Hit And Run escrita por Any Sciuto


Capítulo 10
Desejos nunca ditos.




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— Senta nessa porra, Kevin. – Hotch estava muito sem paciência com o homem a sua frente.

— Vou denunciar você, agente Hotchner. – Kevin enfrentou Aaron com uma cara dura. – Eu sei os seus podres.

— Pela última vez Kevin. – Hotch queria bater em Kevin. – Eu vou pedir para calar a boca e escutar.

— E eu faria isso, Senhor Lynch. – Rossi entrou com o arquivo de Kevin. – Porque descobrimos muitos dos seus podres.

— Não tenho nada a esconder. – Kevin provocou. – Eu a amo mais do que tudo nessa vida. E eu sei que onde quer que ela esteja ela deve estar melhor.

Kevin tinha um sorriso no rosto.

— Eu gostaria de ir ao túmulo dela rezar. – Kevin pediu. – Rezar pela alma da minha doce Penelope.

— Ela não está lá. –Hotch revelou com um sorriso.

— Isso tudo foi armado para você, Senhor Lynch. – Rossi também tinha um sorriso.

— O que quer que eu diga? – Kevin olhou para os lados da sala.

— Eu sugiro que não responda mais nenhuma pergunta sem minha presença. – Um homem entrou na sala. – Claus Clack. Advogado do Senhor Lynch.

— Bem na hora. – Kevin começou a se levantar, mas Hotch o jogou de volta a cadeira. – Eu gostaria de sair, por favor?

— Você tentou matar uma agente federal e quer sair pela porta? – Hotch olhou furioso para o advogado. – Se importa em dizer o que uma pessoa que faz isso ganha doutor?

Ele não disse nada.                   

— Muito bem, Senhor Lynch. – Hotch abriu o arquivo. – Você não tem direito a nada. Nem advogado, nem defesa. Pelas regras federais quando você ataca um agente você está sujeito a morte por injeções letais.

— Eu posso dizer uma coisa Agente Hotchner. – Kevin tinha um sorriso nos lábios. – Ela me olhou nos olhos como a puta que ela é. Praticamente trepou com o agente Morgan na sala dela uma semana antes.

— Tirem esse cara daqui. – David falou quase se lançando a Kevin. – Se eu te ouvir falando de Penelope assim de novo, não vão sobrar dentes na sua boca.

— Levem ele parra a cela na detenção. – Hotch ordenou. – É bom orientar seu cliente para que ele confesse, doutor. O júri pode ver isso com bons olhos. Ele pode cumprir pena mínima em vez de uma cadeira elétrica.

— Você gostaria de saber como eu cuidei dela nas semanas que ela ficou comigo? – Kevin começou. – Quando eu a coloquei a primeira vez na cadeira e eu a droguei a última coisa que ela queria era você agente Hotchner.  Ela pediu para você salvar ela de mim.

Hotch se segurou para não agredir Kevin.

— Então eu falei no ouvido dela que eu fatiar você e sua equipe se ela não calasse a boca e me obedecesse. – Kevin continuou. – E sobre você agente David Rossi. Ela se referia com um carinho de pai. Ela implorou para eu deixa-lo em paz.

— Eu mandei levar ele daqui. – Hotch falou com mais força.

— Não queria que eu falasse, Agente Hotchner? Está gravando isso? – Ele olhou para a câmera no alto. – Eu ainda vou te ver Penny. Eu vou estar cada vez mais perto de obter uma vingança contra você e seu Derek Morgan.

Kevin foi arrastado da sala a força. Ele estava fora de seu eu normal. Era fingimento? Sinceramente Hotch não sabia. Mas ele não queria esperar. Ele mandaria Kevin para qualquer lugar que o mantivessem longe do casal querido.

Derek precisou dar uma saída. Ele estava bem feliz com a próxima aquisição. Embora não quisesse pressionar uma mudança talvez ele pudesse ajudar ela a aceitar.

Eles iriam para a fisioterapia juntos e para o BAU. Ela não queria compaixão de ninguém. Sabia que se ela fosse voltar ela não conseguiria chegar a sala de reuniões, mas poderia ficar no Bullpen e talvez improvisar um novo local.

Derek entrou em uma loja especializada em artigos para pessoas com necessidades. Ele logo viu seu objeto de desejo. Uma cadeira de rodas motorizada cor de rosa.

— Eu quero aquela. – Derek apontou para a cadeira. – Minha Baby Girl vai adorar esse brinquedinho.

— Ela é adolescente? – A moça da loja perguntou. – Deve ter orgulho da sua filha.

Derek riu.

— É minha esposa. – Derek confessou. – Ela é minha Baby girl e eu seu chocolate adônis. E é uma história complicada demais.

— Você parece amar ela demais. – A moça falou enquanto fazia a aprovação do pagamento.

— Depois de nove meses em coma eu acho que posso dizer que somos praticamente casados. – Derek falou. – Eu a visitei todos os dias que consegui entre o trabalho.

— No que você trabalha? – A moça nem se atreveu em flertar com Derek. Ela viu o amor que ele tinha pela futura dona da cadeira.

—Eu e ela somos agentes federais. – Derek falou. – Ela é analista técnica e eu sou agente de campo.

— Você é o namorado da senhorita Penelope Garcia? – Ela perguntou de repente. – A moça que vocês disseram que estava morta?

— Tivemos que falsificar a morte dela para tentar atrair o assassino. – Derek confessou. – Ela agora está comigo e esse presente vai ajudar na recuperação dela.

— Faça um bom uso. – Ela deu um sorriso. – E agente. Faça ela feliz.

— Todos os dias da minha vida. – Derek falou arrastando o presente.

Ele colocou no carro agora adaptado para Penelope e partiu para a sua própria casa.

Ele teve sua cota de dor e não queria nem pensar em Kevin no momento. Quando Heroes começou a tocar ele voltou suas lembranças para o ataque de Penelope por Battle.

Cinco anos antes...

Uma das piores coisas que Derek havia sonhado havia acontecido. Encontrar Penelope em um hospital, em qualquer outro lugar que não fosse a sala de espera. Ele sabia como ela se sentia sobre esse lugar, sobre hospitais em gerais.

Ele teve sua prova quando Gideon a repreendeu depois do incidente com Elle um ano antes. Ok. Ela até pode ter tido alguma culpa deixando-se levar por um assassino que fingia ser alguém a fim dela, mas Gideon foi um pária com ela.

Derek agradeceu em partes por ser rossi e não Gideon aqui.

E quando o médico disse que ela ficaria bem e Hotch e Rossi saíram para a casa dela ele se viu andando até a janela junto de Reid. Ela ainda estava dormindo com os fios com ela.

— Desculpe garotinha. – Derek disse através do vidro. – Eu deveria ter sido mais sensível.

— Ela vai te perdoar Derek. – Reid disse. – Só precisa dar um tempo para curar.

— Eu fui um babaca dizendo aquilo sobre o cara. – Derek disse.

Hoje...

Derek colocou a cadeira ao lado da escada. Ela estava em alguma conversa nerd com Reid sobre pessoas que trabalham com limitações e falando sobre trocas de escritórios quando ouviram Derek subir as escadas.

— Baby Girl. – Derek a chamou da escada. – Estou indo te pegar.

— Eu já fui liberta das máquinas meu doce. – Ela falou feliz. – Então uma mudança de cenário será bem-vinda.

Derek entrou no quarto e a pegou no colo sem mesmo Reid piscar.

— Derek. – Ela ficou impressionada com o jeito sincero e forte que ele a tomou. – Eu sei que está apaixonado por mim, mas isso é....  Uau.

— Tenho uma surpresa para você. – Derek falou. – Venha Reid.

— O que é? – Ela estava ansiosa agora.

— Não vale estar de olhos abertos, garotinha. – Ele falou sexy em seus ouvidos. – É uma surpresa.

Derek desceu as escadas com Penelope de olhos fechados seguidos de Reid. Ele viu o presente de Derek e quase deu um Uau, mas se conteve.

Ele a colocou sentada nela e Penelope fez uma carinha triste.

— Antes de dizer qualquer coisa ou mesmo abrir os olhos. – Derek colocou a cabeça dela em seu ombro. – Isso vai te dar a liberdade necessária.

— Posso abrir agora? – Ela estava ansiosa.

— Por favor Sweet Mama. – Derek respondeu.

Ela abriu os olhos e não pode acreditar. Era uma cadeira motorizada, cor de rosa com espaço para suas coisas.

— Pelo o que eu vi. – Reid começou. – Eles estão fazendo rampas.

— Reid! – Derek repreendeu o amigo. – Combinamos que seria um segredo.

Penelope riu da cena. Era a primeira vez que ela estava na sala rindo.

— Esse era um dos seus desejos não ditos, não é Sra. Morgan? – Derek perguntou.

— Claro senhor Morgan. – Ela falou. – Ainda há alguns.

— Vou realizar todos eles, Sweet Mama. – Derek ligou o interruptor e ela começou a testar.

Ele a viu feliz, mas esperou que no dia do casamento ela pudesse entrar ao menos com uma muleta. E que eles pudessem finalmente ter uma primeira noite.


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