Consequence Of Love: Cap. Capitulo II  

— Jantar com a família dele? - Questionei surpresa. 

Rose acaba de me informar sobre seu jantar com a família de seu ursão e percebi que ela estava bastante apreensiva com aquilo. 

— Sim! Ele me convidou ontem e não soube como recusar... 

— E por que recusaria?  

— Não acha que está indo muito rápido isso que está acontecendo entre eu e ele? 

Segurei nas mãos de minha amiga entendendo o motivo de todo seu nervosismo.  

— Você está com medo. 

— Muito. Mas não sei por que...  

Disse ela desabafando. 

— Por que você está amando. Apenas por isso. Lhe dei um sorriso tranquilo e ela não retrucou. 

Sabia que era verdade. 

— Tem mais uma coisa, Bels... Eu disse que levaria uma pessoa. 

Ela então me encarou esperançosa. 

— Oh não! Você disse que eu iria? 

— É claro! Você é minha melhor amiga, minha irmã. Não poderia fazer isso sem você. 

Como retrucar aquilo? Não tinha como. 

— Tudo bem, eu vou com você.  

— Obrigada... obrigada ... obrigada. 

Disse ela saltitante o que me fez rir. 

Passamos o dia comendo besteiras e imaginando como seriam seus futuros sogros, confesso que ao brincar dizendo que sua sogra poderia ser aquelas mães grudentas que infernizam a vida da nora a assustei um pouco. Mas logo ela percebeu que era apenas uma brincadeira de minha parte e se vingou tacando uma almofada em minha cara, apenas ri. 

Mais tarde cada uma foi para seu quarto se arrumar. Optei por um vestido simples de manga comprida e um leve decote. Amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo alto e elegante. Passei uma maquiagem que marcava meus olhos castanhos e lábios carnudos.  

Ao terminar caminhei até o quarto de Rose onde meus olhos se arregalaram ao ver a bagunça ali, o habitual quarto de personalidade forte como ela, estava amarrotado de roupas espalhadas.  

Ela me encarou e riu. 

— O que está havendo comigo? Nunca demorei tanto para escolher uma roupa, muito menos esperando agradar alguém. 

Ri me desvencilhando das roupas até chegar a ela. 

— Não precisa agradar ninguém além de você mesma. Se ele gostar de ti como vejo em seus olhos que gosta, ele te aceitaria até mesmo sem nada... 

— Sem dúvida nenhuma ele até preferiria sem nada. 

Tirou sarro, maliciosamente. 

— Sua boba, então trate logo de escolher uma roupa qualquer. 

A ajudei a escolher sua roupa. Optando por um vestido vinho que se moldava perfeitamente ao seu corpo magro e alto. Nada extravagante e sim, sofisticado. Deixou seus cabelos loiros soltos e passou uma maquiagem destacando seus belos olhos azuis. 

Enfim estávamos prontas e fomos em seu carro para a casa dos seus futuros sogros.  

Durante o caminho liguei o som do carro e sorri ao ver que tocava uma de minhas músicas favoritas, The Greatest da Sia. 

Uh-oh, ficando sem fôlego, mas eu 
Oh, eu, eu tenho resistência 
Uh-oh, correndo agora, eu fecho meus olhos 
Bem, oh, eu tenho resistência 
E uh-oh, eu vejo outra montanha para escalar 
Mas eu, eu, eu tenho resistência 
Uh-oh, eu preciso de outro amante, ser meu 
Porque eu, eu, eu tenho resistência... 

Cantei e Rose me acompanhou.  

Não desista, eu não vou desistir 
Não desista, não, não, não 
Não desista, eu não vou desistir 
Não desista, não, não, não... 

O maior, o maior vivo 
(Não desista, não desista, não desista, eu tenho resistência) 
O maior, o maior vivo 
(Não desista, não desista, não desista, eu tenho resistência) 

A música chegou ao fim e percebi que havíamos chegado em uma rua com casas enormes e jardins. Rose estacionou em uma bela casa, que parecia ser a maior dali. Era grande e clara. Com um belo jardim com flores que não encontrávamos com facilidade em nosso país.  

— Pronta?  

A pergunta de Rose me fez voltar a realidade e a olhei, sorri. 

— Eu que deveria estar perguntando isto. Pronta? 

Ela riu. 

— Não tenho muita escolha. Então vamos lá. 

Disse ela e sorriu saindo do carro, a acompanhei. 

As luzes da casa estava acessa e assim que nos aproximávamos da porta podíamos ouvir os risos e conversas dentro da casa. 

Rose tocou a campainha e suas mãos agitadas começaram a arrumar seu vestido, cabelo, batom...Arqueei a sobrancelha contendo o riso. 

— Que é? Só estou conferindo se está tudo okay. 

Disse ela dando de ombros. 

Poucos segundos depois a porta foi aberta por duas pessoas mais velhas. A primeira era uma mulher de cabelos marrons arruivados e ondulados, seus olhos eram verdes e seu olhar era doce. Ela sorriu animada para nós. E ao seu lado, estava um homem alto e loiro. Olhos azuis e semblante gentil.  

Ambos nos cumprimentaram e fomos apresentadas, descobrindo o que já havíamos desconfiado. Eram os pais de Emmett, namorado de Rose.  

Carlisle, o pai gentilmente pegou nossos casacos enquanto Esme, a mãe dele nos levou até uma grande sala elegante e aquecida por uma lareira. Lá estavam um homem forte e grande, que certamente era o ursão de Rose, com seu sorriso infantil e sentada com um sorriso animado estava uma mulher baixinha e de cabelo curto.  

Ela logo veio até nós, nos recebendo em um abraço apertado e se apresentando como a irmã de Emmett. 

Emmett após receber Rose em seus braços e trocarem um beijo apaixonado. O que arrancou suspiros das mulheres no recinto, caminhou até mim. 

E como sua irmã, me deu um abraço apertado que tirou meus pés do chão. 

O que me fez corar e os outros rir. 

— Finalmente conheci a melhor amiga de minha ursinha. Ela fala muito sobre você. 

— Espero que bem. - Rimos. - Ela também fala muito sobre você. 

— É mesmo? Humm... Fiquei curioso. Acho que teremos que roubar a amiga da minha garota por uns dias. 

— Nada disso, ursão. Bella é a minha melhor amiga. Arrume o seu melhor amigo. 

Piscou ela brincando. 

A noite estava realmente muito boa, ambiente agradável e mesmo que tenha conhecido –os a poucas horas me mostraram ser pessoas divertidas e honestas, isso me tranquilizava, pois o que jamais desejaria era a infelicidade de Rose. 

Esme e Carlisle estavam na cozinha terminando o jantar, enquanto nós estávamos na sala. Mas ao perceber que eu e Alice estávamos de vela, me chamou para que eu fosse conhecer sua casa, agradeci por isto e aceitei o convite deixando os pombinhos a sós.  

Caminhamos até os fundos que tinha uma enorme piscina.  

— Nunca pensei que veria meu irmão assim, tão apaixonado. 

Disse ela rindo. 

— Somos duas, que ela não me ouça dizer. Mas ela está completamente apaixonada por seu irmão. Espero apenas que ele a faça feliz. Rose é mais que minha melhor amiga, é minha irmã. 

— É muito bonita a amizade de vocês. Nunca tive uma amizade assim, infelizmente. E quanto ao meu irmão. Pode ter certeza que ele a fará muito feliz. Ele pode ter este jeito menino, mas quando ama alguém, ele move muros e o que for preciso por esta pessoa. 

— Fico feliz em ouvir isto. - Eu disse verdadeiramente aliviada. 

Nos sentamos em um banco ali. 

— Ele é seu único irmão? - Puxei assunto. 

— Na verdade, não. Eu tenho mais um irmão que se chama, Edward e é nosso irmão mais velho. 

— Ah! Isso é legal. Eu sempre desejei ter irmãos pois sempre fui filha única. 

— Imagino. Apesar de sempre ter aquelas pequenas discussões e brigas com meus irmãos não imaginaria minha vida sem eles. Nem sempre tivemos essa vida que temos, meus pais sempre trabalharam dia e noite para conseguir dar uma vida melhor para nós e nunca me senti sozinha pois eu tinha os comigo, meus irmãos.  

Fomos chamadas e a Sra. Cullen nos avisou que o jantar estava pronto.  

Voltamos para casa e me sentei a mesa, ao lado de Alice que eu realmente havia gostado de conversar. Quando percebi que Esme ainda não havia voltado da cozinha caminhei até lá, para ver se precisava de ajuda. 

E lá estava ela. Ao telefone.  

Parecia chateada e mesmo que soubesse que era errado ouvir conversas alheias, esperei que terminasse. 

— Você vem para o jantar, querido? ... De novo preciso no trabalho, filho? ... Eu sei, sei mas é importante para seu irmão que você esteja aqui ... Sim, agora é sério querido. Ele está realmente gostando dessa moça e ela me parece ser uma ótima garota ... - riu de algo – Tudo bem então. Estarei esperando o motorista trazer minha neta. Tchau querido, te amo.  

E assim ela desligou o telefone. Pigarrei. 

— Precisa de ajuda, Sra. Cullen? 

— Oh! Adoraria querida e por favor me chame apenas de Esme.  

— Okay, Esme. - Sorri a ajudando com os pratos.