Canção Vintage (Crânio & Magrí - Os Karas) escrita por Lieh


Capítulo 33
Roleta Russa


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos Karas! Bora sofrer mais um pouco? :D



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Miguel ouvia o tique-taque do relógio com impaciência. Pela primeira vez, a solidão do escritório naquele fim de tarde o oprimia. O rapaz estava sozinho por exatamente duas horas. Duas exatas e tediosas e espaçosas horas desde quando Dani saiu para aquele raios de reunião.

Não que Miguel não soubesse o que era ficar sozinho. Já estava na Inglaterra tempo o suficiente para se acostumar à solidão e ao som da própria voz na casa que morava. Mas nos últimos tempos, queria companhia, mas não qualquer companhia — lá no fundo da sua mente, mesmo que ainda não tivesse coragem de admitir, ele queria a companhia da moça que sentava à sua frente todo santo dia.

O rapaz suspirou de frustração.

O que havia acontecido com ele? O que estava acontecendo com ele? Nunca havia se sentido assim antes, não de uma forma tão profunda e tão tátil como quando pensava em Dani. E Magrí? O que sentia ou sentiu por ela? A ex menina dos Karas parecia mais como uma miragem distante de sua mente, algo que se perdeu no passado.

Miguel se sentia um traidor de si mesmo. Havia jurado que nunca amaria outra mulher que não fosse Magrí. Mas ali estava ele tentando mentir para si mesmo que estava tudo bem, não ia quebrar a promessa. O beijo, aquela festa, aquelas luzes piscando ao redor dele, a maciez de Dani quando abraçou... Ele balançou a cabeça. Era possível que o afeto pudesse ser transferido a outra pessoa? Não estaria ele querendo substituir Magrí por outra? Isso seria justo para com Dani?

Eram nesses felizes pensamentos que Miguel se encontrava quando a moça em questão voltou para o escritório.

Dani deu-lhe um leve aceno antes de se sentar na própria mesa com um longo suspiro, jogando uma pasta pesada. Miguel fingia que estava trabalhando em um relatório, mas pelo rabo de olho observava a moça. As perguntas que queria fazer martelavam na sua cabeça de forma irritante, não permitindo que ele se concentrasse.

De repente, sentindo-se bem estúpido, Miguel exclamou:

— Está um dia bonito, não está?

Dani levantou a cabeça e o fitou com uma expressão confusa. De forma rápida olhou para a janela e acenou:

— Sim... Está um sol bonito.

Miguel sorriu amarelo. Agora que tinha a atenção dela ia dizer o quê?

— Acho que está bom para fazer caminhada. Eu não caminho há meses. Você gosta de caminhar?

— Não muito — ela se remexeu na cadeira evitando olhar para Miguel — Acho entediante. Prefiro correr na esteira.

Miguel pigarreou sem saber o que responder. Não sabia exatamente qual era o propósito daquela conversa e porque a começou. Até que se deu conta que queria ouvi-la falar, que queria entender a atitude dela em relação para com ele. Por que o estava ignorando? Por que o tratava com indiferença, como se nada tivesse acontecido?

Aquilo o deixava frustrado. O comportamento dela não fazia o menor sentido para Miguel. Mas desde quando Dani era uma mulher normal? Conviva tempo o suficiente com ela para saber disso. Trazer à baila o que aconteceu na festa não seria uma tarefa tão simples.

Ainda se recordava do beijo, com mais frequência do que era normal. E não havia como não admitir que Miguel havia gostado muito e não se importaria de repetir a cena...

Precisaria ser corajoso. Corajoso como um verdadeiro Kara. Mas talvez enfrentar vilões era mais fácil do que estava prestes a fazer.

Num rompante, Miguel se levantou e foi até a mesa de Dani. Ela levantou os olhos e franziu o cenho, no tempo em que ele se sentava na cadeira à frente dela, se dando o trabalho de organizar a bagunçada mesa da moça.

Dani levantou a sobrancelha:

— Você veio até aqui só para arrumar a minha mesa?

— Sim e não — o rapaz respondeu distraído enquanto organizava os papéis da pasta que ela trouxe — Jesus, mulher! Como você consegue viver numa bagunça dessas?

A moça fez uma carranca.

— Eu sei muito bem onde está tudo, tá legal? É isso que importa!

Miguel se limitou a sorrir e balançar a cabeça. Como num passe de mágica, a mesa que antes era um caos, estava perfeitamente organizada. Dani ficou sem expressão e parecia estar tensa. O rapaz a encarou com seriedade do outro lado e havia algo naquele olhar que a perturbava. Era o mesmo olhar que ele tinha quando participava de negociações importantes na baixada brasileira. Aquele olhar que era uma mistura de seriedade, persuasão e algo mais, algo que era somente dele — tanto que Dani apelidou nos pensamentos de “Michaels’ gaze” em alusão ao poder de fogo do Arcanjo Miguel. Quando ele a chamou pelo nome e não pelo apelido, ela sabia que estava encrencada.

— Danielle, nós precisamos conversar.

— Sobre o quê?

— Sobre nós.

— Sobre nós o quê? Se for sobre os relatórios do Sr. Pickwick, eu já entreguei tudo! Tudo bem que eu atrasei, mas...

Miguel balançou a cabeça.

— Não, não é sobre isso e nem sobre trabalho. Não vou te dar uma bronca pelos papéis de Sr. Pickwick, se o relatório estivesse errado, eu mesmo teria reenviado. É sobre nós. Entendeu?

É claro que ela entendia, claro que sabia. Estava escrito nos olhos dela que Dani preferia estar em qualquer lugar menos ali naquela sala.

Miguel recomeçou na seu habitual jeito solene, o que não ajudava a acalmar a moça.

— Eu fiz algo para você? Você está zangada comigo?

Dani sorriu sem humor. Zangada? Ela tinha mil razões para estar zangada nos últimos dez anos que o conhecia.

Todas as vezes que ele a tratou com indiferença e frieza vieram à tona. Uma dor misturada com raiva sempre subia pela garganta, mas com o tempo ela aprendeu a ignorar o desconforto, engolir o desprezo e continuar com sua vida como se nada tivesse acontecido. Tinha conseguido a amizade dele no último ano, e era mais do que tudo o que havia conseguido nos anos do Colégio Elite. E claro, havia aquilo.... o beijo.

Não seria a primeira vez e nem a última que Miguel ignoraria a sua existência. Era melhor deixar tudo para lá e manter as coisas como estavam... Ou deveriam estar.

***

O ginásio do Colégio Elite estava quase vazio se não fosse por um solitário Miguel que treinava, ou tentava treinar para a final do interclasse de futsal masculino dali a três dias. Ainda sentia um desconforto na perna toda vez que começava a jogar e sabia que seria um jogo longo e difícil — só não tinha certeza se conseguiria jogar até o final, para a decepção do seu time.

Ouviu a porta do ginásio e abrir e fechar, e alguém se aproximava de onde ele estava.

— Você está jogando bem mal. Lamento dizer.

Miguel se virou para a dona de voz, dando de cara com a irmã de Crânio que o fitava de testa franzida. Ele ficou na defensiva.

— Bom... Estou machucado. Não espere brilhantismo. O que faz aqui?

Ela deu de ombros.

— Ia aproveitar a quadra vazia para ficar um tempo sozinha. Mas já que você está aqui...

Dani largou a mochila em cima de uma das cadeiras da arquibancada, e entrou para dentro da quadra do ginásio onde Miguel se encontrava com a bola de futsal nos pés. Ela tirou a bola do pé dele, correu como uma bala e a acertou bem no meio do gol. Foi tão rápido que Miguel mal teve tempo de dizer qualquer coisa.

Quando ela retornou, tentando esconder o sorriso de triunfo, Miguel piscou:

— Own! Como você fez isso?

Dani deu de ombros e jogou a bola de volta.

— Nada de extraordinário. Você vai ter que treinar com cuidado se quiser participar do jogo. Do jeito que você estava fazendo, você ia se machucar mais ainda.

Miguel fitou a bola com desânimo. Já sentia a perna doer. Só havia uma decisão a tomar e não seria fácil.

— Essa história de eu jogar na final não vai dar certo. Melhor eu pedir para um dos meninos me substituir.

A expressão da garota murchou.

— Mas quem vai te substituir?! Não tem ninguém na sua sala que possa te substituir! Vocês vão perder!

Miguel suspirou e a encarou. Balançou a cabeça sem dizer nada, mas parecia não estar convencido. Dani bufou irritada e fez algo que ninguém, nem mesmo um dos Karas teria coragem de fazer.

Ela tomou a bola de Miguel, o puxou pelo braço com toda a força que tinha até perto do gol, mais ou menos um metro de distância. A menina bateu a bola com tudo no chão, segurando-a com o pé direito, e apontou o dedo para cara de Miguel.

— Escuta aqui, eu não quero saber se você tem privilégio com o professor de educação física ou da sua maldita dor. Você vai jogar, ou não é homem o suficiente para sofrer por 90 minutos?

Miguel sentiu o rosto esquentar. Trincou os dentes. Quem aquela garota pensa que é para dar ordens daquele jeito? E ela o chamou de covarde?!

Com a expressão azeda, o rapazinho chutou a bola com tudo para o gol. Sentiu a perna queimar pela força que fez, mas ignorou completamente a dor, ao passo que dava chutes a gol como se estivesse ligado no automático. Enquanto isso, Dani sorria com certa ironia — ele a agradeceria depois pelo esporro. Tinha certeza disso. E quem sabe... Quem sabe.

Ela parou. Balançou a cabeça. Não, não podia se dar esperanças... Mas lá no fundo ela tinha uma fagulha, mínima, de que ele a olharia de forma diferente.

Dani ajudou Miguel com os treinos nos próximos dias, e o incentivou — mas é claro que da sua maneira, ou seja, irritando-o. Porém, funcionou e o rapazinho estava apto para jogar a final se sofrer tanto, pois com os treinos forçados, ele ganhou mais força que havia perdido com os dias anteriores de sedentarismo, inclusive a dor amenizou.

No dia jogo foi inevitável não ficar nervoso. O rapazinho olhava todo o tempo para a arquibancada procurando um rostinho que sempre ocupava seus sonhos. E lá estava ela, quase na última fileira, fazendo parte do coro de alunos que torcia pela sala de Miguel.

Encontrou um outro rosto também. Dani acenou de uma das fileiras baixas da arquibancada. Ele acenou de volta rapidamente, porque o jogo já ia iniciar.

Não foi um jogo fácil, exatamente como havia previsto. As trombadas, os carrinhos e empurrões que Miguel levava eram violentos. Os ânimos estavam esquentando nos dois times e nos alunos das arquibancadas. A sala de Miguel estava ganhando o jogo desde o primeiro tempo, mas para o azar deles, a sala rival empatou —mas não de forma honesta.

O professor que estava de juíz estava tão afoito e perdido, pela loucura que estava jogo, que esquecia ou não via as faltas cometidas da sala rival contra a sala de Miguel. Dani praguejou:

— Bando de carniceiros! Só sabem jogar sujo!

E de fato era verdade. Aquela sala só ganhava no futsal na base da violência. Contudo toda aquela pancadaria teria um preço a se pagar.

Faltava um minuto para encerrar o jogo e ele ainda estava empatado. A perna de Miguel se pudesse gritar, era exatamente o que ela faria, pois o membro queimava a cada passo que o rapazinho dava, e ele se segurava para não pedir socorro. Em um momento estava para correr com a bola para tentar mais um chute, quando foi derrubado com força por outro jogador a uma curta distância da trave.

Dessa vez o professor viu e apitou o pênalti. O jogo parou ao som dos vivas de uma lado da quadra e as vaias do outro lado. Claro que Miguel teria que cobrar o pênalti, sendo o último e decisivo lance do jogo. Tudo estava nas mãos, ou melhor, nos pés dele. Foi um dos raros momentos de sua vida que sentiu grande nervosismo.

Antes de se posicionar, ele olhou de novo para arquibancada. Viu Magrí, mas ela dizia alguma coisa para a amiga do lado.

Olhar para ela era uma mistura de felicidade e dor no peito. Ela não o amava, não da forma como gostaria.

Ela amava outro.

Pior. Ela amava um dos seus melhores amigos.

Desviou o olhar e trincou os dentes. Mas pelo canto do olho, viu a expressão aflita de Dani. Ela gritava algo para ele e só pode entender fazendo leitura labial.

“Eu confio em você”.

Aquilo deu um sentimento, um ânimo diferente para o rapazinho. Respirou fundo, ouviu o apito do professor, correu, chutou e...

Plaft! Ela entrou direto no gol pelo lado esquerdo, sem dar chance para o goleiro tirá-la de lá a tempo. 2 a 1.

Apito final e finalmente, a sala de Miguel era a grande vencedora do futsal de 1985. Os gritos e os vivas foram ensurdecedores.

Miguel foi engolido por uma massa de alunos que o abraçava, e se viu sendo carregado nos ombros pelos colegas de time. Mal puseram as medalhas e já faziam a algazarra pela quadra.

Magrí desceu e discretamente o cumprimentou pelo resultado. Dani também desceu e ia fazer o mesmo, mas desistiu quando ouviu a conversa dos dois Karas:

— Grande jogo, Miguel! Meus parabéns!

— Você me deu sorte!

— O quê? — Magrí não escutou o que ele disse por causa do barulho — Não entendi!

— Eu olhei para você antes do chute — Miguel gritou de volta se segurando para não ser arrastado de novo pelos colegas antes de terminar o diálogo — Você me deu sorte!

Magrí entendeu em meio a algazarra e riu sem graça. Ela se despediu do amigo e saiu rapidamente parecendo que procurava alguém. Miguel deixou-se ser levado pelas comemorações espalhafatosas dos amigos, sem nem ao menos olhar para Dani parada perto dele.

A menina ficou só. Deu meia volta e saiu sem abrir um sorriso.

***

Dani sorriu de forma enigmática.

— Você não fez nada. Não entendo sua pergunta.

Miguel segurou o suspiro de frustração. Entendia cada vez menos o comportamento quase absurdo da moça. Contudo, ele era muito bom em ler as pessoas, e pelo tempo que trabalhavam juntos, estava claro na postura defensiva dela que havia de algo errado, mas ela não queria dizer. Não ia desistir tão fácil.

— Muito bem, você não me dá outra escolha — disse ele — Você está zangada comigo porque eu te beijei?

Dani empalideceu ficando quase da cor dos papéis em cima da mesa. A franqueza de Miguel a desarmou por alguns instantes e ela se viu perdida, sem saber o que responder. Entretanto, tudo passou como uma sombra, e logo ela estava dona de si mesma novamente.

— Não foi nada. Não significou nada, Miguel. Por que está preocupado com isso?

Foi a vez de Miguel ficar transtornado. Esperava qualquer resposta, menos aquela. Dani sorria como se o encorajasse a aceitar que ela estava sendo sincera, mas ainda assim ele não conseguia acreditar.

Ele piscou várias vezes.

— Desculpe...você... você não se importou? Achei que me bateria depois, ou...

— O quê? Miguel, Miguel — ela riu e aquilo doeu nele — Você estava um pouco bêbado e eu também. Acontece, não esquenta a cabeça com isso.

Se ela tivesse lhe dado um tapa na cara teria doído menos. Ou ele teria ficado menos chocado, a situação seria lógica. Nenhuma garota agiria normalmente depois do que houve na festa. Uma garota normal exigira uma explicação, ficaria brava ou gostaria de um convite para sair. Mas indiferença? Ele esperava qualquer coisa, menos isso.

Engoliu em seco e não perdeu a compostura, por mais agitado que estivesse. Manter a frieza em situações de stress era algo que Miguel aprendeu a fazer desde a adolescência, principalmente nas reuniões tensas do Grêmio Estudantil ou dos Karas.

Encarou novamente Dani. Mesmo cansada, com algumas olheiras que a maquiagem de fim de dia não escondia mais, e o cabelo preso num rabo de cavalo frouxo, ela continuava encantadora, dando-lhe a mesma sensação de quando a viu arrumada para festa — ou até mais.

Ele apertou os dedos, pois não podia se distrair e precisava manter o controle de si mesmo. Continuar sendo direto era a melhor estratégia.

— Você está dizendo a verdade ou está apenas querendo que eu me sinta bem?

Dani queria correr dali, apesar de se sentir uma grande covarde. Miguel não parecia que ia esquecer aquele assunto de forma fácil. Ela já tinha visto o quanto ele poderia ser um cara cismado e teimoso.

— Eu não sei o que deu em você hoje! Por que eu faria isso? Olha, você é legal, mas não acha o que você disse é de extrema arrogância? O mundo não gira em torno do seu umbigo, sir.

Uma expressão de raiva passou pelo rosto de Miguel, mas logo desapareceu. Dani continuava impassível, mas ele sabia. Ele sabia que ela estava mentindo, ou havia perdido a capacidade de detectar quando alguém não estava sendo sincero?

— Escuta aqui — ele respirou fundo — Não ache que você vai conseguir escapar dessa conversa ou me deixar zangado como outras vezes. Qual é a sua dificuldade em ser sincera comigo?

— Para quê? Para que isso me serviria? O que isso me serviu? Para nada. É melhor ignorar como eu sempre fiz e como você sempre fez.

— Ignorar o beijo? Por quê?

— Por que é isso o que você faz quando não gosta de algo.

— Mas eu gostei.

Dani piscou atônita. Ela ouviu mesmo Miguel dizer isso? Será que escutou errado?

Miguel a encarava com firmeza sem desviar os olhos. O olhar dele era tão penetrante que ela se sentia desnuda na frente dele. Ninguém em toda a sua vida havia conseguido fazer com se sentisse daquela forma. Parecia que ele estava destruindo a casca grossa da moça sem dó e nem piedade. Dani queria odiá-lo por isso, porém sabia que jamais conseguiria.

Quando respondeu foi em outro tom, quase sussurrando:

— Você está brincando comigo?

— Não estou. Eu repito: eu gostei do beijo. Só não gostei de você ter me deixado sozinho depois disso.

Ela balançou a cabeça e suspirou.

— Não vem com essa. Você estava com pena por eu terem me dado um cano.

De repente, Dani não estava mais sentada na cadeira que ocupava. Como um raio furioso, Miguel se levantou, a puxou pelo braço para si e beijou-lhe da mesma forma como havia feito na festa. Dani ficou completamente sem reação de tão chocada. Jamais havia visto Miguel daquele jeito, enquanto que os pensamentos se embaralhavam e davam voltas no abraço do rapaz.

Eufórico pela reação irracional que aquela mulher despertava nele, e vermelho como um tomate, Miguel deixou que ela respirasse e aproveitou para dizer:

— Satisfeita agora? Posso fazer a pergunta que eu quero fazer em paz?

Dani apenas acenou de forma tímida com o rosto em brasa.

— Você vai sair comigo depois dessa, espero?


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Notas finais do capítulo

Eu avisei que era bom ter coração forte haha. Vamos ter sim o especial de Natal! (só não sei que dia vou postar *sorry*) e será o último conto de 2018 ♥ ♥

Bjos!



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