The Wedding Planner escrita por vanprongs
Los Angeles, 2017, mesma noite.
Remus Lupin não acreditava no amor, na realidade o castanho não acreditava em duas pessoas ficando juntas e tendo respeito mútuo somente por causa do casamento. O amor é gentil, o amor é paciente, o amor nos faz perder a cabeça lentamente. Era isso que regia sua vida, e ele realmente se encontrara curioso para entender o motivo que a mulher que aparentava ter sua idade estar saindo correndo de um casamento e se trocando em um táxi, não era possível alguém ser tão viciada em casamentos daquela maneira. Ele a ajudou a se levantar depois que a mesma teve seu corpo ao chão e lhe deu um sorriso fechado, estava curioso, mas não a ponto de ser um cretino e perguntar qualquer cosia à ela sem saber se a morena estava realmente bem.
Seu nome era Nymphadora Tonks e ela tinha um olhar cansado, Lupin respirou fundo quando estava de frente a ela em pé e coçou a nuca.
— Se quiser podemos dividir um táxi para irmos embora. - disse depois que notou o pouco ânimo da mesma para o resto do casamento. - Acho que você realmente precisa descansar, Nymphadora.
— Uh... - a mulher pareceu avaliar e balançou a mão no ar. - Não me chame de Nymphadora, por favor. - tentou sorrir de forma doce e passou suas mãos por seus próprios braços. - Ir embora realmente seria bom... Eu me pergunto onde Marlene está.
— Aquela loira que estava ao seu lado quase a noite inteira? - viu-a concordar e deu os ombros. - Ela saiu daqui acompanhada.
Tonks resmungou qualquer coisa relacionada a ''Marlene e seus casos de uma noite'', passou a mão pelos cabelos ondulados e mordeu o canto do lábio olhando para o desconhecido, seria assim tão ruim pegar um táxi com ele?
Se avaliar que ela trocara de roupa na frente de Fabian a noite inteira para viajar de um casamento para o outro, bem... Seria uma das coisas mais normais que ela faria aquela noite, então deu os ombros e lhe sorriu de forma doce, caminhando com o não tão estranho assim, para a saída do salão.
— Olá, Tonks. - Prewett lhe deu um sorriso quando os dois castanhos entraram no táxi e ela suspirou ao segurar um sorriso.
— Fabian. - o cumprimentou e deu o endereço de sua casa.
A viagem começou calma, Call Me Irresponsible tocava baixo nas caixas de música do carro e o taxista batucava seus dedos no volante enquanto cantarolava a letra de Michael Bublé.
— Então... Dois casamentos em uma noite só? - Lupin perguntou curioso ao ver o cabide de um vestido mais solto pendurado em um dos bancos do carro.
— É... Duas amigas se casaram no mesmo dia e bem. - deu os ombros divertida e olhou para a paisagem que passava rapidamente pelo vidro.
— E você não poderia negar um deles?
— São amigas muito próximas. - a mulher disse séria. - Não podia escolher só uma.
— Isso é loucura. - ele riu e balançou a cabeça em negação.
— Você é um cético. - murmurou quando voltou a observar o homem.
— Eu não sou... - revirou os olhos e estalou os dedos das mãos, um por um. - Talvez eu seja um pouco. - ouvi-a resmungar e encarou a morena, irritado. - O amor é um mito, Nymphadora. Você se desfazer de suas coisas por outra pessoa, você se doar tanto e... Isso. - comentou abandando a mão para trás. - É só a prova de que as pessoas só acreditam no amor verdadeiro quando um casamento acontece, ninguém vai te dar tudo o que você quer ou precisa, ninguém vai ter o mundo arrumado de uma hora para outra só porque encontrou o amor de sua vida.
— Ranzinza.
— Iludida.
— Grosso.
— Não sou grosso, estou tentando fazer um ponto aqui.
A risada dela surgiu de forma debochada e o castanho levou a mão em seus cabelos, bagunçando-os. Por dois minutos ela achou aquilo atraente, mas puxou o ar e estalou a língua dentro da boca.
— Gente... - o taxista os chamou.
— Sua descrença no amor mostra que você é um covarde, Lupin.
- Na verdade mostra quão certo eu estou sobre como essas coisas são uma farsa. - começou a falar quando o táxi parou, mas nenhum dos dois percebeu. - Você vive para encontrar um amor que talvez nunca exista, porque os filmes te ensinaram a esperar alguém.
— Isso é tão... Falso.
— Pessoal... - Prewett tentou lhes chamar a atenção, sendo ignorado.
— Falsa é a concepção de que você precisa de alguém para ser feliz. - Remus murmurou.
— Mas com alguém é muito melhor... - Tonks disse soltando um suspiro logo depois.
— Claro...
— Você acha que com esse ar cético consegue ser atraente o suficiente para conseguir qualquer pessoa? Irritante. - murmurou balançando as mãos no ar.
— Você me acha atraente? - o castanho perguntou divertido, fazendo-a revirar os olhos.
— Não vou nem me dar o trabalho de responder.
— Será que vocês podem ver que já chegamos na casa da senhorita? - Fabian disse mais alto, irritado.
Os dois passageiros se olharam levemente irritado e Nymphadora pegou a carteira da pequena bolsa que usara, arrancou cento e oitenta e entregou ao motorista.
— Você sabe o que fez. - o alertou com a sobrancelha arqueada e saiu. - Tchau, cético estranho.
Minutos depois de Tonks sair do táxi e de Lupin passar o seu próprio endereço para o motorista, foi quando ele viu uma agenda ao lado de onde a garota estava sentada, suas mãos agarraram o pequeno caderno e ele mordeu o canto da bochecha.
— Uh...
— Sim? - o outro perguntou arqueando as sobrancelhas.
Remus folheou rapidamente o caderno e deu um sorriso debochado.
— Nada, nada.
Em sua mão ele tinha a certeza de que a veria de novo, porque aparente toda sua vida estava ali. E o castanho gostaria de saber como, em uma época de tanta tecnologia, alguém ainda usava uma agenda para marcar compromissos e tudo mais.
Nymphadora Tonks era curiosamente estranha para ele, e Remus Lupin gostou daquilo.
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