Reborn escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 1
Episódio 1: O Propósito


Notas iniciais do capítulo

Fanfic nova. Espero que gostem dessa minha nova proposta. Tentarei ser o mais breve possível, mas não darei datas de postagem. Lembrem-se: qualidade é melhor que quantidade.

Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740364/chapter/1

 

 

Londres, Reino Unido - 20 de julho de 2017

Chovia muito na capital inglesa. A tarde de quinta-feira estava agitada para milhares de pessoas. Jovens e adultos prontos para assistirem ao show do ídolo pop, Justin Bieber. Todos os assentos do estádio foram reservados, não havia mais lugares sobrando. 

Um grupo de adolescentes enfrentou mais de doze dias em tendas para a garantia dos lugares mais à frente. O funcionário responsável abriu os portões às 17 horas e, assim, os fãs puderam entrar.

— Ainda bem que temos um ingresso vip que nos dará a oportunidade de ficarmos mais à frente — falou uma loira com aparência de dezessete anos.

— Debbie, você é minha melhor amiga. Não acredito que conseguiu os melhores lugares para o show. Você sabe que sou a louca por aquele homem — disse uma ruiva de óculos aparentando ter seus dezesseis anos.

— Ser filha de um milionário tem suas vantagens. Nosso convite nos dá direito a ir no camarim do gatérrimo — deu um beijo no ombro. — Porque sou uma belieber gata e rica. Diferente dessas chatas pobres e escrotas que vivem no instagram do meu homem, eu vou direto à fonte.

A ruiva ficou animada. Ela se chamava Jane e era uma amiga não rica de Debbie.

Faltava pouco para o show começar, a chuva parou e já era à noite. Ambas vestiram casacos para se resguardarem do frio de 15° que fazia na capital. Enquanto o ídolo não entrava no palco, ficaram sentadas no gramado. Debbie mexeu na mochila que carregava, pegou uma folha de papel e guardou no bolso do casaco juntamente com uma caneta. Jane perguntou sobre aquilo, mas ela não deu os detalhes.

— Precisamos comer. O show começa às 19:30 e termina depois das nove. Vai ser chão daqui até lá — disse Jane.

— Tem razão — a loira tirou duas pequenas marmitas com comida e suco em caixa.

O show começou. As pessoas faziam um barulho tão ensurdecedor como no final da copa do mundo; fogos de artifícios iluminaram o céu e a banda no palco começou a tocar uma música indefinida. Foi quando o loiro tatuado chegou com tudo numa plataforma parecida com um elevador. No topo de uma pirâmide ele começou a cantar seu magnum opus do youtube - Sorry. As dançarinas, vestidas iguais ao clipe faziam coreografias enquanto ele descia cantando. Debbie cantava junto enquanto Jane chorava.

— Meu Deus, pare de chorar...

— É muita... emoção. Ele é tão lindo...

— Que droga.

O espetáculo estava no seu auge. Uma hora de show e o rapaz dera apenas uma parada de dez minutos. Voltara com tudo. As pessoas pulavam, dando aquele sentimento de sufocamento por ter lotação.

Um barulho de explosão maior que o som ecoou. Outra explosão e mais uma terceira. A gritaria deixou de ser êxtase do show e foi para o medo. Um ataque terrorista aconteceu mais atrás, matando várias pessoas. Debbie olhou para o chão e viu um pedaço de orelha nos seus pés.

— Jane, que merda foi essa?

— Não sei o que aconteceu! Quero ir embora.

Debbie olhou para o palco e viu os seguranças levarem Justin dali o mais rápido possível. Mesmo assim a moça não quis ir embora. Pulou a cerca de ferro que separava o público de um espaço perto do palco.

— Tá louca. Estão dizendo que é um ataque terrorista.

— E o que tenho a ver com isso? Paguei por um ingresso com direito a camarim e não desistirei enquanto não ver o Justin Bieber.

— Senhoritas, não podem ficar aqui. Saiam as duas ou vou ter que carregá-las à força — disse um segurança.

Debbie observou o seu crachá e viu o nome. Pegou o papel e a caneta que guardara, escreveu algo. O homem apertou o peito e caiu no chão.

— O que fez?

— Passando por um obstáculo.

Debbie estava disposta a tudo para ver o seu astro e não permitiria que atrapalhassem seu plano.

 

JUSTIN BIEBER/ AGUNIMON;

EVAN/ MUMMYMON

GRACE MARYLAND/ KAZEMON

DEBORAH "DEBBIE" LAVISCOUNT

KATHERINE "KATY" LABEAU

CECCILIE DOUGLAS

DR. BASTIAN CROMWELL

DENNIS WILSON/ SERAPHIMON

with MARGOTH

and JOSH JACKSON

 

Episódio 1: O Propósito

 

 

Secundários:

Jane

Devimon

Howard Douglas

Mare Lawrence

 

Os olhos do astro estavam bem abertos. O rapaz mal conseguira dormir, à noite, depois do fatídico incidente com as explosões no seu show. Pesadelos o atormentavam, o olhar de desespero dos seus fãs... os terroristas. Por Deus! A segunda vez que isso ocorre na Grã-Bretanha em menos de dois meses. Ariana Grande já passara por essa mesma experiência mês passado. Segundo as autoridades, cerca de vinte adolescentes morreram na explosão e mais oitenta saíram com alguma concussão. O fundo do poço que a sua carreira, brilhante, em auge, chegou. Os anos anteriores condenavam-no por suas atitudes narcisitas, beirando ao excêntrico. Pensara seriamente em pausar a carreira, por tempo indefinido, assim como a Taylor Swift, para que encontre a Deus e a paz de espírito.

Cinco e meia da manhã e mal conseguia fechar os olhos. O sono? Foi-se. Era imprescindível o astro dormir bem para enfrentar a Purpose World Tour com seus quinze shows restantes, todavia ele já não pensava mais nisso. Levantou-se da cama enorme, calçou as pantufas e saiu para o banheiro dentro da suíte. Ficou observando no espelho, o loiro tatuado... o rosto mais conhecido que Galvão Bueno em jogo do Brasil. Queria mudar de face, igual aquele filme que o Nicolas Cage fizera... A Outra Face... assim poderia sair na rua sem ser agarrado. Claro que ele gostava dos fãs, mas qualquer mortal queria ser anônimo para poder ir na padaria do seu Manoel comprar pão sem ter o perigo de ficar tirando selfie. Enfim, escovou os dentes e entrou no box do banheiro tomar um banho reanimador. Após o banho, saiu com um roupão e foi vestir uma calça de moletom com uma camiseta. 

Pegou seu celular e ficou verificando seu instagram e twitter. Depois o facebook. Uma chuva de mensagens! Sua empresária se encarregara de dar mais explicações acerca do ocorrido. A equipe que se encarregava da sua página postara um texto de solidariedade.

— Que ótimo...

A porta da suíte ficou batendo. A empregada do hotel não havia sequer chegado, por isso ele teve que atender. Uma mulher magra, com cabelo vermelho num corte iguai da Sia e com um óculos de grau redondo estilo John Lennon. Era a empresária do cantor, Katherine Labeau.

— Veio cedo.

— Você acaba de ganhar a primeira página dos tablóides, sobretudo o The Sun. "Bomba na carreira de Justin Bieber!"

— Katy, odeio tablóides. São sensacionalistas ao extremo. Eu lamento pelos feridos e mortos, mas esses caras me tratam como culpado.

— Não só os tablóides. O The Guardian também te deu a primeira página — ela deu o jornal ao rapaz. — Vai ser ruim demais. Mas eu tenho um plano.

— Show beneficente? Tal como foi com a Ariana? 

— Pelo contrário, vou visitar as famílias das vítimas, mas sem show.

— Por quê?

— Estou pensando em parar com a minha carreira por um tempo indetermidado.

Katy não achava uma boa ideia a pausa na carreira, mas não era ela quem decidia. 

— Tem mais umas coisas que preciso te contar. Uma coisa que me deixou chocada.

— Fale — disse enquanto pegava a carteira e botava no bolso da calça.

— Ontem, quando os seguranças te colocaram no carro, duas fãs invadiram o seu camarim. Uma delas estava tão fanática que enfiou um estilete no peito de um dos seguranças. Ambas foram levadas para a delegacia.

— E daí?

— Os policiais que as escoltaram para delegacia foram mortos. Seus pescoços foram rasgado e as tripas saíram de seus ventres. A dupla não foi encontrada.

— Está vendo, Katy? Existem fanáticos. Preciso parar com isso enquanto é tempo. Estou visitando a Hilsong e sinto que será lá o caminho certo para mim.

Katy deixou Justin à vontade. O cantor, por sua vez, resolveu tomar o café da manhã no bar do hotel. 

Os seguranças acompanharam-no e ficaram por alguns metros distante dele. Justin sentou-se na cadeira do balcão. O barman levou um susto assim que o viu dando selfies e autógrafos para os fãs. Pediu também uma selfie.

— Dê-me sanduíches de pão integral, salada e um copo de suco, por favor.

— Sim, senhor.

Ele ficou olhando uma criatura chegar ao balcão e falar com o barman. Era um pássaro rosa, grande e que falava.Estava vestido com uma roupa de garçom.

— Obrigado, Pyomon. Vá levar isto para aquela mesa lá.

— Aquela?

— Sim.

Justin nunca havia ficado tão perto de uma criatura mutante antes. Deixou pra lá e ficou vendo suas redes sociais. O barman deu a bandeja com o pedido ao loiro.

Uma garota, por volta dos seus dezoito anos, sentou ao lado do cantor e fez o pedido. Ela era branca, cabelo preto liso e com franja.

— Um copo com vitamina de banana e fatias de pão integral, queijo e presunto.

Ela ficou parada aguardando o pedido. O barman ficou nervoso observando o que ela faria. A moça observou Justin.

— Por favor...

— Hã?

— Pode me passar aquele porta-guardanapos?

— Claro.

O barman quase cai para trás. A menina só podia viver num iglu na Groenlândia, para não conhecê-lo. Entregou a bandeja com o pedido e perguntou:

— Com licença, senhorita. Posso lhe fazer uma pergunta?

— Sim, faça.

— Conhece ele?

Ela olhou para Justin Bieber. Este sorriu para a garota. Depoi ela viu o barman e respondeu:

— Justin Bieber, o cantor. Por que esse espanto?

Os hóspedes nas mesas ficaram de queixo caído. Justin apenas sorria enquanto bebia o suco.

— Ma... ma... mas ele é muito famoso... Você deveria pedir apenas uma selfie. Pelo menos isso.

— Ora, por quê? Porque vou me rebaixar a esse ponto. Ele é um ser humano e o trato como tal. Não só porque é rico e famoso que vou tratá-lo como um deus. Da mesma forma como trato você e o gari, trato o Justin Bieber. 

— Gostei da sua atitude. Não fiquei nada constrangido. Posso saber o seu nome? — perguntou o cantor.

— Senhorita Maravilha. Com licença. As pessoas normais também são importantes para o planeta, e preciso trabalhar.

Senhorita Maravilha levou o sanduba e a vitamina junto com ela. As fãs ficaram metralhando a garota com os olhos.

— Desculpa, senhor Bieber. Não posso fazer nada, é hóspede também.

— Não precisa disso, cara. Eu gosto de pessoas assim. Pessoas que me tratam de igual para igual. Nunca mais tive essa sensação... Lembrei quando era criança e não era famoso. Bons tempos de infância.

A garota saiu do hotel e pegou um ônibus de dois andares. Usou o seu celular para falar com alguém.

— Como foi a conversa com o seu protegido?

— Chefe, o cara é meio babaca, mas vou sobreviver. Eu não gostei da escolha de eu ser a madrinha de um cara famoso. Já viu o histórico dele?

— Precisamos protegê-lo. Sabe que ele é importante para a nossa vitória. Logo o processo começará e o treinamento.

— Por que eu não estou tão contente com isso? — desligou.

A Senhorita Maravilha guardava algo de muito importante.

...

Los Angeles - 21 de julho de 2017

Os carros do governo pararam na entrada do laboratório D-BIOS. Deles saíram alguns políticos, e do último saiu o prefeito de Los Angeles com a sua filha. Eles passaram pela recepção e foram guiados para o elevador. Desceram ao subsolo.

— O doutor está logo atrás desta porta — disse a secretária. A porta com sensor abriu e eles puderam passar.

O laboratório era muito grande no subsolo. Havia vários experimentos desde armas, animais e com humanos.

— Querida, quero que fique aqui com a moça. Vamos ter uma conversa longa e chata com o doutor.

— Sim, papai.

Mare Lawrence era a médica responsável por uma das experiências do cientista chefe. A verdade era que essa experiência era apenas um rapaz jovem e cheio de vitalidade.

— Isso mesmo, Evan, continue assim — disse ela para o rapaz correndo na esteira. A médica era morena e tinha uns quarenta anos.

— Depois de meia-hora ininterrupta, começo a sentir um pouco de cansaço.

Evan era um jovem adulto, com aparência de vinte anos, com a pele acinzentada, cabelos loiros e com apenas um olho. Ele usava um tapa olho no lado direito. Usava um boné, bermuda e tênis. 

— Parei... Ate pra mim há limites.

— Que bom. Logo teremos outro teste de resistência.

Evan pegou a toalha de rosto, enxugou-o e pôs ao redor da nuca.

Mare tentou sair quando ele a segurou pelo braço.

— Quando vou poder sair deste lugar? Eu moro num aquário gigante — ele se referia a um quarto todo de vidro blindado em que ele dormia.

— Logo soltaremos você. Precisamos estudá-lo mais um pouco. Sei que é chato esperar, mas só mais um pouquinho.

Evan deixou a doutora sair. Ele inclusive saiu junto com ela. A filha do prefeito, uma jovem protestante e temente a Deus, foi até Mare.

— Doutora, eu me chamo Ceccilie Douglas. Sou filha do prefeito Howard Douglas.

— Sim, senhorita. Sou Mare Lawrence...

— Quem é o pitel? — perguntou Evan.

— Perdão? — Ceccilie olhou o corpo suado de Evan. Sua pele acinzentada ficava mais bonita com os músculos do peitoral e abdome brilhando por causa do suor. Ela se virou imediatamente. — Vista uma camisa, por favor.

Ceccilie era bastante recatada. Usava roupas como suéter, saia até o joelho, meias que iam até o joelho, sapatilhas e óculos de grau. Seu cabelo era castanho claro.

— Quanta frescura, garota. Até parece que nunca viu um homem sem roupa.

— Claro que não! Pervertido! Só Jesus para salvar sua alma pervertida.

— Vista algo, Evan — falou a doutora.

Evan saiu de perto da moça. Entrou no seu quarto e vestiu um moletom cinza. Voltou para as mulheres.

— Já estou devidamente vestido. Agora posso levar a madame para ver o que temos de bom?

— A doutora vai me levar... Espero que sua perversão seja passageira e assim se arrepender dos seus pecados.

— Ah, fala sério.Essa conversa de crente não. Aposto que leva uma vida chata e tediosa. Ficar sem falar palavrão é uma merda. Que tal se eu te ensinasse a xingar tipo "vá tomar no cu", por exemplo?

Ceccilie tapou os ouvidos e se afastou ainda mais do rapaz. Mare pediu para ele parar com aquilo e que ela mesma levaria a filha do prefeito.

— Tudo bem. Pode levar a moça. Essa garota nunca fez o meu tipo. Betty, a Feia não é a minha novela preferida.

Enquanto isso, o prefeito Howard se reuniu com o doutor chefe do laboratório. Os dois entraram num acordo de cooperação.

— Então, estamos entendidos?

— Claro que sim, prefeito. Estamos num acordo inquebrável ou eu não me chamo Bastian Cromwell. Para quando vai querer os digimons?

— Primeira semana de agosto. Quero os mais fortes que você criou para fazer parte da minha segurança particular. Faça isso ou retirarei todas as verbas deste lugar.

— Vai ter o seu "Soldado Universal" o quanto antes. Só mais uma pergunta, prefeito. Para que o interesse repentino aos mutantes digimons?

— Até logo, doutor Cromwell.

O prefeito chamou a sua filha e foram embora com a comitiva. Cromwell chamou Mare para uma conversa. Falou sobre o acordo com Howard.

— Precisamos de alguém forte e dá-lo ao prefeito... Quem poderia ter essa disposição?

— Ainda não sei, doutor. Preciso checar a todos?

— Sem exceção. Evan também vai nesse meio. Quero saber o que o prefeito tanto está tramando.

O doutor Bastian Cromwell era um idoso com quase 100 anos de idade — 99 para ser exato. Ele era o responsável pelo laboratório especializado a mutação digital, D-BIOS. Um velho grisalho, alto e que usava uma bengala para se locomover. Sempre estava de jaleco e ostentava um bigode branco e espesso. Parecia um velhinho simpático, mas por dentro havia uma escuridão. 

Evan se deitou na cama e foi jogar Nitendo 3ds. Seu jogo favorito era pokémon e tinha todos desde a era Game Boy. Não esperava a hora de poder colocar os pés para fora daquele lugar.

...

Dias depois...

Justin fazia cooper num parque em Los Angeles acompanhado de Katy. Sentia-se confortável depois que anunciou a pausa em sua carreira para dedicar-se à sua vida pessoal.

— Vai colocar uma nota no facebook hoje?

— Sim, pode mandar o Jimmy escrever. Não quero decepcionar ninguém, apenas respirar um pouco. Preciso de Deus em minha vida.

— Ah claro. Depois da China ter te banido de lá... Mas sabe que essa decisão vai dar o que falar e muitos fãs vão ficar decepcionados. Sabe quantos meses eles esperam por esses shows?

Eles sentaram num banco depois que compraram um sorvete. Um carro com paparazzis parou numa rua próxima e ficou tirando fotos.

— Estou cansado, exausto. Sinto que vou explodir como numa bomba relógio. Depois que houve em Londres na semana passada então...

Ele viu uma pessoa parada em pé, ao longe, observando-o. Era um homem, um conhecido dele; um amigo de infância que ele nunca mais havia visto desde que começou a sua carreira musical em 2009. Levantou-se imediatamente, andou bem rápido na direção do outro.

— Josh! Josh, espera.

— O que foi, Bieber? Quer me deixar quieto enquanto como o meu hotdog?

— Nunca mais a gente se viu. Deveria me seguir no instagram. Dê algum contato.

Josh observou Katy por um tempo. Ele era moreno claro, cabelos pretos, sardas no rosto e olhos azuis. Vestia uma jaqueta preta e calça da mesma cor.

— Esqueceu de London depois que ficou famoso. Aprontou muito, não é?

— Não é verdade. Ainda visito a minha terra natal — ele retirou o óculos escuro e ficou cara a cara com o amigo. — Já sei. Ainda está ressentido com o que houve no passado?

— Eu não tenho ressentimento algum. Bieber, você não é tudo isso que seus fãs acham.

— Josh, ainda vive no passado. Supera, cara. Foi uma fatalidade, ponto final. Estou aqui me solidarizando e me disponibilizando para voltarmos a ser amigos. Que tal um aperto de mão?

— Tem razão, Bieber. Preciso me superar, mas não me peça para nos tornarmos amigos. A minha cota de hipocrisia chegou ao fim. Hasta la vista, Bieber!

Katy ficou em silêncio observando o diálogo nada amigável dos dois. A empresária perguntou o motivo da falta de empatia do tal Josh, mas o cantor desconversou e pediu para retornarem ao cooper.

Josh Jackson saiu daquele parque e foi para uma rua sem saída.

— Saia logo daí, mutante.

Um Devimon saiu de dentro da parede e ficou voando bem na sua frente.

— Sirvo ao meu mestre. O que quer?

— Aquele cara não pode mais viver. Quero ele morto nos próximos dias. Justin Bieber vai ter que pagar pelo que fez comigo no passado.

— Sim, mestre.

— Agora saia. Preciso voltar para a academia sem levantar suspeitas.

 

Londres, dias depois...

Debbie Laviscount retirou o roupão. Sua silhueta era perfeita, seus seios bem proporcionais com os biquinhos rosados, seu bumbum na medida certa e o "precioso" bem depilado. Uma verdadeira mulher,apesar dos seus dezessete anos. Acendeu um cigarro e entrou na banheira com sais e espumas. Ficou fumando enquanto relaxava.

— Ahh! — Jane gritou.

Debbie abriu os olhos, saiu do banheiro com um roupão. O banheiro ficava em seu quarto, que era enorme, diga-se de passagem. 

— Que grito foi esse, garota?

— Vi uma nota no face do bebê. Olhe.

Debbie viu a informação da pausa na carreira do seu ídolo. A garota deu um grito e se descontrolou. Ficou quebrando tudo pela frente. Até o abajur foi arremessado.

— Ele não pode fazer isso comigo! Sou a mulher da vida dele. Parar a carreira assim do nada?

— Também não é pra tanto. Os ingressos serão reembolsados...

— Não estou preocupada com isso, idiota! Sou rica, sou podre de rica — ela tocou a campainha dos empregados.

— Sim, senhorita — disse a empregada.

— Arrume minhas malas. Vou esta noite para Los Angeles meter a minha mão na cara dele. Aquele desgraçado. E estou guardando a minha virgindade a ele.

— Você ficou paranóica. Ele jamais vai olhar para uma fã. Sai das nuvens e volta pro chão.

— Sou mais rica do que ele. Posso ter tudo nesta vida. Vamos lá, empregada incompetente!

Jane saiu do quarto da amiga e percorreu a mansão para a cozinha. Debbie se lembrou de algo e foi correndo atrás dela. Assim que chegou, viu a amiga segurando seu caderno de capa preta que havia escondido no armário.

— Death Note? O que é isso?

— Só uma agenda velha.

— Meu santo Cristo! — gritou a empregada.

— Sua idiota, eu ordenei para que ficasse lá e arrumasse as minhas malas!

— Esse caderno preto... Conheço a história. É o caderno da morte. O portador precisa do nome e do rosto da vítima para matá-lo. Assim que o usuário escreve o nome e pensa no rosto da pessoa, a morte acontece. A senhorita é o anjo negro.

— Do que ela está falando?

— Jane, não dê ouvidos à mucama! Ela está demitida!

— Este mês ocorreram cerca de cinquenta assassinatos desconhecidos. Meu filho morreu de infarto, ele era um cara saudável. Ouvi muitas histórias de um caderno mágico que consegue matar qualquer pessoa. É controlado por um espírito demoníaco.

— Infarto? Eu vi o segurança do show morrer duro na minha frente. Os policiais bateram a viatura no poste e foram rasgados ao meio... Tem algo a ver com isso.

Debbie sorriu para a amiga. Pegou uma faca de cozinha que estava sobre o balcão da pia e se aproximou de Jane.

— O que vai fazer?

— Quer saber? É verdade o que ela disse. É verdade que vou escrever o nome do Justin se ele não me corresponder. Até lá vivo matando os caras maus... como uma empregada metida, por exemplo.

Debbie se virou e jogou a faca contra a empregada. A arma entrou no peito esquerdo da mais velha, que logo caiu no chão. Jane soltou um grito e saiu correndo com o Death Note na mão. A porta de saída do apartamento trancou-se sozinha.

— Por favor, me deixe ir embora.

Debbie acendeu um cigarro e ficou observando a amiga forçando a porta. Pediu o caderno, a outra deu.

— Ainda duvida que posso ter tudo o que quero?

— Não... não duvido de mais nada...

— Então quero que conheça alguém especial que me deu esse dom.

As luzes do apartamento foram desligadas. Dois olhos vermelhos apareceram no meio da penumbra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se gostaram, deixem seu favorito ou comente. Seria muito hipócrita se eu dissesse que não me importo com reviews. TODO escritor gosta de reviews. :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reborn" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.