Estrela da Alva escrita por Princesa Dia
Notas iniciais do capítulo
Enjoy ♡.
Londres, 1919
Uma jovem de 18 anos tentava com todas as forças trazer seu filho ao mundo, mas para ela estava sendo bastante complicado; às dezesseis horas de contrações haviam exaurido quase que por completo as suas energias. Gritou mais uma vez ao fazer força e cair na cama exausta, não suportaria por mais tempo. Contudo, percebeu um sorriso se formando no rosto, antes preocupado, da parteira.
—É um menino. -A jovem sorriu quando ela o ergueu para que pudesse vê-lo, seus olhos inundando com as lágrimas ao perceber a grande semelhança com o pai. O seu coração, no entanto, se afligiu e o sorriso morreu ao notar que a criança não se movia, nem ao menos chorara.
—O que ele tem? Por que não chora? -Perguntou aterrorizada, tentou se sentar, mas foi impedida pela garota em sua cabeceira. A mulher sorriu ao perceber a preocupação da mãe e delicadamente envolveu a criança em uma manta, embora ainda estivesse sujo de sangue.
—Não se preocupe querida, ele está bem. É um rapazinho forte e saudável. -Respondeu lhe entregando o embrulho. A jovem o segurou aliviada, já perdera o amado, não suportaria perder também o filho.
Enquanto ainda o observava o pequeno abriu os olhos a encarando com adoração, o ar lhe faltou ao contemplar duas lindas esmeraldas, semelhante aos olhos do pai e da avó. A garota poderia ficar uma vida inteira o admirando, mas uma forte dor percorreu seu corpo arrancando um grito de seus lábios, o menino se agitou em seus braços e logo depois foi arrancado de perto de si e levado para longe.
—O que está acontecendo? -Perguntou entre os dentes trincados, a mulher a encarou com preocupação nos olhos.
—São duas crianças. -A jovem sabia o que se passava na cabeça da outra, provavelmente não sobreviveria ao parto, se o primeiro já fora difícil que dirá agora que estava esgotada, mas ainda assim ela não estava disposta a desistir; lutara pelo primeiro, faria o mesmo pelo segundo.
—Por favor, salve o meu bebê, não o deixe morrer. -Implorou em meio às lágrimas, a mulher não lhe respondeu.
Dessa vez o parto não fora demorado, em questão de vinte minutos a criança nasceu, era uma menina como a mãe suspeitara no princípio, tão linda quanto o irmão. Mas a jovem já estava pálida e quase sem vida, e foi a imagem de sua linda filha a última coisa que teve antes de mergulhar na inconsciência.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Bora pro próx.?