Sim para a Paixão escrita por Heloise_Yanki


Capítulo 77
Agatha 31


Notas iniciais do capítulo

Oi gente...

Alguns comentários falaram da reta final da fic, estamos sim nos ultimos capitulos. No entanto tem muitas coisas ainda para acontecer. Não estou respondendo comentário por comentário devido aminha dificuldade mas leio um pou um e adoro todos eles.

Dirvirtam-se ...



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Agatha 31

-Eles ainda estão muito perto. – Vovô Edward disse, estávamos todos na sala de estar da mansão Cullen, minha mãe e meu irmão também estavam presentes. – Posso ouvir seus pensamentos claramente.

-Raquel você tem idéia do que ele pode querer fazer neste momento? – Perguntou vovô Carlisle.

- Não sei Carlisle, mas o Hernenès não costuma deixar nada barato. Como príncipe ele foi muito mimando e jamais admite perder algo, isso fere seu ego. – Raquel falou com simplicidade, Embry estava ao seu lado abraçado a ele e acariciando seus cabelos.

-Do que ele é capaz? Pra te atingir, sabe já que não pode usar os lobos contra você. – Meu pai perguntou tentando evidentemente encontrar uma solução.

-Não sei Jacob, ele é muito impulsivo. Nosso povo já se acostumou com a brutalidade dele, mas ele sempre usou os lobos para se impor, o que não pode fazer no momento. Mas tenho receio dele afetar a minha família.

-Não tem como tirar eles de lá? – Embry perguntou todo preocupado.

-Não, minha mãe até sairia, mas meu pai jamais deixaria nosso povoado. – Respondeu tristemente.

-O que sugere que façamos neste momento? – Perguntei à Raquel

-Estamos lidando com Hernanès Itzà, só podemos esperar. – Ele parecia estar num conflito interno.  – Gente eu tenho que ir até ele. – Falou se retirando da sala e indo provavelmente até seu quarto.

-Não!!! – Gritou o Embry uns dois minutos depois que ela saiu da sala. Saindo atrás dela logo em seguida. – Você não pode ir com ele. – Menos de cinco minutos depois os dois estavam de volta à sala.

-Embry entenda, que se eu conseguir resolver essa questão por bem será mais fácil para todos. – Falou a minha amiga decidida. – Entenda que se não fosse pelo meu amor por você eu já estaria com ele. Amor eu vou voltar o mais breve possível, confie em mim.

-Em você eu confio Quel, é naquele monstro que eu não confio. Me deixa ao menos ir contigo então? – Embry suplicava agarrado à amada, nenhum dos presentes ousava dizer uma palavra sequer, mesmo triste a cena de amor a nossa frente era linda.

Raquel se foi, mas deixou nosso lobo com o coração partido, se quando a Leah entrou para a alcatéia era difícil por causa do Sam e da Emily, com o Embry era dez vezes pior. Sua agonia era tanta que ele chegou a deixar a oficina por não ter forças para prosseguir.

Duas semanas se passaram desde o tortuoso dia que a minha amiga seguiu seu caminho, o clima entre o Seth e eu estava mais morno, por assim dizer. Com tanto trabalho na oficina e para com a matilha o coitado não tinha tempo de quase nada, eu nem poderia reclamar, entendia perfeitamente o que o meu amigo estava passando. Nesses dias todos sem nenhuma noticia da Raquel todos tentávamos ao máximo não deixar o Embry sozinho, mas ele sempre conseguia fugir de nossa ajuda e ‘’aproveitar’’ a sua solidão.

-Agatha. – Minha mãe adentrou meu quarto no fim da segunda semana, já era tarde da noite e eu estava a observar as estrelas.

-Sim. – Respondi indo na direção dela.

-Tudo bem querida? Você anda meio quieta ultimamente. –Mãe sempre pressente o que está havendo com os filhos.

-Preocupação mãe, a Raquel não deu noticias. O Embry não está nada legal, e ainda por cima o Seth vive morto. – Suspirei ao me jogar na cama. Minha mãe se sentou ao lado do meu corpo e acariciou meus cabelos.

-Calma querida, logo as coisas voltam ao normal. E quanto ao Seth tenha paciência meu bem, ele tem suas necessidades físicas um pouco diferentes das suas, ele precisa dormir e se sente cansado.

-Eu sei, entendo que ele precise de repouso e outras coisas que são irrelevantes para mim, mas não consigo suportar esse abismo que está se formando entre nós. O papai pega muito pesado com ele por causa da falta do Embry.

-É normal, o Embry faz falta na oficina, os turnos estão com um lobo a menos e ainda tem sempre alguém para fazer companhia a ele nesse momento que é tão complic... – Minha mãe não teve tempo de terminar de responder, ouvimos o uivo que eu acredito ser da Raquel, mas ela deve estar com algum problema, ou não se comunicaria assim. Corri escada abaixo e encontrei meu pai parado na porta tentando interpretar o som.

-Pai? – Chamei a sua atenção.

-Ag, chame os outros. Raquel está ferida e tem mais lobos com ela. – Falou se jogando na escuridão, olhei para a minha mãe como se pedisse autorização, ela concordou com um aceno da cabeça e eu fiz o mesmo que meu pai. Saindo em disparada para a minha primeira parada oficial, a casa do Seth.

O bom da memória do meu namorado era que eu não precisava fazer as mesmas coisas duas vezes para ele entender. Logo estávamos eu e ele indo em direção à casa dos meus avós e a Leah alertando os outros. Chegamos lá pouco depois o meu pai, tia Alice providenciou algumas roupas para nós, e tão logo estávamos esperando noticias do vovô Carlisle sobre o estado da Raquel. Todos na forma humana. Na verdade além dos vampiros apenas eu, o Seth, meu pai e é claro o Embry estávamos por ali, os outros estavam cruzando o perímetro para ver se tinha algo de errado.

Raquel veio acompanhada de três lobos que decidiram segui-la, estes estavam ajudando no que podiam. Colin estava do lado de fora servindo de celular para nos comunicarmos com os outros. A tensão na casa era palpável, mesmo com a presença do tio Jasper amenizando a situação. Ficamos ali sentados sem noticias por cerca de três horas, até que meu avô finalmente apareceu com uma expressão indecifrável no rosto.

-Carlisle diga que ela está bem. – Embry estava no seu limite, nem de longe parecia com o Embry que conhecemos a tanto tempo, quer dizer no meu caso nem era tanto tempo assim, mas dá para entender.

-Embry o caso dela é grava, não vou mentir. Ela foi ferida em diversas partes do corpo e mesmo sendo loba as flechas que a atingiram tinham veneno de serpente, se ela não se regenerasse rapidamente por conta de sua anatomia ela já estaria morta. – Vovô falava com uma tranqüilidade que nos atingia também.

-Mas ela vai ficar boa não é? Tipo quando os recém criados arrebentaram os ossos do Jake ele conseguiu sair da cama e olha ele ali. – Embry apontou para o meu pai, que estava serio, vovô Edward estava com a expressão pior de todos, ele podia ver pelos pensamentos do meu avô Carlisle o que estava sendo feito a respeito da Raquel.

-Ela vai ficar boa sim, mas não sei em que condições, é muito cedo para falar a respeito. Pelo que pude observar, além do veneno de serpente há também vestígios de alguma planta. Isso seria fatal, mas o gene lobo nela limitou a ação do veneno. Ela esta inconsciente, acordará em algumas horas.

-Vai pra casa Embry e descanse. – Meu pai ordenou.

-Não Jake, não vou correr o risco dela acordar e eu estar longe. – Falou convicto, meu pai resolveu deixar passar.

-Seth avise os outros que quem não estaria na ronda pode voltar para casa, os outros continuem até terminar seus turnos. – Meu pai tem o dom de ser alfa.

-Amor eu vou pra casa, preciso realmente dormir um pouco. – Seth estava alerta, mas seus semblante totalmente cansado.

-Vou com você até a sua casa, depois vou embora, quero ver como esta a minha mãe, ela fica irritada quando está por fora. – Falei me despedindo dos presentes. Meu pai me olhou meio a contragosto, acho que por eu estar indo para casa com o Seth, mas não disse nada.

Andamos de mãos dadas até a frente da casa do meu amor.

-Agatha estou morrendo de vontade de fazer uma coisa. – Seth falou ao meu ouvido quando paramos junto à porta de entrada.

-E o que seria? – Perguntei meio tímida, mas cheia de desejo.

-Quero te ter Ag. – Falou e logo em seguida tomou meus lábios com desejo. – Mas não pode ser de qualquer jeito, sabe meu amor, desde do dia que você disse estar pronta eu venho me contendo e juro que não estou conseguindo mais me controlar. – Sua voz sussurrada ao meu ouvido fez a minha imaginação ir além do infinito e voltar num só segundo.

-Você está falando assim só para me enlouquecer de vez não é? – Perguntei me fazendo.

-Não, para tentar manter a minha sanidade. – Falou me dando um selinho

-Seth eu já disse que estou pronta, que eu quero me entregar de corpo e alma a você meu amor. Você é que insistiu em não ter pressa e que eu ainda não estou pronta. Lembra? – É claro que foi proposital fazer ele se sentir culpado, mas não falei nenhuma mentira. Ele é quem esta me enrolando.

-Não precisava me condenar, eu quero o melhor e mais inesquecível momento para você meu amor. – Falou se fingindo de ofendido.

-Eu sei, por isso estou esperando Seth.

-Assim que tudo isso passar você não me escapa Srta Black. Agora é melhor eu ir dormir ou não terei condições de trabalhar amanhã. – Meu deu mais um beijo de tirar o fôlego e se retirou. Esse lobo me paga e caro por ficar me fazendo esperar por tanto tempo.

Fui para casa e encontrei com a minha mãe dormindo tranquilamente ao lado do meu irmão, ela deve ter ficado até tarde nos esperando e não agüentou. Os cobri com uma manta e fui tomar uma banho bemmmm gelado, depois da minha conversa com o Seth talvez até mesmo isso seja pouco.

Pela manhã meu pai ligou avisando que a Raquel acabara de acordar, estava falando com o Embry e pediu que eu fosse vê-la. Deixei o café da minha mãe pronto e um bilhete para ela nos encontrar na mansão assim que acordasse.

-Agatha. – Raque pronunciou meu nome com dificuldade, ela estava muito debilitada.

-Estou aqui minha amiga. – Falei ao lado da sua cama. – Não se esforce, quando estiver mais forte a gente conversa. – Tentei colocar um ponto final em nossa conversa, mas quem disse que a loba era fácil de se entregar.

-Não Agatha, eu estou bem. – Falou com dificuldade. – Quero agradecer a você por tudo o que me fez e pelo que fez ao Embry na minha ausência.

-Não fiz nada do que você não faria por mim. – Fui sincera.

-Eu sei, mas mesmo assim quero agradecer. – Ela disse pegando a minha mãe a beijando.

Fiquei mais uns minutos com ela e me retirei, ela estava em recuperação. Na porta do quarto que ela ocupava meu avô Edward me esperava com cara de quem comeu limão ao molho de vinagre.

-Agatha acho que temos que conversar. – Falou sem muita cerimônia.

-Tudo bem, na biblioteca? – Perguntei.

-Não,no chalé. Pode ser?- Fiz que sim e sai logo atrás dele, o que será que meu avô queria falar comigo e ninguém poderia escutar, afinal essa seria a finalidade do chalé.

-Vovô o que é tão importante assim? – Perguntei me sentando num dos sofás da sala de estar do chalé. Estávamos apenas nós dois ali, os outros a uma distancia significativa para que ninguém corresse o risco de nos ouvir.

-Agatha eu andei ouvindo os pensamentos do Seth, e te garanto que não me agradou nem um pouco. – Meu avô estava se controlando ao máximo.

-E eu posso saber o que o Seth pensou de inconveniente para termos essa conversa? – Eu até já podia imaginar, mas mesmo assim me mantinha calma.

-Você sabe de quais pensamentos estou me referindo. Seu pai está muito ocupado e preocupado com o desenrolar dos fatos entre a Raquel e o Príncipe, sua mãe está atarefada com o bebe e não teria um pulso firma para ter essa conversa contigo, então acho que sobrou para mim. – Meu avô estava mais serio do que nunca.

-Então vamos ter a tal conversa vovô. – Nada me tirava a calma.

-Agatha você está tendo algum tipo de relacionamento mais intimo com o Seth? – Jogou na lata a pergunta.

-Não.

-Então os pensamentos pervertidos dele são apenas fruto da imaginação fértil do rapaz?

-De certa forma acho que sim, nós ainda não temos relações sexuais vovô, se é esse seu medo. – Fali também na boa.

-Não é medo, também sou responsável por você. Entenda que além de ser muito nova vocês são apenas namorados.

-Vovô eu entendo que na sua época sexo antes do casamento oficialmente não existia, mas estamos em peno século vinte e um.

-Não é a questão de sexo antes do casamento, a virtude da mulher é a coisa mais preciosa que existe para ela.

-Concordo cem por cento com você meu querido avô. – Ele pareceu respirar aliviado. – No entanto se é o que eu tenho de maior valor por que não entregar ao homem que eu amo, aquele que eu tenho plena consciência de que nunca deixarei de amar. Sabe aquela pessoa que eu sei que amarei até o fim dos meus dias e que me ama da mesma forma.

-Não são casados Agatha. – Meu avô parecia firme em sua convicção.

-O que é o casamento vovô? Na época do seu nascimento era o evento mais esperado, hoje ele não passa de um pedaço de papel que aliás o tio Jaz consegue um em poucos dias. O amor sim é o que podemos relevar nesse caso. Pense na vovó Bella, ela tinha duas coisas realmente valiosas: sua virtude e sua vida. Ela lhe entregou as duas sem pensar duas vezes e faria novamente, não por ser insensata, mas por amor. – Meu avô parecia medir as minha palavras.

-Agatha, eu não queria que ela fizesse nenhum sacrifício por mim. – Falou ressentido.

-Não estou dizendo que ela fez por que você pediu, mesmo você não querendo ela fez. O casamento é sim uma bela declaração de amor, mas as mais verdadeiras declarações de amor são ditas no silencio de um olhar. Uma cerimônia, um pedaço de papel, nada disso tem valor se compararmos ao verdadeiro significado do amor. Da entrega que se faz ao amado. Se a minha virtude é o que eu tenho de mais valioso por que não a entregar ao amado sem pedir nada em troca?

-Não sei o que dizer... – Meu avô baixou a cabeça a colocando entre as mãos. Minutos passaram até que ele se levantou e me dirigiu a ultima palavra antes de sair. – Você tem razão...


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Notas finais do capítulo

Então mereço comentários???

Bjus

Helo



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