Logo, o Lucas iniciou a fase da barganha. As mensagens dele que antes passavam uma impressão de cinismo haviam se tornado algo como uma negociação.

"Mel, por favor, volta pra mim, eu juro que vou mudar e não vou mais reclamar dos seus amigos! Eu te amo, por favor, me responde!"

Eu comecei a ficar com dó dele.

"Me dá mais uma chance de provar meu amor! Eu vou te ver todos os dias, eu posso ir a pé até a sua casa, Melissa!"

Comecei a ficar assustada. Ele parecia ficar cada vez mais desesperado. Talvez estivesse se sentindo culpado por seus erros.

A cada mensagem desesperada, minha pele ficava mais próxima da cor de alabastro e eu comecei a passar mal quando ele disse:

"Melissa, sem você eu vou morrer! Eu não consigo viver sem você! Eu vou morrer!"

Eu não sabia se ele realmente estava desesperado ou apenas estava sendo dramático. Decidi que era hora de responder, ou um de nos enlouqueceria. Liguei para ele:

— Escuta aqui, Lucas, eu NÃO VOU voltar com você! Já te dei muitas chances! Mas você não mudou. Agora não adianta mais! Me esquece, por favor! Você consegue sim viver sem mim, tente!