The Time Traveler escrita por Ciin Smoak


Capítulo 10
The Game!


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeeeeeeeei com mais um cap quentinho pra vocês, me perdoem pela demora, o meu note estragou (o pessoal do tt já sabia) e por isso eu demorei pra postar(viu só vocês precisam me seguir no tt pra ficar por dentro das notícias kkkkkkkkkk), mas agora eu estou aqui com o penúltimo cap da fic e espero realmente não receber muitas ameaças de morte kkkkkkkkkkk!



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Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take
I'll be watching you

The Police-Every Breath You Take

 

POV Felicity

—Acorda dorminhoca! –Fui sendo puxada para o mundo real pelos beijos que Oliver depositava ao redor da minha coluna. –Não, eu quero dormir! –Escutei sua risada contra o meu corpo e rapidamente fui puxada em direção ao seu peito másculo. –Você precisa acordar ou não vai conseguir levar a sua mãe ao aeroporto Smoak.

Resmunguei enquanto abria os olhos e tive que prender a respiração diante da visão à minha frente, Oliver Queen com cara de sono era a coisa mais linda do universo! Ele sorriu e se aproximou para depositar um leve beijo em meus lábios. –Bom dia senhorita Smoak! –Sorri e o abracei com toda a força que meu corpo possuía àquela hora da manhã. –Bom dia senhor Queen!

Oliver começou a distribuir beijos por todo o meu colo e rapidamente o meu corpo traidor passou a corresponder às carícias. –Oliver, temos que levantar ou vamos nos atrasar para levar a minha mãe ao aeroporto. –Ele levantou a cabeça e me lançou um sorriso sujo antes de colocar a mão esquerda no meio das minhas pernas e começar a acariciar a minha intimidade que já estava molhada. –Na verdade nós ainda temos duas horas antes do horário combinado pra buscar a sua mãe, eu te acordei mais cedo porque você estava tão linda e eu não consegui resistir.

Sua voz estava rouca e as carícias em meu núcleo sensível impossibilitavam a minha mente de pensar qualquer coisa coerente então eu apenas me apertei ainda mais contra ele e comecei a gemer loucamente em seu ouvido.

—Faça com que essas duas horas valham a pena Queen!

...

—Vocês estão 20 minutos atrasados mocinhos! –Thea ralhou como se fosse uma mãe preocupada e Katherine começou a rir loucamente. –Não seja tão dura com eles Thea, se as marcas no pescoço da Felicity servem de indicativo eles estavam muito ocupados. –Senti meu rosto pegando fogo, Oliver me abraçou de lado e enterrou o rosto em meu cabelo para esconder a própria vergonha. –Eu ainda vou te matar Katherine, não vai demorar muito pra isso! –Tentei fazer com que minha voz saísse ameaçadora, mas tudo o que consegui foi parecer ainda mais envergonhada.

A loira arqueou a sobrancelha em minha direção e dei graças a Deus quando minha começou a descer as escadas, me livrando assim de mais constrangimento. –Nos desculpe pelo atraso mãe, agora vamos logo! –Peguei a mala cor de rosa e entreguei ao meu namorado que rapidamente saiu dali com a desculpa de que as levaria para o carro. –Parece que o Queen te deixou sozinha nessa né bebê! –Revirei os olhos e rezei pro santo da internet para que me tirasse dessa. –Vocês já fizeram muita piada com a minha cara, agora será que nós podemos ir mamãe?

As três gargalharam de forma estridente e rapidamente mamãe começou a se despedir das garotas. –Vocês duas precisam ir me visitar em breve pra gente fazer outra noite das garotas ok? –Thea assentiu e percebi que ela estava com os olhos marejados, Kathe por outro lado se mantinha firme e serena. –Não sei se eu vou conseguir te visitar em breve Donna, mas prometo que vamos nos ver outra vez. –De alguma forma desconhecida minha mãe pareceu entender a frase da viajante do tempo e a abraçou forte enquanto dizia que tinha amado conhece-la.

Kathe depositou um beijo na testa da Smoak mais velha e em seguida abraçou Thea de lado enquanto nos observava sair pela porta.

Mamãe e eu caminhamos lentamente em direção ao estacionamento onde Oliver nos esperava e percebi que ao contrário das outras vezes, ela não gritando ou chorando, assim como Kathe ela estava serena e tranquila. –Mãe, tá tudo bem? –Donna se virou pra mim lentamente e assentiu. –É claro bebê, é só que eu vou sentir falta da Kathe e de alguma forma eu sei que vai demorar muito até poder vê-la de novo! –Balancei a cabeça em entendimento e a abracei levemente. –Ela me disse que logo vai embora e eu também vou sentir falta dela mãe, mas você a escutou, um dia vamos vê-la de novo e é isso que importa!

Ela assentiu e assim que chegamos ao estacionamento, entramos rapidamente no carro. Apesar das indiretas da minha mãe sobre a nossa “noite” a viagem foi tranquila e eu sentia um misto de emoções, pois ao mesmo tempo em que estava feliz por ver a minha mãe longe dessa confusão com o Espectro, estava triste por vê-la partir. –Hey, não se preocupe! Assim que essa confusão acabar vamos trazer a sua mãe de volta. –Oliver e eu estávamos sentados enquanto Donna havia ido fazer o check-in e como sempre ele parecia saber o que eu estava pensando. –Eu sei disso, estou feliz por saber que ela vai estar longe de toda essa confusão, mas é sempre difícil quando preciso me despedir dela.

O Queen assentiu e desrespeitando todas as regras de etiqueta por estarmos em um local público me puxou para o seu colo. –Oliver, todo mundo está olhando! –As pessoas em volta começaram a nos encarar e algumas tiveram a ousadia de tirar fotos, amanhã todas as manchetes estampariam a notícia de que o prefeito Oliver Queen havia retomado o relacionamento com sua antiga noiva.

Eu sabia que isso aconteceria uma hora ou outra, mas esperava ter um pouco mais de tempo até que a chuva de repórteres na minha porta recomeçasse. Respirei fundo enquanto apoiava a cabeça no vão do pescoço do meu namorado em uma tentativa de me acalmar. –Eu não me importo Felicity, nós estamos juntos e eu te amo! Quero que todos saibam que finalmente a mulher da minha vida voltou pro seu lugar de direito. –Oliver aumentou o aperto em volta da minha cintura mostrando claramente que o meu lugar de direito era em seus braços e eu sorri como uma boba.

Deus, como eu amo esse homem!

Escutei um click e rapidamente um flash mais forte me cegou momentaneamente, pisquei diversas vezes para tentar me recompor e quando finalmente consegui enxergar dei de cara com uma Donna Smoak extremamente sorridente. –Mãe, o que diabos foi isso? –Percebi que Oliver parecia tão atordoado quanto eu e as pessoas à nossa volta davam risadinhas não tão discretas. –Ai bebê, é que já anunciaram o meu voo e eu vim me despedir de vocês, mas os dois estavam tão lindos que eu precisei tirar uma foto para levar de recordação.

Revirei os olhos e me levantei para abraça-la, mamãe sempre seria uma romântica incurável e eu já havia me acostumado com isso. Todos se abraçaram e por incrível que pareça ninguém chorou, mamãe prometeu mandar notícias e voltar logo, mas antes de ir para o portão de embarque ela se aproximou de Oliver e sussurrou algo em seu ouvido que o fez sorrir.

Ficamos observando-a até ela sumir de vista e em seguida Oliver segurou a minha mão e fizemos o caminho até o carro em um silêncio confortável, embora a curiosidade ainda estivesse martelando em minha mente.

—Oliver, o que ela falou no seu ouvido? –Já estávamos acomodados dentro do veículo e meu namorado parecia pronto para dar partida no carro, mas parou tudo o que estava fazendo e sorriu pra mim. –Você vai descobrir em breve, amor!

Por que ele estava sorrindo desse jeito? Eu não confiava em nada que envolvesse minha mãe ou Katherine, porque as duas são completamente loucas. Passei o resto do caminho tentando arrancar informações dele, mas não obtive sucesso e quando por fim me dei por vencida escutei o bip do seu celular e Oliver rapidamente encostou o carro para poder conferir do que se tratava. –É a Samantha, parece que o William pediu pra ir embora mais cedo por não estar se sentindo muito bem, mas ela está no meio de uma reunião e me perguntou se eu poderia busca-lo. –Eu sabia que a carranca do Queen se devia ao fato de que ele também possuía uma reunião muito importante daqui a poucos minutos e agora se via sem saber o que fazer!

—Hey, se você quiser eu posso busca-lo e ficar com ele! –Oliver me olhou por um momento e por fim sorriu de maneira carinhosa. –Mas não vai te dar trabalho? –Revirei os olhos e segurei sua mão. –É claro que não, eu amo ficar com o William e você sabe disso. –Ele se aproximou e depositou um selinho modesto em meus lábios, eu me assustei ao perceber que aquele simples contato era capaz de acender o desejo dentro de mim e me afastei rapidamente antes que fizesse alguma besteira em local público.

Como já estávamos em frente à prefeitura, precisamos fazer apenas algumas mudanças de planos e ficou decidido que eu ficaria com o carro dele e buscaria William para passar o dia comigo e quando o expediente de Oliver terminasse eu traria o carro até ele, nós levaríamos o pequeno até a Samantha e iríamos pra cave logo em seguida.

Saí do carro para ir em direção ao banco do motorista e fui pega de surpresa quando Oliver me puxou pela cintura e me encostou no capô do carro. –Oliver pelo amor de Deus, tem gente aqui e nós já demos um show no aeroporto. –Ele me lançou aquele riso de menino e eu senti o meu coração derreter, eu nunca seria capaz de negar nada a esse homem. –Eu já disse que eu não me importo com as pessoas, eu só preciso beijar você! –O Queen nem me deu tempo pra respirar e rapidamente puxou minha boca contra a sua, apesar da minha resistência inicial aceitei o contato de bom grado e quando percebi já estávamos nos agarrando de uma maneira que com certeza era considerada “atentado ao pudor”.

Me afastei de forma relutante e fugi dos seus braços enquanto ele gargalhava alto. –Ok Queen, já chega! Nos vemos mais tarde e eu prometo que te mando mensagens a cada hora avisando como nós estamos. –Ele assentiu parecendo um pouco mais sério e saiu em direção à prefeitura, nós havíamos combinado que sempre que nos afastássemos ficaríamos mandando mensagens um para o outro como forma de nos tranquilizar devido à situação pela qual estávamos passando.

Sem Oliver ao meu lado àquela velha sensação de estar sendo observada voltou com força total e eu entrei no carro rapidamente, travando todas as portas logo em seguida. Respirei fundo para não deixar o medo me dominar e dirigi até a escolha de William olhando pra todos os lados como se a qualquer momento alguém fosse pular em cima do carro pra tentar me matar.

Quando cheguei ao local percebi que William já esperava por alguém para busca-lo e suspirei aliviada quando vi Dinah a alguns metros de distância fingindo fotografar alguns animais, abaixei o vidro do carro e assim que o garotinho me viu saiu correndo em minha direção e entrou no veículo com uma rapidez que me deixou impressionada. –Tia Lissy, você veio me buscar! Podemos ler revistinhas hoje, não podemos? –Fiquei surpresa pelo seu tom de voz e me virei rapidamente. –William, seu pai me disse que você pediu pra ir embora por não estar se sentindo bem, mas você parece estar até bem demais! – O garotinho se encolheu no banco e olhou na direção da escola onde percebi uma garotinha dando tchau de forma frenética, ele retribui o gesto e pude perceber que corou completamente. –Quem é ela querido?

Ele abaixou a cabeça de maneira envergonhada e eu sorri já conseguindo ter uma ideia do que havia acontecido. –Vamos fazer assim, sua tia ainda está na minha casa e a Raissa não vai trabalhar hoje então o apartamento do seu pai está vazio, que tal irmos pra lá? Podemos pedir algo bem gostoso pra almoçar e eu posso ler as revistinhas pra você. E é claro que vamos conversar sobre o que está acontecendo, não é? –Ele me olhou de forma profunda, como se estivesse analisando se eu realmente merecia sua confiança e fiquei feliz ao constatar pelo seu sorriso que ele havia chegado a uma conclusão positiva. –Tá bom tia Lissy, vamos pro apartamento do papai e lá eu vou te contar o meu maior segredo do mundo!

...

—Então, acho que agora já podemos conversar não é mesmo? –William havia ficado em silêncio durante todo o trajeto da escola até o apartamento de Oliver e quando chegamos, ele se sentou no sofá ainda calado e eu lhe dei um tempo para tentar organizar os pensamentos. –Tudo bem tia! Me desculpe por ter mentido sobre estar passando mal, mas eu precisava sair da escola pra fazer o meu coração parar de ficar estranho. –Sorri na direção do garotinho e acariciei os seus cabelos. –E o fato do seu coração estar estranho tem algo a ver com aquela garotinha que acenou pra você? –Ele pareceu pensar por alguns minutos, mas acabou assentindo enquanto vinha se aconchegar no meu colo. –Você não quer me falar sobre ela? Prometo que não vou contar pra ninguém!

William colocou a cabeça na curva do meu pescoço e após algum tempo eu até achei que ele pudesse estar dormindo, mas o mini Queen levantou a cabeça e me encarou com aqueles olhinhos extremamente azuis. –O nome dela é Edwarda e ela veio do Brasil, ela gosta de ler revistinhas comigo e é a menina mais bonita do mundo! –Sorri em compreensão e afaguei seu rosto, ele estava apaixonado mesmo nem sabendo ainda o que isso significava. –Ah querido, eu imagino que ela realmente deve ser muito especial pra você, mas se você gosta tanto dela por que quis fugir da escola? –William abaixou a cabeça e seus olhos adquiriram um brilho triste. –Hoje uma menina mais velha quis bater nela e eu fiquei com muito medo tia Lissy, eu defendi ela porque queria ser um herói igual o meu pai é pra você. –Senti que meus olhos começaram a ficar marejados e abracei-o com mais força como um sinal pra que ele continuasse a falar.

—Meu coração ficou cheio de buraquinhos porque eu quase não consegui salvar a Dwda e eu preciso proteger ela, mas aí quando ela me deu um beijo no rosto eu senti uma coisa muito estranha, meu coração começou a doer e meu estomago ficou tão esquisito que parecia que um monte de bichinhos estavam andando dentro dele. –A essa altura as lágrimas já vertiam pelos meus olhos e percebi que William começara a ficar assustado pela minha reação, então logo tratei de acalma-lo. –Meu amor não se preocupe, isso que você está sentindo é uma coisa muito boa e pode ter certeza que o seu coração está normal! A gente fica assim quando estamos perto de alguém que gostamos muito e você gosta muito da Dwda, não é? –O pequenino assentiu efusivamente e voltou a colocar a cabeça na curva do meu pescoço. –Eu gosto muito da Dwda tia, do tamanho do universo.

Eu acho que ela também gosta muito de você! –Me virei surpresa e dei de cara com a viajante do tempo parada na porta. –Kathe você tá aqui, eu senti sua falta. –O garotinho saiu do meu colo como um raio e atravessou a sala rapidamente, pulando na Katherine logo em seguida. A loira abraçou William e o ergueu nos braços, depois começou a caminhar em minha direção e se sentou ao meu lado com o garotinho ainda em seu colo. –Se nada der certo, você pode virar conselheira amorosa Felicity. –Revirei os olhos e bufei, meu coração ainda estava acelerado devido ao susto. –Você tem um prazer doentio em me assustar desse jeito, não é possível! Além do mais onde está a Thea? Como você sabia que eu e o William estaríamos aqui? Desde quando vocês dois se tornaram tão próximos?

Katherine riu alto e me olhou de forma mordaz. –Nossa, você realmente balbucia muito quando está nervosa , mas não se preocupe! Isso é muito divertido. –William começou a gargalhar e eu lancei o meu melhor olhar mortal na direção dos dois pestinhas. –Ok Felicity, relaxa! Você tá ficando muito vermelha, sabia? Respondendo as suas perguntas, Thea está com a Lyla e o John, eu estou aqui porque eu sei de praticamente tudo e você vive se esquecendo disso, agora qual foi mesmo a ultima pergunta? –O mini Queen sussurrou em seu ouvido e ela sorriu em concordância. –Eu e o William somos muito amigos porque eu sou maravilhosa e é impossível alguém não me amar!

—Você é realmente louca, essa é a única explicação que eu encontro pra tudo isso Kathe! –A loira sorriu e deu de ombros, eu decidi que precisava de um minuto sozinha antes que os meus neurônios fritassem de vez. –Eu vou à cozinha ligar para o restaurante e pedir o nosso almoço, tentem não colocar fogo no mundo enquanto eu não volto. –As duas crianças (sim, DUAS crianças) me lançaram sorrisos arteiros e eu me levantei revirando os olhos. –Tia Lissy, você não vai contar pro meu pai do nosso segredo né? –Pisquei rapidamente para o pequenino como forma de tranquiliza-lo e ele sorriu feliz.

Caminhei apressadamente até a cozinha e tirei o meu celular de dentro da bolsa para poder pedir o nosso almoço, mas no exato momento em que eu comecei a apertar as teclas, o aparelho começou a tocar. O número era desconhecido, mas o meu coração se acelerou porque de alguma forma eu sabia quem era, apertei o botão e levei o telefone até a orelha sem proferir uma só palavra. —Olá senhorita Smoak, desejo-lhe felicitações pela sua milagrosa melhora. —Meu corpo inteiro começou a tremer e eu precisei me sentar na cadeira mais próxima para não cair. –O que diabos você quer? Nós não temos culpa do que fizeram com você!—Minha voz não passava de um mero sussurro e eu sentia um frio descomunal atravessando os meus ossos, nunca havia sentido tanto medo de um vilão antes, mas algo na voz do Espectro me causava o mais puro pavor.

—Culpa é uma palavra tão relativa, não acha? Tudo depende do ponto de vista de quem analisa uma situação senhorita Smoak.—Fechei os olhos com força e tentei me acalmar, aquele era o jogo psicológico dele e eu precisava ser forte. —Matar o Oliver não vai resolver nada Dominic, não vai fazer com que as coisas erradas que fizeram com você desapareçam. —Usei seu verdadeiro nome esperando obter algum resultado, mas tudo o que consegui foi uma risada anasalada.

—Minha mãe escolheu esse nome, você não o acha lindo senhorita Smoak? Significa “O que pertence ao Senhor”, eu costumava ser Dominic, mas hoje não sou mais! E não se preocupe, eu não desejo matar o seu amado, não senhorita Smoak, de forma alguma. Eu desejo matar você, desejo matar o filho que ele aprendeu a amar, desejo matar a irmã que ele jurou proteger, desejo matar o melhor amigo que abdicou de boa parte da própria vida por ele e desejo matar todo o resto porque assim Oliver Queen vai ser obrigado a passar por algo muito pior que a morte, ele vai ter que viver minha cara, viver sozinho e sem amor.

Senti lágrimas escorrendo pelo meu rosto e tive vontade de correr até a Katherine, mas o meu corpo estava completamente paralisado. —Fazer todas essas coisas não vai te trazer paz nenhuma Espectro.—Escutei o telefone sendo desligado e com uma força gigantesca consegui ficar de pé, mas antes mesmo que eu pudesse dar um único passo senti duas mãos enormes me segurando.

—Eu não procuro por paz Senhorita Smoak!

Algo perfurou o meu pescoço e então eu fui levada para a inconsciência.

POV Katherine

Observei Felicity saindo da sala e ri baixinho, era tão fácil irrita-la e isso sempre tornava as coisas ainda mais divertidas, percebi que William também carregava uma expressão feliz no rosto e acariciei seus cabelos. –Senti muitas saudades de você Kathe! –Sorri na direção do baixinho e depositei um beijo estalado em sua bochecha. –Eu também senti sua falta pequeno, mas me conta como está o meu futuro herói? –Ele sorriu e eu percebi que havia um dentinho faltando, William era totalmente adorável! –Eu tô bem, quer dizer, mais ou menos.

—Tem a ver com o seu segredo? Desculpa, mas eu ouvi quando estava entrando! –O garoto pareceu pensativo por alguns segundos, mas por fim acabou dando de ombros. –Tudo bem, eu também confio que você não vai contar pra ninguém o meu segredo! –Assenti em concordância e ele pareceu feliz, mas logo em seguida seus ombros caíram e eu me preocupei. –Kathe, você acha que a Dwda também gosta de mim mesmo? –Revirei os olhos e ri baixinho. –É claro que ela gosta, pode ter certeza! Agora, eu posso te contar outro segredo?

Os olhinhos de William se arregalaram e ele pareceu esperançoso enquanto assentia freneticamente. –Vocês ainda são muito novos e o “gostar” de vocês é totalmente diferente dos adultos, mas um dia vocês vão se gostar tanto quanto o seu pai e a Felicity se gostam! –Ele bateu palminhas e seus olhos brilharam, eu sabia que era contra as regras revelar coisas do futuro, mas eu tinha plena confiança de que o garotinho esperto à minha frente não contaria nada a ninguém.

Poucas pessoas conseguiam amar e ser amados da mesma forma que Oliver e Felicity se amavam e eu me orgulhava pelo William, pois o amor entre ele e a Dwda era algo realmente emocionante. Eu me lembro como se fosse ontem do nervosismo que ele estava sentindo quando foi pedi-la em casamento e do desmaio que ele teve anos depois quando descobriu que ela estava grávida. Me lembro de ter visto os melhores e piores momentos de todos eles, Barry, Felicity, Caitlin, Oliver, Cisco, Diggle, Thea, Roy, Curtis e todo o resto, as vezes era mais do que estranho saber o que ia acontecer com cada um deles enquanto os próprios nem faziam ideia do que o futura os reservava.

—Katherine? –Me virei na direção do mini Queen e percebi que ele estava falando comigo. –Desculpe querido, o que você falou? –Ele deu de ombros e tirou uma revistinha de dentro da mochila. –Eu disse que a tia Lissy tá demorando e eu queria que ela lesse essa revistinha pra mim. –Me coloquei de pé em um segundo e acomodei William no sofá. –Eu vou busca-la, no mínimo ela ligou pro seu pai para contar que nós vamos deixa-la de cabelo branco antes da hora. –William gargalhou relativamente alto e eu caminhei rapidamente até a cozinha.

—Felicity, o que você... –O local estava completamente vazio e eu senti meu corpo ficando arrepiado. –Felicity? –Tudo estava em silêncio e eu senti o meu coração parar quando achei o celular dela no chão. Meus olhos se arregalaram e eu disparei em direção à sala. –William!!! –Meu grito foi estridente, mas não obtive resposta.

A revistinha dele estava no chão e no local exato onde William estava sentado havia uma única peça de xadrez, eu entendi a mensagem no mesmo momento...

Xeque Mate!

Espectro havia dado o grande passo naquele jogo doentio.

...

—Como assim eles sumiram? COMO DIABOS ISSO FOI ACONTECER? –Oliver gritava sem parar e já havia quebrado várias coisas dentro da cave.

Desde o momento em que percebi o sumiço do William e da Felicity saí em disparada para a cave e quando entrei no local encontrei um Diggle desnorteado, Thea e Lyla também haviam desaparecido bem debaixo do nariz dele e o Espectro somente havia deixado uma peça de xadrez idêntica à que estava no meu bolso. Ligamos pro Oliver no mesmo momento e ele veio rapidamente ao nosso encontro, vê-lo empalidecendo diante das notícias cortou o meu coração de uma maneira que eu nunca achei ser possível, mas também me senti orgulhosa ao perceber que apesar da preocupação e do medo, ele e Diggle estavam tentando se manter estáveis para criar um plano de ação. Tudo desandou quando tentamos entrar em contato com Curtis, Dinah e René e percebemos que eles também haviam desaparecido.

Agora, Oliver havia entrado no modo surto total!

—O que nós vamos fazer agora, Oliver? Espera-lo entrar em contato? Não temos a mínima ideia de onde todos possam estar! –John também parecia à beira de um colapso nervoso e apesar da imensa vontade de chorar, eu sabia que precisava me manter firme para ajudar os dois. –Meninos, vocês precisam se acalmar, ok? –Dois pares de olhos me encararam de forma incrédula, mas me mantive firme.

—Eu estou falando sério, sei que a situação é catastrófica, mas quebrar as coisas e se desesperar não vai resolver nada! Precisamos colocar a cabeça no lugar para conseguirmos montar um plano de ação e salvar todos, nós vamos conseguir, EU SEI DISSO! –Dei uma enorme ênfase na ultima frase e soltei um suspiro de alívio quando percebi que aos poucos, minhas palavras pareciam entrar na mente deles. Oliver respirou fundo e saiu do cômodo como um furacão, mas controlei a vontade de segui-lo, pois sabia que ele precisava ficar sozinho para poder se acalmar.

Um silencio estranho se instalou no ambiente e eu me senti encolhendo por dentro, mas de repente um toque em meu ombro me trouxe de volta à realidade, levantei os olhos e encarei John por alguns segundos até que ele suspirou e se abaixou na minha frente. –Kathe, não é culpa sua! –Senti as lágrimas chegando aos meus olhos, mas as segurei firmemente. –Eu sei que você está se sentindo culpada pelo sumiço da Felicity e do William, mas não é culpa sua, assim como não é culpa minha o sumiço da Lyla e da Thea. Você já salvou as vidas de todos mais de uma vez e seremos eternamente gratos por isso, você é mais do que especial pra gente e se existe algum culpado nessa história é o Espectro, talvez até o pai do Oliver, mas não você!

Uma única lágrima solitária escapou e eu a enxuguei rapidamente, a expressão de John se suavizou e ele me puxou para um abraço, eu me permiti descansar contra o peito dele por um tempo e quando enfim consegui me refazer lancei um sorriso agradecido na direção do homem que em tão pouco tempo já havia se tornado o meu melhor amigo. –Se pelo menos pudéssemos rastreá-los, mas o Espectro desabilitou o rastreador do colar da Felicity! –John parecia melancólico e eu assenti em concordância, mas logo um estalo tomou a minha mente e eu pulei da cadeira.

—Ele tirou o colar da Felicity porque ele sabia que tinha um rastreador lá, mas provavelmente não tirou o sapato da Thea! –Eu pulava sem parar e John me olhava como se eu tivesse ficado louca. –Como assim? O que o sapato da Thea tem a ver com essa história, Kathe? –Eu me obriguei a parar por um momento e respirar fundo antes de continuar. –Thea também dormiu na casa da Felicity ontem, você sabe! Acontece que hoje de manhã enquanto estávamos nos arrumando ela comentou que o meu sapato ficaria lindo nela e como calçamos o mesmo número eu propus que trocássemos de calçado então, a maiorias das minhas coisas tem um mini rastreador John e isso significa...

—...Que agora podemos descobrir onde eles estão. –Diggle completou o meu raciocínio com um sorriso no rosto e eu corri até o computador no mesmo momento em que Oliver entrou no ambiente parecendo surpreso pelas expressões estampadas em nossas faces. –O que está acontecendo? Vocês descobriram algo? –Eu estava muito ocupada, pois não era nenhuma expert com computadores então deixei John assumir o comando da conversa. –Kathe encontrou um jeito de rastrear a localização do pessoal. –Percebi pelo canto do olho o sorriso de alívio no rosto do Queen e rapidamente os dois homens se aproximaram de mim.

—John, prepare as coisas! Assim que a Kathe descobrir a localização, nós vamos atrás da Felicity e dos outros, e quando todos estiverem em segurança vamos acabar com aquele desgraçado.

POV Felicity

Acordei com um gosto amargo na boca e por vários minutos simplesmente não consegui abrir os olhos, meu corpo pesava, minha cabeça doía e eu não me lembrava de nada.

—Tia Lissy? –Escutei um sussurro e tentei mover a cabeça em direção à voz, mas meu corpo não me obedecia, de quem era aquela voz?

William!

Aos poucos as memórias foram voltando à minha mente e eu comecei a entrar em desespero, o telefonema, a picada no meu pescoço, a escuridão. William havia dito o meu nome e eu não achava que isso fosse uma alucinação.

Ah meu Deus, o Espectro havia sequestrado ele também?

Com muito esforço consegui abrir os olhos, mas tive que piscar por vários minutos seguidos antes de finalmente conseguir focar em alguma coisa, percebi que eu estava sentada e minhas costas doíam devido a posição, comecei a mexer a cabeça de forma lenta e finalmente consegui encontrar o olhar assustado do garotinho ao meu lado.

—Tia Lissy, você acordou! –Sorri da melhor maneira que eu consegui e tentei ir até ale, mas algo me impediu, direcionei o meu olhar para baixo e vi que meus braços e pernas estavam presos por correntes. Bufei frustrada e praguejei mentalmente.

Estiquei a minha mão o máximo possível e William fez o mesmo, conseguimos uni-las com muita dificuldade, mas esse mero contato pareceu ser o suficiente para acalmar o pequenino, pelo menos por hora. –Como você está William? Ele machucou você? –Ele negou com a cabeça e apertou a minha mão com ainda mais força. –Eu tava com a Kathe na sala e pedi pra ela ir atrás de você porque eu queria que você lesse uma revistinha pra mim, eu fiquei sentado esperando, mas assim que ela saiu eu senti um bichinho picando o meu pescoço e quando acordei estava aqui. –O “bichinho” ao qual ele se referia com certeza se tratava de uma agulha com tranquilizante, a mesma que o Espectro havia usado em mim.

Comecei a olhar em volta em busca de uma possível saída e arfei assustada ao ver os outros aqui, Thea, Lyla, Dinah, Curtis, René e Barry(?). Todos ainda estavam desacordados, mas Barry começara a despertar lentamente.

—Barry? Você pode me ouvir? Barry, sou eu, Felicity! –Aos poucos ele pareceu voltar à consciência e continuei chamando-o para que ele soubesse que não estava sozinho. Depois de vários minutos balançando a cabeça de um lado para o outro ele finalmente conseguiu focar em mim e quando olhou a sua volta e viu a nossa situação me lançou um olhar de pânico. –Felicity, o que diabos? –Barry puxava as correntes com toda a força, mas elas não cediam de maneira alguma e aos poucos ele foi perdendo as forças e voltou a cair sentado.

—Você se lembra de algo, Barry? –Ele me olhou confuso e por alguns segundos seu olhar pareceu distante, mas logo em seguida ele voltou à realidade com um suspiro frustrado. –Eu estava fazendo a ronda quando de repente escutei o grito de uma mulher, eu corri pra ajudar e quando cheguei ao local ela parecia extremamente machucada, mas quando eu me aproximei senti uma picada no braço e então tudo sumiu.

Assenti e observei William que acompanhava a conversa em um completo silêncio, ele parecia mais calmo, mas ainda sim era apenas uma criança e não merecia passar por tudo isso!

—Felicity, o que nós estamos fazendo aqui? –Meneei a cabeça em descontentamento e fechei os olhos com força, estávamos aqui porque isso fazia parte da vingança doentia do Espectro, ele queria ver o Oliver sofrer e nos usaria pra isso, mas o que o Barry estava fazendo aqui? Era mais do que óbvio que éramos amigos, mas não achei que o Allen fosse ser um alvo imediato.

A não ser que...

Arfei quando a realidade me abateu e Barry me lançou um olhar preocupado. –Felicity? –Agora tudo estava claro, nós estávamos aqui para atingir Oliver, mas ele estava aqui para... –Ela se importa com você, por isso você está aqui! –Minha voz não passava de um sussurro ao perceber que agora a vingança do Espectro não se estendia apenas ao meu namorado. –Como? Felicity, não tô entendendo!

—Katherine, ela se importa com você e por isso você está aqui! Nós estamos aqui porque o Espectro quer fazer o Oliver sofrer, mas você está aqui porque ela se importa com você e ele está com raiva dela. Kathe vem frustrando os planos dele há muito tempo e isso o fez odiá-la, ela colocou a vida em risco por você naquele dia e ele percebeu que ela se importa com você. –Barry finalmente pareceu compreender o meu raciocínio, mas antes que pudesse falar qualquer coisa escutamos o som de palmas e nos viramos rapidamente.

—Parabéns senhorita Smoak, eu sabia que você era sagaz! –Olhei na direção do Espectro podendo finalmente dar um rosto ao nome e percebi que somente metade do rosto dele estava à mostra, a outra parte estava coberta por uma máscara de metal, assim como a maioria do corpo. Aquele tal experimento realmente o havia destruído! –VAI PRO INFERNO SEU DESGRAÇADO! –Meu corpo estava descontrolado, ele estava machucando os meus amigos e continuava com um sorriso cínico no rosto, nada era capaz de abalar esse maldito?

—Qual o motivo de tamanha agressividade? Acho que não foram esses os modos que a sua querida mãe lhe ensinou! –Senti o meu sangue congelar à simples menção da minha mãe e ele assentiu em contentamento. –Eu não quero que você fique chateada comigo senhorita Smoak, não de forma alguma, não é nada pessoal, sabe? Realmente me chateia machucar todos vocês, mas infelizmente as vezes precisamos seguir a filosofia dos que vieram antes de nós! –Franzi o cenho em confusão e ele riu baixinho ao perceber que eu ainda estava na ignorância sobre o que quer que ele estivesse falando. –O que foi que o Damien Darhk disse mesmo? É claro, eu me recordo agora, enquanto vocês estiverem vivos Oliver tem algo pelo que lutar! É exatamente por isso que eu preciso destruir todos senhorita Smoak, não me leve à mal!

Congelei diante daquela citação, eu me lembrava muito bem daquele dia e de tudo o que ocorreria depois, mas como diabos ele sabia disso? –Como você? –Eu nem ao menos conseguia completar uma simples frase, somente a presença daquele homem fazia o meu sangue parar de correr. –Como eu sei disso? Ah minha cara, eu estava lá! Durante todos esses anos eu estive lá, acompanhando cada um de vocês, vendo os seus altos e baixos, vi muitos tentarem destruir Oliver Queen e falharem e gosto de me gabar ao dizer que aprendi com os erros dele. Vocês nunca me viram, mas eu acompanho vocês desde o “Felicity Smoak? Hey, eu sou Oliver Queen! Me perdoe caso eu tenha dito algo errado, é que já faz muito tempo desde esse dia.

Lágrimas vertiam pelos meus olhos e o que me manteve na órbita foi à pequena mão do William segurando à minha, olhei para o lado e encontrei os olhos de Barry, ele estava nitidamente preocupado, mas sua voz sussurrava “vamos ficar bem”.  Respirei fundo e me endireitei antes de levantar o olhar. –Ele vai encontrar você, Oliver vai te encontrar e destruir você! –Espectro sorriu parecendo realmente feliz e se aproximou até ficar bem perto de mim.

—Mas eu estou contando com isso senhorita Smoak, foi uma maravilhosa coincidência que a sua querida cunhada tenha pedido para trocar de sapato com aquela loirinha petulante, eles acham que eu não sei que no sapato da senhorita Queen existe um rastreador, agora o trio de heróis deve estar se encaminhando pra cá esperando que eu seja pego de surpresa!

Arregalei os olhos e senti meu coração martelando contra o peito.

—Esse é o meu jogo senhorita Smoak e eu não vou perder!


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Notas finais do capítulo

Eitaaaaaa, agora as coisas se complicaram em! O próximo cap(que também é o último) promete emoções fortíssimas e talvez um certo pedido que vocês estão querendo muito ver kkkkkkkkkkkk...

Comentem, favoritem RECOMENDEM(POR FAVOOOOR), façam essa autora feliz meus amores!!!!
Beijooos!!!



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