P.O.V. Lucy.

Desgraçado! Ele conseguiu melar a minha felicidade com o Daniel e agora estou na Suíça em mil quatrocentos e noventa.

Arrumei uns trajes de criada, dei um jeito no meu cabelo e agora vou ter que encontrar o Daniel, me esconder da minha Doppelgganger e resolver esse problema em que Lúcifer me enfiou.

—Lucy vá ao quarto da Lady Fraiser e ajude-a a se arrumar.

—Sim senhora.

Eu rapidamente cheguei ao aposento da Lady. Ela tinha uns dezessete anos mais ou menos, a arrumei para o desjejum e nós saímos.

—Lucinda!

—Sim senhora?

—Vá limpar o quarto de hóspedes os patrões ão de receber um jovem Lorde inglês.

—Sim senhora.

E lá fui eu para o quarto de hóspedes. Arrumei a cama, tirei o pó e com um balde e uma escova comecei a lavar o chão.

—Ai, que saudades do rodo. Bom, é isso ai.

Eu comecei a cantar.

—Voa minha ave, voa sem parar. Viaja pra longe te encontrarei em algum lugar... permaneço em ti como sempre foi, mais perfeito e mais fiel

Eu estava lembrando das minhas vidas com Daniel, das minhas mortes e do amor.

—Mesmo sozinho sei que estás perto de mim, quando triste olho pro céu...

P.O.V. Daniel.

Depois de uma demorada e calorosa recepção eu fui aos meus aposentos, estava na porta quando eu ouço a voz dela. Estava cantando, sua voz estava embargada. Estava ajoelhada no chão lavando-o.

Ela se levantou, enxaguou e secou o chão.

—Eu devia colocar umas flores naquele vaso. Rosas. As preferidas do Daniel.

Aquilo era novo. Lucy não se lembrava de mim, ela nunca lembrava de mim.

Ela se virou e me viu. Ela me abriu o sorriso mais lindo que eu já vi.

—Eu já tava com saudades.

—Senhorita?

Ela cruzou os braços e olhou para mim com cara de brava.

—Jura Daniel? Tudo bem, vamos entrar no jogo. Eu vou buscar as suas flores, milorde. Ou talvez, devesse deixá-lo descansar, deve estar fadigado. Não é como se pudesse voar por semanas sem sentir nada.

Ela saiu e fechou as portas. Eu as reabri.

—Lucy!

—Ah! Ele se lembrou de mim.

—Como você... se lembra de mim?

—Eu me lembro de muitas coisas. Como isso.

Ela me puxou para um beijo. Foi um beijo ardente, cheio de saudades, paixão, amor.

E para me surpreender mais ainda quando o beijo acabou ela estava sem fôlego, mas ainda estava viva.

—Tchau amor, até amanhã.

Ela saiu correndo.

P.O.V. Lucy.

A cabecinha angelical do Daniel deve estar em parafuso agora.

Eu deitei na minha cama minúscula e dura e dei risada. Logo eu caí no sono. Sonhei que Daniel e eu estávamos voando juntos, suas asas iridescentes.

—Lucinda! Acorde! 

—Ai credo, não precisa gritar.

Eu me levantei. 

—Vá se lavar e ajudar a jovem Lady Fraiser a se arrumar para...

—O desjejum. Já vou.

Mas, quando eu cheguei  a minha eu deste tempo já estava lá então eu me escondi e fiquei ouvindo a conversa.

—Eu conheci o Lorde Daniel ontem. Ele é o cavalheiro mais belo que já vi. Espero que ele me faça a corte.

Cata uma cadeira e espera sentada Lady metida. Ele é meu!

—Gostaria de ter podido estado lá para vê-lo. 

—Vai conhecê-lo. Eventualmente.