Ela riu de leve, respirou fundo e aceitou desabafar, mas nesse momento, os dois ouviram o prefeito de Paris anunciar algo:

—Em forma de agradecimento à Ladybug e Chat Noir, tocaremos uma música para homenageá-los por seus esforços para manter nosso lar seguro – Terminando o discurso, uma música lenta, mas ao mesmo tempo agitada tocava na praça central. Ladybug ainda ficou olhando cabisbaixa, só ouvindo a música. Chat Noir sentiu um certo incômodo nela e para animar sua parceira, surgiu-lhe uma ideia; Ladybug estava presa em seu transe, mas acordou quando viu a mão do parceiro estendida para ela:

— Me concede essa dança, My lady? – Disso dando aquele sorriso simpático que só ele tinha, talvez com um certo charme no meio.

Ela resistiu um pouco, mas acabou aceitando. Ele pegou em sua mão e a puxou para si, segurando firmemente em sua cintura e pegando em sua mão. Os dois começaram a ir para frente e para trás, sentindo o ritmo da música em seus corpos, e como a ocasião estava mais relaxante, Chat Noir decidiu pedir para que Ladybug continuasse a falar:

— My Lady, agora que o clima não está mais tenso, não gostaria de tentar falar o que iria dizer?

Ladybug ficou meio insegura em questão a tentar falar de novo, seu cérebro não conseguia processar as palavras que queria soltar e deixar que elas fossem embora junto com o vento. Mas seus pensamentos foram de novo interrompidos:

— Ah, vamos. Esse gato só quer seu bem Bugboo.

Ela riu de leve enquanto dançava, tomou folego mais uma vez, mas sem olhar diretamente para ele, então o garoto deu uma sugestão:

— Olha, se isso te faz se sentir melhor, pode apoiar sua cabeça no meu ombro, assim não precisa me olhar diretamente nos olhos. – Ela ficou parada, olhando ele por um tempo e ele deu um riso por dentro, mas com um sorriso nos olhos fechados, e isso, já foi o bastante para convence-la; ela apoia a cabeça no ombro dele, e eles voltam a dançar.

Ela respira fundo e começa o desabafo:

— Eu não sou a mesma pessoa com a máscara. Quando estou sem ela, eu volto a ser o mesmo desastre de sempre, tropeçando em tudo que estiver em meu caminho, caindo, sendo insegura de minhas próprias decisões – Ela dá um suspiro antes de terminar de falar – eu volto a ser a mesma Marinette de sempre.

Aquilo foi o bastante para deixar Chat Noir boquiaberto. Ele a colocou em sua frente, a analisando, enquanto ela tentava olhar para o lado, escondendo a sua vergonha, mas nesse momento, seus miraculous se desativaram. Os dois ficaram boquiabertos um para o outro, enquanto Adrian segura Marinette pelos braços. Essa, por sua vez, tentou se soltar e sentar novamente mas ele a puxou de novo, deixando ela com os olhos arregalados brilhantes e o rosto corado, enquanto ele sorria, mas sem mostrar os dentes, passando de leve a mão em seu rosto. Eles continuavam a dançar, o silencio tomou conta, expulsando aquela sensação quase gostosa; mas esse silencio tinha sumido por causa das risadas de Adrien, e Marinette só o olhava, pensando onde estava a graça...