Inesperado escrita por Clementine Patricha


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura e leiam as notas finais :)



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   ~Capítulo betado por true 

Tentou inutilmente abrir mais uma porta, tinha parado de contar a partir da quinta. Soltou um ar cansado pelos lábios e encarou o seu redor, havia portas inimagináveis, coloridas, enfeitadas, todas em um corredor extenso, no qual não se dava para ver o final, uma de frente para outra, aquilo parecia um filme de terror. Sentiu algumas camadas grossas de água ricochetearem sua pele branca. Aquilo doía como um chicote, por isso correu sem direção naquele corredor longo, mas para si a direção era reta e a cada passo que dava uma porta ia desaparecendo. Até que bateu com tudo em algo duro e maciço, fazendo com que se abrisse e seu corpo se espatifasse no chão. 

Analisou o chão asqueroso e duro, esse lugar era conhecido. Levantou a cabeça e suspirou aliviada ao ver as casas e os comércios da sua vila tão apreciada por si. Apoiou-se com as mãos no chão e se levantou a fim de sair daquele chão. Passou as mãos cuidadosamente, tentando tirar os vestígios de sujeira, mas ficou perplexa por não encontrar seu short bege e nem sua blusa roxa, tão comum para si, e sim seu vestido tradicional do casamento. 

Voltara no tempo? 

 

— Hinata? — ouviu uma voz distante, mas potente o suficiente para confundi-la o quão longe estava. Hinata— A voz estava em um tom preocupado. 

 Hina-chan — sentiu uma mão em seu ombro e virou assustada pelo contato com sua pele. —, você está bem?"Estou aqui porque eu quero." uma a mistura de várias vozes dentro de sua cabeça falou. Sentiu uma tontura e deu um passo para trás recebendo um olhar apreensivo de Sakura que estranhou sua ação. 

"Eu sempre fico te perseguindo, querendo ter mais de você." as vozes aumentaram gradativamente. Sentiu mãos fortes a empurrarem-na, fazendo-a cair no chão de joelhos. Estava sentindo seu chakra ser sugado. 

"Você me salva sempre sorrindo." Ouviu a voz de Sakura falar dessa vez, antes que tivesse a audácia de abrir a boca, sentiu uma pressão em seu estômago e percebeu que era seu sangue que manchava o chão. 

"Porque eu te amo."  

E esse foi o golpe fatal. Alguma força gravitacional a puxou para cima fazendo com que virasse sua estrutura e pudesse contemplar o monte dos sete hokages por um segundo antes de cair no chão e uma estaca de ferro atravessar seu corpo.  

— HINATA! — ouviu um grito idêntico a voz de seu marido e olhou para trás tentando o visualizar a cabeleira loira e o sorriso grande que eram características de Naruto. Porém nada, não viu nada. Aquilo era desesperador.  

Acordou no mesmo momento que um pássaro bateu as asas para levantar voo e aquilo foi agoniante para ela. Sair de um sonho, ou pesadelo, com um barulho a assustou mais ainda. 

Respirou fundo ao fechar os olhos e se levantou, sentindo gotículas de suor escorrerem pela sua nuca e deslizarem por suas costas. 

Abriu as cortinas e observou o que a causara medo. O Picidae a observava como se lesse todos seus pensamentos e o que ela pôde fazer foi sorrir, lembrando-se de que teria que ir ao túmulo de Neji para trocar as flores.  

Observou o pássaro bater as asas e sumir entre as árvores da vila. 

Riu sem motivo algum e levantou os braços se espreguiçando e indo para suas tarefas domésticas. 

Desceu as escadas com certa sonolência, passou pelo escritório do marido para apenas chegar à conclusão de que aquele espaço precisava ser arrumado com urgência e de que sentia falta dele em casa, mesmo que ele ficasse trancafiado horas a fio dentro daquele cubículo. 

Rumou sonolenta pela cozinha e se atentou a preparar o café da manhã para as crianças, que depois de algum tempo, desceram eufóricas. Boruto estava animado. Teria seu primeiro treinamento com o time de Shikadai. Havia passado muito tempo afastado da equipe por indicação médica após a batalha contra Kinshiki. Himawari estava animada, porque, bom, ela era criança e não tinha nada com o que se preocupar, a não ser, os horários de desenhos que passavam naquele negócio quadrado e gigante que Hinata nunca iria se acostumar. Os tempos modernos de certo modo a assustavam. 

Ouviu a campainha soar e analisou com os cantos de olhos o falatório das crianças enquanto elas digeriam as comidas que estavam em cima na mesa e decidiu ir atender a porta.  

Encontrou Inojin Yamanaka e Shikadai Nara em sua porta com semblantes um tanto tediosos.  

— Crianças — Abriu um sorriso acolhedor para as duas presenças. —, vieram por Boruto? 

— Olá, Hinata-sama— Shikadai se curvou junto com Inojin. — Boruto está atrasado para o nosso treino coletivo

— Oh... 

— Vocês que estão adiantados. — Boruto interrompeu Hinata, segurando um pedaço de pão enquanto que, com a outra mão tentava calçar as chinelas ninja. — Até logo oka-san

Boruto saiu em disparada, deixando seus amigos para trás enquanto Shikadai se concentrava em resmungar sobre Boruto com seu jeito afobado. 

Admirou os três genins saírem correndo pela vila e não pôde deixar de lembrar da sua infância como ninja no Time Kurenai, no qual ficava com Kiba e Shino.  

Suspirou em deleite pela lembrança e não fechou a porta sem antes cumprimentar algumas pessoas que a conheciam como primeira dama. 

Entrou novamente na cozinha e voltou a fazer suas tarefas do lar, afinal, ser dona de casa não era tão fácil quanto Hinata imaginava.  

—____________ 

Sasuke observava a fachada de Konohagakure como se fosse um lar que trazia emoções, como a saudade.  

Por mais estranho que fosse, ele sentia saudades de Konoha e olhando o rosto esculpido do Nanadaime Hokage naquela montanha, ele pôde ter certeza que, por mais estranho que aquilo soasse no passado, Konoha era seu lar. 

Deixou um sorriso ladino adornar seus lábios e passou andar por aquelas ruas abarrotadas de pessoas. Ainda que Konoha fosse uma vila grande e com muitos habitantes, ela não continha um terço daquelas. Konoha se tornou um ponto turístico no mundo ninja por abrigar três heróis e por ter os Hokages ressuscitados, que ajudaram bastante na batalha. De fato, aquela grande quantidade de pessoas não era ruim para a economia da vila, mas para Sasuke, que odiava multidões, era péssimo.  

Passou pelos cidadãos quase despercebido, só algumas pessoas aqui e acolá que o paravam para cumprimentar e agradecer pela ajuda na Guerra, alguns shinobis o encaravam com desconfiança por temerem o real poder que o Sharigan junto ao  Rinnegan podiam se tornar.  

Suspirou profundamente, parando em frente àquilo que vinha atormentando-o durante algumas de suas viagens. Ergueu os olhos para a janela, encontrando as cortinas fechadas e nenhum movimento naquele local. Depois de observar um pouco, percebeu uma silhueta bastante calma dentro do quarto secundário.  

Respirou fundo mais uma vez e subiu as escadas, parando em frente à porta e abrindo-a. Analisou a casa e sentiu um alívio por não ver nada fora do lugar, Sakura as vezes poderia ser bem bagunceira.  

Entrou, fechou a porta atrás de si e em seguida subiu os degraus que levava para o segundo andar, logo percebendo um chakra agitado. Ela percebeu que ele estava ali. 

Caminhou lentamente até a porta tentando pensar em alguma coisa que pudesse ser dito de pai para filha. Sasuke ainda não era muito experiente nesse ramo e isso se devia ao fato de que, na penúltima vez que esteve fora da vila, passara doze anos longe. 

Deu três batidas na porta e esperou três segundos até uma miniatura sua aparecer e o olhar esperançosa e amorosamente. Juntou seu indicador e médio e bateu na testa dela, torcendo para que ela compreendesse tudo o que ele sentia a respeito dela. 

— Otou-san— Sorriu com lágrimas nos olhos e abraçou sua cintura afundando seu rosto na vestimenta de Sasuke. 

— Sarada — disse depois de um momento silencioso. — Dessa vez eu nem passei tanto tempo fora. 

— Dois meses é muito tempo para aguentar a mamãe — disse soltando uma risada baixa e sapeca. Largou seu pai e virou as costas, entrando em seu quarto. Sentou em sua cama, voltando a ler seus manuais ninjas. — Ela está no hospital, precisavam dela para algo de urgência — respondeu a pergunta que deveria estar rondando a cabeça de seu pai. 

— Espero que você entenda que eu sou ninja, Sarada, e é meu dever sair quando A Folha precisa ser protegida — disse indo até a cama da menina e sentando em um espaço que não fosse ocupado por livros. 

 Eu entendo. — Sorriu parando de analisar os livros e olhando para ele com um sorriso que determinava o quanto criança ela ainda era — Eu também sou uma ninja, pai. 

Sorriu com o comentário dela e levantou dando um beijo em sua testa, saindo em direção à casa de Naruto. 

Precisava relatar sua missão. 


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Notas finais do capítulo

Eu estou com está história a mais de um ano e depois de tanto tempo protelando, decide postar, foi difícil porque quis desistir logo no começo, porém eu sentia que precisava dar uma chance pra essa história e bom, aqui estou eu.
Espero que tenham gostado e comentem o que acharam, a opinião de vocês é muito importante.
Gente, foi uma batalha pra eu conseguir postar a história aqui porque o site não esta colaborando, por isto vou ter que revisar de novo, porém né.
Quero agradecer True por ter betado este capítulo também, essa história só está fluindo graças a ajuda dela também.
Este capítulo, quando mostrei pela primeira vez, foi betado pela Lili, porém como mudei grande parte do foco do capítulo, tive que reescrever de novo, porém também agradeço a Lili por ter me ajudado na primeira vez.

Obs: Esta história, apesar de passar depois do filme Boruto, a ideia principal é bem diferente por isso peço generosamente para não relacionar a fanfic com o filme e anime.



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