A primeira coisa que ela fez assim que a escuridão começou a desaparecer a o mundo ao seu redor á ganhar forma foi ler "Procurado para interrogatório sobre a morte de Alvo Dumbledore"

— Mas que merda?

" em cima havia uma foto de um garoto, mas ela estava tão confusa pelo título que não registrou isso, o mundo pareceu continuar girando e ela pode sentir seu estomago revirando e pensou que iria vomitar o suco de abobara que seu marido tinha insistido para que ela tomasse. E foi assim que ela saiu do estado de choque da notícia, onde estaria seu marido?

Olhou em volta, estava de noite, mas como ela havia ido parar lá? Ela reconhecia aquele lugar, era a entrada da travessa do tranco, mas que diabos ela estava fazendo no Beco Diagonal?

Caminhou de volta ao Beco Diagonal, esperando sair do clima tenso e taciturno da Travessa, mas não encontrou nada, as lojas estavam todas fechadas, não havia ninguém nas ruas que estavam além de desertas estavam sujas, o clima de abandono e medo podia ser sentido. A mulher segurou a varinha mais forte em punho enquanto andava na escura viela, chegando em frente a antiga loja de varinhas do Olivaras, ela percebeu que algo estava muito mais errado do que ela temia, a loja estava saqueada e abandonada e ela teve mais do que certeza, não era outubro de 1981. Ela possivelmente estava morta e depois de ter colado chiclete no cabelo de Helga McQueen ela estava sendo castigada em algum tipo de inferno pessoal, onde a magia estava se deteriorando e pessoas incríveis como Alvo Dumbledore estavam mortas.

Suspirou pesadamente e deu meia volta, ao longe viu duas pessoas em capas conversando, elas caminhavam rápido e claramente tentavam não ser vistas, a mulher se aproximou e percebeu que se tratava de duas mulheres, talvez da sua idade

— Ele apareceu lá perto da loja dos Weasley foi o que eu ouvi - dizia a mulher da direita

— Acha que é um nascido trouxa sem registro? - dizia a outra, a mais baixa delas

— Acho que não. Os Weasley disseram que ele estava bêbado e levaram ele para dentro disseram que iam cuidar

— Bom! Deve estar mesmo, para gritar a plenos pulmões nos dias de hoje que quer encontram Harry Potter - disse com desprezo

—Boa sorte, ele não é o único.

As duas devem ter percebido que estavam sendo seguidas pois apertaram o passo e pararam com a conversa, desaparecendo na noite.

Ela deveria encontrar essa tal loja de Weasley, seja lá onde fosse.

Começou a ir na direção contraria e seguiu a origem das duas mulheres, não saberia dizer no futuro quanto tempo esteve se esgueirando pelas ruas escuras do Beco Diagonal,

mas saberia dizer o alivio que foi avistar mesmo de longe a única loja que parecia não estar saqueada "Gemialidades Weasley" seja lá o que fosse, ela esperava encontrar respostas, aliás também queria encontrar Harry Potter

— Olá, alguém? - bateu na porta laranja corajosamente, estava fechada, mas com alguma sorte encontraria alguém ali.

— Estamos fechados, compre as vomitilhas amanhã - disse uma voz masculina de dentro da loja

— Vomitilhas? Eu não quero isso... Olhe será que você pode me ajudar? - suplicou

— Eu conheço essa voz, me solte, eu conheço ela - a segunda voz que ela ouviu vindo de dentro da loja era conhecida, seu marido. Ela suspirou aliviada

Então de repente a porta se abriu e ela sentiu o mundo um pouco mais quente e iluminado, nem tudo era estranho.

— Lily?

— James!

Ela correu para os braços do marido o abraçando firmemente, só de pensar que ela achou que nunca iria vê-lo mais, depois que Voldemort entrou em sua casa em Godric’s Hollow...

— Oh! meu Merlim, o que aconteceu? como viemos parar aqui? Onde está Harry? - ela se ouviu dizer e sentiu mais uma vez o reboliço no estomago recomeçar

— Vamos entrem, não é seguro ficar nas ruas nesses dias, muito menos com a noite - disse um jovem ruivo que Lily reparou agora, ele não tinha uma orelha e olhava desesperadamente para os lados com a varinha em punho, e logo atrás dele bem na soleira da porta tinha outro rapaz ruivo parecido, gêmeos, Lily adivinhou, ele parecia preocupado e também tinha a varinha em punho, mas esse jovem tinha todas as orelhas no lugar.

James a conduziu para dentro, e ela reparou nele agora, usava o mesmo suéter preto e azul que ela se lembrava da última vez que tinha visto ele "corra Lily, é Ele, vou atrasa-lo. Leve o Harry" as palavras ecoavam em sua mente confusa. Ele parecia abatido e a conduziu pelo local que ela percebia agora, era uma loja muito parecida com a Zonko's de Hogsmead.

— Onde estamos? A última coisa que lembro é d'Aquele-que-não-deve-ser-nomeado me apontando uma varinha e gritando comigo. - disse assim que subiram umas escadas e alcançaram uma pequena divisão que servia de apartamento, se sentou à mesa com a cabeça ainda rodando. - Eu acordei na Travessa do Tranco e então nada.

— Eu também apareci por aqui, mas foi algumas horas atrás, por sorte os Srs. Weasley me encontraram e me trouxeram para cá, pelo que eles me contaram nos dias de hoje eu dei sorte de aparecer por aqui.

— Graças a Merlim nós te achamos e não algum caçador ou comensal - Disse o rapaz sem orelha

— Você estava berrando mais que a mamãe quando trocamos a varinha dela por uma falsa - disse o outro com um leve sorriso brincalhão nos lábios.

— Lily esse são Fred e Jorge Weasley, é fácil diferencia-los, Jorge tem uma orelha a menos - disse James apresentando os rapazes

— Olá Sra. Potter, puxa não acredito que conhecemos a mãe e o pai do Harry - disse o rapaz Fred com admiração enquanto o outro assentia.

— O Harry? Onde está o meu menino? - disse Lily procurando ao redor pelo garoto

— Lily, você não vai acreditar, mas assim que os Weasley me encontraram e me acalmaram, eles explicaram um pouco pra mim - disse James sentando-se de frente a esposa ele parecia triste agora - Você vai ter que acreditar em mim Lily e não me interromper, promete? - a mulher assentiu ainda confusa com toda a situação - Nós, eu e você, morremos, aparentemente - a mulher soltou um ar de exclamação, mas não interrompeu - É verdade, nós morremos no dia 31 de Outubro de 1981, o dia que aquele-que-não-deve-ser-nomeado entrou em nossa casa, e de alguma forma nós aparecemos aqui hoje, primeiro de setembro de 1997.- ele esperava que a reação de Lily fosse mais escandalosa do que um simples queixo caído.

— Sra. Potter parece...anh... menos irritada com a verdade do que você Sr. Potter - espantou-se Jorge

James fez uma careta, mas continuou - Bom, o fato é que eu demorei um pouco menos para aceitar esse fato, e eu posso ter desmaiado, então os jovens aqui estavam me contando enquanto você chegou o que eles sabem do Harry, eles dizem conhece-lo. - e um pouco mais animado James virou-se para os Gêmeos que se encaravam, Fred tomou um longo gole de chá e virou-se para os pais do seu amigo.

— Vocês têm que entender que nesses 16 anos o Harry teve uma leve propensão para... - começou Fred incerto

— Para problemas - terminou Jorge - Ele atrai todos os tipos de problemas desde sempre, mas não é momento para falar disso, o que importa é que desde que aquele-que-não-deve-ser-nomeado voltou, há alguns anos, ele tenta matar o Harry - explicou Jorge

— Ah! Mas relaxem o Harry é o maior expert em fugir d'Ele - Tentou aliviar Fred, quando viu os rostos preocupados dos dois à sua frente. - Enfim não somos a pessoa certa para contar tudo a vocês, mas precisam saber que há alguns meses Harry, Hermione a melhor amiga do Harry, e Rony amigo do Harry e nosso irmão, desapareceram pelo mundo, ninguém tem notícias deles a muito tempo, da última vez que soubemos, Remus foi o último a falar com Harry, mas foi há algumas semanas, e desde então não se tem uma palavra do paradeiro dos garotos. - Suspirou preocupado. - Dumbledore morreu e Harry era o único presente para testemunhar, agora o ministério quer encontra-lo para testemunhar

— Mas é claro que é tudo fachada, desde que temos um novo ministro da magia, o Lorde das Trevas assumiu indiretamente todo o controle do ministério, agora de Hogwarts, e a caçada aos nascidos trouxas está cada vez mais intensa e é só algum tempo para vir atrás de gente como nós, os traidores do sangue, são tempos difíceis, ninguém sabe em quem confiar, as pessoas não tem para onde fugir. Comensais assumiram todo o controle.

— É pior do que no nosso tempo - disse Lily virando-se para James- Meu filho já tem 17 anos e está por aí, sendo o maior procurado desse desprezível das trevas, nós temos que fazer algo. - Lily chorou nos ombros do marido

James virou-se para os rapazes - Na minha época temos uma organização secreta contra - ia dizendo quando foi cortado

— NÃO DIGA O NOME DELE - gritaram os gêmeos, mas Jorge se desculpou - sinto muito assusta-los mas o nome dele virou uma rastreador, assim que dito essa sala estaria cheia de comensais em dois minutos e sim temos Ordem da Fênix ainda, inclusive temos uma reunião amanhã pela à noite com alguns deles, enquanto isso vocês ficam aqui conosco, sem serem vistos, não podemos avisar ninguém que vocês estão aqui, as corujas são muito interceptadas esses dias e todos os membros são muito vigiados para arriscarmos ir visitar alguém hoje.

— Obrigada - disse Lily de repente - Vocês confiaram e nos ajudaram mesmo sem nos conhecer - ela levantou-se e abraçou os rapazes vários centímetros mais altos que ela.

Eles ficaram um pouco encabulados, mas sorriam brilhantemente

— Você está brincando, o Sr. Potter é igualzinho o Harry -disse Fred assim que a mulher os soltou

— Mas tem seus olhos Sra. Potter - continuou Jorge