No dia dez de julho, enfim, era chegado o casamento de Alice e Jasper. Durante os dias que se passaram até ali, Rosalie e Emmett mantiveram a proximidade tanto quanto puderam, dentro do que haviam combinado: a intimidade ainda breve, e um pouco divertida, com os abraços e eventuais beijos que ainda eram raros e reservados a quando estavam sozinhos, como antes; por outro lado, conseguiram passar mais tempo na presença um do outro, mesmo junto à família, e conversar mais tranquilamente, agora que não havia tanta estranheza de um para o outro - exceto a que vinha do receio de que alguém descobrisse sobre o que começava a haver entre eles, cedo demais. 

Nesse ritmo, a semana até o casamento passou, contando também com os últimos preparativos da família para a festa: os ternos e vestidos que haviam sido feitos para cada um foram provados uma última vez e levados para a casa com antecedência, bem como as últimas coisas de Jasper que ainda estavam na casa foram empacotadas com a ajuda de Esme, para que ele pudesse levá-las para a casa nova dele e de Alice, não muito longe dali, e tê-la decorada antes da festa - já que se mudariam logo após a lua de mel. 

A cerimônia aconteceria às cinco da tarde nos jardins do Castelo de Thornewood, a quarenta e cinco minutos do centro de Seattle, onde o gramado verde e quase infinito aos olhos era decorado por todos os lados com flores, esculturas, uma bela fonte e, sobretudo, a vista privilegiada do horizonte para o grandioso American Lake. A festa se seguiria ao lado de dentro do castelo, já que iria até a noite, onde tudo era amadeirado, com grandes vitrais e portas que davam vista para os jardins, além de quadros antigos e flores que mantinham a decoração viva lá também. Ali, os convidados teriam um grande salão para o jantar e outro integrado para as eventuais danças da noite. 

Assim, fazendo parte da família do noivo, Emmett, Edward e Jasper, Esme, Carlisle e Rosalie saíram todos às 15h15min, mas divididos em dois carros que os noivos haviam providenciado a eles como parte do convite - modelos pretos do Cadillac Fleetwood Imperial Limo, de 1940 -, com um motorista para levá-los mais tranquilamente até lá - como fizeram com a família da noiva também. Isabella, a namorada de Edward, também havia sido convidada, mas dessa vez junto aos pais, Charlie e Renée Swan, então se encontraria com os outros por lá. 

Os seis chegaram no local de destino exatamente às quatro horas e três minutos - o que fora realmente apropriado, já que, exceto pela família de Alice, o restante dos convidados deveria chegar com trinta minutos de antecedência para a cerimônia. O carro que levava Jasper entrara primeiro e por isso, quando fora a vez de Rosalie descer do carro, enquanto Carlisle oferecia a mão à esposa por uma porta, Emmett aparecera à beira da outra fazendo o mesmo na direção dela, que aceitou antes de olhar em seu rosto - e por isso surpreendeu-se quando já estava do lado de fora.

—Você está linda. - ele elogiou sorrindo, e Rosalie franziu o cenho, hesitante, até perceber de quem se tratava. 

A loira estava usando um vestido rosa quartzo, num decote de coração discreto e com alças, de saia godê até a metade de sua panturrilha, além de saltos altos na cor nude, assim como os lábios. Emoldurando o rosto haviam duas mechas encaracoladas do cabelo, e atrás ele estava parte solto e parte preso - as laterais foram unidas ao meio e atrás, presas com um adorno dourado de pequenas pedras brilhantes, e o restante caía por suas costas, naturalmente cacheados. Havia ainda, no colo, seu colar também dourado que Emmett achara outro dia.

—Oh, você me assustou. - ela riu sem graça, e se desfez do toque da mão dele pra ajeitar a saia rodada do vestido, e sorriu, corando um pouco - Obrigada. Você também não está mal. - brincou, arqueando uma sobrancelha. 

Antes que Emmett pudesse responder, com um sorriso desacreditado dançando em seus lábios enquanto Rosalie o olhava de esguelha com um tom de satisfação, Esme acenou para eles, chamando-os para perto de onde o restante da família estava reunida. 

Tão logo os dois se aproximaram e ela começou a instruí-los animadamente sobre o que seria feito em seguida: primeiro, que precisaria de Rosalie para ir com ela checar a decoração do lado de dentro - para a qual Alice deixara instruções muito específicas - e segundo que, enquanto isso, os rapazes deveriam ficar organizadamente juntos perto da entrada, onde os convidados, que chegariam logo, deviam ser recepcionados pelo noivo - e por eles, cujas posições ela especificou também.

—Certo, entenderam tudo? - ela quis saber uma última vez, olhando um a um os rapazes, que apenas assentiram serenamente, embora tivessem sorrisos nos lábios que pareciam querer dizer mais - Ótimo, então vão. Jasper, querido, - ela se colocou à frente do filho, cercando seu rosto carinhosamente com as mãos, olhando-o orgulhosamente - fique calmo e aproveite seu dia, está bem? E vocês - ela apontou para Edward, Emmett e Carlisle com um semblante de aviso - o ajudem no que precisar. 

—Não se preocupe, mãe, eu estou calmo. Tudo sob controle. - Jasper assegurou, achando graça, e afagou as costas da mãe enquanto se inclinava para receber um beijo na bochecha.

—É claro que está. - Carlisle sorriu para o filho e de volta para a esposa, pegando sua mão - E você pode ficar calma também, certo? - e beijou o dorso da mão entrelaçada à sua, sorrindo com certa diversão quando ela segurou um sorriso e se virou de volta para a filha.

—Certo, se comportem então. Voltamos já. - ela entrelaçou o braço com o de Rosalie, mencionando se virar em direção ao castelo, quando se lembrou - E ah, não deixem Edward sumir pelos jardins quando Bella chegar! - avisou, vendo todos, exceto Edward, que rolou os olhos reprimindo um sorriso, rirem e lançarem olhares ao mais novo, e fez o mesmo - Você pode esperar, querido!

Assim, num minuto, Rosalie e Esme estavam num dos salões ao lado de dentro, e Carlisle e os outros três haviam se movido até o exato local que a matriarca havia indicado ainda há pouco: no jardim em que aconteceria a cerimônia, antes da fonte central que antecedia as filas de cadeiras brancas e à beira de uma pequena escada pela qual os convidados acessariam o local.

Enquanto as duas Cullen estavam distantes, os primeiros convidados recebidos pelos rapazes foram os pais de Alice, seguidos de algumas primas dela, e poucos minutos depois os Denali, que não demoraram a engatar numa conversa com o noivo e sua família, até que um casal de amigos de Jasper - Charlotte e Peter, melhor amigo do noivo - chegara. 

—É aqui que um caubói vai se casar? - Peter brincou ao se aproximar, arqueando uma sobrancelha e olhando para todos antes do amigo. Houveram risadas antes que Jasper desse um sorriso e eles se cumprimentassem com um abraço. 

Houveram mais risadas e outras palavras de cumprimento e brincadeiras enquanto o casal cumprimentava Carlisle, Edward, depois dava por falta de Esme e Rosalie, e enfim seguia até os Denali e Emmett - a quem eles ainda não conheciam, porque Charlotte havia se casado com Peter há apenas um ano e meio, e a última vez que ele visitara os Cullen fora poucos meses antes do ex-soldado chegar à casa, em setembro de 1946.

—E você... Acho que não nos conhecemos ainda, certo? - ele estendeu a mão para o mais alto, incerto, mas sorrindo leve. 

—Não, ainda não. - Emmett sorriu de volta, apertando sua mão - Emmett. É um prazer finalmente te conhecer. Jasper fala bastante de você. - e lançou um olhar ao irmão, que assentiu. 

—O prazer é meu, Emmett. - ele sorriu, voltando ao lado de Charlotte, que cumprimentou o de olhos claros também - Jasper sente saudades de viver grudado em mim, essa é a verdade. Eu já disse a ele: se você tivesse seguido meu conselho, nós estaríamos na Aeronáutica juntos. Mas, depois de tanto tempo no quartel ele veio dizer que queria uma vida tranquila... - Peter deu de ombros e gesticulou para os arredores - Cá estamos!

Todos acompanharam o tom do rapaz, rindo com diversão, quando os outros se envolveram em suas próprias conversas. Entrementes, Garrett tocou seu ombro e comentou, olhando dele para o ex-soldado. 

—Ah é, Emmett, Peter aqui é da Aeronáutica. Talvez ele possa te contar um pouco das histórias na base, não é, garoto? - ele chamou a atenção de Peter, que assentiu animadamente - Elas são inspiradoras, quase me fizeram querer mudar de ramo. Quem sabe te incentivem a alguma coisa diferente. - e arqueou uma sobrancelha sugestivamente pra Emmett, que segurou um sorriso contrariado, entendendo o ponto de Garrett. 

Emmett pensou que devia ter suposto que este tê-lo achado "um ex-soldado peculiar", como dissera na primeira vez que se viram, não acabaria por aquela afirmação.

—Emmett quer entrar para a Aeronáutica? - Peter se virou para ele com um sorriso de expectativa, e também arqueou uma sobrancelha, mas voltou a falar antes que obtivesse resposta - Bom, eu devo dizer, há poucos caras do seu tamanho querendo pilotar, a maioria prefere o exército. Mas, um homem com vontade de servir, ainda mais nesses tempos pós-guerra em que muitos não querem nem pensar nisso, é sempre bem-vindo! - ele olhou do marido de Kate, que assentiu satisfeito, de volta para o ex-soldado, que interrompeu. 

—Ah, Peter, eu agradeço pelo entusiasmo, mas isso é realmente só uma brincadeira de Garrett. - ele assegurou, tentando conter o sorriso que veio pelo rolar de olhos do outro, e explicou para Peter - Eu costumava mesmo preferir o Exército, me alistei aos dezoito e fui convocado para a guerra pouco depois de Pearl Harbor, linha de frente, e daí em diante. Por isso, temo que eu esteja no lado dos rapazes que não pensam em voltar. - e esboçou um sorriso modesto, enfiando as mãos nos bolsos da calça.

A maioria dos rapazes realmente não entendia o desinteresse "súbito" de alguns veteranos de guerra pelo que costumava ser seu próprio ramo, e esse era um dos motivos pelos quais Emmett não encarara seu trauma em muito tempo - e depois escolhera não falar dele a ninguém: tendo sido um garoto com tanto entusiasmo pelo Exército, e agora um adulto perdido entre a lembrança do apreço e o desgosto que a farda lhe trouxera afinal, ele previa e entendia a surpresa e a não compreensão vinda dos que tiveram experiências diferentes da sua. 

Sabia que a sensibilidade necessária para supor que os outros tivessem "seus motivos" era algo que só havia desenvolvido porque passara por todas aquelas coisas, e com isso era fácil manter a calma e relevar os comentários que vinham de veteranos como Garrett - mas não que fossem ocasiões mais agradáveis do que o usual. 

—Uau, então você esteve na guerra! - Peter pareceu surpreso, tendo arregalado um pouco os olhos e emendou, olhando de Garrett de volta para o mais alto - Eu devo admitir, conheço poucos que sobreviveram à linha de frente. Você deve ter sido mesmo muito bom, ou muito sortudo. - ele deixou um resquício de riso em aberto com a frase, e Emmett ia responder, quando o de cabelos loiros o fez.

—A primeira opção, Peter, e por isso um tolo de sequer considerar voltar, com todo esse talento, justo agora que não há mais guerra para lutar. - Garrett cruzou os braços em frente ao peito, um tom leve de desaprovação em meio à expressão serena, certo do que dizia, e Emmett balançou a cabeça negativamente, desviando o olhar. Embora nunca tivesse considerado seriamente voltar, e por isso não tivesse certeza do por quê nunca o fizera e da sua resposta, não esperava que Garrett entendesse.

—Querido, é melhor irmos nos sentar. - Kate chamou a atenção do marido, se aproximando e entrelaçando o braço ao dele, com um sorriso gentil - As pessoas estão começando a chegar, não queremos atrapalhar a entrada.

—Certo, é verdade. - ele assentiu, beijando uma das têmporas da esposa, e assegurou o braço dela no seu antes de mencionar sair, dizendo: - Mas, ainda vou querer saber suas novas histórias, Peter!

—É claro! Nos encontraremos na festa! - Peter afirmou alegremente, sorrindo, e acenou conforme os Denali se afastaram. Emmett acenou também e se fez esquecer o assunto de Garrett, voltando a se unir à família.

Logo, após uma breve conversa com os Cullen e de testemunhar a recepção de mais convidados, Peter e Charlotte também concluíram que era melhor que fossem pegar seus lugares perto do altar - e assim fizeram, deixando a família do noivo novamente apenas entre si, até que Rosalie e Esme tivessem, finalmente, retornado e se juntado a eles.

Daí em diante, as coisas pareceram passar mais rápido até a hora da cerimônia. Logo eles estavam organizados nos devidos lugares perto do altar, e depois de observar a organização complexa e ansiosa dos que iriam entrar, Emmett se sentou na primeira fileira, na terceira cadeira, cercado de um lado pelos dois lugares que Carlisle e Esme ocupariam durante a cerimônia, e de outro por Bella e seus pais.

Como de costume, o casamento começou por Esme entrando com Jasper, um grande sorriso orgulhoso em seu rosto, trocando olhares com o filho vez ou outra, e ele sorrindo breve, mas alegremente, até que ela o deixara no altar com um beijo no rosto e fora para o seu lado. Depois foi a vez da Sra. Brandon, a mãe de Alice, entrar com Carlisle, e assim que ele a deixara e ela se colocara ao lado que seria da noiva, ele fizera o oposto e, enfim, ele e Esme puderam se sentar nos primeiros lugares ao lado de Emmett. 

Então sim, era chegada a vez dos padrinhos. Rosalie e Edward entraram primeiro, de braços dados: os padrinhos de Jasper. Ela com o vestido rosa quartzo e ele com um terno acinzentado e uma gravata vermelha -, e se colocaram ao lado do irmão, em frente à fileira dos pais. Emmett os observou com um sorriso longo - até mesmo quando Rosalie dera um apertão no braço do mais novo porque ele parecera estar se deixando distrair, pouco tomado pela rigidez da ocasião. 

Seguindo a mesma paleta de cores, quando os irmãos se posicionaram em seus devidos lugares, entraram os padrinhos de Alice, depois as daminhas e finalmente, a noiva e seu pai. 

Alice estava num vestido branco bem acinturado, de saia rodada e não muito longa, com decote ombro a ombro e luvas rendadas nas mãos, que seguravam um buquê de lírios rosados. Entre os cabelos havia uma tiara prateada brilhante sob um véu razoavelmente longo, que caía por suas costas. 

E enquanto ela entrava, todos estavam de pé, sem tirar os olhos de sua figura única, que sorria de braços dados com o pai, até ser entregue à mão de Jasper - que então sim, todos repararam, tinha um sorriso quieto, mas esplêndido nos lábios e na forma como seus olhos vislumbravam a figura de Alice, que também dedicava a ele um sorriso longo nos lábios tingidos de vermelho, até que o padre convidasse todos a se sentarem para dar início aos votos. 

E entrementes, ainda vendo o olhar entre eles, algo na cabeça de Emmett o fez pensar que aquilo, o laço evidente mas invisível aos olhos entre eles, tinha algo muito a ver com destino - e pensando nisso, sem saber, os olhares dele e de Rosalie se cruzaram por uma fagulha de instante muito breve, mas significativa. 

(...)

Uma vez terminada a cerimônia, a luz do Sol de fim de tarde foi aproveitada para tirar as fotos dos noivos com as famílias, padrinhos, madrinhas e outros, antes que todos fossem movidos para o lado de dentro do vasto castelo, onde aconteceria a recepção e festa - que se estenderiam para a noite, como o previsto. 

Lá, as flores se alternavam nas mesas cobertas de toalhas brancas, em buquês feitos de lírios lilás ou cor-de-rosa, dando cor à maioria amadeirada do ambiente. O lustre que pendia do teto ao meio iluminava-o por inteiro, os detalhes de vidro delicados fazendo a luz se refletir para todos os lados, agora que as grandes janelas do ambiente já não transmitiam a luz do Sol. Havia um grande bufê de um dos lados, com pratos cobertos por redomas prateadas, e ao centro e mais ao fundo do ambiente havia uma mesa que sustentava um bolo branco de três andares, decorado com detalhes de glacê e um enfeite de noivos com minúsculas flores artificiais rosê no topo. 

Não levou muito tempo até que uma música começasse a tocar e os convidados todos se atentassem para as grandes portas do salão, que se abriram, revelando Jasper e Alice de braços dados, com grandes sorrisos nos rostos conforme as pessoas aplaudiram e deram vivas. Eles trocaram um beijo rápido e suave antes de caminhar para detrás da mesa do bolo, o que seguiu o corte deste, com o qual os noivos trocaram pedaços, e o brinde tradicional, para o qual todos os convidados receberam taças de champanhe e brindaram juntos. 

Foi depois disso que Jasper e Alice se colocaram a fazer agradecimentos. 

—Eu só quero tomar um momento para agradecer a todos que puderam estar conosco nesse dia tão especial. Realmente não seria o mesmo sem qualquer um de vocês. - Alice sorriu, olhando para grupos de pessoas em cada canto da sala - Mas, quero agradecer especialmente aos meus pais, à minha família, e à minha "nova "família, da qual na verdade eu já me sinto parte há tanto tempo. - ela olhou para os pais num canto e para os Cullen bem ao lado, todos sorrindo de volta - Obrigada por fazerem parte disso, por me acolherem e tudo o mais. Vocês sabem como amo cada um de vocês. 

—E é claro, - ela assumiu um tom de esclarecimento, e estendeu a mão para Jasper, ao seu lado, com um sorriso doce e comovido - ao meu incrível noivo. - eles entrelaçaram as mãos e Alice olhou dos convidados de volta para ele - Jazz, você me deixou esperando um bom tempo, sabe disso. Mas, cada dia com você e especialmente hoje, fez todo o tempo valer a pena. Eu amo você e espero que esteja pronto pra uma eternidade me ouvindo dizer isso. 

Assim, todos bateram palmas e Jasper sorriu longamente antes de deixar um beijo na testa da esposa, que sorriu-lhe e disse um "obrigada a todos!" antes de dar lugar para que ele falasse.

—Bem, Alice já disse muito do que eu poderia pensar em dizer, mas mesmo assim, quero dizer que é mesmo gratificante ter todos vocês aqui, fazendo parte dessa história inesquecível. - ele sorriu, com uma das mãos nos bolsos e outra segurando a taça de champanhe, e fez uma pausa - Dizer que sou grato seria até um eufemismo, pra ser honesto, mas mesmo assim digo isso em particular ao Sr. e Sra. Brandon, que colocaram esse ser humano brilhante no mundo, sem o qual eu realmente não seria feliz; - e dedicou aos sogros um olhar breve, mas sincero - e à minha família, as pessoas que me fizeram quem eu sou e estiveram comigo sempre. 

E com isso, Jasper sorriu mais largo, quase rindo, quando fitou os rostos sorridentes da família reunida - e o emotivo de Esme, que tinha uma das mãos dadas a Carlisle, cujos olhos também cintilavam, e a outra secando a beira dos olhos com um lenço branco. Rosalie sorriu de volta sem perceber, um sentimento orgulhoso e feliz preenchendo seu peito antes mesmo de ouvir seu nome pelo irmão mais velho.

—A Edward, Rosalie e Emmett, o melhor trio de irmãos que alguém poderia pedir, e a Esme e Carlisle, meus pais, que me deram esse presente e são a minha verdadeira inspiração para o amor. Eu amo todos vocês. Obrigado. - e declarou com um sorriso, erguendo a taça como num brinde a eles, se dando uma pausa para vê-los sorrir e erguer suas taças levemente também.

—Enfim, quanto à minha noiva, essa mulher extraordinária, - ele se virou para ela levemente, e suspirou discretamente antes de continuar - me faltam palavras pra dizer o quanto você significa pra mim e para fazer todas as promessas de uma vida incrível que teremos pela frente. Então, eu só vou dizer que depois de toda a espera, aqui é onde nós começaremos uma vida inteira sem pausas, juntos, como fomos feitos pra estar desde sempre. Eu amo você. - Jasper sorriu uma última vez e Alice foi a primeira a bater palmas, puxando o coro que encheu o salão, e recebeu-o com os olhos marejados e um sorriso no rosto.

E acompanhando o coro de palmas, mesmo Rosalie, que era relutante à ideia romantizada de pessoas destinadas uma à outra, pensando nas palavras do irmão e da cunhada - que lembravam-na da trajetória do casal até ali, que acompanhara, embora de fora, de perto -, não pôde evitar de pensar que o destino era definitivamente uma coisa entre eles. 

Enquanto Emmett, sem tirar os olhos dos recém-casados, coincidentemente também recebera a coisa do destino em sua cabeça de novo - e na mesma hora, como algum tipo de magnetismo, seu olhar se voltou para ela, Rosalie, sem poder evitar de se perguntar se ele mesmo estaria sendo, ou ainda seria, quem sabe, destinado a algo ou alguém em sua vida.