Can't Help Falling In Love escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Some things are meant to be


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma das músicas mais românticas que eu conheço, e achei que o Bob era super romântico também.
Ouçam: https://www.youtube.com/watch?v=vGJTaP6anOU

O Sean Astin é uma das minhas paixões juvenis, eu fiquei louca quando soube que ele ia fazer Stranger things e mais ainda quando acabou a série :v HUAUHAHUAUHAUHAUHAUH

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/747464/chapter/1

Bob Newby estava acostumado a ficar sempre no banco de reserva. E isso nem sempre o incomodou. Ele não se achava especial demais para ser notado pelas mulheres, ou por caras que iam para o clube jogar tênis aos finais de semana.

Possuía alguns poucos amigos, é verdade. O suficiente.

Gostava de passar mais tempo em sua casa, assistindo séries e filmes, de preferência nenhum de terror. Jogava diversos jogos de tabuleiro e se gabava por ter criado alguns bem legais na juventude. Pena que quase ninguém se importava muito com aquilo, e como não tinha com quem jogar, preferia os quebra cabeças.

Bob era um homem normal, sim, que trabalhava num emprego normal, vivia uma vida normal e usava roupas normais. Era um cara regular, nem tão incrível e nem tão apagado, caso você precisasse de alguém para instalar um aparelho de fax em sua residência.

E mesmo depois de fazer uma ficha completa sobre sua vida regular, ele respirou fundo, engolindo coragem para dentro dos pulmões junto com o ar frio de Hawkins, e atravessou a rua, chegando na calçada em frente a loja que Joyce Byers trabalhava.

Eles já haviam almoçado algumas vezes nas últimas semanas, sentados no banco da praça, dividiram um sanduíche de peito de peru e uma salada na última quinta-feira. Conversavam sobre o ensino médio, a vida adulta, mas falavam pouco sobre os últimos acontecimentos da vida de Joyce. Bob respeitava seu espaço.

Talvez aqueles dias foram o motivo que impulsionou o regular Bob a se transformar em um corajoso Bob e convidar Joyce Byers para um encontro.

Quando entrou na loja, o ar corajoso dos pulmões quase o fez engasgar. Ele fingiu que queria comprar alguma coisa e foi para o caixa, onde Joyce o atendeu.

— Quais os planos para o final de semana? — Perguntou, tentando sondar o que Joyce poderia chamar de encontro.

— Vou trabalhar no sábado de manhã e a noite ficar em casa mesmo, talvez ver um filme com os meninos. — Joyce sorriu e Bob sentiu o coração derreter dentro do seu peito.

— Se quiser, eu tenho algumas fitas cassetes que aluguei, tem algumas coisas bem legais. Eu poderia levar para vocês…

— Muito gentil da sua parte. — Joyce respondeu.

Bob saiu da loja batendo a mão na cabeça, sentindo-se regular novamente. Precisava recuperar a coragem, não demorou muito, pois lembrou-se de quando era mais jovem, no baile de inverno da escola. Estava sentado na arquibancada, sozinho, quando Joyce correu para fora do ginásio.

Ele foi atrás dela, pensando em ajudar. Chegou lá e a encontrou chorando por causa de Lonnie. Joyce não quis dizer o motivo da briga e ele não insistiu, mas ficou ali enquanto a consolava e ela chorava em seu ombro por alguns minutos. Quando se sentiu recuperada, convidou-o para dançar. Tocava Can’t Help Falling in Love no baile e eles dançaram abraçados.

Naquela noite, Bob não pode evitar se apaixonar por Joyce.

No sábado, Bob levou as fitas cassetes que havia prometido. Joyce foi gentil em dizer que não precisava, e acabou convidando-o para entrar.

Will estava desenhando na mesa e Jonathan tentando consertar o rádio comunicador do irmão.

— Quer beber alguma coisa? Tenho chá, água e soda.

— Pode ser soda. — Bob cumprimentou. — Precisa de ajuda com isso?

— Acho que o alto falante estragou. — Jonathan explicou.

— Se quiser, na segunda-feira pode passar lá na loja, tenho alguns sobrando. — Bob ofereceu.

Jonathan olhou para a mãe, que balançou a cabeça dando seu aval. Bob não queria se meter no meio da família Byers, aliás, alguns colegas vinham dizendo que Joyce não era bem o tipo ideal de mulher para levar para os pais conhecerem no natal. Só que ele não a via dessa forma.

— Quer ir lá fora fumar um cigarro? — Ela ofereceu e ele aceitou, mesmo que não fumasse.

A noite iniciava, e o vento do outono levava as folhas pelo quintal, Joyce reclamou que havia pedido para os meninos limparem, mas eles faziam as coisas a seu tempo, quando queriam.

— Eles são ótimos, sabe? Eu acho seus filhos bem legais.

— Jura? — Joyce sorriu novamente, soltando a fumaça do cigarro. — Eles são tudo o que eu tenho.

— Acho esse seu jeito protetor, inspirador. — Bob enfiou as mãos dentro do casaco, fazia frio. — Você é uma ótima mãe.

— Algumas pessoas acham que eu sou uma mãe louca.

— Eu não me importo com o que as pessoas falam.

Eles caminharam por entre as folhas espalhadas do quintal, até uma árvore.

— Bob, eu não sei se isso é uma boa ideia. — O vento balançava os cabelos de Joyce. — Você é um cara legal.

— Mas…

— Mas o que?

— Sempre tem um mas. — Bob falou. — Sou legal, mas somos apenas amigos. Sou gentil, mas tenho outros planos. Sempre tem um mas. — Bob mexeu os ombros. — Eu não quero te forçar nada. Só queria aproveitar esse momento de reaproximação. Não que nós éramos super próximos no ensino médio. Mas queria que soubesse que eu estou aqui, sempre estive.

Ele estava pronto para se despedir, quando Joyce deu um passo para frente e o beijou. Incrédulo, ele a abraçou, acariciando seus cabelos e a protegendo do frio.

— Não tinha nenhum mas, Bob. — Joyce aconchegou a cabeça no peito dele.

— Isso quer dizer que a gente está namorando?

— Um pouco repentino, não é? — Ela sorriu. — Vamos fazer o seguinte, dar um tempo de dez encontros.

— Certo, depois dos dez encontros seremos namorados oficialmente?

Joyce apertou os lábios, estreitando seus pequenos olhos na direção dele.

— Fechado, mas eu vou escolher onde será nossos encontros. E também os dias.

— Tudo bem, você escolhe tudo. Eu estarei lá na hora que você quiser.

Eles se beijaram novamente, entrando em seguida na casa, para assistirem um filme juntos com as crianças.

Bob era um homem comum, era verdade. Mas ele não se sentia mais normal, pois havia conquistado a garota de seus sonhos. Bob não conseguiu evitar se apaixonar novamente por Joyce a cada dia que passava.

E ele sentia que ao lado de Joyce, muitas coisas boas iriam acontecer e estava ansioso por isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Podem comentar, principalmente esse final que quebrou meu coração em mil partes KKKKK ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Can't Help Falling In Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.