Cem Anos Depois escrita por Adson Kamps


Capítulo 10
X – O Dourado da Noite


Notas iniciais do capítulo

NÃO ESQUEÇA DA ABERTURA:
https://youtu.be/uzL8kKPCyU4



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O veneno da Górgona corria pelas veias da jovem Oráculo, transformando seu sangue, ossos e pele em pó. Anos e mais anos de magia negra era corroídos pelo mais forte toxina presente nos Reinos Encantados, matando Rapunzel e decompondo seu corpo que estava há mais de um século com aparência jovial.

Contudo a garota não se apresentava triste ou melancólica, tudo aquilo fora premeditado. Um sorriso mínimo surgia em seus lábios que se desfaziam em poeira, pois esta sabia que o plano de quem lhe atirara nas profundas magias de Einmal iria falhar. Finalmente teria a sua vingança contra aquela que mais lhe fizera mal e, mesmo que não estivesse mais naquele mundo para vê-la se cumprir, estava orgulhosa.

Finalmente havia esperança.

— Eugene! – Rapunzel se desesperou sobre o corpo do homem que, uma vez ladrão, roubara-lhe o coração. Aos prantos tentava em vão conter o sangramento sobre a barrigada do moço em seus braços. Não podia perde-lo.

Naquele mesmo dia, logo após descobrir que a mulher que a criara durante anos não era de fato sua mãe de sangue, acabou perdendo-a quando a mesma despencou da torre onde estavam ao ver seu plano falhar. A magia do sol que fora concedida à Rapunzel antes de nascer por meio de uma flor miraculosa acabara de ser arrancada da mesma, o que resultou no desespero de sua mãe adotiva e por fim, fadou-lhe à morte.

Embora a garota antes de longos cabelos louros agora com um corte repicado e castanho soubesse que Gothel não era a melhor pessoa do mundo e, mesmo que essa a tenha sequestrado no berço real do palácio de Corona, Rapunzel não pôde deixar de sentir-se abalada com seu falecimento. Havia sido criada por anos por aquela mulher de cabelos negros cacheados, era o que tinha de mais próximo como figura materna.

Duas perdas no mesmo dia seria o suficiente para atirar a menina na mais profunda depressão, mas se tivesse que cair cairia lutando. Rapunzel não iria ficar ali parada vendo a vida esvair-se do corpo de seu amado Flynn sem tentar uma última coisa.

Concentrou-se no sangramento incessante sobre o umbigo do rapaz e fechou os olhos tentando canalizar ali sua magia branca. Havia lido muitos livros em sua vida e, segundo alguns destes, todos aqueles que possuem magia eram capazes de materializa-la com as mãos independentemente da parte do corpo em que elas fossem concentradas.

Em seu nervosismo, Rapunzel percebeu que era mais fácil ler do que realizar, mas em nenhum instante perdeu a fé de que conseguiria cura-lo. Precisava cura-lo para curar a si própria dos traumas que sofrera nas últimas horas desde que Gothel a “resgatara” de uns brutamontes perto do castelo.

Uma lágrima de desespero saiu dos olhos da garota e pingou sobre a bochecha de Eugene. Rapunzel observou a pele do rapaz absorver aquela gota d’água e logo aparecer uma flor onde ela estava. Uma flor dourada, como aquele lírio que lhe concedera os poderes anos atrás.

A moça esticou uma de suas mãos sobre a marca luminosa e viu que esta seguia seus dedos conforme o toque. Arrastou-a então pelo tronco de Flynn até o ferimento, fazendo o sangue borbulhar. Rugas de concentração surgiram na testa dela conforme imaginava seus poderes fechando aquele rasgo, cicatrizando-o.

O sangue borbulhante se tornou ouro, liberando de si uma forte luz dourada que viajou pelo quarto inteiro, espiralando-se aqui e ali como serpentes feitas de pura luz. Maravilhada, Rapunzel observou o ferimento de seu amado fechando conforme aqueles feixes era liberados de seu corpo e refletidos por todo o quarto. Porém, algo muito sinistro aconteceu.

Antes que o corte se curasse por completo toda a luz, toda a magia de Eswar que Rapunzel havia invocado começou a ser drenada para longe de Eugene, para um canto escuro no quarto. Os fachos dourados eram engolidos pelas sombras até que nada restasse, e foi então que uma gargalhada tomou conta do quarto.

Das sombras emergiu uma figura feminina muito bela, em vestes azuis reais e uma capa totalmente negra por fora, mas vermelha como o sangue por dentro. Porém aquelas feições belas traziam algo de maligno nos olhos, uma mistura de divertimento e ruindade que Rapunzel não enxergara nem mesmo nos olhos de Gothel quando esta tentou sequestra-la.

Nas mãos da bela mulher estava uma caixa de cristal selada com um coração de obsidiana. Dentro do invólucro de vidro era possível enxergar a magia de Rapunzel se debatendo como se houvesse vida e quisesse se ver libre para terminar o que havia começado.

— O que... O que você fez?! – Gritou a garota agarrando o mesmo pedaço de espelho que lhe cortara os cabelos e se pondo de pé, olhando ameaçadoramente para a mulher à sua frente – Liberte minha magia ou eu...

— Ora querida, vamos nos poupar dessas suas ameaças sem fundamentos – fez um gesto com a mão que mandou o caco de vidro voando para o outro lado do cômodo onde se chocou contra uma parede e partiu-se em pedaços pequenos demais para serem usados como arma – Eu vim aqui para lhe fazer uma proposta, algo que poderia salvar a vida desse seu ladrãozinho medíocre. – Um sorriso de escárnio brotou nos lábios rosados da Rainha Má.

— Salvar?! Eu estava prestes a fazê-lo quando você apareceu com essa sua magia das trevas e fez sei-lá-o-que para me impedir! – Apontou indignada a mulher à sua frente, sem se importar se ela era ou não rainha de algum lugar. Sua paciência já estava à beira do limite e sua cabeça quase despencava no penhasco da insanidade – E saia daqui! Não preciso de suas ajudas, Grimhilde!

— Oh, não precisa? – Grimhilde fez cara de mágoa, mas logo abriu seu sorriso sínico – Por acaso você lembra quem lhe deu aquele sapo quando estava sentindo-se sozinha?

— Pascal é um camaleão... – murmurou Rapunzel em resposta.

— Tanto faz – a Rainha abanou a mão com desdém – Não me importo.

Grimhilde começou a se aproximar da menina vagarosamente, seu sorriso maldoso aumentando a cada segundo assim como a força que fazia para manter a magia de Rapunzel trancada dentro daquela caixinha.

— Por algum acaso do destino, talvez por amor, você tenha esquecido que não foi somente com um amigo que eu lhe presenteei? – Afagou os curtos cabelos castanhos da menina. – Lembra quem foi que lhe salvou quando você tentou se enforcar com seus cabelos? Quem lhe impediu das várias tentativas de tirar a própria vida?

Aquelas palavras sibilantes eram como um chicote, fazendo as memórias que Rapunzel tanto tentará esquecer um dia se remexerem novamente no fundo de seu consciente. Imagens da primeira briga feia com a mãe sobre usar os poderes a torto e a direito para curar quaisquer coisa ou animal que conseguira chegar até na torre desencadearam mais lágrimas à menina.

— Mas mamãe, se eu não o curasse ele iria morrer! ­– Gritava Rapunzel para Gothel que erguia uma corda em suas mãos, trazendo-a até onde estava a garota ainda aos seis anos de idade.

— Não me importo se aquele cervo morresse ou não, mas ele muito bem podia ter-lhe puxado os cabelos e feito você cair torre abaixo! – Gothel berrava em resposta enquanto batia com o chicote feito às pressas nas costas da filha – Ou pior, ter-lhe cortado os cabelos e prendido você até a morte aqui em cima! Era isso que você queria? ERA ISSO?!

Aquelas seções de tortura se repetiam toda vez que Rapunzel fazia algo de errado e eram seguidas de Gothel usando a magia da garota para cura-la, deixando-a exaurida o suficiente para dormir três dias seguidos sem pausa. Tudo o que passara durante a infância lhe abriram um vazio enorme no coração, na mente e principalmente na alma, o local mais difícil de ser acessado para que haja uma cura.

Rapunzel mantinha os olhos desviados para o chão, envergonhada com tudo o que lhe era dito. Não queria que ninguém lhe lembra-se em voz alta de suas falhas tentativas de suicídio, principalmente na frente de seu amigo Pascal, que lhe olhava espantado.

— Você... me ajudou sim, mas nunca mais do que isso! Nunca me tirou desse lugar maldito! Isso sim teria sido algo relevante! – Rosnou para Grimhilde, afastando-se dela logo em seguida.

— Ora minha querida, não é óbvio? Eu nunca a tirei da torre e dessa sua vida lamuriada porque precisava de você assim, destruída. – Aquele maldito sorriso não se apagava dos lábios da mulher mais velha, mas foram as palavras que pegaram Rapunzel de surpresa. – Acabada. Humilhada. Você bem deve saber que aos olhos do criador do mundo, Eswar, o suicídio não é visto como algo bom, mas sim como um assassinato ao dom da vida que lhe foi dado.

Rapunzel, em choque, observava paralisada a mulher que voltava a se aproximar como uma cobra que se prepara para o bote.

— Seu coração está negro, querida— sibilou a Rainha Má – Foste consumida pelas trevas de Einmal desde a primeira vez que tentou acabar com sua existência. Você não é mais a heroína de sua história, Rapunzel; você se tornou uma vil...

— CALE-SE! – Uma raiva incandescente tomou conta da garota que partiu para cima de Grimhilde na tentativa de deferir-lhe um soco, mas esta sumiu em meio às sombras do quarto tornando a reaparecer alguns metros atrás da garota.

— Pare de tentar pôr a culpa nos outros pelos problemas que você mesma causou – Rapunzel deu um giro e ficou novamente frente à frente com Grimhilde. Flynn agora estava à suas costas, agonizando entre a vida e a morte – Seu coração está tão negro quanto o de um vilão, talvez até mais que o meu, e não há nada que possa fazer para impedir. Se ainda tens dúvidas, olhe para a sua magia!

Rapunzel olhava estagnada para a caixa de cristal nas mãos da Rainha. Onde deveria estar sua magia produzindo luz havia uma mancha tão negra quanto óleo irradiando uma energia violeta. Um único pontinho dourado permanecia flutuando entre aquele mar de trevas, tentando sobreviver. Não... pensou amedrontada.

— Sim, minha querida – uma risada grotesca digna de uma bruxa se espalhou pelo quarto inteiro e ultrapassou os limites da torre, ecoando pelo vale onde esta era localizada – A deusa de toda escuridão está tomando posse de seu ser, da sua alma! E quanto mais o tempo passa, mais seu namorado está perto de deitar-se no colo da morte e, é claro, seu controle sobre essa mágica definha ainda mais. – A garota rangeu os dentes em resposta – Então, vem comigo?

Rapunzel sentia seu corpo cada vez mais pesado, como se chumbo líquido corresse pelas suas veias ao invés de sangue e, no fundo da garganta, algo lutava para se libertar. Um urro, um rugido característico de um leão escapou dos lábios da garota que por um momento, com o susto que Grimhilde levou, ela pôde jurar ter visto os cabelos da menina ficarem ruivos.

O rugido ecoou por todo o lugar como uma massa sólida que dobrava o espaço ao seu redor, rompendo a tranca da caixinha de vidro nas mãos da Rainha Má a atirando as duas contra a parede. A magia das trevas explodiu como fumaça negra libertando o pontinho de luz que voou em direção ao machucado de Flynn, adentrando o mesmo e terminando o processo de cura.

Enquanto a magia branca curava Eugene a fumaça de trevas se agitava no ar como tentáculos negros. Estas atravessavam o corpo de Grimhilde, tomando-lhe os poderes mágicos e levavam os mesmos até Rapunzel que os aceitava de bom grado.

Os cabelos da Rainha se libertaram de suas vestes e agitavam-se no ar, tornando-se mais claros até o tom de castanho. Um resquício de magia negra partiu da mulher até Rapunzel, desta vez até os cabelos da garota, reconstruindo os mesmos até que estes brilhassem dourados novamente.

A Rainha Má, caída no chão, estava agora com uma aparência diferente. Seu rosto voltara ao belo normal da jovem que era, na casa dos trinta anos e não mais era como a beleza de uma senhora com seus cinquenta e poucos. As vestes passaram do azul real para um amarelo surrado, mas que lembrava bastante um vestido de festa. Sua magia podia agora ser neutra, nem das trevas nem da luz, mas era possível enxergar nos olhos da mesma o ódio que sentia pela garota em pé na sua frente e perceber que ela ainda tinha o coração obscurecido por Einmal.

Rapunzel por outro lado permanecia em pé, imponente. Seu vestido roxo em frangalhos agora ondulava no ar com uma brisa inexistente. Os longos cabelos louros reconstituídos balançavam à suas costas como serpentes de um dourado pálido, misterioso e perigoso assim como a neblina esverdeada que dançava ao redor da garota. Naquele momento Rapunzel era a feiticeira mais poderosa de todos os Reinos, se não a mais.

— Agora, querida, veja o que conseguiu. Era isto que queria? – Perguntou dando uma voltinha no mesmo lugar onde estava e parou de frente para a mulher anos mais nova, esta era a sua vez de mostrar um sorrisinho sínico ­– Gosta do que vê?

A bela moça caída de joelhos rosnava e bufava de raiva, inutilmente tentando retirar o fio de cabelo rebelde sobre os olhos com um sopro. Um tentáculo de cabelos loiros de Rapunzel flutuou até a mulher, enroscando-se ao redor do pescoço dela e começando a enforca-la.

— Quem diria, não é mesmo, que um dia a grande Rainha Má iria morrer nas mãos de uma reles princesinha sequestrada?

— Rapunzel... – uma voz rouca e fraca chamou a menina de um dos cantos da torre, fazendo-a perder a concentração e deixar o cabelo afrouxar-se entorno de Grimhilde. Rapunzel virou-se de costas e viu Eugene pondo-se de pé com dificuldade e a encarando atordoado.

— Eugene...! – Arregalou os olhos surpresa ao vê-lo vivo, mas seu espanto maior foi quando percebeu que de onde brotava uma luz dourada começavam a sair fios de fumaça roxa, abrindo o ferimento na barriga do homem.

— Você não vê, não é? – Disse a mulher arquejando no chão – Cada má ação que praticares irá converter o que resta da sua magia branca em trevas, e estas por sua vez não curam nada!

Rapunzel continuou olhando para Flynn paralisada, sem se dar conta da movimentação da Rainha atrás de si. Do meio de suas vestes Grimhilde sacou uma adaga de bronze e, com dificuldade, levantou-se e se atirou contra a garota loira. Em um gesto de puro reflexo e raiva, Rapunzel se virou no momento exato em que a Rainha caía sobre si e com todas as suas más intenções fez com que grande parte do seu cabelo se choca-se contra ela, mandando-a voando para fora da torre.

A moça foi atirada pela janela com um grito abafado pelos fios dourados e, quando já estava longe do campo de visão de todos, usou suas últimas forças para desaparecer sã e salva em um redemoinho de sombras.

Atônitos, Eugene e Rapunzel observavam pela janela o cabelo cair inerte sobre o parapeito da mesma e balançando na leve brisa da noite. O silêncio que se instaurará era tamanho que parecia uma pedra sobre a cabeça do casal presente no quarto.

— Eu... Eu não... Não tive a intenção de... – olhou da janela para o homem que agora escorregava pela parede até sentar-se no chão da torre, arquejando de dor – Eugene!

Com os olhos cheios de lágrimas, Rapunzel correu até ele, mas este foi mais rápido e pôs um pedaço de espelho entre eles.

— Por favor, deixe-me ajuda-lo – implorou a garota em meio ao pranto. Podia ver várias veias negras impregnando o rapaz por meio do corte, espalhando-se por todo o corpo de Eugene. O sangue agora não fluía mais, porém no seu lugar uma fumaça roxa emanava em direção ao chão.

— Não... – o homem balançava a cabeça freneticamente, com medo da garota na sua frente – Você não é quem eu conheci Rapunzel, não é mais a garota que sempre quis conhecer o mundo, que queria ver as lanternas flutuantes. Você mudou... – ele falava rápido e sem pausa, seus olhos constantemente mudavam de foco, até que centraram-se nos verde-esmeralda de Rapunzel para uma última sentença – Você não é mais a mulher que eu amo.

Ela prendeu o fôlego.

— Você é um monstro.

— Eugene! – Rapunzel gritou ao ver as veias negras se alastrarem e cobrirem todo o corpo do homem, tornando ele em uma estátua escura como a noite e que logo após despedaçou-se – NÃO! – Rapunzel gritou caindo desolado no chão.

Algumas horas após, recuperada da perca de sua mãe adotiva, seu amor, e de uma possível fuga de seu camaleão de estimação, Rapunzel se levantou desnorteada do chão da torre e sem a menor dificuldade desceu da mesma.

Enquanto ia escorregando pelos seus cabelos, a loira notou que não havia nenhum vestígio de Grimhilde, mas pouco se importou com isso. Era óbvio que a Rainha não se daria por vencida facilmente, e Rapunzel não se importava se iria viver o suficiente para vê-la sofrer ou não, mas sentia em seu âmago que um dia ela seria derrotada.

Agora, deitada no chão da caverna que um dia fora sua toca, Rapunzel relembrava suas últimas palavras, sua última promessa à memória de Flynn e tudo o que ela havia deixado para trás quando decidiu não seguir o caminho para Corona, mas sim se embrenhou ainda mais na Ewige Nacht até a divisa de Minuitlands com Auradon:

— Eu vou me redimir disso, de tudo isso, pode ter certeza – murmurava para as sombras das árvores que ela tinha certeza que a escutavam – Posso não ter mais os poderes de Eswar por completo, mas vou estudar suas magias de clarividência e descobrir seus planos Einmal, seja eles quais forem.

Seu último suspiro naquela caverna, trouxe para Rapunzel as memórias de Pascal, seu fiel amigo, e com um vislumbre o viu sorrindo para si, chamando-a para o pós vida. Aquele olhar significava tudo: desde um Você não está sozinha até um Você está perdoada. Uma voz, baixinha, ecoou na mente de Rapunzel, e os enormes olhos castanhos diziam que era a voz dele. Ele está aqui.

No fundo de um túnel iluminado pelo sol, Rapunzel viu ele, seu grande amor, parado de pé e com os braços estendidos. Aquele sorriso que um dia a conquistara à chamava para um abraço, um pedido de desculpas pelo que dissera a sua amada antes de morrer e que mostrava para ela que ele estava ali para ela, que era dela.

Então Rapunzel se entregou à inconsciência e abraçou a morte.

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