Capítulo Único.

"Eu serei a rocha que você pode encostar ... estarei te amando quando você envelhecer"

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As luzes serpenteando sobre seu rosto em tons alaranjados pelos raios de sol o fazia abrir os olhos com dificuldade. As luzes da manhã sempre o deixava com mera visão embaçada que ia se recuperando quando os olhos iam se acostumando com o brilho intenso.

A deliciosa sensação de seguridade flutuou levemente em seu coração quando percebeu no silêncio tranquilo do quarto de um aconchego familiar o dia raiando por sua imensa janela.

Podia sentir a intensidade daquela casualidade como se sentimentos fossem realmente consagrados no sentido concreto da sua expressão.

Os lençóis finos de seda cobrindo partes de seu corpo o deixava com um mínimo sorriso que ia se alargando na medida que despertava para a manhã quente. Mesmo que as luzes haviam o acordado, como sempre não tinha a menor intenção em se mover, braços fortes o envolviam como se fosse seu casulo ou uma proteção para os dias intranquilos.

Sentia a animação queimando em seu coração com o pequeno barulho ressonando em suas orelhas de um sonido tranquilo, ritmado. A respiração com as batidas de um coração tranquilo o trazendo de volta a realidade que tanto adorava. Magnus sorriu mais abertamente, adorava o som adorável que Alec fazia quando estava dormindo.

O som entrava em sua orelha direcionando-se em sua alma e se estabelecendo em seu coração. Porque a rotina diária em acordar nos braços de Alexander Lightwood nunca seria o bastante.

Uma busca constante em estar mais e mais sob sua pele e em seu coração.

Não que Magnus duvidasse que já fazia parte da vida do nephilim esparramado com toda a sua glória em sua cama depois de uma noite tórrida de desejos e amor.  Gravada em sua pele a ardência das unhas de Alec o buscando intensamente pela noite e as marcas arroxeadas em seu corpo demonstrando o quanto se queimaram um no outro. O som de seu nome pronunciado roucamente nos lábios avermelhados de Alec enquanto estava inerte em prazeres indiscutíveis o sentindo duramente dentro de si fazia Magnus estremecer por dentro.

Nunca seria o bastante. Com Alexander tudo era intenso, maravilhosamente bom. Certo.

E Magnus havia o procurando tanto, por toda uma eternidade sem conseguir descobrir que existia aquele tipo de amor mútuo que o deixava entorpecido.

E então havia o encontrado e correu intensamente ao redor do sol para descobrir a grande queda em seu sorriso escondido de menino.

 Por vezes a necessidade de estar nos braços daquele caçador era tão agonizante que o havia assustado no começo, mas logo o feiticeiro havia despertado para perceber que viveu seus anos a procura desse sentimento em seu coração.

Amantes vinham e iam com tanta facilidade que Magnus já estava acostumado a ter um coração quebrado ou até mesmo em ser usado por muito deles. Quando se encontrou dentro do coração de Alec aceitou que havia encontrado o amor, o verdadeiro.

 E com o bônus de ser correspondido por ele com a mesma intensidade.

Na realidade, Magnus havia parado de tentar busca-lo acreditando que aquela vida de duas pessoas juntas intimamente não existia.

 Mas quando Alec disse que o amava pela primeira vez e que queria dividir sua vida com ele, não tinha mais volta.

O amor havia chegado tão puramente nos olhos azuis da pessoa que menos esperava.

Magnus virou-se calmamente sentindo a pele macia de Alec em sua pele, um formigamento intenso passou por seu corpo. Oh Céus! Como era bom. Nunca em toda sua vida sentiu prazer absoluta em acordar com alguém que seria seu lar.

Sentiu seu anjo mover-se para acomodá-lo melhor em seus braços sem sequer abrir os olhos, Magnus tinha a certeza que ele ainda se encontrava em seus sonhos, mas a proximidade e o costume de dormirem juntos haviam feito deles um casal que entendia a necessidade do outro.

De frente ao rosto que Magnus tanto idolatrava com afeto, se perdia na expressão de paz que Alec se encontrava, cintilou com calma os dedos morenos em contraste com a pele translúcida do guerreiro de asas da sua alma. Passou o nariz calmamente sobre o do outro sentindo seu cheiro impregnado em cada poro de Alec juntamente com o seu. Pode entoar cânticos sobre a delicadeza de sua entrega e confiança pelo amor de Alexander. Uma pintura a mão de como seu coração era fiel a ele e como a praticidade dos dias ao seu lado eram extremamente sinceros.

— Eu amo tanto você... – sussurrou sem utilizar a voz apenas um breve mover de lábios encostado sua cabeça sobre o tórax desnudo de Alec.

Sentiu o coração do mesmo como se fosse uma âncora de seus dias solitários. Sem Alexander antes nada tinha cor e nem vida. Já estava começando a petrificar com o tempo e não havia mais forças para divertimento em seus dias, Alec tinha surgido como uma tempestade de verão o tirando do chão e o desarmando.

Alexander era sua preciosidade e descobrimento depois de vários séculos para o verdadeiro e sincero amor. Sua força em dias difíceis e a intensa sensação de descobrir que sim, poderia ser amado de volta.

Um caçador de sombras que havia provado a ele que não queria nada mais em troca a não ser que também fosse amado. Um elo de corações se buscando, entrelaçados de mãos dadas para todo o sempre.

Fechou os olhos ainda sentindo se perder nos braços do único homem que havia chegado até ele e ficado. O único que despertou sentimentos sinceros e verdadeiros. O seu único para sempre em meio ao caos que sua imortal vida tinha sido.

Depois dele, Magnus sentia que nada seria igual. Depois de Alexander ter se tatuado sobre sua pele não existiria mais coração para amar, pois o amor tinha sido todo doado a aquele coração ritmado sobre seus ouvidos.

O feiticeiro apertou suas mãos nas costas largas de seu anjo caído querendo o sentir e ter por mínima que fosse a sensação que o teria para sempre, por todo o sempre.

E por mais que a vida fosse injusta o fazer descobrir a familiaridade de dias na intimidade do amor nos braços de um mortal, Magnus não conseguia reclamar de sua sorte.

Um dia, a qual não queria pensar teria que dizer adeus, mas antes disso transformaria seus dias em intensas felicidades. Plantando com todo o cuidado o amor e a vida íntima com Alec proporcionando a ambos os melhores momentos juntos.

Porque eles escolheram viver um com o outro diante de qualquer obstáculo. As lembranças eram joias guardadas como preciosidades, porque amores como o que sentia por Alexander era muito mais poderosa que qualquer despedida.

Transpassaria épocas. Viveria eternamente em seu coração.

Um pequeno beijo docemente sobre os músculos do peito do único homem que amou com gratidão e esperança fez com que Alec passasse os dedos longos sobre seus cabelos desalinhados. A sensação acolhedora das pernas de Alexander encobrindo-se as suas fazia o sorrir brandamente entre os pelos ralos de seu peito.

— Magnus... – o som rouco da voz mal-usada de Alec de manhã fazia Magnus tão feliz.

Magnus ainda de olhos fechados porque ainda era seu segredo a ser revelado que sempre acordava primeiro, vislumbrava Alec e ritmava com os dedos as batidas de seu coração. E ansiava pelo desejo de mantê-lo seu com amor e carinho.

Sentiu Alec beijando sua testa, descendo os lábios por sua fase e inalando seu cheiro como já tinha o feito. Sentiu os lábios mornos sobre os seus tão delicados como asas de borboletas.

 E pronto, o amor de sua vida havia levantado e o deixado delicadamente sobre os lençóis encobertos até os ombros.

O feiticeiro sorriu ainda de olhos fechados pela simplicidade dos dias com Alexander, como esses dias tinham sido transformados em seus melhores.

Ah! Estava esperando poderia contar alguns minutos até mesmo em todos os seus dedos, virou-se abrindo os olhos e olhando para o teto de seu apartamento.  Respirou uma vez, duas e na terceira sentiu.

O arome forte e indescritivelmente conhecido do café impregnou-se em todo o ar de seu quarto. Satisfeito colocou as mãos atrás de sua cabeça sorrindo como um vitorioso. Magnus o amava tanto.

E então logo poderia descrever a cena que se viria. O gentil ato da atenção que seu Alexander tinha ao deixar seu café preparado sobre a mesinha de cabeceira o esperando em sua xícara habitual, todos os dias.

Era tão importante esse ato, sentia-se amado com apenas esse detalhe.

Era rotineiro o poder do amor. Delicadamente tornando-se amor íntimo.