The Most Wonderful Time of Year escrita por Lo, Gabi Black, Lady Luna Riddle


Capítulo 1
Jingle Bell Weasley... Ops, Potter!


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!

Aqui é a Lo! Cheguei pra vocês com esse primeiro conto sobre meu casal preferido: Harry e Ginny!

Essa é a primeira vez que posto um conto com tema definido, então espero que gostem!

Até lá embaixo!



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Eu sempre acreditei em intuição. Às 9:55 daquela manhã quase natalina algo me dizia que aquele não seria um bom dia. Meus olhos estavam presos na janela e, lá fora, as montanhas que faziam parte da propriedade dos Weasley contrastavam com a neve que caia fraca desde a noite anterior.

Pensei em como mamãe amava aquele tempo gostoso, friozinho e cheio de magia com luzes brilhantes, árvores decoradas, presentes e agradecimentos pelo ano. Eu sentia falta dela.

Tentei voltar minha atenção para o projeto que a senhora Finnigan havia me pedido para redecorar a casa dela. Eu era a única arquiteta naquela região de cidadezinhas pequenas. E, embora não fosse minha intenção voltar a morar ali, as coisas aconteceram de uma forma que me favoreceram. E então depois de alguns meses papai e mamãe faleceram no acidente da ponte Brickhann e então eu fiquei responsável pela propriedade e pelos gêmeos, meus irmãos mais novos.

— Senhorita Weasley - ouvi Katie me chamar da porta do escritório. O rosto retorcido me dizia que algo estava errado. Eu sabia que algo aconteceria.

— O que houve, Katie?

— Professora McGonagall entrou em contato - a voz da mulher que cuidava da nossa casa desde sempre soou cuidadosa. No mesmo instante, senti minhas bochechas começarem a queimar e mil coisas começaram a passar pela minha cabeça.

— Os gêmeos aprontaram de novo, né? - questionei quase conformada — Eu vou até a escola, obrigada, Katie!

Àquela altura, minhas mãos já tremiam de nervosismo. Eu já havia perdido as contas de quantas vezes tive que parar tudo que estava fazendo para ir até a escola dos meninos. Minhas mãos alcançaram, primeiramente, o casaco reforçado e depois a bolsa.

Quando finalmente cheguei à secretaria, pequenos flocos de neve cobriam minhas roupas e cabelos. Fred e George, que agora tinham 16 anos, estavam sentados lado a lado na recepção. Os olhos azuis como os meus passaram por mim mas não se atreveram a dizer nada. Aquilo me preocupou. Por mais que eles aprontassem, estavam sempre muito sorridentes e despreocupados com o que acontecia.

— Em que posso ajudá-la, diretora? - questionei Minerva, quando já estava sentada à sua frente

— Eu realmente não sei mais o que fazer com os dois, Ginny - a mulher que já era mais velha murmurou derrotada e aquilo apertou meu coração sem saber o que fazer.

— O que eles aprontaram dessa vez?

— Estavam brincando com um isqueiro na sala e, acidentalmente, colocaram fogo em um lixeira - naquele instante meus batimentos cardíacos aumentaram consideravelmente — O fogo saiu do controle, se espalhou por alguns papeis que estava, na mesa do professor e tivemos que evacuar todos os alunos imediatamente.

O suspiro que deixou meus lábios foi inevitável. Eu não conseguia entender como eles sempre arrumavam algo mais complicado para se meter. Deixei o escritório alguns minutos depois, com algumas orientações de que deveria procurar um psicólogo para meus irmãos, uma cópia da advertência e um sentimento que eu não sabia classificar se era derrota ou raiva.

— Gente, só faltava um dia para a licença de final de ano, poxa! - falei exasperada quando já estávamos dentro do carro — Você tinham que aprontar algo justo agora?

— Mas a gente só estava brincando, Gi! - Jorge tentou argumentar, mas aquilo só me fez pensar no quão irresponsável eles estavam sendo. Eu não conseguia entender como eles podiam ser tão bons em algumas coisas, mas tão desinteressados em outras. Era como imãs de polaridades diferentes.

— Na verdade, queríamos provar como uma combustão pode ser controlada em determinado ambiente quando se tem a quantidade perfeita de oxigênio nesse ambiente — Fred disse dessa vez e eu finalmente acreditei no que eles estavam falando.

— Mas vocês não estavam em um laboratório químico, meninos! Não dá pra brincar com fogo assim!

— A gente sabe, Gi! - ambos responderam juntos e eu revirei os olhos tentando não perder a coragem de brigar com eles. Queria muito que meus pais estivessem aqui agora. Mamãe sempre sabia o que fazer.

— Vocês estão de castigo! - murmurei assim que estacionei o carro na frente da nossa casa que estava toda decorada de luzinhas natalinas.

— Mas, Gi..

— Não, George! Vocês precisam saber que alguém poderia ter se machucado feio, inclusive vocês dois! - suspirei, voltando à calma — Sem TV, computador ou vídeo game até que vocês mereçam novamente.

Eles desceram do carro emburrados e seguiram para a casa. Provavelmente ficariam trancados no quarto por algumas horas. Voltei para o meu escritório e respirei fundo tentando entendê-los e, ao mesmo tempo, ser alguém responsável por eles.

— Ron - murmurei baixinho pelo telefone assim que meu irmão me atendeu

— O que houve, Gi? - a voz dele saiu preocupada e um certo remorso chegou à mim.

— Eu não sei mais o que fazer com os meninos, de verdade.

— O que eles fizeram?

— Colocaram fogo numa lixeira dentro da sala de aula! Estão com outra advertência.

— Ginny, eles são jovens, você lembra como era ter 16 anos e achar que você é imortal, não é? - ele perguntou descontraído e eu ri levemente ao lembrar das coisas que aprontávamos juntos. Nada que chegasse aos pés das brincadeiras de Fred e George

— Podemos ir mais cedo para o natal? - pedi, sem saber se Hermione, minha cunhada, se importaria.

— Claro que vocês podem! Os pais da Mi chegam amanhã. Vai ser bom pra os meninos mudar de ambiente por mais tempo.

— Obrigada, Ron, eu te amo!

— Eu também te amo, pirralha - ri do apelido que ele costumava usar quando éramos crianças.

— Te mando mensagem quando sairmos daqui, ok?

No restante daquele dia, me dediquei a terminar o projeto para senhora Finnigan e informar aos funcionários da casa que não estaríamos presentes para o Natal. No dia seguinte, aproveitei para passar na cidade e comprar alguns presente de natal para todos que eu sabia que estariam no apartamento de Ron e Hermione. Os meninos ainda estavam chateados comigo, e eu entendia o porquê. Porém precisava ser firme quantos às decisões, caso contrário, nunca daria certo.

Após o almoço daquele dia 23 de Dezembro, Fred, George e eu colocamos as malas no carro e seguimos em uma viagem de 4 horas até Londres, onde Ron morava. Os meninos estavam animados com uma nova ideia de criar um aplicativo que resolvesse cálculos matemáticos, e aquilo me fazia rir.

— Ginny, onde vamos dormir? - Fred perguntou quando já estávamos chegando na casa de nosso irmão

— Como assim, Fred? - questionei o olhando pelo retrovisor interno do carro

— A casa do Ron só tem 3 quartos, e os pais da Mione estarão lá, né?

Ele tinha um bom ponto. Eu não havia pensado naquilo em momento algum quando tivemos a ideia de passar o natal em Londres ao invés da fazenda.

— Ron, com certeza, pensou em algo! - respondi com um sorriso no rosto. O vi ainda dar de ombros e os dois continuarem a conversar sobre sua ideia.

Não se passaram muitos minutos até que chegássemos ao apartamento do nosso irmão. A cidade inteira estava coberta pelas pequenas luzes brilhantes, o que me deixou bem feliz. Natal sempre fora a minha época favorita do ano.

— Vocês chegaram!!! - Hermione disse efusivamente assim que abriu a porta — Que saudade! - nos abraçamos por alguns segundos e tudo que eu consegui pensar foi em quanto sentia falta dela — Por favor, não coloquem fogo nas minhas lixeiras - a ouvi brincando com os meninos e eles gargalharam

— Olá, pestes!

— Oi, Ron! - abracei o urso a minha frente e o apertei em meus braços como pude – Senti sua falta!

— Eu também baixinha! - ele disse sorrindo para mim

— Vamos, vamos, sentem-se! - Mione pediu nos guiando para a sala. Foi só naquele momento que percebi que não éramos só nós ali no apartamento. Os pais de Hermione sentavam lado a lado em um dos sofás da sala espaçosa da casa. Em uma poltrona ao lado deles estava um rapaz que eu não fazia ideia de quem era.

A atenção de todos se voltou para nós quando os meninos já entraram falando e cumprimentando a todos. Meus olhos pararam naquele que eu não sabia quem era, mas que tinha um sorriso lindo e olhos tão verdes que eu podia distinguir mesmo há alguns metros de distância. Sorri educadamente em saber muito bem o que fazer.

— Gi, os pais da Mi você já conhece! - Ron chegou fazendo as introduções

— Olá, senhor e senhora Granger! - os abracei por alguns segundos com um sorriso no rosto, eu não era próxima a eles, mas sempre nos encontrávamos em festas de família desde que Ron e Hermione se casaram

— E este é Harry, nós trabalhamos juntos! - finalmente Ron apresentou o estranho na sala

— Olá, Harry, prazer em conhecê-lo! - sorri e estendi a mão, cumprimentando-o

— Ouvi muito falar de você, Ginny! - ele disse sorrindo, e como o sorriso dele era lindo! Aquele homem parado à minha frente tinha uma voz profunda e bonita. Perdi-me por alguns segundos naquele rosto cheio de expressões que eu não tinha ideia o que significavam mas que todas elas me intrigavam. Os olhos verdes por trás do óculos de grau eram gentis e alegres, tive vontade de sorrir com aquilo

— Espero que bem! - brinquei e ele riu. De perto eu conseguia ver os múltiplos tons de verde que faziam de seus olhos, únicos.

— Harry, gentilmente, ofereceu o apartamento dele para os meninos dormirem, Gi - Mione informou assim que todos nos acomodamos — Ele mora alguns andares acima de nós - minha bochechas coraram ao perceber que mal havíamos chegado e já estávamos dando trabalho para alguém que nem conhecíamos

— Não precisava se preocupar, Harry, os meninos e eu poderíamos dormir no mesmo quarto - falei ainda envergonhada e meu irmão riu da minha cara

— Não podíamos não, Gi, você é muito espaçosa - Fred gritou da cozinha e eu quis matá-lo quando todos começaram a rir

— Está tudo bem, estou sozinho nesse natal - Harry respondeu de forma dramática e vi Ron revirar os olhos para ele.

O pai de Hermione, àquele ponto, já estava puxando assunto com os meninos que sempre ficavam felizes em ter alguém que gostasse de ouvir sobre as invenções deles e Ron se juntou à eles facilmente. Harry e eu acompanhamos a conversa deles por alguns minutos, e após algum tempo fui à cozinha ajudar Hermione e sua mãe com o jantar.

Naquela noite, não tivemos muitos problemas. Após o jantar, Fred, George e Harry seguiram para o apartamento do amigo de Ron sob muitas recomendações minhas, piadinhas de Ron e alguns biscoitos de Hermione que insistiu que eles poderiam ter fome à noite.

A manhã de véspera de natal estava muito animada quando cheguei à sala após uma noite de sono relaxante. Fred e George ainda estavam no apartamento de Harry. A tv estava ligada em algum canal em que várias pessoas competiam em fazer doces gostosos e a temática do dia eram biscoitos natalinos. Mione e Ron estavam na cozinha rindo de alguma coisa quando eu cheguei até a porta

— Bom dia, bela adormecida! - minha cunhada brincou assim que me viu e eu sorri para ela. Eu estava feliz porque Ron tinha encontrado alguém com quem compartilhar os momentos da vida dele e estava feliz.

Passamos o dia todo preparando algumas receitas para a ceia naquela noite. Nossas família tinham algumas tradições natalinas e queríamos colocar todas juntas naquele natal. Já era noite quando Fred e George finalmente chegaram novamente ao apartamento de Ron. Conversavam com Harry como se fossem amigos íntimos há muitos anos e riam de alguma piada que já existia entre eles.

— Gi, você não tem ideia de quantos jogos o Harry tem na casa dele! - Fred se aproximou de mim para contar com empolgação

— E vocês não estavam de castigo? - questionei mordendo o lábio para não sorrir da cara que ele fez

— Eles não podiam jogar? - Harry questionou preocupado e eu sorri levemente dessa vez

— Podiam sim - respondi e baguncei os cabelos ruivos do meu irmão que já era consideravelmente mais alto que eu

— Meu deus, como eles são falantes! - Harry comentou rindo assim que Fred saiu de perto de nós, não pude deixar de rir também

— Você não tem ideia do quanto!

— Ron pediu que eu conversasse um pouco com eles - ele comentou como se não tivesse importância enquanto pegava uma taça de champagne que Mione nos oferecia. Eu não conseguia saber se estava grata ou ultrajada com a audácia

— E eles te contaram como a irmã mais velha é chata? - questionei com um sorriso e o senti me encarar tão profundamente que no mesmo instante minhas bochechas coraram um pouco

— Na verdade eles disseram que entendiam porque você ficou brava - falou com um sorriso e eu tive a impressão de que ele estava sempre sorrindo, aquilo me fez sentir bem

— Às vezes eu acho que não sei o que estou fazendo e, de repente, vou vê-los se dando mal por algo que eu deveria ter feito por eles - respondi sem nem mesmo saber porque estava falando aquelas coisas a Harry

— Eles são bons meninos, Ginny, só tem criatividade demais! Não acho que você esteja fazendo qualquer coisa errada - sorri levemente em agradecimento

— Então você também é advogado? - a pergunta veio sem que eu notasse

— Não!! - respondeu rapidamente como se achasse um absurdo eu pensar aquilo — Credo, não consigo lidar com meia dúzia de leis! - aquilo veio tão espontaneamente que eu acabei rindo — Eu sou consultor financeiro da empresa!

— Está tudo explicado porque os meninos gostaram de você! Eles também amam números!

— E você? O que faz?”

— Gin? Gin, você está bem? - voltei à realidade com um pequeno susto. Encarei os olhos verdes à minha frente e sorri abertamente para eles

— Claro que estou, amor! - inclinei-me para Harry e colei nossos lábios enquanto ficava na ponta dos pés

— No que estava pensando?

— No primeiro natal que passamos juntos - sorri novamente

— Sabe que eu não conseguia tirar os olhos de você naquele natal? - e pergunta veio seguida de pequenos beijos no meu pescoço que me arrepiaram

— E agora você não consegue tirar sua boca de mim? - ele gargalhou assim que terminei a frase

— Não, não consigo!

— Harry! Você sabe que a nossa casa está cheia de convidados né? - o empurrei levemente rindo da situação.

— Tudo o que eles estão vendo é um casal apaixonado numa sacada cheia de luzinhas de natal se beijando, nada demais

— Nada mais clichê - brinquei e ele riu. Vi Rose, filha mais velha de Ron e Hermione, se aproximar de nós com Lily, nossa filha de quase 1 ano nos braços

— Tia, a Lily não para de querer puxar as toalhas da mesa! - ela disse brava, como se fosse Hermione e nós rimos. Harry puxou a pequena garotinha que também tinha cabelos ruivos para seus braços — E a mamãe está falando que vocês são péssimos anfitriões - a menina contou com as mãos na cintura e me perguntei se Rose tinha mesmo apenas 9 anos

— Nós já vamos entrar, querida! - agradeci e beijei a bochecha dela que entrou novamente no apartamento saltitando — Eu disse, Harry! E você, mocinha, estava tentando estragar o natal? - perguntei enquanto apertava o nariz dela que riu

— Obrigado pelos últimos natais, senhora Potter - o polegar dele escorregou pela minha bochecha, acariciando-a

— Eu que agradeço, senhor Potter, pela vida maravilhosa que construímos juntos

Antes que eu pudesse beijá-lo, Lily me empurrou e encostou no pai novamente nos fazendo gargalhar do ciúmes da pequena

— Acho melhor vermos o que Jay e Al estão aprontando - ele disse já me guiando de volta para a sala, onde estavam nossos familiares e alguns amigos

— Eu não acredito nisso! - murmurei quando vi Fred e George aparecerem na sala com várias caixas com fogos de artifício e todas as crianças correrem para perto dos tios, animadas com aquilo. — Eles nunca vão mudar Harry? - perguntei ao meu marido que ria abertamente

— Claro que não!  

No fim das contas, aquele foi mais um natal do jeitinho que estávamos acostumados: muito amor compartilhado, visitas do papai noel, brincadeiras de Fred e George e família unida.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, é isso!

Espero que tenham gostado e que nos acompanhem pois nos próximos dias teremos mais algumas histórias de autoras incríveis!

Feliz natal pra vocês!

Beijinhos!



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