Já era de manhã, ela não falava mais nada, nem conseguia ficar de pé por conta de queimaduras nas coxas e pernas, seus dados da mão não possuíam mais unhas, decidi que já estava bom, como da última vez soltei seu braço, mas dessa vez não prendi a faca em sua mão, a coloquei e segurei com força, novamente fiz um corte fundo para ficar uma cicatriz, era a segunda de muitas que viriam, logo após guardei a faca e a soltei das cordas que lhe prendiam.

— Você é livre pra ir embora, mas eu te indico tentar se matar, já que cansou de viver... quem sabe....

Peguei as mesmas cordas que a prendiam, fiz uma forca e prendi um pouco acima da cadeira, ela precisaria ser esforçar um pouco para alcançar.

— Pode usar isso, sinta-se livre.

Pela primeira vez em horas ela demonstrou alguma reação além de gritar, seus olhos fixaram na corda, parecia que tinha visto a luz no fim do túnel, sua salvação. Se esforçou muito, caindo e se debatendo e tentando de novo até finalmente conseguir por o pescoço na corda, seu corpo lutou para tentar conseguir ar no início, mas logo parou de se mover.