The Price Of A Farse. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 2
Proposal.


Notas iniciais do capítulo

Por enquanto os capítulos serão curtos.
Boa Leitura!



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Ponto de vista — Victoria.

Era sexta a noite, consequentemente o turno que eu ia cobrir de Sam. O restaurante estava pouco movimentado e os outros garçons estavam dando conta do trabalho, eu me encontrava no balcão preparando alguns cafés, já que a noite estava fria e isso era o mais pedido.

Já tinha atendido dois adolescentes babacas desde que comecei hoje, e digamos que me controlei para não dar uma resposta grosseira como já fiz algumas vezes, afinal se eu fizesse isso de novo seria demitida.

Em um momento senti um cheiro de queimado na cozinha e corri para lá onde nossa cozinheira tinha acabado de queimar uma fornada de croassants.

Ótimo a noite já começava a apresentar erros, isso porque eu estava hipoteticamente no comando.

Depois de ajudá-la a fazer mais uma fornada, comecei a limpar algumas mesas que estavam sujas.Coloquei os copos vazios na bandeja, e joguei os guardanapos usados no lixo. Logo arrumei as cadeiras, limpei o balcão de forma minuciosa tirando os rastros de catchup e maionese que estavam nele, organizei os cardápios, e após isso atendi algumas encomendas que as pessoas pediam pelo telefone. Resumo da ópera; Eu sou multitarefas.

(...)

Já eram onze horas, mas, ainda sim haviam bastantes pessoas no estabelecimento, dois dos nossos garçons já tinham ido embora, outro foi fazer uma entrega, me sentei em uma cadeira do balcão exausta, e avistei um senhor de terno e um porte elegante entrar no restaurante. Ele se sentou em uma mesa dos fundos e depositou sua maleta na mesma. O cara parecia discutir com alguém no celular, apesar de velho eu não poderia negar que ele era sexy; Olhos azuis, cabelos loiros bem claros, porte atlético e ombros largos. Okay, ele não era velho nada, só soava experiente.

Decidi que era melhor eu atender ele, logo caminhei até a mesa lentamente com um cardápio nas mãos.

— Olá boa noite. O que o senhor deseja? — perguntei educadamente, mas, ele simplesmente me ignorou, sua conversa no celuluar parecia muito mais interessante do que a minha pergunta. — É ...O que o senhor deseja? — indaguei de novo, impaciente e em um tom mais alto, e ele finalmente pareceu prestar atenção em mim. O mesmo me avaliou de cima a baixo, como se eu fosse uma peça em exposição.

—Ah... Qual é o seu nome?. — perguntou do nada, desligando a chamada e me encarando.

E lá vamos nós.

—Victoria. — respondi mantendo minha educação.

— Okay...Quantos anos você tem Victoria?. —  questionou como se aquilo fosse normal.

Okay, mais cedo eram pirralhos, e agora são senhores que estão me paquerando, sério, eu preciso trocar meu perfume.

— 23 anos. Me desculpe, mas, por que o senhor está me perguntando isso? — indaguei realmente confusa e irritada.

— Sente-se por favor. — não me respondeu, apenas me instruiu a fazer isso, e meus caros eu fiz. Primeiro por querer saber onde aquilo daria, segundo porque quando se trabalha o tanto que eu trabalhei qualquer possibilidade de descanso é válida.

— Eu estou sentada. — disse o obvio. — Mas, será que o senhor podia por favor fazer logo o seu pedido? — questionei porque por mais que meu desejo fosse descansar por horas, meu turno ainda não tinha acabado.

— Suponho que a senhorita ganha pouco trabalhando aqui, não é? — franzo as sobrancelhas. — O suficiente para sobreviver? — adivinha e eu o fito incrédula.

— Desculpe senhor, mas, o que eu ganho ou deixo de ganhar realmente não é da sua conta, e se o senhor me der licença eu não vou ficar aqui perdendo meu tempo. — disse indignada, me levantando.

— Você tem as mesmas características físicas de alguém que eu estou procurando; Ruiva, pele pálida, olhos esverdeados. — agora ele parecia perigoso. — Eu quero te fazer uma proposta, garota. —  falou de um jeito sério e quase implorando com o olhar para que eu ouvisse, louca como Sam sempre disse que eu sou e mesmo desconfiada me sentei de novo.

— Que tipo de proposta? — por favor que não tenha a ver com sexo.

—Sou advogado de um velho milionário que está procurando sua neta, perdida há anos, mas, até agora nada dela, e você é exatamente como ela seria e tem a mesma idade que ela. Se eu não encontrar essa garota eu perco meu emprego, por isso eu quero que você se passe por neta dele. — explicou aquele absurdo e eu não aguentei e comecei a rir como uma pirada.

Assim, quando ele me encarou de maneira severa, eu percebi que ele estava falando sério, então parei com as risadas.

Ele é mais louco que eu.

—Supondo que isso seja sério...O que eu ganharia com isso? — perguntei tentando raciocinar.

—Tudo. Uma vida perfeita. Moraria com seu "avô" rico em uma mansão na Califórnia, assumiria a empresa dele, e ainda herdaria toda sua fortuna. — contou como se falasse uma coisa simples

Arfei.

— Sem chances,  não vou enganar um velhinho para pegar toda a grana dele. Você deveria ter vergonha de me fazer uma proposta dessa— protestei irritada.

— Pense bem Victoria, é uma grande oportunidade. Você não vai precisar ficar mais servindo mesas e aturando clientes chatos. —  argumentou.

— Olha cara, você só me conhece há dez minutos, não pode falar como se soubesse sobre a minha vida ou que eu devo ou não fazer. — ralhei e ele riu .

— Eu conheço uma pessoa fracassada quando vejo uma. — disse sem nenhuma simpatia.

—Isso é ridículo. Você por acaso é louco? — perguntei só para que ele admitisse.

— Por favor, eu apareço com uma grande oportunidade para você, e você simplesmente descarta. Você acredita em destino, Victoria? Eu há poucos minutos não acreditava, estava discutindo com o investigador que se encontra procurando a neta desse cara, ele tinha me dito que não encontrou nenhum rastro dela, ai simplesmente você aparece na minha frente, exatamente igual a como ela seria, me diz se isso não é destino? Nós dois precisamos disso, eu não quero ser demitido e você com certeza não quer ser para sempre uma simples garçonete, não é? — — perguntou me provocando e eu me calei.

As palavras destino grande oportunidade  foram as que eu mais prestei atenção. E se essa fosse a oportunidade que eu tanto esperava para triunfar? Ela apareceu assim tão facilmente, praticamente numa bandeja de prata. E se foi realmente o destino que contribuiu para isso? Talvez ele finalmente tenha percebido que eu mereço isso, afinal eu também tenho minhas ambições.

Quais são as probabilidades de um estranho aparecer no seu trabalho e te fazer uma proposta dessa? Deixa eu ver; Zero.

Isso é uma coisa que não se acontece todo dia, mas, aconteceu comigo e raciocinar o que eu tenho que fazer me parecia muito difícil no momento.

Afinal que mal eu faria? Iria ajudar um senhor que procurou a neta dele por anos, me fazendo passar por ela, iria ajudar o cara misterioso a não ser demitido, e ainda arrumaria de uma vez minha vida. No fim todos sairíamos felizes.

— Qual é o seu nome? — perguntei percebendo que ainda não sabia o nome do estranho da proposta.

— Carlisle Cullen. — disse sorrindo parecendo adivinhar algo de novo e eu suspirei.

— Okay senhor Cullen. Eu aceito sua proposta. — cedo.

— Uau e eu pensando que precisaria insistir mais, você me pareceu uma mulher honesta. — o idiota me disse isso na maior cara de pau e eu o olhei incrédula.

— E eu sou, mas, também sou uma mulher que sabe aproveitar as oportunidades que a vida lhe proporciona. — respondi de forma direta e ele riu.

— Você não irá se arrepender. — avisou.

— Assim eu espero. — declaro. — Mas, com licença que eu preciso trabalhar, afinal, eu ainda não sou uma herdeira rica, continuo sendo uma garçonete. — até fiz piada daquilo. — E a propósito; que o senhor vai querer? — perguntei com deboche, me levantando e pegando minha caderneta.

—Você vai mesmo me servir? — indaga arqueando uma sobrancelha.

—Não. — admito rindo com escárnio.

— Amanhã eu venho aqui para acertamos os detalhes do acordo. — avisa se levantando, parecendo realmente dispensar o que quer que fosse que ia pedir antes da proposta.

— Okay. Nos encontramos amanhã. — afirmei antes de me encaminhar até o balcão.

E até lá, eu só tentava me convencer que não era uma péssima pessoa.


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Notas finais do capítulo

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