Tão frágil escrita por Lena V


Capítulo 1
My cute little psycho


Notas iniciais do capítulo

Estava com essa historia mofando no celular, achei melhor postar antes que aconteça algo e eu acabe a perdendo.

Espero que gostem, ou que pelo menos não a detestem.



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Tinha sido uma noite agitada, muita gente com diferentes histórias juntas com o mesmo objetivo. Roubar um dos bancos com a melhor segurança já vista em Gotham.
Tomamos cuidado e saímos todos vivos.
Charada estava no volante, ele me deixava preocupada, com todos os seus joguinhos fiquei com medo de que ele tenha deixando uma pista no banco. Arlequina estava ao seu lado, olhava pela janela como se refletisse sobre a vida. Eu conhecia a Arle, ela não era de ficar quieta, mas após a morte do Coringa, ela ficou visivelmente abatida. Achei que ela precisasse de um tempo, então lhe dei espaço.
Ela foi a primeira a ser deixada, decidimos que cada um ficaria em um canto da cidade, charada foi deixando um por um, até que só sobraram eu e ele dentro do veículo.
Como eu prometi me livrar do carro ele apenas se despediu eu eu peguei o volante.
Dirigi pela cidade, meio sem rumo, confesso. Era como se algo me guiasse mas eu não sabia o que.
Não sabia, até que vi um rosto conhecido sentado na ponte.
Apertei a buzina para chamar a sua atenção.
Era Arlequina, ela sorriu e andou até o carro ao ver quem estava ao volante.
—Hera, Hera...
—Entra - Foi tudo o que eu disse
Ela como uma boa garota que fingia ser obedeceu sem problemas.
—Como me achou? - Arlequina olhava curiosa
—Pode chamar de destino...
—Então não estava me procurando? - A voz da loira soava meio manhosa me atrevo a dizer que era proposital pois ela sabia o efeito que causava em mim
—Não estava te procurando - Vi o sorriso da Loira se desmanchar - Mas confesso que queria te encontrar... - Era incrível ver como ela era frágil, qualquer coisa deixava-a chateada, e ao mesmo tempo um simples sorriso lançado em sua direção poderia fazer com que ela pulasse de alegria pelo resto do dia.
—Me encontrou... - Ela sorriu de canto - O que pretendia fazer depois que me encontrasse?
—Eu não pensei nessa parte...
—Nenhuma idéia?
—Muitas idéias... esse é o problema.
—Não consegue escolher? - Arlequina se soltou do cinto de segurança chamando a minha atenção - Eu vou facilitar pra você - Ela disse de forma sussurrada me desprendendo do sinto e subindo em meu colo.
Ela mantinha seu olha preso ao meu, suas mãos passeavam por minhas coxas e minha respiração ficou desregulada momentaneamente o que foi impossível de esconder da loira em meu colo que apenas ronronou roçando seu nariz em meu pescoço.
Fazia muito tempo que não ficava tão próxima a ela. Seu toque me causava arrepios e eu tinha um desejo enorme de toca-la e fazê-la minha novamente, mas não o fiz.
Harley passava por um momento difícil em sua vida, tudo havia saído de seu controle, ela estava perdida, sem chão, precisava ter o controle de algo. Então sim, eu deixei com que ela pudesse tomar as decisões naquela noite, pois eu seria a única que poderia dar algo em que ela pudesse se apoiar para se reerguer e ser a minha Arlequina novamente.
Puxei o freio de mão antes que acontecesse algum acidente indesejável, o carro deu um tranco fazendo com que o corpo de Harley batesse contra o volante e como a mesma já havia me livrado do cinto meu corpo se juntou ao dela. A buzina soou por longos minutos enquanto nos olhavamos sem trocar nenhuma palavra. Foi quando tentei me aproximar de seus lábios que ela resolveu tomar as rédeas novamente me empurrando contra o banco.
Ela pegou algo de seu bolso sorrindo perversamente para mim. Era um canivete, ela levou a lâmina até os lábios lambendo-o com cuidado sem tirar os olhos de meu corpo que a essa altura já se remexia embaixo da mais nova em busca de mais contato.
—Quietinha - Ela sussurrou se inclinar sobre mim com o canivete em minha direção
Meu coração disparava, minha boca secou, eu estava com medo, o olhar de Harley parecia psicótico, mas por outro lado, eu estava tão entregue a ela que não me importaria se ela quisesse me machucar.
Ao contrário do que pensei, ela não me machucou. Puxou o tecido de meu vestido na parte do decote e então passou a corta-lo com a lâmina.
Eu não protestei, muito pelo contrário, estava gostando de ser despida de tal forma.
Toda a minha vestimenta já estava em pedaços jogados pelo carro quando senti os lábios quentes da mais nova em meu pescoço, minhas mãos estavam em sua cintura a puxando cada vez mais para mim. Ela subiu os beijos por meu pescoço até que ficou cara a cara comigo, num misto de desejo e loucura, avancei em seus lábios.
Sabia que ela queria mandar em toda a situação, mas eu não sei se poderia aguentar mais um minuto sem provar de seus doces lábios mais uma vez.
A empurrei novamente em direção ao volante, precisava ver aquela mulher, aquele corpo que tanto desejava, tentei alcançar o zíper de seu vestido mas foi uma tentativa frustrada. Puxei o tecido para lados opostos com uma força excessiva de tal forma que o vestido rasgou-se causando um gemido em Harley que me ajudou a rasgar o resto do vestido logo se livrando dele e colando nossos lábios novamente.
Ela empurrava seu corpo contra o meu de tal forma que pude sentir minhas costas chocarem com o banco do carro.
Uma de suas mãos se encontrava em meu rosto durante o beijo, e numa tentativa desesperada de se manter no controle pude sentir sua outra mão deslizando para o meio de minhas pernas me roubando um gemido baixo.
—Geme pra mim, Red... - Pedia ela ao romper nosso beijo
Eu rebolava embaixo de seu corpo em busca de mais contato, mordia o lábio inferior na tentativa de não atender a seu pedido e priva-la de meus gemidos.
E estava dando certo, foi então que ela pediu novamente
—Geme pra mim, Red, por favor... - Ela sussurrou em meu ouvido mordendo o lóbulo de minha orelha e enquanto cravava os dentes pude sentir seus dedos tomando espaço dentro de mim.
Não poderia conter mais nenhum gemido, cravei as unhas nas costas da loira que apenas sorriu e então gemi seu nome até alcançar o ápice.
Ela tirou seus dedos de mim os levando até a boca e os chupando, um por um.
—Adoro passar um tempo com você... - Ela disse enquanto eu tentava me recompor - Mas temos um problema... Um pequeno grande problema - Ela olhava ao redor e eu não entendia o porquê, até ouvir batidas na janela do carro.
Era um policial, não apenas um, haviam no mínimo 20. O carro estava cercado e por um momento eu não tinha idéia do que fazer.
— Saiam do carro com as mãos para cima - Um deles dizia
Harley saiu de cima de mim, sentando-se no banco do passageiro.
Eu olhei para o banco de trás alcançando uma blusa comprida e a dando para Harley.
—E você? - Ela Perguntou olhando para o meu corpo exposto já que ela mesma tinha transformado meu vestido em trapos.
—Eu dou um jeito, fique perto da estrada. - Pedi pegando um pedaço de meu vestido no chão e saindo do carro logo sendo seguida por Harley
—Mãos na cabeça - Disse um dos policiais enquanto eu segurava o tecido contra meu corpo e olhava ao redor.
De longe pude ver uma moto se aproximando, olhei para Harley que entendeu o recado.
Invoquei uma planta que foi rastejando pelo chão até o meio da estrada
—Mãos na cabeça - O policial gritou novamente
—1...2...3... - Contei em voz baixa - Como quiser, polícial... - Disse sorrindo soltando o tecido e levantando as mãos - Corre - Foi tudo que consegui dizer, ao soltar o tecido que cobria meu corpo ganhei a atenção dos policiais e foi tudo o que precisávamos naquele momento. Com os policiais momentaneamente distraídos, pude derrubar o motoqueiro que vinha em nossa direção com a planta que havia invocado no meio da estrada.
Harley subiu na moto rapidamente e fugiu.
Não me senti abandonada, a mandei correr e foi isso que ela fez, por algum motivo eu só consegui vê-la se distanciando sem fazer nada e quando dei por mim, já estavam me algemando.
Vê-la partir quebrou meu coração e então eu percebi que Harley não era assim tão frágil, mas talvez eu fosse. Pois quando não a via meu dia não estava completo, um olhar que ela lançava em minha direção fazia meu coração dançar em meu peito... Harley sempre provocará reações estranhas em mim me deixando sempre confusa.
Ao chegar em minha cela encontrei algo diferente, uma semente e um pequeno bilhete "Com amor
Harley"
Ela não havia me abandonado, nos encontraríamos de novo...


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