Dramione - A Love That Consumes You escrita por Duda Me


Capítulo 1
Capítulo 1 - Believer


Notas iniciais do capítulo

Essa capitulo esta pela metade desde o começo do ano, eu nunca tive coragem de terminar e muito mais postar, me perdoem por qualquer erro ortográfico, e fiquem com o capitulo... ♥



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Pain!

You made me a, you made me a believer, believer

Pain!

You break me down, you build me up, believer, believer

Pain!

I let the bullets fly, oh let them rain

My life, my love, my drive, they came from

Pain!

You made me a, you made me a believer, believer

Believer - Imagine Dragons



Pov Hermione

 

Sinto meu braço queimar, a dor da lâmina perfurar ele, vejo meu sangue escorrer e lágrimas descerem do meu rosto, os gritos de Bellatrix Lestrange são altos por mais que pareçam estar longe, mas eu sei que estão perto, quase grudados nos meus ouvidos, ela mandando eu entregar o Harry, por um momento penso nele, desde que tínhamos onze anos até agora, trancado naquele porão me escutando gritar, tanto pela palavra que agora marcava o meu braço, ou pela maldição imperdoável que de tempo em tempo era lançada em mim, a dor do cruciatus me faz querer morrer, eu morrerei, pois não entregaria ele, eu morreria por ele sem pensar duas vezes.

Sinto a lâmina parar de me cortar, viro meu rosto para ver e lá está marcado em minha carne, sem poder descansar ouço a voz esganiçada da comensal da morte lançando sobre mim aquela palavra e a dor trazendo meus gritos de volta.

 

“Ahhh” acordo suada, passo a mão pelo meu braço e vejo a palavra ‘mudblood’ nele, por mais que esteja cicatrizada eu sinto como se estivesse sendo cortada de novo, me levanto e saio do quarto que divido com Gina na toca, vou até o banheiro no fim do corredor, ao entrar fecho a porta e acendo a luz, me olho no espelho e fecho os olhos, quando a guerra acabou eu pensei que o sofrimento tinha acabado, mas agora ele continua aqui, habitando o mundo bruxo, a guerra ainda está aqui quando vejo o lugar vazio do Fred, ou quando Andrômeda vem a toca e traz o Tedd e me dou conta que o Lupin e a Tonks não vão voltar, ou quando sei que nunca mais vou ver meus pais, vejo que a guerra ainda está aqui quando vejo as cicatrizes pelo corpo da Lilá ou a cicatriz no meu braço, a guerra ainda está nos meus pesadelos, seja na mansão Malfoy, na minha casa vazia ou no dia que eu vi os corpos dos meus pais estirados, a guerra sempre vai estar aqui.

Lavo meu rosto e saio do banheiro, vou direto para o quarto dos meninos, não bato, so observo da porta eles vivos e respirando, isso é uma das únicas coisas que ainda me mantem em pé, o dia não amanheceu e eu já me acostumei, acordava cedo em Hogwarts e acordo ainda mais cedo agora, não consigo mais dormir uma noite inteira desde a guerra.

As horas passam e eu estou lá vendo os animais noturnos irem dormir e os diurnos acordarem, vejo o sol nascer e aos poucos começar a brilhar, a Sra Weasley sempre acorda primeiro e começa a fazer o café da manhã e eu vou ajudá-la.

“Dormiu bem? ” sua pergunta não me pega mais de surpresa no começo quando ela me perguntava eu sempre me questionava se ela sabia dos pesadelos.

“Sim” não sei se ela acredita na minha mentira, espero que sim “e a senhora?”

“Sonhei com o Fred” seu sorriso se tornou triste “ele era pequeno, estava aprendendo a andar, caia toda hora e era tão lindo” ela vira de costas e sei que ela está chorando “quando eu acordei eu estava tão feliz, queria ver meu menininho, mas ele já não está aqui”

“Sinto muito” compartilho sua dor, também o perdi, não que eu possa comparar nossas dores, mais dói em mim também, sei que ela tem seus pesadelos, gostaria de falar dos meus pesadelos, falar a ela que não é a única que a guerra machucou, que não está sozinha mas não consigo, coloco minha mão nas suas costas “Imagino o quanto deve doer” ela se vira limpando o rosto “quando vi meus pais mortos eu senti um vazio que parecia que nunca seria preenchido, bom se ele será eu não sei mais até agora não foi, perder um filho deve ser pior mas eu tenho pelo menos noção”.

“Oh, querida você também perdeu tantas pessoas” ela passa a mão no meu rosto, e eu sorrio.

“Vamos fazer o café que daqui a pouco eles acordam e só o Rony come por um exército” ela ri e eu a acompanho.

Eu e o Rony engatamos um namoro logo depois da guerra mas não deu certo, tinha muito sofrimento envolvido e mesmo depois da grande queda que eu tive por ele, hoje eu vejo que nosso amor é fraternal, nada a mais que isso, no final não era ele quem eu queria, não era ele, simplesmente isso, ele começou a sair de novo com a Lilá, isso não fez muito bem para ele, eles não duraram mais que algumas semanas, espero que eles achem alguém que gostem de verdade, eles merecem.

Gina e Harry tentaram um namoro depois da guerra mas não conseguiram continuar, ele estava tão quebrado e ela o queria por inteiro, mas não se deu ao trabalho de colar ele, não sei se isso é bom para eles, Gina finge que é algo passageiro e que logo eles vão voltar, já Harry depois do término procura qualquer garota para tentar preencher o buraco que a guerra causou nele.

“Quando você vai dar um jeito no meu filho?” deixo o pano que estava na minha mão cair, e a olhei assustada sabia onde essa conversa vai acabar.

“Filho?” tenho medo da sua resposta, as lembranças de antes da guerra ainda eram vividas e essa conversa fazia esses sonhos perdidos virarem pesadelos, a Sra Weasley foi uma mãe para mim depois da morte dos meus pais, claro que ela não tirou o vazio, tão pouco curou a ferida, mais ela foi um bom curativo tenho medo de decepcioná-la, ela me quer como nora, como a namorada do Rony, não consegue ver que não amo seu filho desse jeito, Rony não é meu amor, meu amor não está mais aqui, ele se foi com as minhas chances de ser feliz também, meu medo não é não ter onde morar porque eu tenho tanto no mundo bruxo quanto no trouxa, mas não sei se possa perder mais alguém, perdi meus pais, perdi ele, não sei se superaria outras perdas.

“O Rony qual mais?” fecho meus olhos, ninguém sabe, somente eu, minha dor parece perfurar meu peito, ela não entende que eu e seu filho mais novo não temos e nunca vamos ter nada, tenho medo de responder e magoar ela, ou me esquivar e lhe dar esperança.

“Sra Weasley eu e seu filho somos apenas amigos, tentamos e não deu certo, vamos ser sempre só amigos, só isso” tento ser o mais clara o possível sem ser rude “eu não o amo desse jeito e ele não me ama desse jeito”.

“Pelo visto ele vai ter que dar um jeito em você não o contrário”.

“Vou acordar eles” não espero sua resposta e vou direto para o quarto dos meninos, entrou sem bater, eles ainda estão dormindo, vou até Harry ele é mais fácil de acordar, sempre foi, assim que ele se levanta vou até o Ron, o Harry já está arrumado quando Rony acordou, sei que ele vai não vai demorar, ele nunca demora, eu volto para o meu quarto e Gina já tá pronta, nunca fomos muito unidas mas a guerra parece ter colocado um paredão entre a gente, isso é triste pois eu realmente a achava especial, e depois de seu término com Harry notei o quão superficial ela é, sou a primeira a descer, Sr. Weasley já está a mesa com a esposa, logo os meninos descem e Gina é a última como sempre, somos somente seis ultimamente na casa, agora que George foi morar na sua loja, a casa está quieta, o café foi bem normal, aquela gritaria entre Harry e Rony, às vezes Gina se metia e participava também, ainda consigo ver o olhar de tristeza no Sr e na Sra Weasley, saudade de toda sua família reunida, saudade dele, saudade daquilo que nunca voltaria.

Nossas corujas chegaram a poucas semanas com nossas cartas de Hogwarts, foi bem difícil voltar, o mais difícil foi convencer os meninos a adiar a vaga de auror para depois da formatura, eu também tive que adiar a minha vaga no departamento para regulamentação e controle das criaturas mágicas, enfim meu trabalho no F.A.L.E. pode progredir e enfim eu possa conseguir libertar os elfos da vida de escravos que eles têm, me foi prometido pelo ministro uma ong somente para o F.A.L.E decidi batizar ela de Dobby, eu sei que ele descansa em paz, e espero que um dia todos os elfos tenham seu sonho de ser livre.

“Mione vamos no beco pois domingo já é dia primeiro” Harry diz me tirando das minhas divagações, me lembro que hoje já é dia vinte nove,

“Já tinha esquecido, vamos logo para poder comprar tudo antes do almoço” digo tentando disfarçar a dor, tenho feito muito isso no último ano, até uma conversa inocente me lembra tudo de ruim que aconteceu, tudo de ruim que a guerra trouxe.

Eu, Harry, Rony e Gina marchamos pelo beco diagonal, ela logo se distancia para ver suas amigas do sexto ano, os meninos vão ver o uniforme enquanto vou ver meus livros, lá na floreio e borrões eu tento achar todos os livros, na estante de poções vejo ele, Draco Malfoy, olhar para ele é como entrar em uma penseira com as lembranças da tortura, ele me encara, fico estática, tento mexer minhas pernas, nem fugir dele eu consigo, assim que vejo ele se aproximando, estou tentando normalizar minha respiração, um ataque de pânico agora está fora de cogitação, ele passa por mim.

“Granger’’  sua voz sai mais doce que eu me lembro, solto minha respiração

“Malfoy”  tento deixar minha voz o mais estável possível, mas sei que ela saiu instável.

Vejo ele parar por meio segundo a minha frente, seu olhar mostra que ele quer falar mais, só que sei que ele não vai, sonserinos não são considerados os mais corajosos, vejo seu olhar abaixar até o meu braço coberto, ele não vê mais sabe a marca que lá tem, vejo ele sair, ele quase correu até a saída, não sei o que ele senti mas eu sei o que eu senti, medo, não dele, mas das lembranças que ele traz, medo de nunca mais ser eu mesma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, deixem sua opinião aqui nos comentários, não esqueça de favoritar e recomendar ♥



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