P.O.V. Amara.

Eu voltei pra casa, mas não podia abandonar a minha amiga. Depois de voltar para a Terra, de cuidar das necessidades da Princesa Claire eu fui cuidar das minhas.

Estava na banheira tomando banho quando senti as algas, comecei a gritar e a me afogar. Eu sai da banheira com dificuldade, praticamente me arrastando.

—Socorro! Socorro!

O Príncipe apareceu. Ele me enrolou na toalha.

—De onde vieram essas algas?

—Eu não sei. Isso é magia. Uma magia muito negra.

P.O.V. Arthur.

Estou sem sono. Comecei a perambular pelo Castelo, até que ouvi alguém clamar por socorro, corri até a voz e encontrei Amara, a razão de eu ter perdido o meu sono.

 A vi se arrastar para fora da banheira que estava cheia de algas. Ela tossia e vomitava água. Rapidamente peguei uma toalha e a envolvi com ela.

—De onde vieram essas algas?

—Eu não sei. Isso é magia. Uma magia muito negra.

Disse ela com a voz trêmula.

—Quer me dizer o que houve?

—Eu afundei e quando voltei a emergir, a água estava cheia dessas algas, elas se enrolaram em mim. Me puxaram pra baixo, achei que ia morrer afogada. A água entrando pelo meu nariz, queimando minhas narinas, entrava pela boca.

—Porque você está nua?

—Tem só duas razões para uma garota ficar nua, primeira tomar banho e segunda fazer sexo.

—E o que você sabe sobre fazer sexo?

—Só a biologia. Eu nunca fiz. Com ninguém.

Ela colocou a roupa de baixo. A camisola.

—Obrigado por me ajudar, sua Alteza. Mas, o que faz aqui na ala das criadas?

—Eu estou sem sono.

—Porque? Desculpe, não quero ser intrometida, só queria ajudar. Não precisa responder.

—Porque estou comprometido com uma mulher, mas estou apaixonado por outra.

—Nossa! Isso é um dilema e tanto. Você não pode dar um fora nessa tal mulher... Caramba! Que ideia idiota essa a minha, você não pode dar um fora na Princesa ela ficaria arrasada.

—Dar um fora?

—Terminar com ela. Não honrar o compromisso de casar com ela. Você tem que ir, voltar para os seus aposentos. Não quero que pensem mal de mim.

—Claro. Eu compreendo. Até amanhã.

—Até amanhã.

Ela se deitou. Não a ouvi rezar, ela simplesmente deitou e dormiu.

P.O.V. Princesa Claire.

Amara estava penteando meus cabelos, mas pelas feições dela eu sabia que estava me escondendo alguma coisa.

—O que foi?

—Ontem, o Príncipe me salvou. E me confidenciou uma coisa, mas acho que você deve saber.

—E porque?

—Porque está envolvida. Ele me confidenciou que está apaixonado por outra mulher.

—Quem?

—Eu não sei. Ele não disse.

—Descubra.

—Princesa, não sou fofoqueira. Eu só contei porque achei que merecia saber, antes de casar com um homem que não te ama. Você merece amor de verdade.

—Descubra quem é essa outra mulher! Eu quero ela morta!

—Credo Princesa. Não se deve desejar o mal dos outros.

—Você fala isso porque não é você que tem o pretendente interessado em outra mulher!

—Eu já namorei Princesa. Já fui chutada. Vamos.

Fomos á missa e eu fiquei de olho no Príncipe Arthur, ele ficava olhando. Mas, não para mim.

Ele olhava para Amara, mas ela não parecia notar. Era ela, Amara era a mulher que Arthur amava. Ela era a outra mulher!