Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 12
Capitulo 12 - A oferta


Notas iniciais do capítulo

olá gente, voltamos com mais um cap. de believe para vocês, esperamos que goste e não esqueçam de comentar tá? agora as coisas vão ir esquentando, já que em breve entraremos numa nova fase da história, não perca!!!
favoritem também e se possivel recomendem pessoal, aumente o numero ai...



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12. 

A oferta

Naquele mesmo dia eu decidi ir atrás da garçonete, Esme já estava enchendo a minha cabeça com essa ideia de transformar a Isabella em uma modelo, e eu sabia que enquanto antes eu fizesse as suas vontades era melhor. Para isso eu sabia que precisava falar logo com a garçonete e lhe fazer a proposta.

Eu acreditava que Isabella aceitaria o trabalho logo de cara, afinal, ser uma modelo famosa não é uma proposta nada ruim, tanto que acabei até ficando sossegado com isso, achando que eu não teria muito trabalho para convencê-la.

E ao pensar um pouco mais no assunto eu vi que essa ideia de Esme até que não havia sido nada ruim, pois Isabella aceitando a proposta dela, já me deixaria livre disso, eu não precisaria mais procurar a modelo da campanha, e nem ouvir as rejeições e reclamações de Esme dizendo que eu ainda não havia entendido como deveria ser essa tal modelo que ela tanto procura.

Eu não queria ficar na boate durante a noite, afinal, eu sabia que esse não seria o melhor lugar para conversar com Isabella, então tive a ideia de ir ate lá no horário em que a boate fechava, pois assim os funcionários já estariam indo embora para as suas casas, e ai seria o momento perfeito para eu me aproximar dela e conversar, arrumando o melhor meio para falar sobre o trabalho.

Então decidido, assim que deu o horário eu dirigi sozinho em direção á boate, assim que me aproximei, eu vi algo que eu não esperava, e que me deixou um pouco nervoso. O suficiente para me fazer sentir até mesmo um frio estranho no estomago, respirei fundo e continuei aproximando até estacionar o carro atrás de outro da qual eu já conhecia muito bem de quem era. Discordei com a cabeça totalmente inconformado. Eu não podia acreditar que novamente ele estava aqui, novamente Riley está a perseguindo. Isso já está ultrapassando todos os limites, mas um pouco vou começar a acreditar que ele está ficando louco.

— Riley... Que merda deu em você? – perguntei para mim mesmo, já preocupado com o que ele iria fazer, não deu tempo nem de raciocinar direito. Logo vi a porta do carro dele se abrir, isso no mesmo momento em que as garotas começaram a sair da boate, logo a vi, Isabella, a garçonete, acompanhada de outra garota que eu já havia visto com Alice, mas nunca decorava o nome, as duas passaram pela porta e começando a andar pela calçada. Riley não perdeu tempo, logo se aproximou.

A medida que ele se aproximava dela, vi a expressão no rosto dela se endurecer, ela o encarou com raiva, enquanto Riley também encarava ela, bastante sério. Eu, já bastante preocupado, já fui abrindo também a porta do carro, decidido me meter, não deixaria Riley novamente machucar a garçonete, não importa o que eu precisasse fazer para impedir.

— O que você quer aqui hein cara? Dá para deixar a Bella em paz? – a amiga de Isabella entrou na frente dela, se metendo, ela parecia um tanto estourada, tinha jeito que não se importava em armar barraco.

— Não se meta, que eu não vim falar com você, e sim com a Isabella! – Riley falou, querendo se aproximar de Isabella, mas a amiga dela o empurrou.

— Como você falou da ultima vez? Eu soube que você a machucou, seu canalha! – ela cuspiu.

— Calma Jéssica, tudo bem, ele não vai me machucar mais, agora eu ando prevenida... – a Isabella falou, tirando de dentro do seu bolso um canivete, ela o abriu e olhou para Riley com um olhar bem ameaçador, Riley que foi pego de surpresa com a atitude dela, deu um passo para trás.

Naquele momento me aproximei rapidamente, e só então eles notaram a minha presença.

— Calma pessoal, não vamos chegar esse extremo! – eu disse, entrando no meio deles, que pareceram surpresos a me ver.

— Edward o que você está fazendo aqui? – Riley perguntou.

— Eu posso te perguntar a mesma coisa, Esme vai ficar louca se souber o que você está fazendo! – falei, olhando para Riley com raiva. – Era para você deixar ela em paz, e você sabe disso! – o repreendi.

— E você por acaso está me seguindo, é isso? – ele perguntou.

— É claro que não! – falei, como se fosse a coisa mais obvia do mundo, e no mesmo momento ele me olhou com um olhar bastante fuzilador.

— Tá legal, mas eu só vim perguntar para ela se ela vai me denunciar, vim oferecer dinheiro e... – ele dizia até Isabella o interromper.

— Eu não quero esse seu dinheiro, pode engolir todo ele, eu só quero que você me deixe em paz! – ela falou num tom alto, querendo ir para cima dele com o canivete, mas eu logo a segurei pela cintura.

— Me solta, me deixa acabar logo com isso... – ela disse, se debatendo, para tentar se soltar e partir para cima dele.

— Você quer mata-lo e ir para cadeia? – perguntei, ainda a segurando.

— Não, mas se eu der umas furadas nele já vai ser de bom tamanho! – ela falou, e naquele momento estava começando ficar difícil segurá-la, e ela se debatia com bastante força.

— Vai embora Riley, agora! – mandei, ainda segurando-a com dificuldade.

Riley com rosto meio vermelho olhou para nós por alguns segundos, até então bufar e se virar, indo embora em passos pesados em direção ao seu carro, só quando ele entrou nele que eu soltei Isabella e a olhei.

— Mas que cara chato, se ele não parar, vamos se juntar e dar um belo de uns tabefes nele! Eu conheço uns travestis que sabe bater muito bem, garanto que só as bolsadas que elas vão dar nele, ele parar no hospital! – a amiga de Isabella, que agora sei que se chama Jéssica falou.

— Não, por favor, eu vou falar com ele e ele não vai mais te perseguir Isabella! – falei.

— É bom mesmo, se não, eu vou furar ele! – ela garantiu, e notei o quanto ela carregava uma expressão séria no rosto.

Olhamos novamente para o carro de Riley e então observamos ele ir embora, só então voltei a olhar para elas.

— Vem, eu dou uma carona para vocês! – eu falei, elas se entreolharam e sorriram levemente.

***

No carro, Isabella fora na frente comigo, já Jéssica foi atrás, durante o caminho eu fiquei pensando como entrar nesse assunto com Isabella, e também o mais rápido possível, já que pelo caminho que elas me ensinaram deu para eu já notar que elas não moravam longe da boate.

Logo que pensei no assunto, eu me dei conta de que aquele ainda não seria o momento ideal. Mas pelo menos dando uma carona a elas, eu poderia saber onde Isabella morava, e procura-la em outra ocasião para entrar nesse assunto.

— E então, vocês gostam de trabalhar na boate? – perguntei, quebrando o silencio que reinava no carro já alguns minutos.

— Ninguém gosta de trabalhar em uma boate, meus planos é abrir meu salão de cabelereiro, e ai então poderei sair daquela espelunca! – Jéssica falou.

Olhei rapidamente para Isabella.

— E você? – perguntei a ela.

— Bom, existem empregos piores! – ela disse.

— Você não tem nenhum outro plano, igual a sua amiga? – perguntei.

— Nas condições em que me encontro, não tem como eu ter plano nenhum! – ela falou, desviando o olhar para janela do carro.

— Como não? Você me disse que quando era mais nova queria ser modelo! – Jéssica falou, e então sorri discretamente, voltando a olhar para Isabella.

— Ah é? Realmente você tem jeito para isso! – falei, e então ela me olhou.

— Era coisa de criança, eu acreditava que poderia ser modelo da mesma forma que eu acreditava em papai noel! Vai dizer que quando você era criança não desejou ser algo que hoje você diria, não isso é impossível? – ela perguntou e no mesmo momento eu me lembrei do meu sonho de cursar gastronomia, e então soltei um suspiro.

— Nada é impossível para aquele quem crê! – falei, e então ela riu.

— Ah não me venha com essas frases baratas... – ela falou, revirando os olhos. Soltei um suspiro, e continuei olhando para minha frente.

— Ah bella para de ser tão pessimista, você tem perfil para modelo, é bonita, é magra, é alta, pode desfilar, com certeza... – jéssica falou.

— Concordo com sua amiga, e olha que trabalho com isso... – falei, ela então me olhou com as sobrancelhas franzidas. Olhei para ela rapidamente. – Eu trabalho na casa de modas de minha madrasta, olho books de modelo o dia inteiro, eu escolho muitas modelos para Esme, então eu sei analisar quem tem perfil para essa profissão ou não...

Ela sorriu levemente para mim, assim que parei o carro no local em que elas me indicaram, rapidamente Isabella foi abrindo a porta.

— Bom, obrigada pela carona! – ela disse, colocando o rosto na janela que estava aberta. – E também pelo elogio, já que se você está dizendo que tenho perfil para modelo, você deve estar dizendo que me acha bonita, não é? – ela arqueou as sobrancelhas e então sorri.

— É claro! – falei, o sorriso dela se alargou.

— Boa noite! – ela disse, virando-se e se afastando.

— Ai riquinho, valeu pela carona e boa noite! - a amiga dela despediu-se de mim.

As duas se viraram e seguiram em direção ao prédio, fiquei observando-as até elas entrarem nele

Só depois, liguei o carro e então comecei a seguir em alta velocidade em direção a minha casa.

***

Naquele dia avisei para Esme que continuaria em minha missão de falar com a garçonete e convencê-la a trabalhar para ela, Esme me acusou de estar demorando demais, mas acabou aceitando e então assim não fui para casa de modas naquela manhã, em vez disso tirei um cochilo e logo mais tarde decidi ir ao prédio, para falar com Isabella, dessa vez a sós, para eu conseguir fazer a proposta.

Estacionei o carro próximo ao prédio, e desci e entrei nele, fiquei ali perdido por não saber qual era o numero do apartamento dela, então logo tive a ideia de perguntar para alguns moradores que estavam saindo do prédio se eles a conheciam e sabia qual dos apartamentos que ela morava. Passei o nome dela e a descrição, alguns até sabia quem era ela, mas não sabia onde ela morava, foi então que troquei de tática e para uma mulher perguntei sobre Jéssica e passei a sua descrição, e foi então que consegui, a mulher a conhecia e logo me passou o numero do apartamento.

Fui até lá, observando cada detalhe, notei que era um prédio bastante simples, o que era de se esperar, cheguei ao apartamento de Jéssica, e então toquei a campainha, demorou alguns segundos para ela me atender, assim que abri a porta, vi que ela estava apenas de pijama, e ela ficou bem surpresa a me ver.

— Oi, é, riquinho... – ela disse, e logo entendi que ela havia esquecido o meu nome.

— Oi, pode me chamar de Edward! – falei sorrindo para ela, e então ela sorriu para mim.

— Ah claro, me desculpa, hum... O que faz aqui? – ela perguntou.

— É eu queria saber o numero do apartamento da sua amiga, Isabella! – falei.

— Ah sim... – ela disse e então sorriu maliciosamente, logo entendi que ela já deve estar imaginando coisas. – Você ficou afinzaço dela, não é?

No mesmo momento senti o meu rosto esquentar.

— Não, é, não é isso! – eu disse enrolando-me nas palavras, passei a mão no cabelo, imaginando que eu deveria ter ficado vermelho. – É que como eu disse, eu trabalho na casa de modas, e minha madrasta chegou a vê-la e se interessou por ela, é, eu quero fazer uma oferta de emprego! – eu falei rapidamente.

— Ahhh sim, que legal! – ela disse, parecendo animada. – Imagina, a minha amiga ficar famosa e rica, uau, ela vai ter que me dar um salão de presente! – ela disse, e logo em seguida sorri pensando que se a amiga dela estava falando assim, então era certo que Isabella iria aceitar a oferta. – Ela mora nesse apartamento aqui! – ela apontou para a porta. – Ela é minha vizinha!

Olhei novamente para Jéssica e sorri.

— Obrigado! – agradeci, num tom educado.

— Boa sorte! – ela disse.

Assim que ela fechou a porta, respirei fundo e fui até a porta do apartamento de Isabella, bati na porta, e em seguida toquei a campainha, ainda demorou um pouco para ela finalmente a abrir, ela estava com um roupão rosa, e com os cabelos loiros presos em um coque, pelo seu semblante ela parecia surpresa por me ver.

— Edward... – ela disse, cruzando os braços.

— Oi! – falei sorrindo levemente para ela, ela sorriu para mim também.

— É, que surpresa... – ela disse.

— Eu queria te chamar para tomar um café comigo, preciso falar com você! – falei e então o sorriso dela se alargou.

***

Enquanto ela se trocava, eu fiquei sentado no sofá da sala de estar dela, fui observando cada canto daquele apartamento, devo confessar que era estranho estar em um lugar tão simples, não que eu me importasse tanto com luxo, mas eu não costumava conhecer pessoas de condições financeiras diferentes da minha, e assim sendo, eu não costumava em entrar em apartamentos, tão pequenos.

Assim que ela voltou para sala, meus olhos já foram em direção a ela, agora ela estava vestida com um vestido vermelho e os cabelos loiros estavam soltos, eu sorri e me levantei do sofá. Ela sorriu de volta para mim.

— Vamos? – ela falou e então concordei com a cabeça.

***

Levei-a em meu carro, e assim que entramos no café, eu fui escolhendo a mesa para nos sentarmos, puxei uma cadeira para ela se sentar, ela se sentou e em seguida sentei a sua frente, voltei logo em seguida a olhá-la com atenção, ela sorriu amavelmente para mim, enquanto colocava uma mecha do cabelo atrás da orelha. Nem parecia aquela mulher brava que ameaçou Riley com um canivete.

Logo a garçonete se aproximou, nós dois pedimos um cappuccino, e só então que ela se afastou que eu decidi começar a conversa.

— É, você mora sozinha? – perguntei, dobrando meus braços em cima da mesa.

— Sim! – ela disse, olhando-me fixamente.

— Você não tem família? – perguntei, e logo notei que ela ficou incomodada com a pergunta, logo olhou para baixo.

— Você me convidou para vir até aqui, para conversar sobre minha vida? – ela perguntou, voltando a me olhar.

— Ué se eu te chamei até aqui foi para conversarmos, ou por que você acha então que te convidei? – perguntei, ela então ficou me olhando fixamente, em silencio, parecendo surpresa com minha pergunta.

— É uma boa pergunta, acredita que nem pensei quando aceitei o convite, foi meio no impulso... – ela falou, parecia surpresa com ela mesma por ter aceitado o meu convite. – Foi uma má ideia, desculpa! – ela disse, fazendo menção de se levantar da mesa, logo a segurei pelo braço, impedindo. Ela olhou para minha mão que ainda segurava o braço dela e depois olhou para mim.

— Por favor, espera! Sente-se! – pedi, ela soltou um suspiro e então se sentou novamente. – Tá então já que você não gosta de falar da sua vida, então trocaremos de assunto, tá bom?... – falei, ela então me encarou com um olhar desconfiado.

— Certo, então eu posso te perguntar o que você estava fazendo na saída da boate? – ela perguntou, parecendo se lembrar desse detalhe. – Você falou para aquele idiota que você não estava o seguindo, e então o que você estava fazendo lá?... – ela perguntou.

— E eu não estava mesmo o seguindo, eu estava lá com a intenção de falar com você! – falei.

— Comigo? – ela perguntou, arqueando as sobrancelhas. – Que assuntos que você poderia querer comigo? Olha se você está atrás de mim para vir com gracinhas que nem o Riley... – ela começou, num tom bem ameaçador, eu suspirei.

— Alguém já te falou que você é desconfiada demais? – eu comentei, ela abriu a boca, mas nenhum som saiu dela.

Foi então que a garçonete da cafeteria se aproximou com os cafés, colocou-os na mesa e assim que se afastou, Isabella soltou um suspiro, parecia ter voltado em si, ela pegou rapidamente a xicara dela, e então deu o primeiro gole.

— Se eu sou desconfiada, eu tenho meus motivos, não acha? – ela perguntou, colocando a xicara novamente na mesa.

—Sim claro, e com razão, você é muito bonita! – elogiei, e então percebi que as bochechas dela ficaram levemente vermelhas, quase um tom meio rosado, e então eu não pude deixar de sorrir, achando que ela ficava ainda mais bonita envergonhada. – É normal ficar assim, acredito que muitos homens se aproximam de você sempre com segundas intenções! – acrescentei, ainda sorrindo, e ela soltou um longo suspiro.

— A maioria dos homens que chegaram perto de mim até hoje, sempre foram uns idiotas... – ela garantiu.

— Sim, mas acredite, eu não estou aqui com essa intenção, eu te respeito e muito... – falei, e então ela sorriu levemente. – Eu estou aqui porque eu tenho uma oferta a te fazer... – falei, dando os meus primeiros goles de cappuccino.

— Que tipo de oferta? – ela perguntou, levemente curiosa, e então eu olhei-a com atenção, foi só então que reparei na tatuagem que ela tinha no braço dela. – Você tem tatuagem, Esme não sabe disso!

— O que? – ela disse, na verdade eu havia pensado alto, suspirei e passei a mão no cabelo, sentindo-me um idiota, afinal, ela estava esperando minha resposta, e falo uma coisa que não tem nada haver, logo senti meu rosto esquentar.

— É me desculpe, eu estou pensando alto, vamos direto ao ponto, como eu tinha te falado, trabalho na casa de modas de minha madrasta, a Esme, que você conheceu no dia que você foi lá em minha casa, bom, ela está procurando uma nova modelo para uma linha de roupas que ela irá lançar e não consegue encontrar essa modelo que ela tanto procura, embora tenha muitas mulheres com perfis para serem modelos, só esperando uma oportunidade, Esme é muito exigente e quer que eu encontre a mulher que ela imagina, o que é meio complicado, até então não tinha ainda encontrado essa modelo, até nós conhecermos você, ela me disse que você tem o rosto que ela procura!

A garçonete ficou meio surpresa com o que eu estava falando, seus lábios até se entreabriram, e ela jogou o cabelo para o lado, e quando pareceu finalmente digerir o que eu estava dizendo, ela deu uma leve risada.

— Meu, eu não sou uma modelo, eu sou uma garçonete! – ela falou.

— Ela pode te ensinar, você vai aprender rapidamente, o mais importante é que você tem o perfil que ela deseja... – falei.

Ela mordeu seus lábios inferiores, enquanto ainda parecia analisar a minha proposta.

— Olha, eu fiquei bem surpresa com sua oferta de emprego... – ela disse.

— É uma ótima oportunidade, você irá ganhar muito mais dinheiro, terá prestigio, é uma ótima profissão e você pode ir longe, Esme é muito boa nisso, ela sabe lançar modelos, pode te transformar numa modelo muito conhecida! – falei rapidamente na tentativa de convencê-la.

— Conhecida? – ela disse, arqueando as sobrancelhas, rapidamente concordei com a cabeça, e então ela riu.

— É isso é o que eu não quero, não quero ser conhecida... – ela falou.

Franzi as sobrancelhas sem entender.

— Como? – disse meio surpreso. – Mas por que? – perguntei, ela então suspirou.

— Simplesmente não quero, como disse ser modelo era um sonho de infância, hoje não me interesso mais por isso! – ela falou, e depois deu mais alguns goles de cappuccino. – Eu me sinto muito lisonjeada pelo convite, sinceramente eu não esperava, mas, eu não quero, é... – ela desviou o olhar rapidamente, ainda eu estava surpreso e não conseguia dizer mais nada. – Eu não posso, eu sinto muito, com licença! – ela falou, colocando a xicara na mesa e em seguida ela levantou-se rapidamente, quando eu finalmente conseguir digerir o que ela tinha me dito, eu me levantei da mesa, mas Isabella já tinha saído da cafeteria.

Soltei um suspiro e voltei a me sentar, peguei o meu cappuccino e então comecei a beber, enquanto pensava. Devo confessar que fiquei completamente desapontado e ao mesmo tempo surpreso com a atitude dela, realmente essa garçonete era surpreendente, suas atitudes eram estranhas, e ela parecia sempre estar desconfiada, não gostava de falar sobre sua vida, nem mesmo eu sei o seu sobrenome. Ela era um mistério, e eu estava até mesmo começando a ficar curioso, e interessado em desvendá-lo.

Enquanto eu dava mais goles de cappuccino, eu pensava no que iria fazer agora, já que ela rejeitou a oferta. Soltei um novo suspiro, terminei meu cappuccino, assim que terminei peguei uma nota de dinheiro e coloquei em cima da mesa, decidido ir embora e pensar em outra forma para falar com ela e convencê-la, decidido a não desistir no primeiro “não”.

***

Entrei em casa rapidamente, já decidido a tomar um longo banho e dar uma passada na empresa para falar com Esme, mas só foi eu passar pela porta que tive uma surpresa nada boa, logo soltei um longo suspiro.

Riley estava sentado no sofá da sala de estar, assim que me viu entrar, ele levantou-se e me encarou com um olhar muito sério.

— Riley? O que você faz aqui?... – eu falei, aproximando-me dele.

— Eu fui à casa de moda para te procurar, a esme me disse que você não foi trabalhar, até imagino onde você estava... Agora deu uma de fura olho? – ele já foi perguntando se aproximando de mim.

— O que? – perguntei sem entender.

— Depois que você me falou que não estava me seguindo, eu parei o carro na esquina e fiquei esperando você, eu vi você passando com o carro e te segui, eu vi que você deu carona para elas, olha Edward sinceramente espero que você esteja interessado na outra, na amiga da Isabella, porque se você tiver querendo a minha garota...

— Tua garota? – eu o interrompi, ainda mais confuso do que antes. – Você tem ideia do que você está falando Riley? – perguntei, aproximando-me mais e encarando ele com um olhar bastante sério. – Cara, ela não é tua garota, você está ficando louco...

— Se você acha que estou ficando louco, é melhor tomar cuidado comigo! – Riley falou, puxando-me pela gola da camisa. – Fica longe da Isabella! – ele acrescentou bem lentamente, olhando-me com um olhar esquisito, naquele momento eu me preocupei de verdade, o conheço há muito tempo, e nunca na minha vida, havia visto ele me olhar da forma que ele estava me olhando agora.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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