Depois que eu aprendi a ler, virei um fantasma num casulo. Quando então aprendi a escrever, me vi passar pela metamorfose que o livro de Zoologia mostrava quando falava de borboletas. Senti minha mente ganhar asas e se eu não era um fantasma que voa, minha mente voava por mim. Voava e escrevia tudo em garranchos esforçados em diversas folhas de papel em branco.

Escrevia sobre o quanto eu amava meus pais e meus irmãos, sobre o que eu havia visto de bonito no dia, sobre como estava me sentindo...

Escrever me fez aparecer mais.

Agora eu tinha asas chamativas.