A cabeça dos pais estava como em uma trepanação.

Mas ao invés do instrumento médico.

O que adentrava suas mentes eram novos ideais.

Aquilo que perfurava suas cabeças.

Deixava suas mentes expandirem.

Os princípios de seus filhos eram diferentes dos seus.

E agora eles precisavam conhecer os novos e diferentes meios de lidar com os outros.

Ver a comemoração de seus pequenos ali os fizeram pensar.

Que nem tudo era cruel, que havia amor no mundo.

Que esse amor não precisava se pender entre uma espécie.

Que esse amor poderia ser muito mais.

Ele era puro, lindo.

E aos poucos aquelas caras sérias se tornavam em risos.

E aqueles risos em comunhão.

Algumas desculpas e perdões foram proclamadas.

E aceitas.

Então se passou um mês.

Dois meses.

Eles continuavam se encontrando.

As famílias permitiam que os pequenos se vissem.

E por conseguinte também se viam.

Cada dia que eles passavam juntos as conversar entre Dragões e humanos aumentavam.

Desde como foi sua semana, até dilemas da vida.

Era como se eles percebessem que...

Todo aquele tempo perdido...

Devia ser recuperado.

Agora não apenas como espécies que conviviam.

Mas como amigos.

Onde os destinos se entrelaçavam.

Amigos, mesmo que tão diferentes.