Signed, sealed, delivered: i'm yours escrita por pnsyparkinson


Capítulo 1
I'm Yours.


Notas iniciais do capítulo

Essa one foi escrita especialmente para minha namorada. Espero que gostem tanto quanto ela gostou!



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Primavera e olhos claros.

Primavera de dois mil e dezesseis. 

As flores alegrando o campus da faculdade com suas pétalas coloridas e perfumes variados, tão lindas e esplendorosas quanto as pessoas que passavam quase correndo por entre os corredores. Pansy estava recostada na parede com seu fiel sketchbook e lápis em mãos, desenhando calmamente o alvo de seus pensamentos mais recentes. 

Luna. 

A garota de cabelos loiros como uma flor de girassol, olhos tão azuis quanto o mais límpido dos mares... 

Azuis. Não havia um momento em que ela não pensava naquele par de pedras preciosas olhando para si. Pena que isso só acontecia em sua imaginação.

Ao acordar do seu pequeno transe percebeu que Blaise a encarava sorrindo, o olhar de "eu sei em quem estava pensando" fixado em seu rosto.

— Vamos logo antes que você comece a babar, sua garota não acharia isso atraente, Pans. - disse Zabini, rindo baixo enquanto juntava a mochila da amiga e esperava a mesma acompanha-lo para a classe.

— Ela não é minha garota, não ainda... - sorriu, e junto dele foi para a aula.

Se ela prestou atenção no seu professor? Talvez, mas os olhos azuis ainda estavam em sua mente no fim do dia.

[...]

Verão e sorrisos calorosos.

Era verão de dois mil e dezesseis.

Uma tarde ensolarada e cheia de vida que teria tudo para ser perfeita, não fosse o nervosismo que corroía Pansy até o último fio de seu cabelo preto. 

A menina se encontrava sentada na grama recém cortada, perto da pequena árvore cheia de flores que irradiava beleza. Bem, não tanta beleza quanto a da pessoa que Pansy observava. 

Luna Lovegood. Que sorria para seus amigos e abraçava a menina ruiva como se não a visse por dias. 

"Mas qual é, elas haviam se visto ontem" pensava Parkinson, com os olhos atentos em cada movimento daquela garota que desde o início do curso não saía de sua mente.

Luna, que virou seu rosto em direção aos olhos que tanto a encaravam como se soubesse que estava sendo observada, e sorriu. 

Apresentar um seminário nunca é fácil, mas Luna era como seu sol mesmo que ainda não soubesse, e tudo ficava melhor com ela por perto.  

[...]

  Outono, fotografia e desenhos.

Era outono e as folhas caiam tão rápido quanto os passos de Pansy pelo caminho até sua aula, maldito trânsito que não permitiu sua bicicleta andar rápido pelas ruas cinzas da cidade. Chovia fraco e suas botas batiam rapidamente na grama, contanto os passos até que finalmente chegou na pequena área coberta, sorrindo para si mesma ao constatar que não havia se molhado muito. 

Dez minutos atrasada, era só correr mais um pouco e logo estaria em sua sala de aula. Seria fácil assim se Luna não estivesse em seu armário, discutindo com o mesmo. 

Sua curiosidade sempre foi um defeito. 

— Hum, oi.. você quer ajuda? - pergunta uma Pansy nervosa, sorrindo fraco ao que sente o par de olhos claros quase queimando seu rosto, um sorriso radiante lhe dando boa tarde.

— Oi! - exclama animada, olhando para o cadeado como se ele fosse um monstro. — Bem, talvez? Meu cadeado trancou e eu preciso muito de um livro de fotografia volume um que está ai dentro. - sorriu sem graça, mexendo no cabelo.

— Tenho ele aqui se você quiser, não vou usar de qualquer forma.. - disse, procurando em sua mochila até encontrar o livro e entrega-lo nas mãos ansiosas.

— Obrigada! Sou Luna, aliás, mas você deve saber... - respondeu sorrindo, apontando para o livro ao que correu apressada até sua aula, deixando para trás uma Pansy incrédula e com as bochechas vermelhas.

— Pansy... - respondeu para o nada, ainda pensando que talvez, se atrasar nem sempre seja uma coisa ruim. 

Se Luna encontrou no meio do livro um desenho seu com as iniciais P.P? Talvez, mas Pansy não lembrava desse detalhe e bem, o desenho era lindo no fim das contas.  

[...]

Inverno, encontros e cafés.

No inverno de dois mil e dezesseis as coisas haviam mudado um pouco. Quer dizer, agora Luna sempre lhe dava oi e distribuía sorrisos para ela também, e isso era ótimo. 

Ótimo pra ela e também para seus amigos. O humor da menina havia mudado um pouco e segundo eles isso era um grande avanço. 

Draco continuava com sua ideia de que Parkinson deveria agarrar a loira em algum dos corredores e declarar seu amor selvagem, Blaise concordava.A garota apenas balançava a cabeça negativamente e revirava os olhos toda vez em que seus amigos ficavam a provocando quando Lovegood aparecia, ou seja, sempre que elas respiravam o mesmo ar. 

Era fim de tarde e Pansy andava atrapalhada com suas pastas cheias de desenhos e fones de ouvido com indie estourando, tão apressada que acabou por bater em alguém. Pedidos de desculpas e folhas espalhadas pareceram pouca coisa quando ela viu os cabelos claros voando com o vento e o riso frouxo nos lábios rosados. 

Naquele dia, combinaram de tomar algo na cafeteria da esquina. Naquele dia, ambas dormiram com a cabeça nas nuvens.  

[...]

Aquele com o final feliz.

Dois anos se passaram. Com encontros longos em cafeterias, corridas até as aulas, desenhos e fotografias extrovertidas. Se passaram com carinhos, saídas com amigos e beijos roubados. 

Era dois mil e dezoito e o inverno estava rigoroso, mas nada que chocolates quentes e abraços não resolvessem, e para elas isso era algo que não faltava. Estavam juntas há um ano e Luna achou que seria interessante levar algumas coisas suas para o apartamento de Pansy, acabou que ela nunca mais saiu de lá. 

 O que para Parkinson foi incrível. 

As famílias se deram bem, os amigos mais ainda (devo mencionar que Draco e Harry também estavam namorando?) e as tardes no parque passaram a ser mais completas com Moon, o cachorro de Lovegood correndo por entre a grama verde. 

Quando menos se espera o amor bate em sua porta. E da maneira mais sutil possível vai mostrar que se pode sim ser feliz, e que noites de filmes de terror com marshmallows são ótimas, mas são melhores ainda quando você tem alguém pra abraçar nas partes mais assustadoras. 

— Não acha que deveríamos ter escolhido algum filme de romance, Pans? - pergunta Luna, com um careta no rosto e os braços apertando o corpo de Pansy carinhosamente, enquanto estavam enroladas no sofá.

— Talvez sim, mas qualquer filme é bom quando estamos juntas. - ri baixinho, fazendo carinho nos cabelos claros que escapavam do coque desgrenhado. 

Se elas desligaram o filme e trocaram o chocolate quente por vinho logo após? Talvez. O que importava naquele momento é que estavam juntas. Sempre estariam, no final das contas. 

E no fim, o melhor da vida sempre vem de graça. E Pansy agradecia por isso todos os dias.


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