— Ok, regra número 1: "crush" é a palavra mais idiota que existe. E assim que eu te vir na minha frente, eu vou te chutar nas suas bolas se você repeti-la — disse Marlene, vendo uma tigela com puxativo longe demais de onde estava o telefone.

Tentou esticar a mão, mas não conseguiu alcançar, então apenas escutou o garoto do outro lado da linha rir.

— É um prazer te conhecer também, senhorita...?

— Sinto muito, não falo com estranhos — ela colocou o telefone de volta no gancho, sem esperar pela resposta.

Pegou a tigela inteira, sem importar-se se reclamariam — todos já a odiavam mesmo —, voltando a subir as escadas.

O garoto estranho podia ligá-la quantas vezes quisesse, não atenderia. Se Regulus insistisse, no entanto, não seria piedosa, embora tivesse gostado do jeito de ser dele.

Por um momento, imaginou como seria se Lily ou Alice resolvessem ligar para a sua casa e acabassem falando com a sua alma gêmea. É, não daria nada certo. Sorriu, conseguindo imaginar perfeitamente como seria aquela conversa. Bem, exceto por uma das partes.

Ela nunca tinha perguntado ao seus pais como tinham se conhecido. Seria interessante estar ali, passando pela mesma situação, e lembrar do que disseram.