The Time Traveler escrita por Ciin Smoak


Capítulo 8
Love and Altruism


Notas iniciais do capítulo

Voltei com mais um cap pra vocês meus amores, mas antes de qualquer outra coisa eu preciso agradecer uma pessoa muito especial!!!
Megan Queen(mais conhecida como minha imunda), muito obrigada pela recomendação mais do que maravilhosa que você fez, obrigada por cada palavrinha de incentivo que você tem me dado desde a primeira vez em que nos falamos, obrigada por ter estado ao meu lado quando o pior quase aconteceu comigo, obrigada por ter me apoiado quando eu chorei com todas aquelas notícias ruins, obrigada por ter me dado a chance de te conhecer melhor e poder te chamar de amiga.
Nunca se esqueça do que eu te disse, você é maravilhosa e vale muito a pena, eu amo você ok? Amo até mesmo as partes que você acha que são feias e esse capítulo é totalmente dedicado à você!!!
Ps: Ela é uma autora da po*** gente, então podem ir correndo ler as fanfics dela porque são maravilhosas!!!

Agora sem mais enrolação, vamos pro cap!!!



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‘Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I’ll give my all to you
You’re my end and my beginning
Even when I lose I’m winning
‘Cause I give you all of me
And you give me all of you

All Of Me-John Legend

 

POV Felicity

—Estou tão feliz por ir embora daqui, comida de hospital é uma coisa realmente terrível. –Katherine revirou os olhos e se limitou a sorrir enquanto me ajudava a arrumar todas as coisas dentro da minha bolsa. –Kathe, você está muito calada hoje e isso não é normal. Está tudo bem? –A loira a minha frente fechou o zíper da bolsa e se sentou no sofá. –Tô bem sim, é só que, sei lá, eu acordei com uma sensação estranha e isso está me incomodando um pouco.

Me sentei ao lado dela e peguei sua mão, estava gelada. –Você quer conversar sobre? Podemos ir pra minha casa. –Kathe revirou os olhos e se levantou. –Não seja ridícula Felicity, eu estou bem, é só uma sensação, além do mais eu lá tenho cara de empata sexo? Não vou ficar no meio do casalzinho paixão aí, eu tenho mais o que fazer loira! –Bufei frustrada, mas acabei concordando com um sorriso.

Já havia se passado uma semana desde o dia do acidente, mas quando me lembrava da data eu não conseguia pensar na árvore, no descontrole do carro ou na sensação de escuridão que me tomou, pelo contrário, a minha mente era inundada por pensamentos bons, Oliver dizendo que me amava, Oliver dizendo que tentaria me fazer feliz todos os dias, Oliver dizendo que não me afastaria mais.

Kathe saiu do quarto para encontrar o dono dos meus pensamentos que estava na recepção assinando a nossa papelada, minha e da Thea. Encostei a cabeça na almofada branca e macia que estava em cima do sofá e me permiti fechar os olhos, me permiti viajar até o dia seguinte ao acidente, eu achei que tudo não se passava de um sonho criado pela minha mente que estava frágil e perturbada.

Flashback On

Eu me senti voltando a consciência e comecei a escutar as coisas ao meu redor, um ruído parecido com um bip, passos ecoando em algum lugar próximo de onde eu estava e uma respiração leve e uniforme que vinha de algum lugar ao meu lado direito.

Onde diabos eu estava? Por que era tão difícil abrir os olhos e finalmente acordar?

Aos poucos a minha mente ia voltando a funcionar e eu começava a me lembrar, a ligação do Espectro, meu carro derrapando e batendo na árvore. Ai meu Deus, eu estou em um hospital? Em meio a uma onda de pânico tentei acordar e forçar as minhas pernas a funcionarem, mas logo me senti sendo acariciada e me obriguei a respirar fundo enquanto abria os olhos lentamente, a luz me cegou por alguns instantes e eu precisei piscar diversas vezes, mas por fim consegui focar o meu olhar na pessoa a minha frente, Katherine.

—Boa noite Smoak, como se sente? –Sutilmente voltei a tentar mexer as minhas pernas e suspirei aliviada quando consegui. –Bem, eu acho! Eu estou com a garganta seca na verdade. –A loira soltou a minha mão e se apressou pra fora do quarto, eu aproveitei para olhar em volta e vi um ambiente típico de hospital, o ruído que eu estava escutando no começo se tratava do monitor cardíaco. –Prontinho, beba devagar! –Ela fechou a porta atrás de si e se aproximou de mim, com algum esforço consegui erguer a cabeça e apesar da sede incontrolável sabia que Kathe estava certa então bebi o líquido vagarosamente até me sentir satisfeita.

—Do que você se lembra Felicity? –Respirei fundo e ela me ajudou a sentar, a minha mente ainda estava muito bagunçada e eu estava tentado colocar ordem na casa. –Eu me lembro de estar indo encontrar o Oliver, o GPS me levou pra um lugar muito distante e quando eu percebi isso o meu celular tocou, era o Espectro. –Tremi ao me lembrar da ligação, a voz do homem era tão fria e macabra que com apenas alguns minutos de conversa eu tive a certeza de que estávamos lidando com um psicopata. –Ele me disse algumas coisas e de repente eu senti que estava perdendo o controle do carro, eu tentei fazer algo, mas não consegui. O carro bateu em uma árvore e depois tudo ficou escuro.

Katherine assentiu e segurou a minha mão. –Todos ficaram muito preocupados, principalmente o Oliver! –Oliver? A menção ao nome dele fez a minha mente ter um estalo.

“Eu te amo e se você ainda me quiser, mesmo estando meio estragado e cheio de defeitos, bem, eu sou seu. Prometo que vou tentar fazer dar certo e vou passar cada dia da minha vida tentando te fazer sorrir, porque mesmo de longe você ainda é todo o meu mundo e eu não suporto mais manter a distância entre nós dois”.

Eu havia sonhado? Será que minha mente estava tão frágil ao ponto de ter imaginado Oliver se declarando pra mim?

—Felicity, tá tudo bem? –Me virei pra ela e respirei fundo. –Kathe, onde ele está? –Ela sorriu e deu de ombros. –Foi pra casa descansar, na verdade eu obriguei todos a irem descansar, disse que ficaria com você. –Assenti, mas a dúvida continuava assolando a minha mente. –Mas ele esteve aqui enquanto eu estava desacordada? Aliás, há quanto tempo eu estou dormindo? –Vi um brilho passando pelos seus olhos, mas com a mesma rapidez que apareceu, sumiu. –Sim, ele ficou com você enquanto todos visitavam a Thea, depois ele foi embora e eu assumi o lugar dele, o acidente foi ontem à noite e agora já é quase meia noite, ou seja, você ficou praticamente desacordada por um dia inteiro.

Um dia inteiro? Uau, o meu corpo estava realmente destruído!

Mas, espera! Ela disse que todos foram visitar a Thea? –Por que todos foram visitar a Thea? –Eu sabia que Oliver e John visitavam a minha amiga, mas o resto fazer isso era uma grande novidade. Kathe deu de ombros e sorriu. –Ela acordou! –Virei o corpo tão rápido que senti uma dor lacerante na coluna, a loira à minha frente se levantou com um pulo e me fez deitar. –Sem movimentos bruscos Smoak, eu sei que você está animada pra ver a Thea, mas se machucar não vai resolver nada. –Bufei frustrada e parei de me esforçar para levantar. –Foi você, não foi? Foi graças àquela coisa que você injetou nela, aquilo fez a Thea acordar. –Ela voltou a se sentar e apoiou a cabeça na minha cama, só nesse momento pude perceber o quanto ela parecia cansada. –Ela acordaria uma hora ou outra, mas só daqui a vários meses, tudo o que eu fiz foi acelerar o processo. –Ela não gostava de receber agradecimentos, eu já havia percebido isso. Peguei a mão dela e apertei. –Obrigada, não só por isso e nem adianta falar que não foi nada porque foi muita coisa sim.

A viajante do tempo revirou os olhos, mas por fim assentiu. –Kathe, será que eu posso ver a Thea? –Ela pareceu em dúvida, mas acho que o meu olhar de cachorrinho que caiu da mudança conseguiu convence-la e com um suspiro baixo ela se levantou. –Eu vou ver se ela ainda está acordada e caso ela esteja vou tentar traze-la aqui, porque você não pode se levantar, entendeu? –Fiz que sim com a cabeça e ela saiu do quarto.

“Eu te amo!”

Sacudi a cabeça e fechei os olhos, o que estava acontecendo? Eram lembranças? Eram apenas resquícios de um sonho? Eu precisava falar com Oliver para descobrir, mas tinha tanto medo de tudo não se passar de uma alucinação da minha mente que em um momento de dor me deu o que eu mais queria.

—Felicity? –Virei à cabeça rapidamente e senti uma leve tontura, mas ali estava ele encoberto pelo capuz de herói. –Oliver! –Sorri e ele se aproximou, abaixou o capuz e retirou à máscara, Oliver se sentou ao meu lado e segurou a minha mão. –Como está se sentindo? –Eu voltei a deitar a minha cabeça no travesseiro e relaxei enquanto sentia o seu polegar fazendo círculos na minha mão. –Estou me sentindo cansada e um pouco dolorida, mas não é nada que eu não possa administrar. –Ele sorriu e assentiu, mas percebi que seus olhos continuavam preocupados. –Oliver é sério, eu tô bem e não admito que você fique se culpando por nada, entendeu? Ou eu vou ter que me levantar daqui e te bater. –O homem à minha frente riu baixinho e eu me senti melhor.

Ficamos nos olhando por alguns minutos e eu já começava a sentir sono quando percebi que seu olhar adquiriu uma expressão tímida que era incomum pra ele. –Você se lembra de algo? De alguma conversa nossa aqui no hospital? –Eu senti meu coração parando nesse momento, ele estava querendo dizer que aquilo realmente havia acontecido? Comecei a chorar quase que imediatamente e Oliver se desesperou. –O que aconteceu? Você está sentindo dor? Meu Deus o que tá acontecendo? –Ele se levantou em um pulo e começou a tatear meu corpo com as mãos parecendo desesperado para encontrar o que estava me fazendo chorar.

Ele me amava, ele não queria mais me afastar, aquilo tudo realmente havia acontecido e eu sentia uma felicidade tão imensa que não cabia no peito. Ignorando toda a dor do meu corpo eu o puxei pela mão e Oliver caiu em cima de mim. –Felicity, o que você está fazen... –Não deixei que ele terminasse a frase, apenas grudei sua boca na minha e quando nossos lábios se encostaram eu senti que o mundo inteiro estava se iluminando, não havia dor, não havia medo, tudo se resumia a Oliver me beijando.

Senti o seu corpo relaxando aos poucos e com cuidado para não me machucar com o seu peso ele segurou a minha cabeça e a inclinou um pouco para nos fornecer um ângulo melhor, Oliver pediu passagem e eu cedi porque precisava daquilo, precisava de cada pedacinho dele e meu interior se contorceu de alegria quando nossas línguas iniciaram aquela batalha deliciosa em que eu sabia que ninguém sairia vencedor.  Nos beijamos por vários minutos e o Queen só se afastou de mim quando o maldito monitor cardíaco denunciou as batidas desesperadas do meu coração, ele me lançou um sorrisinho de lado assim que viu o que mostrava o aparelho e eu me senti corando desde a raiz do cabelo até a pontinha do pé.

Oliver voltou a se sentar ao meu lado, mas dessa vez deixou o seu rosto bem próximo ao meu. –Por que você estava chorando? Eu fiquei desesperado! –Sorri de leve e acariciei seu rosto. –Eu me lembrei da nossa conversa, na verdade eu já havia me lembrado, mas estava com tanto medo de tudo não passar de uma alucinação ou coisa parecida. –Ele beijou minha testa e voltou a acariciar minha mão. –Fico feliz em saber que você lembrou, foi um discurso e tanto e eu não sei se conseguiria fazer um tão bom quanto aquele, mas eu tentaria de novo, por você eu tentaria quantas vezes fossem necessárias. –Senti mais uma lágrima escorrendo e Oliver me admirou com carinho e adoração enquanto limpava o meu rosto. –Não quero que você chore, posso não ser perfeito, mas prometo que vou dar o melhor de mim pra fazer você sorrir todos os dias. –Sorri em meio às lágrimas e ele me deu um ultimo selinho antes de se afastar e começar a caminhar em direção à janela. –Aonde você vai? –Oliver se virou e sorriu antes de recolocar a máscara e o capuz. –Preciso ir embora, se Katherine me ver aqui eu vou ter a bunda chutada até a China.

Ri baixinho porque isso era o máximo que o meu corpo aguentava fazer e observei-o subindo no parapeito da janela para sair em direção à noite fria de Starling. –Oliver? –O Queen se virou pra mim e nossos pensamentos pareciam tão conectados que ele sorriu e me interrompeu antes mesmo das palavras saírem da minha boca. –Eu também Felicity, eu também!

Oliver pulou a janela no mesmo instante em que Kathe entrou com Thea no quarto, sorri ao ver a minha amiga e percebi que o seu olhar que estava ranzinza se iluminou ao me ver também. –Felicity! –Ela tentou se levantar para correr em minha direção, mas Kathe a segurou firme no lugar. –Eu já disse que vou te amarrar nessa cadeira se você continuar com isso, não disse? –A Queen mais nova bufou em desgosto enquanto Kathe aproximava a cadeira de rodas da minha cama e a ajudava a se sentar na cadeira que Oliver estava há alguns minutos atrás. –Eu não sei por que você está fazendo isso, eu sou perfeitamente capaz de andar! – A viajante do tempo lançou um olhar de desdém para a morena à minha frente e se aproximou da minha cama. –Você está em perfeitas condições de andar? Tem certeza? E aquela quase queda que você levou hoje mais cedo? Em? –Thea revirou os olhos e olhou pro chão como uma criança faz quando está sendo contrariada. –Aquilo foi um lapso, não significa nada. –Kathe levantou a cabeça da Queen mais nova e sorriu. –Aquilo não foi um lapso e você sabe disso, você ficou em coma por mais de quatro meses e durante todo esse tempo não se movimentou é obvio, seu corpo precisa adquirir força para poder voltar a fazer tudo normalmente e isso ainda não aconteceu, então sem discussão!

Eu estava completamente chocada, Thea conseguia ser mais teimosa que o Oliver e geralmente não escutava ninguém, nem mesmo a mim, mas Kathe havia conseguido com uma rapidez surpreendente fazer a garota se calar e obedecer. –Felicity, você vai acabar engolindo um mosquito. –Fechei a boca rapidamente e Kathe riu alto antes de se sentar no sofá enquanto Thea finalmente parecia se lembrar o motivo de estar ali. –Eu nem acredito que você sofreu um acidente, fiquei tão preocupada quando a Katherine me contou, precisamos pegar esse Espectro e impedi-lo de machucar mais alguém. –Escutei alguém limpando a garganta e sorri enquanto Thea revirava os olhos. –Quer dizer, precisamos pegar ele depois que eu me recuperar totalmente.

Assenti ainda com um sorriso no rosto e apertei a mão da garota. –Estou tão feliz em te ver acordada Thea, você não tem ideia do quanto sentimos sua falta. –Ela sorriu e percebi que seus olhos ficaram marejados. –Pode ter certeza, eu sei o quanto vocês sentiram minha falta, eu escutava cada um de vocês falando comigo e o que eu mais queria era acordar pra ajudar você com o cabeça dura do meu irmão e espero realmente que ele tome jeito. –Pisquei confusa em meio às lágrimas e fechei os olhos por alguns segundos, era muita coisa pra assimilar. –Espera, então você estava ouvindo tudo? –Eu havia vindo ao hospital muitas vezes para me lamentar pelo meu relacionamento fracassado com o Oliver e apesar de amar a Thea era inevitável me sentir estranha por saber que alguém sabia de todos os meus sentimentos e pensamentos em relação a ele. –Sim, mas não se preocupe. Às vezes eu desligava a mente da sua voz porque começava a ficar chato.

Kathe gargalhou e eu revirei os olhos, Thea sorriu e ficamos em silêncio por algum tempo até que meus olhos começaram a encontrar dificuldade para se manterem abertos, a loira se levantou do sofá em um pulo e se aproximou da minha cama. –Thea, eu vou te levar de volta pro seu quarto, Felicity mal está aguentando ficar com os olhos abertos. –A garota assentiu e depositou um suave beijo na minha mão antes de Kathe começar a leva-la pra fora do quarto. –Vê se não demora pra voltar Katherine, achei que você tinha morrido no caminho. –A loira virou o rosto e me lançou um sorriso sarcástico antes de olhar pra janela. –Eu achei que você iria apreciar a minha demora!

Thea riu alto e eu revirei os olhos antes de me entregar ao mundo dos sonhos...

Flashback Off

—Terra pra Felicity, acorda mulher! –Abri os olhos e percebi que quase havia pegado no sono, me sentei no sofá e sacudi a cabeça para me despertar. –Achou o Oliver? –Katherine assentiu e pegou a minha bolsa. –Vamos senhorita Smoak, ele já está nos esperando no carro com a Thea! –Sorri e me levantei, à loira me ajudou a chegar até o carro, pois devido ao acidente as minhas pernas não estavam 100% firmes e as vezes eu me desequilibrava.

Oliver abriu um largo sorriso assim que me viu e percebi que Thea havia se sentado atrás para deixar o lugar ao lado dele pra mim, revirei os olhos na direção da minha cunhada e ela apenas deu de ombros. Entrei no carro e ele me deu um leve selinho antes de dar a partida no mesmo. –Thea você tá sentindo a sua glicose subir? Eu acho que vou acabar morrendo com diabete. –A morena riu alto e se jogou no colo de Katherine simulando uma morte, balancei a cabeça diante da infantilidade das duas e o homem ao meu lado apenas revirou os olhos.

—Ei, será que a gente pode tomar sorvete antes de ir pra sua casa maninho? –Oliver suspirou audivelmente e negou com a cabeça. –Thea você saiu de um coma há apenas uma semana atrás, tem que se alimentar direito. –A morena bufou irritada e se jogou no banco. –Eu fiquei em coma e não com uma infecção estomacal, você está sendo ridículo! –O loiro ao meu lado apenas sorriu e segurou minha mão, ele dirigia calmamente pelas ruas de Starling e eu apenas apreciava o toque de sua mão na minha, saber que Oliver finalmente estava ao meu lado me deixava tão feliz que eu sentia uma vontade imensa de gritar pro mundo inteiro que finalmente as coisas estavam começando a dar certo.

Eu sabia que ainda precisávamos percorrer um longo caminho, mas se Oliver estivesse do meu lado eu conseguiria enfrentar qualquer coisa e continuar de pé.

—Mas que porra é essa? –Me assustei com o tom desesperado de Thea e olhei pra frente só para poder ver pelo menos duas dúzias de homens encapuzados à nossa frente. –Espectro! –Oliver proferiu o nome com nojo e raiva, mas apesar disso todos sabíamos que o maldito não estava entre aqueles homens, ele era um psicopata que gostava de comandar e pelo menos por enquanto ele não iria aparecer na linha de frente.

Oliver começou a tirar o cinto e eu gritei desesperada. –Não! –Ele me olhou com uma expressão consternada e beijou minha mão. –Eu preciso ir Felicity, não vou deixar que eles machuquem vocês. –Lágrimas já vertiam pelos meus olhos e eu apenas negava com a cabeça, percebi que Thea estava em um estado muito parecido com o meu e apenas Katherine se mantinha em silêncio. –Ollie são muitos, você não vai conseguir lidar com todos eles! –Percebi que Oliver tentaria argumentar novamente para me convencer, mas nesse momento o som de um bip de celular se fez presente e todos se viraram pra Katherine.

A loira carregava uma expressão séria e determinada que eu nunca havia visto antes. –Eu vou dizer o que vai acontecer, eu vou sair desse carro e no momento em que eu fizer isso você vai pisar fundo e tirar elas daqui. –Oliver começou a protestar, mas rapidamente ela o cortou. –Eu não perguntei Oliver, eu disse o que você vai fazer e isso não está aberto pra discussões. –Mesmo que contra a vontade, ele acabou assentindo e a loira colocou a mão na maçaneta antes de se virar em nossa direção uma última vez. –Não pare o maldito carro até ter certeza de que vocês estão em segurança! Encontro vocês na cave assim que puder.

Meu coração estava apertado, eu não queria que Katherine se machucasse e apesar da confiança que ela sempre demonstrava eu temia que a quantidade de homens à nossa frente fosse demais pra ela. A viajante do tempo abriu a porta do carro em um rompante e Oliver saiu cantando pneu, escutamos tiros batendo contra a lataria do carro e ele acelerou ainda mais, virei a cabeça e pelo vidro do carro pude ver Katherine retirando adagas de dentro da bota de cano alto que ela usava e partindo pra cima dos mascarados enquanto se desviava das balas.

—Meu Deus Ollie, ela vai se machucar. –Oliver parecia nervoso e Thea estava à beira de lágrimas. –Eu sei Thea, mas não adianta discutir com ela, você já deve saber disso. Preciso colocar vocês duas em segurança, depois volto pra ajuda-la.

Voltamos a escutar o barulho dos tiros contra a lataria e percebi que estávamos sendo seguidos. –Oliver, tem um carro com três mascarados dentro nos seguindo. –Ele apenas assentiu e pisou forte no acelerador, Thea segurou a minha mão e internamente eu pedi aos céus pra que nada de ruim acontecesse!

Ele fez várias manobras, entrou em várias ruas diferentes e quase quinze minutos depois percebemos que havíamos conseguido despistar os capangas do Espectro, Thea e eu suspiramos de alívio e o homem ao meu lado apenas continuou dirigindo. –Preciso levar vocês pra cave agora, é mais seguro lá!

POV Katherine

Não havia tempo pra protestos, medos ou lamentações. Eu fora treinada a vida toda pra isso, pra ser uma heroína, eu não fugia do perigo quando o encontrava, pelo contrário, eu firmava meus pés no chão e enfrentava o que quer fosse. Respirei aliviada quando vi que o carro de Oliver já havia sumido de vista e com as minhas duas adagas preferidas em mãos parti pro ataque.

Eu tinha plena consciência que a minha desvantagem numérica era gritante, mas eu era muito boa no que fazia e além do mais Barry estava a caminho, eu havia mandado uma mensagem pra ele quando vi o que nos esperava e o garoto respondeu rapidamente dizendo que estava resolvendo uma emergência em Central, mas que logo chegaria aqui.

Ataquei pelos flancos do grupo e derrubei vários de uma vez só, chutei, me esquivei das balas, saltei, desferi socos e golpes quase mortais sem parar e eu teria ganhado de todos aqueles caras sozinha, mas infelizmente uma coisinha estava me atrapalhando...

...ELES NÃO PARAVAM DE APARECER!

As duas dúzias de soldados haviam virado três, quatro, cinco. Eu derrubava um e mais dois apareciam, meu corpo ainda estava conseguindo levar a luta tranquilamente, mas sabia que apesar de ser uma das melhores eu ainda era um ser humano e logo não aguentaria mais lutar, na verdade, depois de derrubar mais de quarenta homens eu já começava a me sentir esgotada, se Barry não chegasse logo eu provavelmente iria sucumbir.

Quando mais homens chegaram eu respirei fundo e me preparei pra luta, eu não cairia sem tentar, avancei pra cima deles e usei cada reserva de energia do meu corpo e quando eu já não aguentava mais, senti uma rajada de vento e em seguida percebi os soldados caindo um por um. Barry parou ao meu lado e sorriu pra logo em seguida me lançar um olhar preocupado.

—Kathe, você parece exausta! –Sorri e revirei os olhos, agora que ele havia chegado eu provavelmente aguentaria mais um pouco. –Não seja idiota, eu estou ótima! –Percebi que ele ia protestar, porém antes que pudesse fazer isso mais homens mascarados apareceram e eu notei que apesar de ainda ser extremamente rápido, Allen não estava em sua melhor forma, ele mancava e eu tinha quase certeza de que havia se machucado na tal emergência que estava tentando resolver em Central. Balancei a cabeça para espantar a preocupação e parti pra luta.

Uma das minhas adagas foi lançada pra longe e caiu dentro de um bueiro, eu suspirei frustrada por ter que lutar com apenas uma, mas mesmo assim parti pra cima do homem e bati a sua cabeça com força contra o asfalto o fazendo desmaiar, percebi que os mascarados estavam parando de aparecer e isso se devia a Barry que apesar de machucado continuava derrubando-os sem parar.

Percebi que um dos bandidos parecia ser mais inteligente que os outros, ele estava cercando Barry pelas laterais, jogando coisas contra a perna dele para impedir que o Allen se aproximasse e infelizmente estava dando certo, eu estava pronta pra ir ajudar quando vi um dos homens se levantando e vindo em minha direção, ao mesmo tempo percebi pela visão periférica outro a alguns metros de distância apontando uma arma pro garoto ao meu lado, me desesperei ao ver que Barry estava parado e seria atingido sem perceber.

Barry já era um herói incrível, mas faltava nele o que Oliver tinha de sobra: Instinto!

O meu corpo exausto e sobrecarregado estava me apontando somente duas opções, eu podia lutar com o homem que vinha em minha direção e deixar o Barry ser atingido ou eu podia jogar a minha adaga no atirador e enfrentar o brutamontes sem arma nenhuma e totalmente esgotada.

Poderia parecer uma escolha difícil, mas não pra mim! Eu sabia bem o que tinha que fazer.

Joguei a adaga contra o atirador e o mesmo caiu tentando conter o sangramento no pescoço, mal tive tempo de me virar antes de me sentir sendo jogada contra um carro, me levantei rapidamente, mas não o suficiente e quando menos esperava senti uma faca perfurando o meu abdome e gritei alto. Barry olhou pra mim de forma desesperada e mesmo machucado partiu pra cima do homem que o atacava e o derrubou do melhor jeito que pôde, logo em seguida correu em nossa direção e em segundos o homem que havia me esfaqueado já estava desacordado no chão.

—Kathe, ai meu Deus calma tá? Vai ficar tudo bem! –Eu assenti e respirei fundo, me lembrei de quando me machucava e alguém tentava retirar o curativo devagar para não me ferir mais, eu odiava aquilo, a espera, os puxões fracos, a demora em arrancar o esparadrapo de uma vez, tudo aquilo me deixava mais nervosa e assustada então aprendi a arrancar de uma vez o que quer que estivesse me ferindo.

Fiz o mesmo com a faca!

Segurei firme na mão do Barry e com a mão livre puxei a faca do meu abdome de uma só vez, gritei alto e senti lágrimas se acumulando no canto dos meus olhos, mas respirei fundo e rasguei um pedaço da minha camiseta para pressionar o ferimento. –Eu sinto muito Kathe, eu vi quando você jogou a adaga e vi que era pra me proteger, aquele homem provavelmente teria me matado. Você salvou minha vida e agora tá machucada por minha culpa! –Barry parecia à beira de lágrimas e eu sorri tentado acalma-lo enquanto ele me pegava no colo. –É claro que não é sua culpa, foi minha escolha e de qualquer forma eu faria de novo, o importante é que você tá bem. –Ele sorriu embora ainda parecesse triste e começou a nos levar em direção a cave.

 

POV Felicity

Entramos na cave com Oliver ajudando Thea e eu a andar e no mesmo instante Diggle percebeu a nossa chegada e correu em nosso auxilio. –Por que vocês estão pálidos? O que aconteceu? –Ele ajudou Thea se sentar enquanto Oliver me colocava na cadeira ao lado. –Uma emboscada, fomos atacados assim quando saímos do hospital, mas Katherine ficou lá e nos mandou embora. –Oliver parecia extremamente contrariado ao dizer e isso e percebi que Diggle assentiu embora parecesse extremamente preocupado com a nossa viajante do tempo.

—Eu vou voltar lá, preciso ajuda-la. –Diggle concordou com a fala de Oliver e se levantou. –Eu vou com você.

—Não precisa! –Nos viramos ao mesmo tempo para ver Barry entrando com Kathe no colo, a garota sorria de leve, mas estava pálida e parecia esgotada. –The se levantou rapidamente e cambaleou um pouco, mas conseguiu chegar até Katherine. –O que aconteceu com ela Barry? –Ele suspirou antes de coloca-la sobre a bancada. –Ela lutou com mais de cinquenta homens, isso aconteceu. E ainda por cima levou uma facada pra salvar minha vida. –Desviei o olhar para a barriga da loira e pude perceber o pano totalmente ensanguentado que ela pressionava contra o ferimento, Diggle pareceu enxergar a mesma coisa e correu para pegar o kit de primeiros socorros, ele parecia verdadeiramente desesperado.

Oliver pegou um pano limpo e começou a pressionar o ferimento da Kathe com cuidado, ele parecia extremamente preocupado e pude perceber que a cave inteira estava em silêncio, aquela garota teimosa e irreverente já era importante demais pra todos nós. –Ei gente, eu não vou morrer tá? É só um ferimento leve, o corte não é tão profundo. –Nesse momento Diggle voltou com o caixinha de primeiros socorros e por mais que eu quisesse ajudar, sabia que não conseguiria afinal eu ainda estava machucada do acidente e minhas mãos estavam tremendo. –Diggle, quatro ou cinco pontos são o suficiente, daqui a dois dias no máximo eu já vou estar nova em folha. –Todos olharam pra ela de forma reticente e ela revirou os olhos. –Qual é pessoal, eu tenho meus truques. Agora, sem essa cara de enterro, por favor, né? Exagerados!

Eu podia perceber que apesar das piadas e da expressão displicente ela realmente estava sentindo dor, mas tentava esconder para evitar que ficássemos mais preocupados, em nenhum momento ela fez cara feia ou reclamou da dor, ela aguentou tudo com uma expressão tranquila no rosto e eu finalmente pude me tranquilizar quando Diggle terminou.

Barry se aproximou dela e os dois se abraçaram fortemente, ela disse algo no ouvido dele e o mesmo sorriu antes de virar em nossa direção. –Eu vou indo gente, mas já sabem que se precisarem de algo podem contar comigo. –Sorrimos em concordância e ele disparou porta a fora. –Eu me levantei cuidadosamente e andei até a loira que me olhava de maneira curiosa, com a ajuda de Oliver ela conseguiu se sentar e eu sorri de leve enquanto a abraçava. –Ei, eu estou bem, você pode ficar calma agora! –Assenti de leve e ela se levantou com cuidado. –Agora vocês dois podem ir pra casa, eu e Thea vamos dormir na casa da Felicity com a Donna. –Oliver e eu nos entreolhamos e Thea gargalhou alto. –Nós já havíamos conversado sobre isso com ela, o John vai nos levar até lá para os pombinhos curtirem um tempo sozinhos. –Comecei a negar, mas Katherine foi mais rápida. –Mulher, cala a boca e aproveita o presente. Além do mais, nem fodendo que eu vou estar no apartamento do Oliver hoje à noite. –Oliver revirou os olhos e nesse momento John apareceu e começou a ajudar Katherine e Thea a andarem em direção ao elevador.

As portas metálicas se abriram e o trio entrou rapidamente, porém antes que as mesmas pudessem se fechar Katherine sorriu e piscou em nossa direção. –Aliás, acho que a palavra fodendo se adequa mais a vocês dois do que a mim né? Se comportem mocinhos e usem proteção em. –O elevador sumiu e eu me senti corando desde a raiz dos cabelos, era óbvio que nada aconteceria por eu ainda estar machucada, mas isso não me impedia de morrer de vergonha e Oliver também parecia um pouco encabulado, mas assim que viu a minha expressão começou a rir sem parar. Olhei de forma ameaçadora pra ele e o mesmo com algum esforço conseguiu parar de rir. –Vamos pra casa, Samantha ficou de buscar o William hoje, mas talvez a gente consiga chegar à tempo pra dar um beijo nele. –Sorri e assenti, o garotinho havia ido me visitar há dois dias e tinha levado um buque de flores que ele mesmo tinha escolhido, mas eu já estava sentindo tanta falta dele que a sensação era como se eu não o visse há meses.

Gritei surpresa quando Oliver me pegou no colo e começou a caminhar em direção ao elevador, mas logo em seguida gargalhei e aconcheguei a minha cabeça na curvatura do seu pescoço. –Você acha que eles vão ficar bem? Quer dizer, não seria melhor ficarmos todos juntos depois de hoje? –Ele parecia realmente preocupado e eu entendia isso, primeiro o acidente e agora isso, as coisas estavam ficando realmente perigosas. –Não acho que ele vá atacar hoje de novo Oliver, aquele homem parece se divertir com o jogo que ele criou e além do mais, conhecendo o John como eu conheço, tenho quase certeza de que ele vai ligar pra Lyla e os dois vão acabar passando a noite no meu apartamento com as garotas. –O Queen assentiu em concordância e as portas do elevador se abriram, ele me levou rapidamente pro carro e mesmo que eu tenha tentado acalma-lo não pude evitar olhar para todos os lados quando saímos do esconderijo.

Durante todo o trajeto ele não soltou a minha mão e eu me senti grata por isso, a sensação da sua pele tocando a minha me trazia conforto e segurança.

—Como eu te falei, o William vai passar alguns dias com a mãe, então eu conversei com o resto do pessoal e Dinah, Curtis e Rene vão se revezar pra ficar de olho neles, não quero ter nenhuma surpresa, afinal você sabe que uma hora ou outra ele pode tentar pegar o meu filho. –Assenti e acariciei as costas da sua mão em uma tentativa de acalma-lo, com o tempo isso pareceu funcionar e percebi o corpo dele relaxando.

Rapidamente chegamos ao prédio dele e Oliver pegou a minha bolsa antes de sair do carro e abrir a porta pra mim, ele não me carregou no colo dessa vez, mas apoio todo o meu peso contra o seu corpo então era praticamente a mesma coisa.

Subimos pelo elevador e quando Oliver abriu a porta do apartamento percebi um raio de cabelos castanhos correndo em nossa direção.

—Tia Lissy, você chegou! –Pensei que William fosse se jogar nos meus braços, mas ele parou diante de mim e me lançou o olhar mais fofo do universo. –Você ainda tá machucada tia? Eu posso abraçar você? –Com alguma dificuldade consegui me abaixar para ficar na altura dele e acariciei o cabelo macio do garotinho. –Eu ainda estou um pouco machucada meu amor, mas você pode me abraçar sim, só precisa ter cuidado. –Ele assentiu parecendo feliz e passou os bracinhos pelo meu pescoço, eu o abracei pela cintura e inalei o cheirinho de bebê que emanava dele. –Você não pode se machucar tia Lissy, se você fica dodói o meu coração fica cheio de buraquinhos. –Lágrimas ameaçaram cair dos meus olhos, mas eu as mantive no lugar e respirei fundo. –Prometo que vou tentar nunca mais me machucar, ok? E agora o seu coração já pode sarar porque eu estou bem e logo logo vou comprar várias revistinhas pra você e um bolo de chocolate bem gostoso.

Levantei a cabeça e percebi que Oliver também tinha os olhos marejados, percebendo a direção do meu olhar William olhou pro pai e estendeu a mãozinha fofa. –Você não quer abraçar a gente pai? –O loiro apenas assentiu com a cabeça e se ajoelhou ao meu lado para logo em seguida passar os braços à nossa volta, ficamos ali naquele abraço coletivo por um bom tempo e o meu coração estava tão feliz que chegava a doer.

Assim que escutamos a campainha tocar, nos levantamos e eu fui o mais rapidamente possível para a cozinha, não queria me arriscar a encontrar com a Samantha, minha mente não estava com a mínima paciência para aturar as investidas ou ironias dela. Alguns poucos minutos se passaram e Oliver apareceu ao meu lado. –Você está bem? –Eu sorri e assenti e ele rapidamente me envolveu em seus braços fortes. –Está na hora do seu remédio mocinha. –O Queen saiu da cozinha e em poucos segundos voltou com a minha caixinha de comprimidos, ele retirou os que eu deveria tomar agora e logo em seguida buscou um copo de água pra mim. –Agora nós vamos subir porque você precisa descansar. –Soltei um gritinho surpresa ao ser pega no colo e Oliver sorriu antes de começar a me carregar em direção ao seu quarto, eu aconcheguei a cabeça no seu ombro e fiquei ali inalando o seu perfume assim como tinha feito com o William.

Fui colocada na cama com toda a delicadeza do mundo e Oliver me ajudou a trocar de roupa e trocar os curativos, ele beijou cada um dos meus machucados e dessa vez eu não consegui segurar as lágrimas. –Por que você está chorando? –Sorri e acariciei o seu rosto. –Porque eu te amo e estou feliz por finalmente estarmos juntos, esse tempo sem você foi realmente sombrio e eu nunca mais quero passar por isso. –Ele assentiu em concordância e beijou a minha mão direita. –Eu também te amo, me perdoe por ter sido tão estúpido durante todo esse tempo, eu prometo que vamos pegar o Espectro e então tudo vai ficar bem.

O puxei levemente para um abraço e Oliver veio de bom grado, ficamos assim por um bom tempo e quando nos afastamos levemente a saudade que eu estava sentindo dos seus lábios era tamanha que eu não conseguia mais pensar em nada e ele parecia sentir o mesmo que eu, pois no segundo seguinte grudou os nossos lábios com delicadeza e eu me senti completa, Oliver pediu passagem com a língua e o beijo evoluiu para algo mais sedento e primitivo, suas mãos passearam pelo meu corpo com cuidado e eu suspirei em meio às carícias.

Poderiam ter se passado segundos, minutos, horas ou dias e eu não teria percebido, tudo o que meu corpo e mente eram capazes de processar era que eu estava nos braços dele e não existia melhor lugar no mundo. Nos separamos apenas quando o maldito ar se fez necessário e Oliver encostou sua testa na minha, acariciei sua barba e o olhei tentando transmitir todo o amor que eu sentia por ele. –Eu te amo, o maior medo da minha vida é perder você! –Ele sorriu e me lançou um olhar tão cheio de amor e admiração que me senti a mulher mais sortuda do mundo. –Você é a melhor parte de mim. Felicity, eu sou um ser humano melhor só porque eu te amei!

Sorri em meios às lágrimas e ele voltou a me beijar, ficamos assim até perder o fôlego novamente e eu aproximei a boca da sua orelha para esconder o meu rosto mais do que corado. –Sinto tanto a sua falta, se é que você me entende. –Oliver ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo pareceu perceber a minha insinuação e gargalhou alto. –Eu também sinto a sua falta, você não faz ideia do quanto as suas roupas justas quase acabaram com o meu autocontrole durante todo esse tempo, mas não se preocupe, pois assim que você melhorar nós vamos resolver isso.

Ele se deitou e me puxou para os seus braços e eu claro, fui de bom grado. –Só não garanto que você vai conseguir andar por alguns dias depois que eu terminar Smoak. –Mordi os lábios em expectativa e aumentei o aperto da minha perna em volta da sua. –Estou mais do que ansiosa por isso! –Mesmo sem olha-lo pude visualizar o sorriso sacana em seu rosto e revirei os olhos. –Agora durma porque você precisa descansar e se recuperar para que possamos fazer tudo isso. –Assenti contra o seu peito e Oliver começou a acariciar os meus cabelos. –Boa noite Oliver, eu te amo.

—Eu te amo mais!

Adormeci com as palavras doces do homem que eu amava e finalmente pude sentir que o meu coração estava novamente inteiro!


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Notas finais do capítulo

Eita, quantas emoções em minha gente?
Quem assistiu ao super crossover percebeu a referência no final do cap kkkkkkkkkkk.
Gostaria de ressaltar que esse foi o maior cap da fic e deu muito trabalho pra escrever, então por favor comentem, me digam o que vocês acharam!!!
A propósito, tem gente que ainda não favoritou, então pode ir correndo favoritar nesse exato momento kkkkkkkkk...
Ps: Se mais alguém quiser recomendar eu não me importo viu? Gosto bastante de recomendações só pra constar!!

Até o próximo cap minhas amoras,
beijooos!!!



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