Girls Just Want to Have Fun escrita por Kori Hime


Capítulo 1
That's all they really want?


Notas iniciais do capítulo

Depois de duas temporadas só de sofrencia, acho que todo mundo nessa série precisa se divertir :v HUAUHAUHAUH

Eu escrevi esse conto pq me incomoda muito a rivalidade tosca da Eleven com a Max (e os fãs q continuam alimentando a rivalidade tosca) mas eu entendo que a Eleven é uma criança q esta aprendendo a controlar seus sentimentos, ela não cresceu como a gente, por isso até justifica um pouco o medo dela ser substituída e essa falta de habilidade com outras pessoas.

Mas a gente que cresceu no mundo real, e foi bem educado, não pode alimentar essa palhaçada de rivalidade. Né?

A palavra chave para viver bem, meus queridos, é DIÁLOGO.

Boa leitura.

Link do clipe: https://www.youtube.com/watch?v=PIb6AZdTr-A

Ps.: Minha mãe é apaixonada pela Cyndi, então eu sei todas as musicas dela de tanto ouvir kkkkk ♥



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Era fim de tarde, quando Nancy fechou o livro, encarando Eleven perdida em pensamentos.

Ela vinha ajudando a garota a nivelar os estudos, antes de começar o ano letivo, onde iria para a escola pela primeira vez. O Xerife Hopper contava com Nancy para essa empreitada, que ela abraçou com boa vontade.

Mas Eleven, agora conhecida como Jane, não precisava apenas de ajuda com as matérias escolares. Ela precisava também de dicas como agir com outras pessoas, sem perder sua essência, é claro. E Nancy havia planejado uma noite especial para que Jane desse o primeiro passo na vida social de Hawkins.

Quando ouviu sua mãe chamar, Nancy levantou-se da cama.

— Vamos fazer uma pausa.

— Tudo bem. — Eleven se levantou também.

Elas desceram as escadas e foram para a cozinha, lá encontraram a mesa repleta de doces e alguns pratos com panquecas. E do outro lado da mesa, estava Max, toda desconcertada com o encontro.

— Vamos meninas, fiquem a vontade. — A senhora Wheeler falou. — Max, seu irmão já foi embora? — Ela perguntou, ajeitando os cabelos discretamente.

— Sim, ele me deixou aqui e disse que tinha um encontro.

— Oh! Sim, que ótimo para ele. — Ela deu um sorriso nervoso, e tirou o avental da cintura. — Nancy eu vou dar banho em Holly. Enquanto isso, vocês se divirtam.

O clima ficou mais tenso do que Nancy esperava, ela decidiu ligar o rádio para que a cozinha não ficasse tão silenciosa.

Tocava Cyndi Lauper, e o locutor abriu ligações para que os ouvintes respondessem uma pergunta para ganhar ingressos para o show da cantora. Nancy pegou o telefone e discou o número da rádio, mas não conseguiu ser atendida.

— Nem sempre dá certo. — Ela disse e serviu os copos com suco.

Max e Eleven sentaram em cadeiras distante uma da outra, enquanto Nancy falava sobre o último show que havia ido com Bárbara. Seu tom era ainda melancólico, mas ela sorria, contente por ter tido a oportunidade de ter vivido ao lado da amiga por um tempo.

— Sabe de uma coisa? Quando nós éramos crianças, eu meio que não gostava da Bárbara. Não me lembro direito o motivo. — Nancy segurava um brownie de chocolate na mão. — Ah! Sim, foi porque Sofia Denvers espalhou um boato de que a Bárbara tinha falado que eu possuía bafo de alho. — Nancy riu. — Nós tínhamos sete anos na época. Mas tudo se resolveu quando conversamos.

— Alguma coisa me diz que você está tentando dar uma lição aqui. — Max comentou, passando manteiga de amendoim sobre uma panqueca.

— Certo, eu vou ser sincera com vocês duas. — Nancy limpou as mãos no guardanapo. — Se tem uma coisa que aprendi nos últimos meses é que nós podemos fazer muita coisa quando nos unimos.

— Eu já posso ir? — Eleven perguntou, levantando-se da cadeira.

— Se ela vai embora, eu também vou. — Max também ficou de pé.

— Sentem agora! — Nancy ordenou e as duas sentaram. — Está na hora de pôr um basta nessa falta de… — a jovem gesticulou — eu não sei o que é, mas vamos dialogar. Jane, começa você.

— Não quero falar nada.

— Então fala você, Max. — Nancy cruzou os braços. — Ninguém vai sair daqui antes disso acontecer, eu estou falando sério.

— Está bem, eu falo. — Max disse. — Para mostrar que eu não tenho nenhum problema.

— Se é assim eu começo falando, porque não tenho problema também. — Eleven a encarou com um olhar hostil.

— Não importa quem vai começar. — Nancy levou as mãos à cabeça, pensou que seria mais fácil aquela reunião. — Apenas digam o que incomoda vocês.

Houve uma pausa na discussão, enquanto Cyndi Lauper cantava outra canção no rádio.

— Foi complicado para mim vir morar aqui. Não conhecia ninguém, e não queria fazer parte da cidade. Mas aí conheci os garotos, digo, eles foram as únicas pessoas que pareceram se importar comigo quando mais ninguém se importava. — Max desabafou. — Eu me sentia sozinha.

— Eu também já me senti sozinha. — Eleven completou. — Sozinha, até que eu os conheci.

— No começo eu achei que o Lucas estava tirando onda com minha cara, quando contou toda a sua história. — Max suspirou.

— Tirar onda? — Eleven perguntou.

— É quando alguém fala uma coisa para rir de você depois. Como eu poderia levar a sério toda essa história de conspiração acontecendo dentro de uma cidade super parada e sem graça como essa?

— Amigos não mentem. — Eleven respondeu, séria.

— Isso mesmo. — Max concordou. — Ele não estava mentindo, e daí eu fiquei super ansiosa de conhecer você, Mas…

— Eu não estava ansiosa.

Nancy decidiu interromper as duas.

— Eu acho que a Jane quer dizer que sentiu medo de ser substituída.

Eleven concordou, balançando a cabeça.

— Mas eu nunca poderia te substituir. Você é tipo uma super heroína. — Max mexeu as mãos, animada. — As coisas que você fez, as pessoas que salvou. Eu achei o máximo.

— Obrigada. — Eleven sorriu timidamente. — Mike me contou tudo o que aconteceu sobre seu irmão. Eu tenho uma irmã, mas não sei onde ela está agora.

— Aposto que ter uma irmã deve ser muito mais legal do que ter o… Billy.

Nancy encostou as costas na cadeira, sentiu a pressão na cozinha diminuir, as garotas começaram a trocar mais palavras, até que dava para ouvir algumas risadas.

O locutor da rádio notificou que receberia mais ligações dos ouvintes. Nancy se levantou rapidamente para pegar o telefone. Enquanto ela discava o número da rádio, Eleven fechou os olhos e moveu a mão na direção de Nancy, fazendo com que o telefonema fosse atendido.

Nancy respondeu a pergunta e ganhou os ingressos para o show. Eleven olhou para Max, levando o dedo à boca, pedindo para que ela não contasse nada.

— Quem está a fim de se divertir em um show nesse final de semana? — Nancy comemorou, dançando no meio da cozinha.

— É uma festa? — A Senhora Wheeler entrou na cozinha, segurando Holly no colo. — Você também quer dançar querida? — A menina balançou a cabeça.

Eleven e Max observavam elas dançarem, até que foram puxadas por Nancy.

— Não quero ver ninguém parado na minha festa do pijama. — Nacy falou.

— Não vim preparada para uma festa do pijama. — Max tentou não pisar no pé dela.

— Daqui a pouco tenho que ir embora. — Eleven tentou escapar, mas Nancy a girou, segurando sua mão.

— Vou ligar para a casa de vocês e falar que vão dormir aqui com a Nancy. — A Senhora Wheeler pegou o telefone.

— Viram? — Nancy piscou. — Vamos apenas nos divertir hoje.

Ela viu as garotas relaxarem, como se uma nuvem carregada se afastasse de suas cabeças. Podiam ser meninas normais por uma noite, sem pensar em problemas, apenas divertindo-se juntas. Afinal de contas, depois daquele ano, todos mereciam um descanso.


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Notas finais do capítulo

Sintam-se a vontade de comentar.
Beijos



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