro.

— Que tipo de pessoas deixam jovens à mercê na floresta no meio da noite?

A voz era carregada de terror e o cosmo dele era intenso, quase violento. Trajava uma armadura negra e brilhante. Suas asas, na penumbra da noite sem lua pareciam formar um coração em suas costas. Seu rosto permanecia oculto nas sombras.

— Vou mata-los rápido, já me diverti muito no caminho para cá…

Quando ele ergueu sua cosmo-energia para atacar os gêmeos avançaram juntos com um soco impulsionado do solo direto na direção do algoz.

Porém o inimigo apenas ruflou as asas de sua proteção criando um poderoso vento carregado de seu cosmo. O que arremessou os garotos para vários metros distantes.

— Esse… poder…

— Ele só pode ser um…

— Espectro de Hades. Então sabem o que eu sou? Mas não sabem quem eu sou.

— Diga, então, quem é você maldito! - esbravejou Hakurei.

— Meu nome é Valentine. Valentine de Harpia, a Estrela Celeste do Clamor.

— Um espectro, mesmo…

— De uma Estrela Celeste ainda por cima…

— Vocês… estranhamente, vocês têm esses olhos, carregados, quentes… olhos de cavaleiros, mas não vejo nenhuma armadura, por acaso são aspirantes viajando ao Santuário de Athena?

— Isso não é da sua conta, Espectro! - Sage exclamou raivoso.

— Bom… então vou apenas mata-los assim não poderão ser eleitos pelas constelações… - ele gargalhou alto - Sintam o meu poder, Greed the Live (Devorador de Vida)!

— Kahn!

Aquilo é…

— O cosmo de um Santo de Ouro! - exclamaram os gêmeos em uníssono.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo: Capítulo III: Quando a Constelação se Manifesta



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