| Bar Cabeça de Javali, 21:46 | 22/03/20017

— Ei Ruiva, — A mulher virou ao ouvir o chamado.

— Pois não? — Lily encarou o homem de cabelos castanhos e olhos cinzas que a  encarava.

Ele se sentou ao seu lado no balcão do bar e pediu um drink.

— Me daria o prazer de saber seu nome? — perguntou ele sorrindo.

— Minha mãe me ensinou a não conversar com estranhos. — brincou bebericando sua cerveja. Não estava em um bom dia. Ela nem ao menos gostava de cerveja!

— Não seja por isso. Sirius Black, solteiro, vinte e um anos, e louco por um beijo seu. — galanteou e  Lily teve que rir.

Pelo menos sabia dar uma cantada. Seu ex namorado, Amos Diggory. Era tão sem tato como um poste.
E era por causa daquele ser babaca que ela estava ali, largada em um banco de bar sujo, tomando aquela bebida asquerosa e conversando com um estranho.

Ele ligara e terminara dizendo que não estava dando certo, ela aceitou numa boa. Não aguentava mais aquele pé no saco!

Então três dias depois ele postou em sua rede social que Emmeline Vance era seu grande amor.

Babaca!

— Lily Evans, traída e desempregada. Vinte e um anos, prazer.
Sirius riu.

— Conte-me mais Srta. Evans. 

E a noite se desenrolou em Lily conversando com o estranho gostoso sobre seus problemas e escutando piadas infames de volta.

Foi divertido e após  três cervejas ela já estava um  pouco alta e num ápice de loucura falou:

— Beije-me.

E Sirius como um cavalheiro que era não negou o pedido da dama bêbada.
Puxou a beijando com ardor e Lily correspondeu.

Não havia sentimentos envolvidos, só muito álcool e dor de cotovelo.

Mas Lily tinha que admitimos.  O infame beijava bem!

Depois de beijos e mais beijos, Sirius foi embora. 

Ele poderia ser um cafajeste, só que Lily estava bêbada e nunca que ele se aproveitaria de uma pessoa maravilhosa como ela.

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| Apartamento de Lily, 18:32 | 25/03/2017

O telefone de sua cabeceira tocou naquele final de tarde e sonolenta Lily atendeu.

Arranjara um emprego no dia anterior e tivera que acordar cedo para começar a trabalhar.
Manhã definitivamente não era seu turno.

Ei Ruiva!

A voz conhecida soou do outro lado da linha.

—Sirius?

Eu mesma, ruiva bêbada. 

— Não pensei que me ligaria. — Disse sem rodeios.

Eu também não. Mas como você é uma excelente pessoa e gosta de falar de dor de cotovelo-

— Vou fingir que não escutei isso.

Preciso que cuide da minha.

— Levou um fora de alguma bêbada em algum bar? — perguntou sarcástica.

Estou mal ruiva.

A voz tristonha de Sirius foi oque a pegou.

— Claro, me passe o endereço e eu estarei lá.

Uma vozinha no seu inconsciente dizia que ela era louca em sair com um desconhecido que tinha beijado três noites antes, mas ela a ignorou.

Sirius Black poderia ser qualquer coisa menos um desconhecido.

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| Lanchonete da esquina, 22:05 | 07/05/2017

—Ei Ruiva,  me passe o ketchup. — Sirius pediu e Lily o entregou o vidro de gosma vermelha.

— Não sei como come pizza com isso. É horrível. — Comentou Lily e Sirius olhou para ela horrorizado.

— pizza com ketchup é a oitava maravilha do mundo.

Lily negou com  cabeça e continuou a comer.

Em mais de um mês de amizade, Sirius e ela estavam muito próximos.

Saiam duas ou três vezes por semana  e riam como loucos em lugares inapropriados.

Até que tentaram se pegar em uma noite, mas não deu certo.

Resolveram ficar na amizade e foi o maior acerto de suas vidas.

— Eu tenho um amigo pra te apresentar. — Sirius Disse entre uma risada e outra.

Lily arqueou uma sobrancelha para ele.

— Sem chance. — Falou categórica.

— Qual é ruiva! Você e o James iam se dar super bem.

Lily negou com a cabeça e sorriu. Sirius era impossível.