Agatha 33

Cheguei me casa o clima já estava mais ameno, minha mãe disse que a vovó saiu mais tranqüila. A noite que se seguiu passei a relembrar dos fatos ocorridos na casa do Seth, nunca senti nada parecido. Me distrai com tanta felicidade que nem me dei conta de fazer o café dos meus pais, só lembrei quando meu pai veio até o meu quarto ver se estava tudo bem e avisar que estava saindo. E assim foi o resto do dia, minha mãe veio conferir várias vezes se eu estava bem. Só sai dos meus devaneios quando o Seth me ligou, e isso já passava das sete da noite.

-Oi amor. – Ele disse num tom preocupado assim que atendi o telefone.

-Oi Seth, ta com a vozinha estranha. Aconteceu alguma coisa? – Fiquei preocupada.

-Não sei, você é quem deve me dizer. Seu pai passou o dia inteiro pilhado por sua causa. Disse que não saiu do quarto e está meio estranha. Tá tudo bem Ag?- Tá ele estava preocupado comigo. que lindo...

-Sua culpa Seth. – Falei meio autoritária.

-O que foi que eu fiz minha linda? – Continuou preocupado.

-Não se lembra? Ontem quando passei falar com você? Isso te faz lembrar de alguma coisa? – Falei já rindo e amenizando o clima.

-Agatha!!! Não precisava me assustar assim meu amor, e quanto a ontem eu me lembro de cada detalhe, cada suspiro que você deu, cada gemido de prazer. Lembro de cada pelinho arrepiado no seu corpo, na verdade me lembro de tudo. – Cada palavra dele eu me arrepiava mais, sem falar que eu já estava mais que molhada numa certa região corporal... sem detalhes ne...

-Seth você não devia ficar me lembrando disso agora. – Falei tentando regular minha respiração que está ofegante.

-Por que? – Perguntou inocentemente.

-Por que você está muito longe de mim. – Falei toda manhosa.

-Então vamos ficar juntinhos essa noite? Passo te pegar as oito. Te amo. – Ele nem esperou a minha resposta, desligou na minha cara, mas poxa eu só tenho quarenta minutos para me aprontar e ainda tenho que pedir aos meus pais.

-Mãe... – Chamei entrando no quarto dela, ela estava encostada na cabeceira da cama lendo um livro, ela soltou o livro e me encarou. – Eu posso sair como Seth hoje? – Perguntei sem ao menos saber onde iríamos.

-Onde vão? – Sabia que ela iria perguntar, mas não sei o que responder.

-Não sei, ele só disse que me pega as oito.

-Você está melhor, estava tão quietinha o dia inteiro. – Fiz que sim. – Então tá certo, só não cheguem tarde, o Seth tem que trabalhar amanhã.

-Tudo bem mãe, vou falar com ele. – Dei um beijo na face da minha mãe e fui me arrumar, mais nervosa impossível. Tenho certeza que será hoje...

Às oito horas em ponto Seth tocou a campainha da minha casa, meu pai atendeu enquanto eu descia as escadas.

-Oi Jake. Nessie. O Andrew está dormindo? – Minha mãe confirmou com a cabeça sorrindo por me ver fora do quarto, e ela nem imagina o motivo de eu ficar todo esse tempo lá dentro. – Esse ai dorme por ele e pela Agatha. – Falou rindo.

-Sem graça. – Me meti na conversa indo abraçar meu lobinho. – Vamos? – Perguntei no ouvido dele fazendo seu corpo estremecer.

-Não voltem tarde. – Meu pai nos alertou com cara de poucos amigos.

-Fique tranqüilo Jake, eu trago ela de volta inteira. – Seth me encarou com um sorriso maroto.

Fomos de carro até uma parte afastada da reserva, lá Seth escondeu o carro e seguimos a pé até a nossa gruta. A gruta estava parcialmente igual quando viemos pela ultima vez, salva por algumas velas aromáticas espalhadas por todos os cantos. Antes que eu pudesse processar alguma coisa Seth me agarra de forma quase violenta me beijando até o ar acabar.

-Eu te amo Agatha. – A única cosia que ele disse antes de tomar meus lábios novamente. Nossas línguas travavam uma batalha sem fim, as minhas mãos se preparavam para arrancar a camiseta dele ente que ela vire retalho.

Minhas mãos foram impedidas de continuar por uma mão forte.

-Calma meu amor, vamos fazer tudo com calma, será mais prazeroso você vai ver. –Falou beijando a mão que antes tentava tirar sua roupa. Antes que eu pudesse protestar ele começou a me despir beijando cada pedacinho descoberto do meu corpo, quando ele me deitou e estava chegando na minha calcinha eu o parei.

-Direitos iguais, quero te ver sem nenhuma peça de roupa. – Falei me levantando e sentando em cima dos pés, pronta para começar a despi-lo. Ele não me impediu dessa vez ficando somente de cueca, uma bela peça branca que exigia ser tirada dele, mas dessa vez não tive sucesso.

-Só depois de mim meu amor. – Falou me deitando novamente e descendo com sua boca pelo meu corpo até encontrar as tiras da minha calcinha. –Pena que você não trouxe outra. – Murmurou antes de arrancar a peça e joga-la sei lá onde. No entanto ainda não fui autorizada a retirar a sua ultima peça.

Eu fui literalmente dominada por sensações nunca sentidas. Sua boca percorria meu corpo de maneira inescrupulosa, mas quem disse que eu liguei. Seth manobrava meu corpo com maestria e habilidade. Suas mãos percorriam cada pedacinho de pele exposta, sua boca não deixava um instante a minha pele, quando não era a minha boca a ser dominada era meu pescoço, colo e quaisquer outra parte do meu corpo.

-Eu te amo. – Seth sussurrou em meu ouvido antes de me penetrar com um dedo, senti meu corpo flutuar com essa investida do meu lobinho. Meu corpo enrijeceu involuntariamente. – Calma meu amor, relaxa. – As palavras do Seth eram musicas para meus ouvidos, me faziam relaxar ao mesmo tempo que me faziam meu sangue ferver.

Seu dedo continuava dentro de mim, brincando com o meu interior. E não gemia mais de prazer, a essa altura eu gritava. A cada grito meu o sorriso do meu lobo aumentava, a minha vontade era de arrancar a ultima peça de roupa que nos separava e finalmente me entregar ao meu amado, de mansinho fui descendo a minha mão até alcançar a barra da cueca, percebendo que ele não reagia com a minha ação continuei.

-Agatha, tem certeza? A partir daqui não terá volta. – Seth ainda tinha duvida a respeito da minha vontade, preferi não responder com palavras, apenas terminei de lhe tirar a peça fundamental e me pus a beija-lo com toda o meu desejo.

Seu membro roçando minha intimidade agora livre de seu dedo me fez perder a fala e qualquer tipo de consciência, se é que eu ainda tinha alguma. Com a minha intimidade toda encharcada seu membro ameaçou entrar em mim, mas antes disso Seth se afastou levantando e me deixando desnorteada, imaginado mil coisa que poderia ter feito ele agir assim, por um instante eu pensei que ele havia desistido de prosseguir, no entanto todo a minha angustia passou no momento em que vi ele voltando para junto de mim com um preservativo nas mãos e um lindo sorriso nos lábios.

Assim que vestiu o acessório ele voltou a se colocar sobre meu corpo, me deixando escondida embaixo de sim. No meu ouvido dizia coisas sem sentido, palavras desconexas e frases de amor, seu membro mais perto de estar dentro de mim do que nunca. Se postou na minha entrada colocando apenas a ponta do ice berg, que eu não tinha mais chances de voltar eu já sabia, só não sabia com tanta certeza que eu jamais iria querer voltar a traz.

-Amor me prometa que vai dizer se eu te machucar tá certo? – Pediu num fio de voz, ainda bem que a minha audição me permite escutar quase tudo. Como eu não conseguia formular nada para lhe dizer apensa concordei coma cabeça roubando uma gargalhada do meu lobinho.

A primeira coisa que senti foram os lábios dele nos meus, suas mãos passeavam pelo meu corpo me fazendo relaxar, seu membro roçando minha intimidade a cada instante até que ele me penetrou, apenas um pedacinho, mas me causou um desconforto,não sei se meu corpo foi feito para receber algo desse porte, se é que me entendem.

-Ag relaxa, ou se não eu posso te machucar meu amor. – Seth murmurou todo manhoso no meu ouvido.

Mais uma vez ele me beijou e ainda com seu membro na minha entrada ele forçou mais um pouco até atingir a barreira definitiva. Com um pouco mais de força, mas mesmo assim gentil e delicado ele a rompeu, no momento a dor era angustiante, ardeu, mas mesmo assim não deixei ele perceber que o que eu havia sentindo. Aos pouco ele foi aumentando o rítimo das estocadas, chegando a um movimento frenético e diga-se de passagem maravilho. Eu exigia mais e mais, nunca me cansaria de sentir ele dentro de mim. Quando o orgasmo nos atingiu em cheio me vi flutuando rumo ao infinito, ao mesmo tempo em que as lembranças da minha outra vida ao lado do Seth voltaram com força total.

-Te amo. – Seth saiu de dentro de mim me aconchegando em seus braços e acariciando meus cabelos.

-Também te amo. – Falei me aninhando mais ao seu corpo.

-Como está se sentindo? – Pergunto notando a diferença no meu tom de voz.

-Seth eu me lembrei. – Falei depois que tomei de volta o controle do meu corpo.

-Se lembrou do quê?

-De tudo ‘my lupe’ – Falei carinhosamente acariciando seu peito nu. My lupe era como eu o chamava quando eu era a Cris. Seth ficou estático.

-Como? -  A curiosidade palpável em sua voz.

-Bom na hora que eu , que nós chegamos ao ápice, as lembranças simplesmente vieram meu amor. – Falei meio envergonhada.

-Todas? – Perguntou meio sem jeito.

-Acho que sim. Algum problema?

-Não, só estou espantado. Como se sente?

-Em relação ao que lembrei ou ao que fizemos?

-Primeiro ao que fizemos. Te machuquei?

-Nunca me senti antes, nem na outra primeira vez. – Falei me referindo a vez que  a Cris perdeu a virgindade com ele. – Foi maravilho, mágico. Teve um desconforto no inicio, mas assim que passou não tenho palavras para descrever o que foi pra mim. Mas e para você? – O sorriso não deixava meus lábios por nenhum segundo.

-Foi tão incrível quanto para você. Agatha isso é estranho, mas foi tudo isso mesmo, sem dor?

-Foi my lupe, foi melhor do que eu poderia imaginar. – Inverti nossas posições, ficando em cima dele e o beijei ferozmente.

-Ma cherie estava com tantas saudades de ser chamado assim.

-Você sentiu minha falta? Antes do meu novo nascimento. – Eu sabia de todo o sofrimento dele depois da minha morte, mas jamais saberia ao certo tudo o que ele sentiu na minha ausência.

-Mais do que eu posso explicar.

-E se eu não fosse a mesma pessoa? Sabe se eu Agatha não fosse a encarnação da Cris. – Será que ele ainda assim me amaria? Ainda iria ficar comigo?

-Eu te amaria de qualquer forma, Agatha você é a minha vida, sempre foi e sempre será. Eu sei que sendo a mesma alma pode parecer meio confuso eu dizer que mesmo se não fosse eu te amaria, mas é a mais pura verdade não existe meio possível neste mundo e nem em qualquer outro mundo que me faça deixar de te amar. Mas agora que se lembrou de antes e me chamou de my lupe novamente não sei te explicar...isso é incrível.

-Também te amo. – Beijei mais uma vez os lábios do meu lobo, mas assim como as lembranças da minha outra vida voltaram o meu amor por ele se somou ao que eu sentia em outra encarnação...

Ficamos assim, abraçadinhos trocando beijos e caricias por algum tempo, nada precisava ser dito. As minhas lembranças para com o Seth eram claras demais para questionar qualquer coisa. Depois de algum tempo Seth se levanta recolhendo minhas roupas e me entregando para que eu as vista, sempre atencioso e pronto para me ajudar. Depois que eu estava pronta ele fez o mesmo mas ainda assim me beijando de tempo em tempo.

-Sabe que eu gostaria de passar o resto da noite ao seu lado. – Falou tocando meu rosto com a ponta dos dedos.

-Eu sei, mas também entendo que não é possível. – Falei dando um selinho nos seus lábios chamativos.

-Temos que ir ou o Jake vai mandar a alcatéia e os vampiros na nossa caça – Falou rindo, mas ao mesmo tempo sabíamos que era bem possível.

Andamos de mãos dadas até o carro e assim seguimos de volta para a minha casa. Seth desceu antes de mim, fazendo questão de abrir a porta do carro para eu descer.

-Te amo, assim como amei cada instante que passamos juntos hoje. Infelizmente eu não posso ficar contigo, mas prometo que amanhã antes do trabalho venho te ver ma cherie.