Amor Proibido escrita por Tales Of Castle


Capítulo 1
Conhecendo a história


Notas iniciais do capítulo

E aí, amantes de caskett? Tudo bom?
Bem esta é uma fic nova! Talvez um pouco diferente de todas as outras, mas bem definida.
Espero que vocês gostem! Conto com a vossa opinião! Beijão ♥



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Pov Castle

Eu podia dispensar a minha apresentação, mas acho que a história não será a mesma sem ela.

Meu nome é Richard Castle e tenho 31 anos. Sou professor. Sim, verdade, me formei bastante cedo. Sinto-me extremamente grato por isso, tive a oportunidade de estudar nas melhores escolas e a minha capacidade de aprendizagem também me ajudou muito.

Hoje iria começar uma nova etapa da minha vida. Iria começar a exercer a minha profissão numa escola pública e secundária em Nova Iorque. Poderia ter optado por uma escola privada, mas preferia ficar colocado numa pública. Talvez o facto de sempre ter estudado em escolas privadas me fez querer mudar um pouco.

Sou casado com Gina por volta de dez anos. Nossa paixão começou cedo quando eu tinha 20 anos. Ela era da minha classe. Ao fim de 4 meses decidimos casar. Até agora tem resultado bem. Eu amava a minha mulher e esse sentimento era recíproco.

Tinha uma vida boa. Estável a nível financeiro e emocional. Tudo o que um homem poderia sonhar. Uma boa casa, uma boa mulher e um bom trabalho.

—Você vai se sair bem, eu tenho a certeza. – Gina, me olha através do espelho e beija a minha face.

—Obrigada, querida.- Eu beijo os seus lábios macios e finos. – Eu tenho de ir agora. Te amo.

—Beijo, te amo. – Ela me abraça antes de eu me ir embora. Estava pronto para começar.

Pov Kate

A música alta dos meus fones não me deixava ouvir a bagunça que Jim, meu pai, estava fazendo na sala. Eu encarava o teto do meu quarto, ficando completamente submersa no meu mundo. Essa era a minha realidade no último ano.

Meu nome é Katherine Beckett e era feliz até minha mãe ser brutalmente assassina. Atropelamento. Até agora ainda não tinham descoberto quem foi o assassino. Sim, porque a pessoa que fez isso foi um covarde. Foi um covarde tão grande que foi capaz de deixar uma mulher morrendo e fugir. Nem uma ligação para o hospital. Talvez se tivesse feito minha querida mãe ainda estivesse viva.

Eu abandonei tudo. Escola, amigos e minha vida. Apenas não desisti de tudo por causa de meu pai. Ele precisava de mim, apesar de, todos os dias ficar embriagado. Ele estava sofrendo muito. Tanto como eu. Passei todo este ano chorando, fechada no meu quarto.

No entanto, eu sentia que minha mãe não iria gostar de me ver fechada naquele quarto para sempre. Eu iria seguir as suas pegadas. Iria finalizar o secundário e seguir para a faculdade e tirar advocacia. Iria lutar para fazer justiça por todas as outras vítimas. Eu devia isso a ela. Eu devia isso a mim própria.

Hoje começa o novo semestre e eu iria começar de cabeça erguida.

Olhei o celular e disquei o número de Lanie. Sem dúvida ela era minha melhor amiga. Durante todo este tempo ela soube dar o espaço que eu precisei para fazer o luto. Ela sempre me apoiou e eu não teria palavras suficientes para agradecer.

Ela iria ficar na minha classe. Assim como Espo e Ryan. Isso bastava para me segurar e não desistir da escola de novo.

Ei girlfriend!

E ai, Lanie? Pronta para começar na escola?

Ela faz um pequeno momento de silêncio.

Você está falando sério? Você vai voltar na escola?

—Sim. – As lágrimas rolam pela minha cara ao perceber o quanto feliz ela estava por mim.

Nossa, Kate! Eu estou tão feliz! Posso passar ai na tua casa?

—Eu acho melhor não, Lanie… Meu pai estava meio quebrado ainda e eu não acho bom você o ver desse jeito. – Eu explico.

Tudo bem, então. Eu fico te esperando aqui. Beijo, Kate!

Desligo a chamada e me preparo para sair.

Visto um casaco quente. Estávamos a meio de setembro.

Assim que chego na sala vejo Jim olhando um retrato dele.

—Pai. – Eu o chamo.

—Katie… - Ele me olha com os olhos baços. Partia o meu coração vê-lo desse jeito. – Eu sei que eu devia ser um pilar para você desde que sua mãe se foi, mas… - Ele chora. Aquilo faz o meu coração apertar demais e sinto meus olhos arderem. Eu não podia desabar agora. Não outra vez. Eu tinha que ter força. Por nós.

—Pai… - Eu me agacho e agarro as suas mãos. – Eu vou voltar a estudar e depois eu prometo que eu vou encontrar o canalha que fez isso com ela. Eu te devo isso. Eu lhe devo isso. – Eu olho nos seus olhos. – Agora você precisa reagir. Ok? Eu te amo.

Eu beijo a sua testa e pego a garrafa de vinho que ele segurava nas mãos e a jogo no lixo.

—Eu vou reagir, Katie. Eu te prometo. Te amo, filha.

Aceno a cabeça e sorrio. Estava mais decidida do que não e agora minha dor, ao fim de um ano, estava c a começar a se transformar em força interior. A força que eu estava precisando para mudar a minha vida.

A escola era bem perto da minha casa. Isso era bom. Coloquei de novo o meu fone de ouvido no máximo e inspirei a brisa fria. Sorrio ao fim de um ano. Estava me sentindo com força. Isso me fazia sentir bem, dentro dos possíveis.

Pov Castle

Cheguei mais cedo do que o previsto. Eu preferia assim. A sala dos professores estava vazia. Apenas estava lá o diretor. Roy Montgomery.

—Seja bem-vindo, senhor Castle! – Ele sorri e eu aperto a sua mão.

—O prazer é todo meu.- Eu sorrio de volta.

—Eu espero que você seja bem sucedido nesta nova etapa. – Ele aperta o meu ombro com a sua mão forte.

—Farei por isso. – Sorrio.

—Posso só lhe dar uma palavra? – Ele me encara.

—Claro que sim. – Respondo, cordial.

—Acompanhe-me até ao meu gabinete, por favor. – Ele me indica o caminho e eu o sigo. Era perto. Roy me pediu para me sentar e eu assim o fiz, de frente para ele.

—Qual o assunto, senhor diretor? – Eu pergunto, preocupado.

—Roy, por favor. – Ele pede. – Não é nada de mais. Apenas lhe quero falar sobre uma pessoa muito especial para mim. – Ele tira uma capa preta de uma das gavetas e me mostra uma garota com os seus 16 anos. Com certeza seria uma aluna da escola.

—Quem é? – Eu pergunto. Ela era bem bonita e seus traços faciais eram bem adultos já.

—Aluna da escola e irá pertencer á sua classe. Era a melhor aluna da classe, até que, no ano passado a sua mãe faleceu e as notas começaram a cair em decadência… Eu quero que tenha especial cuidado com essa garota. Ela era uma das melhores, para não falar que ela era a melhor mesmo. A mãe era tudo o que ela tinha, por isso senhor Castle…

—Pode deixar, Roy. Eu irei ter um cuidado especial. – Eu sorrio.

—Obrigada. – Ele me acompanha até á saída. Iria bater daqui a cinco minutos o primeiro toque.

Ajeito o meu fato e subo as escadas até á minha sala. Estava ansioso para conhecer os meus alunos.

O primeiro toque bate.

Para minha felicidade nenhum dos alunos se atrasa, começo a checar cada uma das caras pelo livro que me tinha sido dado.

Eles me observam em silêncio. Pareciam ser bons miúdos. Logo avisto Kate que, se havia sentando nos lugares da frente. Por momentos nos olhamos os dois e eu pode perceber quanto sofrimento ela estava sentindo. Sacudi a cabeça, tentando me abstrair e trabalhar no que realmente importava. A aula.

—Bom dia, classe. Meu nome é Richard Castle e irei ser o vosso professor de inglês. – Eu vagueio pela sala ampla olhando cada um dos alunos. Eles me observam curioso.

—Bom dia. – Eles dizem em uníssono.

—Acho que está na vez de vocês se apresentarem. Quem quer começar?

—Eu posso! – O moreno de cabelo preto fala alegre, fazendo a classe rir. Ele já devia ter fama na escola.

—Claro que sim. – Eu lhe acho uma certa piada.

—Meu nome é Javier Esposito. Javi para as garotas!  - Ele pisca para a garota mulata que estava do seu lado e todos riem novamente.

—Bem convencido você! – Eu digo e rimos todos. Tinha o pressentimento que esta seria a minha melhor turma.

Todos se apresentaram. A classe tinha mais garotos que garotas. Por fim, chegou a vez de Beckett. Eu tinha medo de falar alguma coisa que não devesse. Roy foi bastante específico.

—Quer tentar, Kate? – Eu sorrio e nos olhamos novamente. Seus olhos eram tão lindos.

—Como sabe o meu nome?- Ela franze o sobrolho.

—Bem… me disseram que era uma das melhores aqui. – Eu sorrio e posso ver um sorriso escondido dela.

—Te disseram a verdade então. – Ela ri de leve, colando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Eu estava preso em seus olhos, não sabia bem porquê, mas ela tina qualquer coisa.

A turma ri.

—Bem, turminha, parece que vocês vão ter concorrência. – Eu desvio nossos olhares.

—É isso que a gente gosta! – O garotão de olhos azuis fala. Acho que era Ryan o nome dele.

—Bem, eu sei o quanto as primeiras aulas são chatas, por isso hoje vamos fazer um jogo! – Eu falo, me sentando no largo cadeirão junto do quadro branco. Eles me ouvem com atenção. – Cada um vai escrever num papel aquilo que quer exercer como profissão e eu irei adivinhar a quem pertence.

—Boa ideia! – Lanie fala empolgada. Me levanto e começo distribuindo os papéis. 23. Era o número de alunos que havia na turma.

Passados dez minutos tinha cada um dos papéis e eu devo dizer que acertei em quase todos. Eles estavam perplexos com as minhas habilidades. Estava achando piada demais a este jogo.

Sobravam três papéis. Decido abrir mais um.

—Advocacia… - Eu falo alto e olho os restantes alunos que faltavam. Apenas sobrava Beckett, Lanie e Jonathan.

Eu não precisava de muito para saber que aquele papel pertencia a Kate.

—Eu acho que isto pertence a Kate. – Mais uma vez nos olhamos. Ela me encara. Eu posso ver o seu olhar determinado. Aquilo me fascina. Ela tinha apenas 17 anos e era tão determinada assim?

—Está correto. – Ela fala.

—Quer justificar? – Pergunto.

—Eu quero fazer justiça pelas vítimas. – Eu vejo que ela está magoada.

—Muito bem. – Eu não falo mais nada. Continuamos nos olhando.

—Os advogados são uns hipócritas! – Uma garota lá do fundo da sala fala e eu sinto os olhos de Kate ficarem raivosos.

—Você não sabe do que está falando! – Kate fala, nervosa.

—Garotas! – Eu falo um pouco mais alto. – Chega!

—Parece que foi um erro mesmo eu ter voltado… - Kate se levanta e sai da sala. A bagunça começa a se instalar na sala e eu tenho de dar um pequeno grito para que houvesse silêncio.

—Eu posso ir procura-la? – Lanie, pergunta.

—Seja rápida. – Eu peço e encaro a turma.

Lanie sai.

A campainha toca e eu me sinto mal. Como eu fui deixar isso acontecer? Tenho de falar com Roy. Essa garota precisava mesmo de apoio e era isso que eu iria fazer.


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