Wicked Game escrita por Batman, ohstony


Capítulo 4
Wicked Game — Parte 4.


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI MEUS ABORES
COMO CÊS TÃO?

finalmente, a parte 4. E com isso, chegamos ao fim de Wicked Game 3
MAS, não se esqueçam, tem a continuação. Good Times é uma coletânea de ones sobre todos os casais de Wicked Game, então vamos ter todos os personagens vivendo os anos 80 loucamente! Aproveitem, bebês.



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My beats per minute never been the same

'Cause you're my lady I'm your fool

It makes me crazy when you act so cruel

Come on baby lets not fight

We'll go dancing everything will be alright

Wake Me Up Before You Go Go (Wham!)

 

Eles estavam naquilo há semanas. Quase dois meses, para ser exato. Ok. 46 dias, mas quem estava contando? Steve que não estava, com toda a certeza. Mas o assunto em questão era que, mesmo que eles estivessem naqueles amassos e agarros há todo esse tempo, Tony não tinha nem comentado sobre um namoro sério. E Steve Rogers estava surtando.

Ele gostava de Tony, claro. E Tony parecia gostar dele, mas nunca tinha dito nada. E, caramba, Rogers conhecia o estilo de vida de Tony, regado à drogas, bebidas e sexo. Não nessa ordem e quase sempre tudo junto.

E o pior era que nem tinha com quem conversar sobre tudo o que estava passando com o Stark. Pepper estava numa bolha deprimida, por terminar mais uma vez seu namoro conturbado com Clint Barton, Bucky não estava falando normalmente com Steve, sendo sempre evasivo e dando desculpas para sumir e, por fim, Bruce Banner, que sempre tivera ótimos conselhos, mas estava passando por uma fase difícil.

Algo sobre ele ter problemas para controlar os nervos e explosões de raiva, mesmo que Rogers achasse isso muito improvável dada a personalidade calma e compassiva do garoto.

Respirou fundo, batucando seus dedos no tampo da mesa escolar e olhou novamente para a carteira ao seu lado, onde Stark escrevia e desenhava coisas sem sentido na folha de seu caderno. Ele conseguia ver frases desconexas e muitos desenhos obscenos. Revirou os olhos e o cutucou com o cotovelo, fazendo o moreno levantar o rosto assustado.

— Preste atenção. — Repreendeu.

— Steve, doll, eu já sei o conteúdo dessa aula. E provavelmente das próximas aulas, até o fim do ano. — Fez um gesto de desdém, encostando-se a cadeira. — Mudando de assunto, tenho uma programação especial para essa noite. — Sorriu de lado, exalando malícia.

O sinal bateu, fazendo os alunos levantarem-se e saírem correndo da sala de aula, nem prestando atenção na Sra. Hill, que tentava dar as últimas informações sobre o trabalho da semana que vem.

Tony enfiou suas coisas na mochila, nem se preocupando se iria amassar as folhas do roteiro do trabalho, ou se suas canetas estavam destampadas. Esperou por Steve e assim que o garoto parou ao seu lado, passou o braço pelas costas do loiro e enfiou a mão no bolso traseiro do jeans.

Steve corou, mas passou o braço pelos ombros do mais baixo, que não hesitou em entrelaçar os dedos da mão livre com a mão do jogador de futebol americano, pendendo em seu ombro direito.

A escola inteira já sabia deles, não tinha por que fazer-se de rogado quando o assunto já era de conhecimento geral da nação, que se resumia à Marvel High School e todos os seus estudantes mexeriqueiros e enxeridos.

— Programação especial, uh? — Steve perguntou finalmente, quando já estavam no corredor. Seu rosto continuava corado, com os olhos de todos em cima deles, mas ele fazia de tudo para ignorar e continuar a andar em direção ao seu armário.

— Isso mesmo, doll. Vou te levar para um lugar novo essa noite, depois do jogo. Comemoramos a vitória, e se o time perder eu te consolo. — Piscou, sorrindo de lado.

— Stark. — Steve repreendeu, soltando-se do abraço de lado e indo até seu armário. Depois de colocada a combinação, abriu e depositou seus livros ali.

— Quer falar sério com você. Até te levaria lá em casa, mas o velho pentelho chegou de viagem ontem. Não é uma boa ideia vocês no mesmo cômodo. — Tony falou, encostando-se ao armário do lado e cruzando os braços.

— O que tem demais em conhecer seu pai? Você conhece os meus. — Steve franziu as sobrancelhas, sentindo uma pontada no peito. Tony não queria o apresentar ao pai.

— Você sabe como meu velho é, baby. Não vale a pena conhecer ele. — Deu de ombros, se desencostando e roubando um selinho rápido de Steve, dando as costas e dizendo por cima do ombro: — Vou te buscas às 19h, esteja pronto, doll.

. . .

— Então você vai pedir a mocinha em namoro hoje? — Clint desdenhou, enquanto levava a garrafa de conhaque aos lábios e entornava um grande gole. Tony olhou atentamente para o amigo a sua frente, vendo as olheiras profundas debaixo dos olhos, o cabelo que antes era cheio de gel, agora desarrumado e o jeito jogado que o garoto estava sentado, parecendo mais ter caído e ficado do que outra coisa.

— Isso aí. Seremos oficialmente um casal. — Sorriu de lado, pegando a garrafa das mãos do amigo e levando aos próprios lábios. Depois de esvaziar o conteúdo, colocou a garrafa ao lado e olhou de canto de olho para Clint, falando numa voz de quem não quer nada. — Já falou com a Pimentinha?

Barton negou, parecendo derrotado.

— Acho que dessa vez é definitivo.

— Você achava isso das últimas vezes, mas sempre acabam voltando. — Comentou, pegando o maço de cigarro do bolso e a caixa de fósforo.

— Você não entende, Tony. Pepper parecia realmente certa da decisão dela. Tentei conversar, explicar tudo, mas ela simplesmente não me dá mais uma chance!

— Clint, escuta, cara. Você sabe que eu não falo sério muitas vezes e que quando isso acontece, é por que a situação tá foda. Você tá mais do que acabado, você tá parecendo que foi chutado e atropelado por todos os jogadores de futebol americano do mundo. — Tony falou, acendendo o fósforo e depois o cigarro, tragou por um momento e depois soltou a fumaça pelo nariz. — Acho que você tem que aceitar que você e a Potts não dão certo.  Ela é toda certinha e quer um relacionamento sério, cheio de frescuras como encontros no cinema e esse tipo de coisa. — Fez um gesto de desdém. — Já você, é totalmente o contrário. Adora uma festa, bebidas, cigarros e coisas que ela abomina. Mas o pior de tudo, é que você não soube pesar as vontades dela com as suas. Entende?

— Stark...

— Não, porra, cala a boca que agora que eu abri as comportas do sentimentalismo, eu vou jogar toda essa merda em cima de você. — Tragou o cigarro novamente e depois passou para o amigo, que aquiesceu e deu uma tragada. — Um relacionamento é sobre sacrifícios. E sobre aceitação. Eu fiz sacrifícios pelo Rogers, ele está fazendo sacrifícios por mim. Eu aceitei ele do jeito puritano dele, e ele aceitou esse modo desregrado que eu levo a vida. Por isso estamos dando certo. Mas você, Clint, age como um cara solteiro quando tem uma aliança mais grossa que o pau na mão direita. Estão nesse chove e não molha há mais de dois anos. Pepper teve mais paciência do que qualquer um teria. Sério. Se eu fosse ela, teria chutado sua bunda na primeira bola fora.

Clint riu amargamente, tragando o cigarro que fora oferecido a ele, novamente. Continuaram no silêncio, compartilhando o cigarro, e o pequeno cantil prateado que continha um pouco do bom e velho uísque da adega de Howard Stark.

— Preciso ir. — Stark levantou, apoiando-se na parede. — Tenho que tomar um banho, tirar esse cheiro de cigarro e bebida e ficar nos trinques para a minha boneca, você sabe.

— Vá em frente. — Clint fez um gesto de desdém. — Deflore sua garota.

— O meu garoto, você quis dizer, não é? — Tony piscou, rindo sarcasticamente.

. . .

Tony estacionou o carro em frente à casa de Steve e desligou o carro. Olhou-se no espelho, vendo o cabelo cuidadosamente arrumado com o gel e a camisa branca com listras pretas verticais. Os jeans gastos, azul claro, quase branco.

Saiu do carro e foi andando para a porta, dando duas batidas leves e colocou as mãos nos bolsos. A porta foi aberta lentamente, e os cabelos loiros de Sarah foram a primeira coisa que Tony viu.

— Querido! — A mulher falou animadamente, pegando-o pelos ombros e puxando-o para dentro. — Steve está no quarto, se arrumando. Chegou do jogo faz pouco tempo, você foi?

— Claro, Sarah. Não perderia por nada, você sabe. — Piscou para a mulher, que sorriu. — Steve foi decisivo para o jogo, marcando aquele touchdown quase no fim.

— Gostaria de ter ido ver, eu e Joseph, é claro. Mas ficamos tão ocupados com a locação do novo escritório dele. Steve é um menino de ouro, compreendeu tudo e não ficou ressentido. — Falou encaminhando o garoto para a cozinha, onde ofereceu biscoitos e suco.

Continuaram a conversar sobre trivialidades, como o jogo mais cedo, a escola, os amigos... Até que Steve apareceu na cozinha, de camiseta azul bebê, jeans e tênis. O cabelo loiro molhado e o cheiro de banho recém-tomado explicavam a demora do garoto.

— Estou pronto. Vamos? — Steve falou sorrindo, pegando sua jaqueta no cabide ao lado da porta. — Tchau mãe, volto antes da meia-noite!

— Tchau Sarah! Vou tentar deixar ele aqui antes da meia-noite. — Tony mandou um beijo no ar de despedida, e seguiu Steve até o carro. Quando se acomodaram nos bancos estofados de couro, Tony ligou o carro e pôs o toca-fitas para tocar, fazendo Wham! soar pelo automóvel.

— Aonde vamos? — Steve perguntou, olhando na direção do moreno.

— Surpresa, doll.

Talvez Steve devesse temer aquele sorrisinho de lado, mas a única coisa que ele sentiu foi um arrepio subindo pela espinha.

Talvez ele gostasse de surpresas.


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Notas finais do capítulo

doll: boneca.

...

EU TO CHOROSA, finalmente cheguei ao fim com Wicked Game. Cara, foi uma ideia tão louca e tão momentânea e eu tô tão feliz dela ter agradado alguém, vocês, cara. Obrigada por tudo. Pelos comentários, pela recomendação ♥ Vocês são demaissssssssssssss!

Se querem ver mais de Tony e Steve nos anos 80, ou saber do rolo do Clint com a Pepper, ou até mesmo conhecer outros shipps, é só dar uma corridinha lá em Good Times ♥ Tem duas ones postadas (Uma Bruce/Natasha e uma Clint/Pepper) e logo logo eu vou postar mais ♥

Até mais, minha gente! Espero vê-los novamente. Beijão!