San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 30
106. A segunda modelo mais bonita + Ajuda em química


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Como estão?

Continuaremos com nosso querido Yan desenhando a Bru e teremos o comecinho da festa da Lili.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746722/chapter/30

Pouco minutos depois, Yan voltou com uma folha colorida e sentou.

— Pronto, resolvemos metade do problema.

— E o que é isso?

— Isso é um papel hectográfico. Eu coloco por baixo da folha que for desenhar, e tudo o que eu fizer vai ficar marcado na folha debaixo.

— Ah, legal. E qual a outra metade do problema?

— Não vai dar para ser esse desenho. Eu teria que fazer outro. Você se importa se fingir ser estatua mais um pouco? — Riu.

Até parece! — Não, pode fazer outro.

— Só que eu queria fazer em outro lugar.

— Onde?

Yan olhou para os lados e se inclinou na mesa. — No teatro — sussurrou. Eu ri com o mistério dele. — Acho justo, já que sempre te vejo lá.

— Hm... Faz sentido.

— Vamos? — Juntou suas coisas.

— Sim. — Levantei.

Seguimos para o auditório, e como daquela vez, entramos sem problemas. Yan foi na frente e acendeu as luzes do palco, e enquanto eu descia, ele ficou lá em cima, pensando.

— Onde eu fico?

— Deixa eu ver. — Olhou ao redor. — Senta na cadeira onde você costuma ficar.

Fui até a primeira fileira e me sentei. Yan agachou no chão, me olhando de ângulos diferentes.

— Não, acho que não. Fica aqui no palco. — Pulou para fora.

Levantei e me sentei na beirada do palco para poder subir.

— Espera. — Fiquei parada o olhando. — Senta de frente. — Fiz o que ele pediu. — Isso, aí está bom.

Ele pulou a primeira fileira e sentou em uma cadeira da segunda, ficando de frente para mim. Tirou os tênis e dobrou as pernas com os joelhos na altura do queixo, então começou a desenhar.

Segurei a beirada do palco e deixei a coluna reta.

Era engraçado, apesar de ter vergonha, eu gostava de ter Yan me olhando daquele jeito. Era como se naquele momento, eu tivesse certeza de que ele estava reparando cada detalhe meu, assim como ele explicou mais cedo, sobre o cenário.

— Nessas horas eu queria saber desenhar também, só para desenhar você aí — comentei.

— Se quiser eu te empresto uma folha e um lápis — disse concentrado.

— Não vou deixar você desperdiçar uma folha comigo. Eu só conseguiria fazer uns rabiscos. A folha ia chorar.

Ele começou a rir. — Que exagero.

Era tão bonitinho quando ele ria.

Ouvimos o barulho da porta e olhamos para lá. Meu coração acelerou, e o medo de ser pega bateu.

Vimos a professora Eduarda parando ali, primeiro me vendo, e depois achando Yan. Ela estranhou e desceu.

— O que estão fazendo aqui sozinhos? — Cruzou os braços, parecendo brava.

Ai, merda.

— Não estamos fazendo nada errado, professora. — Yan falou, preocupado.

Ela andou até onde ele estava e estendeu a mão, e Yan entregou seu caderno. Ela olhou para o desenho e para mim algumas vezes, e devolveu.

— Já está maravilhoso, Yan. — Riu. — Eu sei que não estão fazendo nada errado, estava brincando. Mas tomem cuidado, se fosse outro professor poderia brigar com vocês, hein.

— Sim. — Yan riu, aliviado.

— Eu só vim pegar uma coisinha que esqueci. — Subiu no palco e foi para trás das cortinas. Logo voltou. — Não demorem muito aqui.

— Pode deixar, prô. — Yan concordou e ela foi embora.

Assim que a porta fechou, ele voltou a desenhar. — Que susto.

— Nem fala. — Ri.

Yan levou mais uns vinte minutos até terminar, e quando acabou, me chamou. Fui até a cadeira da frente e me ajoelhei, e ele me deu o caderno.

Além de mim, ele tinha feito o palco e a profundidade dele. Até as cadeiras da primeira fileira apareceram.

— Incrivel...

— Olha. — Levantou virou a página, tirando a folha colorida. — Viu? Igualzinho.

— Estou vendo. Ficou lindo.

— Qual você quer? Eu deixo você escolher. — Brincou.

— Voltei a página. — Eu quero o original. Vai valer mais no futuro.

Ele riu. — Boa. — Então arrancou a folha. — Quer que eu deixe uma mensagem atrás?

— Quero.

— Ok. — Voltou a sentar e apoiou a folha no caderno, e começou a escrever, Depois que terminou, levantou de novo. — Pronto, mensagem exclusiva. — Me entregou.

“Esse desenho é da segunda modelo mais bonita que tive (a primeira é a minha mãe), então espero que goste dele tanto quanto eu gostei de fazer.

Eu nunca esqueceria de você, mas esse desenho vai reforçar sua memória em mim.”

Yan, 05 de novembro de 2011

Senti a cara quente, é claro, e percebi que estava sorrindo igual besta. Todas as coisas que fizemos passou pela minha cabeça, e com isso meus olhos encheram de água.

— Obrigada — agradeci com a voz um pouco trêmula.

— Eu que agradeço. — Se aproximou e me abraçou pela cintura.

Tomei cuidado com o desenho e cerquei seu pescoço com os braços. Fechei os olhos e senti aquele abraço por inteiro.

Era como se estivéssemos nos despedindo aos poucos.

Respirei fundo e nos soltamos.

— Acho que é melhor sairmos antes que a Eduarda resolva voltar e nos expulsar daqui. — Yan riu, descontraindo o clima.

— É, verdade. Vamos.

Yan me deu suas coisas e foi apagar as luzes. O esperei com a porta aberta e saímos para o jardim.

— Aha! — Ouvi a voz do Bebê e me virei, o vendo se aproximar. — Por que é tão difícil falar com você?

— Ah... — Fiquei sem saber o que dizer.

— Foi uma pergunta retórica — disse antes que eu falasse algo, me mostrando a palma de sua mão. — Eu sei que você está com o Yan.

— E como sabe? — E nesse momento, Yan saiu do auditório.

— Porque eu perguntei para a professora Eduarda e ela disse que vocês estavam aqui — falou num tom acusador.

Eu ri. — Tá com ciúmes?

Bebê revirou os olhos. — A questão é: O que vocês estavam fazendo?

Mostrei meu desenho e ele o pegou, arregalando os olhos.

Sorri orgulhosa, como se eu que tivesse feito. — Sua arte impressiona todo mundo mesmo, hein? — Brinquei com Yan, devolvendo seus materiais.

— Acho que sim. — Deu de ombros, modesto.

— Caramba... Tá a mesma cara de bocó. — Ergueu a folha, comparando comigo.

— Tá, chega de olhar ou vai desgastar o desenho. — O peguei, antes que ele visse a mensagem de trás. — Por que estava me procurando?

— Ah, só para arranjar alguma coisa pra fazer.

— Você não devia estudar para as provas não?

— As provas estão longe. Aff você pareceu minha mãe agora.

Yan deu risada. — Esse é o dever dos amigos, parecer nossos pais, às vezes.

— Viu? Ainda mais porque você não entendeu a ultima coisa de química e...

— Tá, tá. — Tapou minha boca com a mão. — Mas você também não me explica direito.

— Você que não entende.

— Posso tentar te ajudar. — Yan se pronunciou. — Até que sou bom em química.

— Yan, você tem cara de quem é bom em todas as matérias. — bebê fez cara de bravo.

Ele riu. — Bom... eu tento. Vai querer ajuda ou não?

— Quero.

— Então vamos.

Voltamos a mesma mesa de antes, e Bernardo foi buscar seu caderno. Nesse pequeno tempo, Yan fez mais um pouco do desenho das árvores. E depois deixou de lado para ajudar Bebê.

Era engraçado como agora ele parecia gostar mais do Bernardo. Também, né?

Ficamos ali até a hora do café, que foi quando o Bebê conseguiu entender tudo, e fomos comer juntos. E depois até eu aproveitei para tirar umas dúvidas com o Yan.

Só sei que no domingo, ficamos a tarde toda na mesa do jardim, estudando, conversando e ouvindo música.

Foi um dia incrível.

Na semana seguinte, Lili não conseguia falar de outra coisa que não fosse o aniversário dela.

Já eu estava secretamente aproveitando o contato com o Yan durante os ensaios, já que na outra semana ele teria que ir para Mogi.

E o que era melhor, ele também parecia aproveitar.

Bom, na sexta todos estavam enchendo a Lili de abraços, e “feliz aniversário”. Ela foi embora depois do almoço, e já que eu e James ainda tínhamos o ensaio, iríamos juntos depois, com o Bernardo também, é claro.

No final do ensaio, já perto das cadeiras, Yan e eu nos despedimos com um abraço demorado, e eu subi para pegar minhas coisas e me trocar. Meia hora depois, encontrei James e Bebê no refeitório e fomos para a casa da Lili.

A festa já estava rolando quando chegamos. A casa estava cheia, apesar de festa ser no quintal de trás.

Cumprimentei os pais da Lili, o Alex, e alguns parentes que eu conhecia, e Gean e sua mãe.

Ainda não sabia muito bem como agir com ele, mas nos abraçamos como velhos amigos.

Deixamos nossas coisas no quarto da Lili e ficamos no quintal, comendo e conversando.

A música estava alta, então eu nem ouvia a campainha.

Júlio chegou com seus pais, e disse que não conseguiu fazê-los ficar em casa, já que eles gostavam muito da Lili.

Acho que ela estava esperando pelo Mateus, porque não parava no mesmo lugar por mais de dois minutos.

Mas ele finalmente apareceu na porta da lavanderia, e ela foi correndo até ele.

Fiquei sorrindo os vendo se abraçar, mas aí… Magicamente Yan apareceu e a abraçou.

Gean, que estava na minha frente, virou para ver o motivo da minha cara surpresa, então me olhou de volta, com cara de quem não sabia se ria ou ficava preocupado.

E eu... só quis me esconder atrás das árvores do quintal.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eeeeita dois crushes no mesmo lugar. E agora, José? Quem ganha? -nnn

Será que Brubru ficará com vergonha? ~imagina

Só quero ver o que vai rolar nessa festa xD

Espero que tenham gostado!

Até o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.