City of Angels escrita por May Prince


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

MAIS UMA RECOMENDAÇÃO ♥
Maria Vitoria Mikaelson
Fiquei muito emocionada com as suas palavras!!! Não sabia que a fic mexia tanto com as pessoas dessa forma. Escrevo com muito carinho, e é muito gratificante ver esse retorno.
Obrigada, de verdade ♥

Te dedico esse capítulo ♥


Boa leitura!



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Olhei no fundo dos olhos de Adrian Chase, meu oponente da noite. Não era a primeira vez que nos enfrentávamos. A gritaria das pessoas ao nosso redor fazia a adrenalina subir ainda mais. Muitas delas gritavam meu nome, o nome que Ra’s me deu para as lutas clandestinas: Al Sah-Him. Babaca né, eu sei. Mas protegia o Oliver Queen.

Resolvi provocar.

— Não cansa de perder, Chase? - mantive a voz fria, mas estava me divertindo por dentro.

Todas as vezes que lutei com ele - Prometheus ,como gostava de ser chamado e se  vangloriar por ter um Alter Ego -  todas as vezes eu ganhei . Eu já odiava ser chamado de Al Sah-Him pelos outros. Mas eu entendia que muitos ali não conheciam o Oliver Queen, e isso me deixava longe de ameaças.

Estudei com Chase no colegial, por isso nos conhecíamos pelo nome.

— Não contaria com a sorte dessa vez, Queen – ele respondeu dando um sorriso sem humor

— Comecem a luta! - Ra’s gritou

— Que seja! – falei avançando no meu oponente

Comecei a luta analisando meu terreno. Eu sabia que Chase era muito ansioso, ele cansava rápido demais porque passava o inicio da luta inteira tentando atacar. Mas eu não queria cansá-lo. Eu estava frustrado e puto, frustrado por Felicity ter simplesmente aparecido fazendo suas exigências e puta por eu, la no fundo, ter pensado na possibilidade de que ela poderia voltar no que era antes.

Adrian me atacou e eu esquivei de um jab, depois outro, me esquivei de chutes, nada me acertava. Aquilo estava entediante pra cassete. Vamos brincar então.

Dei um Dolio Tchagui, no alto da sua cabeça que o deixou um pouco tonto e a platéia de homens bêbados vibrou. Soquei suas costelas com demasiada força e ele murrava a minha cabeça para que eu o soltasse. Eu estava cego e só tinha uma coisa que eu via, ele derrubado. Não pararia até conseguir.

Urrei de dor quando senti algo afiado rasgar meu braço direito. Desgraçado! Achava de jogando sujo iria me para. Segurei sua mão que tinha um pedaço de vidro entre os dedos, deu um soco forte em um estomago e ele cambaleou pra trás. Ele realmente achou que esse corte iria me parar?

Larguei um Yop tchagui no seu rosto, bem no nariz. Senti o osso estalar e Chase cair desacordado no chão. Nocaute!

Mais 30 mil na conta? Confere! Relaxado? Nem um pouco!

— Parabéns, meu prodígio! – Ra’s veio me parabenizar enquanto eu vestia minha camiseta

— Agora não, Ra’s.

— Deixe que uma das meninas cuide de você... – falou questionador olhando para o me braço que jorrava sangue.

— Não quero nenhuma puta,  mestre.

— Você quem sabe... – o deixei falando sozinho e passando pelas portas do galpão, passei no bar e peguei uma garrafa de vodka russa virando toda de uma vez.

 Sai do Poço de Lázaro com a garrafa em mãos, olhei para a merda do corte no meu braço.

Mais um pra conta!

O desgraçado do Adrian nunca iria conseguir ganhar sem jogar sujo, e nem jogando sujo ele conseguiu.

O sangue no meu braço não parava de jorrar. Urrei de dor quando joguei o álcool no corte Tirei a camisa e amarrei na tentativa de estancar o sangue. Iria resolver isso em casa.

Subi na moto e pilotei em direção ao meu destino sem me importar com o frio batendo no meu peito desnudo.  Já eram 2:00 da manhã. A rua estava deserta, a não ser pelas luzes ligadas e a gritaria que vinha da casa dos Smoak.

De novo não!

Larguei a moto no meio fio e parei uns segundos antes de entrar.

— Como você pode fazer isso com a minha mãe? - Felicity gritou

Felicity!

Merda!

Abri a porta num rompante e encontrei Isabel Rochev sentada no sofá de pernas cruzadas e um sorriso no rosto, Noah Smoak levantando a mão para uma Felicity furiosa.

— Se você encostar a mão nela eu juro por Deus que não respondo por mim! - falei me colocando na frente de Felicity

— Não se mete Queen! - Noah gritou - Quem ela pensa que é? Some e vem com essa petulância pra cima de mim.

— Sou a sua filha! - Felicity gritou me empurrando e passando por mim para avançar no pai. Segurei sua cintura a impedindo - Me solta, Oliver.

— Essa ingrata some, enriquece. É incapaz de mandar um tustão para ajudar o pai aqui . - ele apontou o dedo para ela

— Ainda bem que ela não mandou, Noah  - falei e ela se debateu em meus braços - Pra você gastar com essa piranha!

— Eeeei - Isabel se levantou - Não sou piranha não

— O que você ainda está fazendo aqui? - perguntei

— Quer que eu te espere na sua casa? - ela perguntou mordendo o lábio. Felicity começou a se debater ainda mais nos meus braços

— Me solta, Oliver! - gritou - Me solta!

— Hey! Calma! - falei baixo no seu ouvido

— Você não é mais a minha filha! Não é! Minha filha morreu pra mim! Ela é uma ingrata, ingrata igual a mãe. - Noah falou se aproximando e pegando no braço dela

— Já falei pra você não encostar nela! - rosnei

— Não farei nada contra a filha, Oliver... Mas deixe a mãe chegar em casa - sorriu

Sim! Noah às vezes batia em Donna, e muitas vezes eu me metia. Donna sempre me tratou como um filho, ano passado cheguei a dar uma surra em Noah por isso. Mas nada mudou, não mudou porque Donna nunca tomou uma providência. Aquilo acabava comigo.

— Como assim? - Felicity tremeu e eu a apertei mais forte contra mim - Oliver? Ele bate na minha mãe? - me olhou com os olhos cheios de lágrimas. Outra coisa que acabava comigo. Felicity chorando - Meu Deus! Oliver você tá sangrando!

E eu estava mesmo. A essa altura, com a força que eu tava fazendo pra prender Felicity a mim, meu machucado já tinha jorrado mais sangue.

— Não é nada, Felicity. - peguei a mão dela - Vamos sair daqui.

— Não! - se soltou de mim - Ainda não acabei aqui. - falou andando em direção à Isabel que sorria cínica.

— Você não encosta o dedo nela, garota! - Noah pegou o braço da filha apertando com força. Ela olhou pra ele assustada com os olhos cheia de lágrimas.

Ódio. Era isso que senti ao ver ele encostando nela. Só o pensamento dele fazendo algo com ela.

Não me segurei, dei o meu melhor gancho de direita nele que caiu no chão me olhando assustado, fazendo Isabel gritar estaticamente. Urrei de dor mas não me importei. Eu podia dar em Isabel também?

— Não encosta a mão nela. - gritei

— Pra cá a minha mãe não volta mais - ela falou limpando as lágrimas - Nem que eu leve ela pra Ivy Town comigo. - fungou e me olhou - Me tira daqui. Por favor!

Assenti e passei as mãos por seu ombro a fazendo andar.

— Tchauzinho, enteadinha! - Felicity se virou pra responder mas fui mais rápido tirando ela de lá.

Ignorei a moto e andei com ela até a nossa casa... Minha casa.

Eu queria que Felicity se entendesse com o pai, e não que ela presenciasse isso. Queria que ela mudasse o pai, sempre achei que se Noah tivesse contato com a filha ele iria mudar seu conportamento. Depois da partida da minha querida esposa Noah mudou drasticamente, compulsivo com bebidas, agressivo não só com Donna. Ele arrumou essa Isabel em uma noite que ele frequentou o Poço, sabia que o tratamento de Isabel era pior, ela espancava ela, mas ela vem sugando o pouco que eles têm. Por mais que Donna estivesse sofrendo, ela nunca deixou transparecer. E o desgraçado nunca bateu nela no rosto, ele nunca marcava os pontos de seu corpo que ficasse a mostra.

— Não vou entrar, eu preciso voltar Oliver. - falou limpando as lágrimas que caíram – Eu preciso ver a minha mãe. – colocou as mãos no rosto e começou a chorar descontroladamente. Eu não sabia o que fazer, então fiz a única coisa que podia. Abracei-a.

— Onde está sua mãe?

— No hotel onde estou hospedada, ela não sabe que vim aqui. – se afastou fungando

— Você é maluca de vir nos Glades uma hora dessas. – estiquei meus braços para tirar uma mecha de cabelo que tinha saltado do rabo de cavalo, gemi de dor com tal ato.

— Oliver! – ela arregalou os olhos e tocou a camisa que cobria inutilmente meu braço, já que no mesmo escorria gostas de sangue. – O que foi isso? O que aconteceu?

— Nada – peguei sua mão – Me ajuda com isso. – puxei-a para dentro de casa

Ela hesitou um pouco ao entrar, mas por fim entrou. Olhou ao redor nostálgica a pequena sala, hoje com móveis mais modernos já que Thea e mamãe fizeram questão de comprar. Felicity olhou a foto da nossa formatura em cima de uma prateleira e olhou pra mim com um olhar questionador.

— O que? – perguntei

— Porque ainda tem fotos nossa pela casa? – levantou uma sobrancelha

— Fotos não, é só uma – sorri – Eu gosto dessa foto – dei de ombros e meu braço formigou, fiz careta – Já volto. Sinta-se em casa – pisquei. Andei rápido até o quarto e peguei a maleta de primeiros socorros, voltei para a sala e ela estava no sofá olhando o teto. – Me ajuda?

— Ai! – se assustou e riu de si mesma – Quer me matar?

— Já quis – sorri e ela revirou os olhos

— Te ajudo se me falar onde arrumou isso. – levantou passando por mim e indo para a cozinha. Segui e coloquei a maleta na bancada e me sentei no banco. Ela já se sentia em casa de novo, literalmente, abriu a geladeira e pegou uma cerveja

— Pode pegar – falei brincando e ela fez careta

— Oliver, eu nunca deixei de ter contato com a minha mãe – falou de aproximando e tirando a blusa amarrada em meu braço – Eu nunca deixei de mandar dinheiro para ela, mesmo ela nunca tendo mexido na conta – pegou um pano na maleta e molhou passando no meu ferimento – Todo verão ela ia pra Ivy Town, não tinha nenhum Spa.

— Sempre te julguei por nunca procurar a sua mãe... Ai! – gemi quando ela passou o pano por cima do machucado

— Para de ser maricas, Queen! – suspirou e continuou seu trabalho – Como eu nunca percebi nenhum machucado nela?

— Ela nunca bateu no rosto dela. – coloquei a mão em seu queixo e ergui seu rosto fazendo-a me olhar, por um momento eu me perdi naquelas íris azuladas. Azul x Azul. Ela não quebrou o contato, nem eu. Olhei seus lábios, por um momento eu me imaginei beijando ela. Aqueles lábios que sempre foram macios, sempre se encaixaram perfeitamente aos meus. Outra hora eu a beijaria, não iria me aproveitar da sua fraqueza – Para de se culpar. – falei por fim

— Ela ficava apenas de roupa de banho na minha frente Oliver, eu nunca vi nenhuma marca – fechou os olhos e quando os abriu eles estavam banhados de lágrimas – Uma vez, roxo na perna, ela disse que bateu na mesa. Achei normal porque eu mesma faço muito isso... Você sabe – sorriu fraco e assenti – Agora entendo porque ela sempre ficava de maiô, eu sempre insistia pra ela ficar de biquíni – começo a devagar olhando para o nada, eu sempre achei adorável quando ela começava a falar sem parar. Me divertia de um jeito que só ela sabe fazer – Melanie chegou a comprar um biquíni pra ela... – ela colocou a mão na boca e arregalou os olhos

— Quem é Melanie, Felicity?

— Acho que o seu machucado não precisa de ponto – falou pegando a gaze e o esparadrapo e terminando o curativo.

 - Quem é Melanie, Felicity? – refiz a pergunta.

Não entendia o meu súbito interesse, mas esse nome me agradava de uma forma única. Esse nome me era tão familiar...

— É minha afilhada – falou por fim sorrindo amarelo – Tenho que ir.

— Claro que não! – falei segurando o seu braço e puxando-a para mim

— Ela é minha afilhada sim! – alterou o tom

— Hey! Calma! – levantei os braços em forma de rendição – Só quis dizer que você não vai embora agora

— Quem é você pra decidir isso? – cruzou os braços

— Seu marido.


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Notas finais do capítulo

Heeeeeeeeeeeey!
Voltei!!!!
Conseguimos os 20 rapidinho hahaha
E de quebra uma recomendação. ♥
Posso adiantar pra vocês que no próximo o Oliver descobre o noivado, no próximo tbm tem as Lance e a interação delas com a Melanie.
Vocês querem mais de um cap na semana sendo eles curtos (como estão sendo)? Ou querem aqueles grandes com 6 mil palavras (mas ai eu demoraria mais um pouco pra postar)?

O que acharam? Me conteeeeeeem?

Eu tenho uma amiga que já apanhou do marido, ele nunca dava na cara dela. Mas chutava as costelas, arrastava ela pela rua pelos cabelos. Era horrível. Hoje graças a Deus ela conseguiu se livrar.

Comenteeeeeem!
Recomendeeeeeem!

Vamos lá! 20 comentários e posto o próximo que já está quase pronto.