Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 24
Eu te Amo.




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Derek permaneceu o tempo com Penelope no jato. Ela ainda estava inconsciente, porém já estava um pouco melhor.

Jack, Rossi, Hotchner e Matt observavam o casal de seus acentos. Eles estavam convencidos que era uma armação para Penelope. O problema é que eles não faziam idéia de o porquê.

Duas horas de viagem passaram como cinco minutos para Derek. Quando ela foi levada para o hospital onde ela estava antes, Derek se certificou de ter sempre com ele outro agente.

O pior era ver Penelope daquele jeito, totalmente vulnerável. Uma das coisas que Derek nunca mais queria ver.

Trinta minutos antes de eles finalmente chegarem os olhos de Penelope começaram a se abrir outra vez. Derek não podia deixar de sorrir.

— Acorde para mim, princesa. – Ele pediu.

— Derek. – A voz estava acima de um sussurro, porém existia. – Você me salvou.

— Sempre Baby Girl. – Derek a abraçou. – Eu sempre vou te salvar.

— Eu não quero voltar para lá Derek. – Ela conseguiu dizer ainda meio adormecida.

— Você não precisa voltar para lá. – Derek precisava dar a notícia. – Mas você precisa ficar detida até conseguirmos provar sua inocência.

— Eu não matei ninguém. – Ela estava nervosa. – Eu não quero ir para a cadeia.

— Eu prometo estar sempre com você. – Derek pegou a mão dela. – Todos vamos estar.

— Eu preciso dizer uma coisa, Derek. – Ela estava séria agora. – Eu perdi um bebê.

Derek se assustou. Do que ela estava falando?

— Foi a quatro meses, Derek. – Ela começou. – Era uma gravidez no início e eu perdi. – As lágrimas a atingiram. – Eu fiquei com medo de contar. Não sabia como você reagiria a isso.

— Eu nunca iria menosprezar você, Deusa. – Ele estava triste por isso. – Abortos espontâneos acontecem.

— Mas eu nem te contei. – Ela ficou triste também.

— Me contou agora. – Ele a beijou. – Você vai se recuperar e depois ser transferida para uma cadeia federal. Nós vamos provar a verdade. Eu prometo.

— Ok. – Ela fechou os olhos e dormiu o resto da viagem.

Uma semana depois...

Penelope recebeu alta do hospital depois de uma semana internada. Derek contatou uma amiga advogada, Tara Lewis para defender Penelope durante todos os tramites.

Quando ela chegou a cadeia, ela ficou com medo. Algumas das mulheres que ela ajudou a prender estavam aqui.

— Muito bem, moças. – O guarda começou. – Quando eu chamar seus nomes vocês podem pegar seus kits e ir para suas novas casas. Façam direto e vocês garantem estar fora da solitária.

Ele abriu a lista. Olhando para cada uma das presas a sua frente ele olhou para Penelope assustada.

— Penelope Morgan. – Ele chamou, usando o sobrenome de casada dela.

Ela deu um passo à frente. De agente do FBI a prisioneira em apenas uma semana, ela não sabia o que a esperava lá dentro.

Sede da BAU...

O clima era de enterro. A única pessoa que eles imaginaram nunca estar em uma prisão agora estava em um. Derek deixou Esther com sua mãe e irmãs. Ele queria que a menina ficasse bem e não passasse por tudo isso.

Spencer precisava de alguma distração daquilo tudo. Ele jogava xadrez no parque e lia o maior número de livros que podia para se informar e conseguir uma pista. Nada parecia funcionar.

JJ cuidava de seus filhos. Ela e Will haviam chegado em uma espécie de acordo para trazer a família junta outra vez. Eles saíam aos fins de semana e iam a igreja.

Rossi ficava horas e horas estudando sentenças criminais atrás de uma única brecha para o caso, frustrado, ele jogou um quadro de autógrafos no lixo com um grito de desespero.

Hotch viajou para ver Andrew, seu filho com Prentiss em Londres. Ela estava cogitando voltar para o BAU. Tentando reparar a ausência de Hotch para Andrew.

Ao fim da segunda semana na cadeia Penelope se sentiu completamente esgotada. Era um lugar horrível. Ela encontrou uma das mulheres que a BAU prendeu dois anos antes e as coisas não pareciam ficar mais fáceis. Ela tinha medo da própria sombra.

Na terceira semana, ela teve visitas diárias autorizada. Depois de um pedido pessoal de Hotchner ao diretor da prisão.

Derek estava nervoso. Faziam três semanas desde que ela estava lá e o mesmo tempo que ele não a viu. Ele trouxe algumas flores e uma carta coletiva dos colegas dele. Cada parágrafo foi escrito por um dos agentes.

Quando ele a viu chegando de macacão laranja e um olho roxo, ele teve que se controlar para não desabar na frente dela.

— Derek. – Sua voz estava assustada. – Obrigada por vir.

— Eu quis ser o primeiro. – Derek encostou na mão dela. – Eu queria te beijar agora.

— Eu sei. – Penelope fechou os olhos imaginando. – Eu sinto falta de você.

— Não tanto quanto eu sinto de você. – De novo, Derek segurou as lágrimas.

Alcançando a carta e as flores ele fez uma cara triste.

— O pessoal escreveu isso para você. – Derek colocou a carta na frente dela. – Eles sentem sua falta, Baby Girl.

— Eu sei. – Penelope olhou para os dois lados.

— Está tudo bem? – Ele circulou o próprio olho em demonstração.

— Quanto menos souber Derek melhor. – Ela suspirou. – Eu vou estar bem, sabendo que você está.

— Sua audiência foi marcada para amanhã. – Ele falou, relutante. – Sua audiência de custódia.

— E se eu não sair daqui? – Penelope olhou para ele. – Eu não posso ficar aqui o tempo todo.

— Vamos tirar você daqui. – Derek prometeu. – Eu te amo. Sempre.

— Derek? – Penelope o chamou antes dele sair. – Diga a Emily que eu nunca fiquei chateada de verdade com ela.

— Eu digo. – Derek sorriu.

Saindo da penitenciária ele se sentou no carro, chorando tudo o que conseguia lembrar, inclusive aquele terrível mal-entendido dois anos atrás.

Ela voltou para a cela dela, rezando para que a maluca não estivesse esperando ela para a hora de ataque diária.

Hotch estava no escritório, revendo todo o processo contra Garcia, cobrando todos os favores para encontrar alguma pista do Mr. Scratch.

Derek precisava de um ombro amigo para desabafar. Não era justo ele estar sem a mãe de sua filha por tanto tempo.

Quando amanheceu no dia seguinte, todo muno congelou. Era hora de saber se ela poderia sair sob custódia. Dra. Lewis, a advogada estava confiante. Ela poderia assumir a culpa e ganhar cinco anos na cadeia ou poderia se declarar inocente e esperar cinco meses para um julgamento justo.

Eles entraram no tribunal e se surpreenderam por verem Emily e Andrew por lá.

— O que faz aqui? – Hotch se aproximou e beijou Emily para a surpresa de todos. – Pensei que só viesse na semana que vem.

— Adiantei a viagem. – Ela respondeu. – Eu quero saber porque não me contaram sobre a prisão de Penelope até semana passada.

— Não sabia se ela estava bem em você sabendo. – Derek confessou. – Porém sabemos que aquilo foi duro para todo mundo.

— Acredite Derek. – Emily abraçou Derek. – Eu queria poder voltar no tempo.

Spencer não conseguia olhar para Emily.

— Spencer. – Emily tentou se aproximar. – Eu teria dito a verdade se eu pudesse.

— Você deveria contar. – Ele estava ferido. – Eu quase me larguei no remédio de novo.

— Prometo que eu vou explicar tudo agora que a missão Red Sparrow acabou. – Ela disse. – Vou explicar tudo isso depois de hoje.

— Vamos? – Tara os chamou. – Estão prontos para começar.

Todos tomaram seus lugares na audiência. Penelope entrou visivelmente abalada e mais magra. Ela tinha um tipo de hematoma no pescoço e Derek parecia surtar.  

— Caso número 32. Estados Unidos contra Penelope Morgan. – O promotor chamou. – Caso do assassinato de Nadie Ramos em Matamorros.

— A ré quer fazer sua declaração agora Dra. Lewis? – A juíza, visivelmente cansada perguntou.

— Sim senhora. – Tara falou.

— E como se declara, senhorita Morgan? – A juíza perguntou.

— Inocente senhora. – Ela respondeu.

Para desespero de Derek e da equipe.

— É analista técnica do FBI, correto? – A juíza continuou.

— Sim senhora. – Penelope respondeu.

— Eu acho que a senhorita Garcia deveria ficar presa. – O promotor se manifestou. – Além de analista técnica é um hacker presa pelo FBI. Ela tem meios e oportunidades para fugir e falsificar dados e ser irrastreavel.

— Minha cliente foi sequestrada e drogada pelo criminoso chamado Peter Lewis. – Tara apresentou os documentos. – Ela esteve em um motel presa até ter sua chance de fugir.

— Ela tem contatos meritíssima. – O promotor rebateu. – Ela precisa ficar presa.

— Minha cliente é uma agente querida pelos colegas aqui presente. – Tara sinalizou para o grupo. – Eles podem testemunhar a favor dela.

— Já chega Dra. Lewis. São quase 18 horas e eu estou cansada. – Ela deu um bocejo. – Não estou a fim de ouvir testemunhos de credibilidade agora. Fiança negada. – Ela bateu o martelo. – A ré ficará em custódia até a audiência.

— Derek!! – Penelope gritou quando estava sendo outra vez algemada. – Eu te amo Derek. Cuida de Esther por favor. Emily.

Prentiss olhou para Penelope com um olhar de desespero.

— Eu vou te tirar daí Penelope. – Emily gritou.  

Derek se sentiu derrotado. Não era o resultado que ele tinha prometido para Esther.


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Notas finais do capítulo

no próximo capítulo? a razão pelo qual Emily saiu da BAU e tudo sobre a operação Red Sparrow.



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