Escolhas escrita por Rayanne Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal,
Mais uma fic na área. Estou mexendo nela já tem alguns anos, mas só agora decidi postar. A fic é Beward, mas vão precisar tem um pouco de paciência.
Espero que gostem.



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A boate estava lotada, a maioria das pessoas já estavam bêbadas e dançando animadas na pista.  Bella sorriu enquanto analisava o ambiente, estava do jeito que ela gostava. De longe avistou os amigos e foi dançando até eles.

—Chegou chegando hein Bella.

Lauren entregou um copo para ela, que despejou o líquido de uma vez na boca sem nem ao menos ver o que era.

—Hoje só quero me divertir e esquecer o mundo. – Respondeu pegando outro copo.

—Que isso hein Swan, vamos com calma e não se esqueça do Jake lindo aqui. - Jacob se aproximou dela, que logo se afastou. Bella às vezes saia com Jacob, mas não era nada sério. Ela não queria se prender a ninguém e muito menos a um cafajeste como o amigo.

—Deixa de ser chato e vamos dançar e beber até o sol nascer. - Virou mais um copo e foi pra pista.

 Jacob a acompanhou e os dois começaram a dançar, a cada dança Bella estava com um copo diferente na mão. Como prometido, ela dançou e bebeu até o sol nascer. Ela saiu da boate praticamente caindo, os amigos até ajudariam, mas estava em igual situação. Mike pediu um taxi para ela, já que ela não conseguia nem fazer isso de tão bêbada que se encontrava.

—Valeu Mike, até mais galera. - Falou se despedindo dos amigos e entrou no táxi. Ela só teve tempo de dar o endereço ao motorista e logo apagou no carro.

Assim que chegaram ao destino deles, o taxista tentou acordá-la, sem sucessotocou o interfone e foi atendido pela governanta da casa, Carmen, que logo chamou um dos seguranças para ir com ela até o taxi, para que pudesse levar Isabella até o quarto. Era sempre assim que a moça chegava em casa.

Enquanto Carmen pagava e agradecia o taxista, o segurança carregou Bella para dentro da casa e encontrou com Aro na escada.

—O que é isso?- Perguntou alarmado com a situação em que a neta se encontrava.

—Um taxista a trouxe, Carmen pediu para levá-la para o quarto. - Se explicou terminando de subir.

—Senhor Aro, viu a situação em que a menina Isabella chegou, é sempre assim. - Carmen lamentava com o patrão que se sentou na escada.

—Onde foi que eu errei Carmen?- Perguntou envergonhado.

—Senhor Aro. – colocou a mão no ombro dele. - O senhor sempre fez o melhor para ela, mas acabou a mimando demais. Se me permite falar, ela não tem nenhum tipo de limite e não sabe dar valor a vida que tem.

—E isso tudo é culpa minha Carmen - Se levantou e começou a andar de um lado para o outro. - Eu tinha que ter dado limites a ela e tê-la educado melhor.

—O senhor fez o que pode. A criousozinho. - A governanta tentava consolá-lo.

—Eu não fiz o melhor. Tinha que ter feito mais. Prometi a minha filha que cuidaria da Isabella. E o que eu fiz?  A deixei jogada por aí. Deixei que ela vivesse uma vida de futilidades, sem respeito por ninguém e sem nenhum senso de responsabilidade, eu falhei vergonhosamente.

—Não diga isso Aro, você fez o melhor. - Segurou nas mãos dele. - Só a mimou demais, sempre a protegeu de tudo e lhe deu muito amor.

—Nem tente me ajudar Carmen. Eu falhei, essa é a verdade. - Suspirou derrotado.

—Aro, ainda há esperança para Isabella, não fale como se estivesse tudo perdido. - Carmen ralhou com ele.

—Esperança? Você não viu como ela chegou? Está praticamente desacordada lá em cima. E isso é todo dia. Não sei como parar isso. Só se interná-la.

—Não faça isso. Ela só precisa de pulso firme, aposto que quando se casar e tiver um marido que a coloque na linha tudo isso vai mudar.

—Isabella casada?- Aro riu com incredulidade. - Só se fosse obrigada Carmen. Mas tenho que concordar, acho que se ela tivesse um homem forte na vida dela tudo mudaria, eu já não tenho forças para lidar com isso e nem sei como fazer isso.

—Então arrume um marido para ela. - Sorriu esperançosa. - Que não seja nenhum daqueles garotos que não querem nada com a vida. Bella precisa de um rapaz honesto que a faça feliz e que coloque juízo naquela cabeça oca dela.

Carmen já estava na família há anos. Ela teve um breve romance com Aro no passado e o ajudou a cuidar de Bella, mas ele se fechou para o mundo com a morte da filha Renée, ele só tinha cabeça e olhos para neta e para empresa. Decidiu então acabar seu romance com Carmen. Mesmo assim Carmen se manteve ao lado dele e sempre o ajudava com Isabella e dava conselhos para garota e chamava a atenção dela quando merecia. Bella não a ouvia e algumas vezes a tratava mal, mas ela não se deixava abater, ela mantinha a esperança que um dia veria a garota na linha e feliz. Ela sabia que esse jeito rebelde era só uma forma dela chamar atenção de todos. Desde a morte dos pais ela sempre buscava por carinho e como só tinha Aro como família, ela fazia de tudo por sua atenção, ele quando estava ocupado, enchia a neta de mimos e fazia de tudo por ela, sempre passando a mão na cabeça dela.

Bella cresceu em meio ao luxo, ela seria a herdeira de uma das maiores construtora do mundo. Aro tentava compensar a falta com a neta com presentes caros, só que não era disso que ela precisava. Ela precisava de amor, de uma família.

Aro resolveu não ir para empresa e ficou trabalhando em casa mesmo, ele estava tendo ideias para colocar a neta na linha, ele já estava velho e precisava deixar tudo em ordem para quando não estivesse mais por perto. Ele queria ter a certeza que a neta seria feliz. E seu plano começaria logo, assim que a neta acordasse teria uma conversa com ela, se isso não desse certo, partiria para o plano B, ele só esperava que desse certo.

Isabella acordou resmungando com dor de cabeça, se levantou e foi até a cozinha em busca de Carmen. Já era quase 18 horas quando ela se levantou.

—Finalmente acordou menina. - Carmen exclamou feliz, ela amava Bella como se fosse sua neta.

—Não enche e me arruma um remédio logo, minha cabeça está explodindo. - Reclamou colocando a cabeça na bancada.

—Isso que dá beber demais. –Ela lhe estendeu um copo com água e um comprimido.

—Sem sermões, por favor.

—Falando em sermões, seu avô quer vê-la, ele está no escritório.

—Não foi para empresa não?- Perguntou surpresa. - Parece que é serio mesmo então, me arruma algo para comer, estou morrendo se fome. - Saiu depositando um beijo na cabeça da governanta.

Bella foi logo abrindo a porta do escritório e encontrou o avô mexendo no computador, ele sem desviar os olhos da tela pediu para que ela se sentasse.

—Vô será que dá para andar logo, preciso sair.

—Isabella será que não cansa não? Todo dia tem que sair e chegar bêbada em casa. - Aro falava com firmeza, mas com carinho.

—Desculpa vô, só estou curtindo, sou jovem e mereço ser feliz. - Se levantou e sentou no colo do avô, quando fazia isso ela o desarmava completamente.

—Bells, o que faço com você hein? Tem que criar juízo garota, não vou estar aqui à vida toda não.

—Ai vô não fala assim não. Você não pode me deixar, sabe que é tudo o que tenho - Deu um beijo estalado na bochecha dele.

—Querida, sabe que um dia irei partir. Você precisa montar a sua família, ter um marido, filhos. - Bella se levantou rapidamente.

—Para com isso, você não vai me deixar. - Enxugou uma lágrima que teimava em cair. - Promete que não vai me abandonar?

—Eu prometo. E prometa que vai mudar de vida, ser mais responsável.

—Eu tenho 20 anos, tenho que curtir. Quando estiver velha eu serei responsável. Promessa de escoteira.

—Você nunca foi escoteira garota. - Os dois riram.

—Ok, que tal eu não sair hoje e assistirmos a um filme?

—Eu topo. - Aro se levantou animado e já pensando no plano B, porque o A não tinha dado certo.

Como não ficou até tarde na rua, Bella conseguiu acordar cedo para ir à faculdade.

—HeySwan onde se meteu ontem?- Jacob perguntou a abraçando.

—Tive que ficar com meu avô, ele veio com um papo de responsabilidade e para mostrar que posso ser ajuizada fiquei em casa ontem.

—Então quer dizer que Isabella Swan vai parar com as noitadas?

—Lógico que não querido, hoje estarei com força total lá na boate. – Os dois caminharam sorridentes. Por onde passavam Bella era cumprimentada por todos, ela fingia que nem via, se sentia superior a todos.

—Senhorita Swan, seu trabalho de Marketing. – Um garoto parou na frente dela. Ela apenas pegou a pasta e entregou o dinheiro para ele. Era sempre assim, Bella pagava para que os “nerds” fizessem seus deveres, trabalhos e lhe passassem cola.

—Você não presta, será que dá próxima vez pode pedir para colocarem meu nome também?

—Não Black. - continuou andando firme e com superioridade.

Na hora do almoço Bella recebeu uma ligação de Carmen.

—O que foi?

—Menina... O seu avô. - Carmen gaguejava sem parar

—Não entendi nada, fala de uma vez o que aconteceu, o que tem o vovô?

—Ele está no hospital e está muito mal.- Foi o que bastou para Bella ordenar que o motorista a levasse até o hospital.

Quando chegou lá encontrou Carmen aflita sentada num sofá.

—Ainda bem que chegou.

—O que aconteceu com ele?- Pediu nervosa.

—O médico disse que foi um ataque cardíaco e a situação dele não é nada boa. - Bella se sentou chocada.

—Como assim?

—Menina não vou esconder nada. Seu avô tem poucos dias de vida.

—Não.Você está mentindo, ele não vai morrer, ele prometeu que não iria me deixar, ele não pode fazer isso. - Desabou a chorar sendo consolada por Carmen.

—Eu sinto muito querida.

—Droga, todo mundo que eu amo tem que morrer, eu só posso ser muito horrível mesmo.

—Meu bem não fale assim, você não tem culpa de nada.

—É claro que tenho, o vovô ficou chateado comigo e passou mal e o acidente com os meus pais foi por minha causa. - Ela tentava secar as lágrimas que caiam sem parar.

—A culpa não foi sua, você era praticamente um bebê.

—Foi culpa minha sim.

—Isabella nunca mais fale isso, você não tem culpa de nada. Se acalme que daqui a pouco vai poder ver o seu avô.

Ela tentou se acalmar, mas foi em vão, tremia dos pés a cabeça e só conseguia imaginar como seria sua vida sem ninguém.

Quando entrou no quarto e encontrou o avô ligado a tubos, chorou novamente, ela ficou horas ao lado dele dizendo o quanto o amava.

—Bella. O advogado do seu avô quer falar com você. – Carmen apareceu na porta a chamando.

—Já vou. Vovô eu te amo, lembre-se disso sempre. – Beijou a testa dele e saiu do quarto.

—Isabella, eu sou Eric advogado do seu avô e preciso conversar com você, será que podemos ir até a lanchonete? – Os dois se encaminharam até lá e sentaram numa mesa mais afastada.

—Sobre o que é?

—Diante do inevitável, temos que resolver sobre o futuro da empresa.

—E o que isso tem a ver comigo?

—Você tem que assumir a empresa.

—Haha, muito engraçado. Deixe de besteira e fale logo o que quer.

—Já disse. Você tem que assumir a empresa e logo, ela não pode ficar sem ninguém a frente dela.

—Tenho a certeza que existem outras pessoas para fazer isso. - Bella já ia se levantando.

—Se não for você, vai ser seu tio-avô Marcus. - Ela parou na hora. Aro e Marcus apesar de serem irmãos se odiavam.

—Isso nunca. Pensei que esse homem estivesse na cadeia depois que roubou meu avô e quase acabou com a empresa.

—Não conseguimos achar provas contra ele e como ele é sócio da empresa continua lá.

—E se ele assumir?

—Bem, além de correr o risco de falir a empresa, você perde todos os seus direitos sobre a empresa. Resumindo, só vai lhe sobrar a casa e os carros. Todos os outros bens pertencem à empresa.

—Traduzindo, se não assumir, eu ficarei pobre.

—Isso mesmo. - Bella se sentou novamente pensando no que fazer.

—Eu não posso assumir, vou falir com a empresa.

—Você pode conseguir alguém para te ajudar, só não deixe Marcus assumir.

—Isso nunca. Ok, eu assumo. Não sei o que fazer, mas não vou deixar que tomem tudo de mim, além de perder meu avô, vou ficar pobre? Nunca.

—Só tem uma pequena condição para assumir. - Eric falou meio hesitante.

— E o que seria?

—Você terá que se casar.

—O que?


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Notas finais do capítulo

O que acharam? A Bella é uma pessoa difícil, mas no fundo é uma boa pessoa.
Comentem a vontade.

Bjs e até mais.