I I escrita por Biax


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá! Decidi postar a segunda parte. Eu ia até deixar tudo em um capítulo único, mas se o primeiro teve mais de três mil palavras, imagina se eu tivesse deixado tudo numa coisa só! hahaha

Esse capítulo é a reação do pessoal pela notícia. Só amores ♥

Boa leitura!



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— Fez? — Nathaniel perguntou sem tirar os olhos do seu livro.

— Estou fazendo — disse mexendo no celular.

Hoje fazia uma semana que descobrimos a gravidez, e Nathaniel achava que estava mais que na hora de dar a grande notícia para todos. Então, me encarreguei de criar um grupo no whatsapp com todos os nossos amigos.

Terminei de colocar todos e comecei a escrever.

“Então, gente, coloquei todo mundo aqui, espero. Assim, amanhã vamos fazer uma ‘festa’ aqui em casa, então espero — exijo — que todos venham e tragam alguma comida ou bebida. Por que afinal não estamos nadando em dinheiro para alimentar todos vocês. Estejam aqui a partir das duas da tarde.”

Logo, a Gabie, uma amiga, começou a escrever.

“Festaaaa o/”

“Não é festaaaa, é uma festinha, Gabs”, digitei de volta.

“É aniversário de quem?” Castiel perguntou.

“De ninguém. Só queremos um dia com nossos amigos. Qual o problema? U.u”

“É o que eu estou pensando?” Ele continuou.

“Haha. Não sei o que você está pensando, mas talvez seja.”

“Não posso perder isso de jeito nenhum.”

“Não mesmo, então venham. TODO MUNDO.”

“Vamos COM CERTEZA!” Armin afirmou.

Comecei a rir, e Nathaniel deu uma espiada no meu celular.

— Pelo jeito todos virão.

— Espero que sim... Falta a Rosa responder.

— Ela vai vir, não se preocupe. — Deu um beijo em minha têmpora e voltou a sua leitura.

— Eu sei, ela não perderia isso de jeito nenhum. — Sorri e olhei para ele.

Ele demorou um tempo até perceber que eu estava o observando e me fitou. — O que foi?

— Eu já disse que você fica lindo de óculos?

Nathaniel riu e apertou o braço ao meu redor. — Já, mas para você eu fico lindo de qualquer jeito.

— Ainda bem que você sabe. — Beijei sua bochecha.

Levantei e fui pesquisar algum aperitivo para fazer. Decidi fazer alguns pãezinhos sem recheio e palitinhos de cebola, e Nath me ajudou a fazer tudo. Fomos dormir tarde, mas com tudo pronto. Acordamos tarde no sábado, e recebi a confirmação da Rosa de que viria. Almoçamos e arrumamos a casa, deixando tudo no jeito.

Antes do horário, alguém bateu na porta e eu fui atender.

— OLÁ! — Alexy disse alto e me abraçou com um braço só, pois estava segurando uma travessa de vidro com a outra mão.

— Oi, Alexy. — Sorri. — Vocês estão bem adiantados, hein.

— Se não é pra passar o tempo inteiro na festa eu nem venho! — Passou por mim e foi para o corredor.

— Ei, Maya! — Armin me abraçou. — Trouxe também uns refrigerantes. — Mostrou uma sacola com duas garrafas.

— Ah, valeu! Coloca lá no freezer — agradeci, enquanto fechava a porta. Felizmente o porteiro já conhecia todos os nossos amigos, então nem precisava ligar e perguntar se eles podiam subir.

— Vamos animar isso, Nathaniel! Desliga essa TV e liga a música! — Alexy disse, pegando o controle da mão dele.

— Eu ia fazer isso... — Nath riu. — Mas ok, pode fazer isso por mim.

Armin apareceu na porta da cozinha. — Minha mãe fez um pavê para a gente trazer... Não vai ter ninguém aqui pra fazer a piadinha do pavê, não, né?

Ri. — Espero que não, mas isso tem cara de Rosa.

— Af, essa nojenta! — Alexy disse mexendo no sistema de som. — Não fala direito comigo desde que eu cheguei.

— Você sabe como ela anda ocupada... Tudo fica mais difícil com aquele barrigão dela.

— Não quero desculpas. Só quero ver o que ela vai falar.

Ouvi mais batidas na porta e fui até lá. A abri e dei de cara com Castiel e... Gabie.

Sorri, abrindo os braços para ela. — Ah, quanto tempo!

Ela me abraçou apertado. — Muito mesmo, menina! Que saudade!

Vi Castiel revirando os olhos com a cena e acabei rindo. — Pode entrar, vai lá. — Gabie entrou e Castiel colocou as mãos nos meus ombros.

— Você vai dar a notícia?

Sorri. — Será que vou? — perguntei de forma misteriosa. Ele fechou a cara. — Para de ser apressado, aproveita a reunião de amiguinhos. — O puxei para o corredor e fechei a porta. Fomos para a sala, e como Gabie só conhecia o Nath, a apresentei para o resto do pessoal.

— Toma, eu trouxe salgadinhos.  — Me mostrou a caixa em suas mãos.

— Ah, coloca na mesa ali.

Eu ia fazer outra coisa, mas ela me puxou para a mesa, deixou a caixa lá e me olhou.  — Eu sei mais ou menos seu gosto pra amigos, mas esse Castiel aí tem nada a ver.

— Ué, por quê?

— Maior cara de mal-humorado. Nós subimos juntos no elevador e ele é meio intimidador.

Dei risada. — Sim, mas é só a fachada. Ele é um bobão irônico. — Ela fez uma careta de quem não acreditava.

Olhei pela sala. Alexy estava todo feliz falando com o Nathaniel e Armin estava conversando com o Castiel no sofá.

— Quando vamos poder comer? — Castiel perguntou, me olhando.

— Quando a Rosa chegar. Só falta ela.

— Ai meu Deus... — Armin bufou.

— Calma gente, vocês não comem em casa não?

— Comer a gente come, mas já faz tempo que o almoço passou. — Alexy deu de ombros.

— Vocês são uns sacos sem fundo.

Então, ouvimos toques na porta, e eu fui atender. Abri a porta e encontrei Rosa sorrindo de orelha a orelha. Ela deu um gritinho e me abraçou. Tentou, porque a barriga atrapalhava.

— Meu Deus, não vai parar de crescer? — perguntei, espantada.

— Ah, minha filha, felizmente vai, mas fora da minha barriga! — Riu e entrou.

— Achei que o Leigh viria também. — Fechei a porta e a segui pelo corredor.

— Não teve como, ele teve que ficar na loja.

— AÊ! — Alexy, Armin e Castiel berraram, levantando os braços.

Rosa parou perto da mesa, deixando uma travessa ali e os olhou. — Vocês têm algum problema? Achei que tinham deixado de ser adolescentes faz um tempo.

— O segredo da felicidade é sempre ter um espírito adolescente, Rosa. — Alexy disse indo até ela e a abraçando.

— É, você devia tentar. — Armin riu.

— Há-há, engraçadinhos como sempre. — Cumprimentou o resto do pessoal e apresentei Gabie à ela.

— Finalmente podemos comer! — Castiel levantou e foi até a mesa.

— Meu Deus viu... — falei e fui até a cozinha pegar os pratos e copos.

Gabie me ajudou a levar tudo pra sala enquanto “dançávamos” pelo caminho. Todos começaram a comer e conversar. Rapidinho Gabie fez amizade com Alexy e a Rosa, então pude ficar falando com o Castiel, Armin e meu marido. Em um certo momento, Nathaniel me olhou, sorrindo, como se perguntasse “agora?”

Dei um sorrisinho nervoso e levantei do sofá indo até a mesa. Peguei um pouco de refrigerante e olhei para meus amigos, me sentindo ótima.

— Quero palpites do que me levou a chamar vocês aqui — comentei, animada.

— Saudade de nós! — Alexy disse.

— Isso também. O que mais?

— Eu sei, mas se eu falar é provável que você jogue a cadeira em mim. — Castiel falou, com seu sorriso zombeteiro.

Fiz bico para ele. — E você está completamente certo. Mais alguém?

Rosa me olhava com os olhos semicerrados, bem desconfiada. Vi seu olhar descer para a minha barriga.

Claro que ela ia desconfiar...

— Já que ninguém tem mais nada a dizer... Nath? — O olhei.

Ele sorriu e olhou nossos amigos. — Nosso grupo vai aumentar.

— Como assim? — Armin não entendeu.

— AH! — Rosa e Gabie berraram, pularam do sofá e vieram me abraçar. — Parabéns!!

— Não acredito nisso! — Gabie exclamou, toda feliz. — Cadê os fogos? Cadê o champanhe para eu abrir?!

Ouvi Castiel rindo e vi a cara de “ainda não entendi” do Armin.

— O senhor representante vai ser pai. — Castiel explicou para ele, que arregalou os olhos, chocado, e Alexy abriu um sorriso enorme, logo vindo se juntar ao abraço.

Enquanto os abraçava, vi Castiel abraçando Nathaniel, e logo em seguida Armin também. Quem diria que em um mundo onde Castiel e Nathaniel não se gostavam, estariam trocando abraços assim.

— Ai, estou tão feliz! — Rosa disse. — Minha Bel não vai ficar sozinha!

— Só vai demorar um pouco pra ela ter companhia.

— Você está de quanto tempo?! — Gabie perguntou.

— Um mês e alguns dias.

— Dá licença. — Castiel disse sério, entrando na “rodinha” e me abraçou. — Sabia que era isso.

— Não podia ser outra coisa, não é? — Dei risada.

— Ah, que história é essa que o Castiel ficou sabendo primeiro que eu?! — Rosa questionou, brava.

— Eu sou mais especial que você. — Castiel me soltou a olhou.

— Uma ova que é!

— Calma Rosa, ele acabou descobrindo porque ele veio aqui e eu esqueci de jogar fora o teste de gravidez, aí ele viu. Eu não contei. Se acalma.

— Sei. — Olhou feio para ele, que riu.

— Se acalma, Rosinha — zombou.

— Não me chama de Rosinha! — Ele riu mais ainda e saiu de perto.

Alexy e Armin vieram me abraçar enquanto as meninas abraçavam o Nathaniel. Tinha como ficar melhor do que isso?

— Já decidiram o nome? — Alexy perguntou.

— Não acha que tá meio cedo demais para isso? — Rosa perguntou, como se fosse óbvio.

— Ah, sei lá, ela sempre quis ser mãe, achei que já teria uma lista de nomes!

— Se for menino vai ter que ser Armin — disse Armin.

— Por quê? Se for assim tem que ser Castiel. — Castiel o olhou.

— Por que Castiel? — Armin perguntou, insultado.

— Por que eu conheci ela primeiro, tem uma hierarquia nas coisas. Não é assim bagunçado.

— Dá licença, Castiel! — Alexy riu.

— Nem adianta vocês ficarem se estapeando aí — falei. — Vamos fazer uma lista com nomes pra meninos e meninas. Se vocês querem dar sugestões, escrevam. Mas NÃO VALE o próprio nome.

— Aff... — reclamou Armin. — Então coloca Mario!

— Mario? — perguntei.

— É, você gostava de jogar Mario!

— Ah claro, se eu colocar esse nome o menino já nasce de bigode! — Todos caíram na gargalhada.

Ficamos o resto da tarde comendo e falando diversos nomes, que eu não aceitei nenhum.

— Você é muito ruim, isso sim. — Alexy disse fazendo bico.

— Alexy, eu não vou ficar quebrando a cabeça agora para nome. Ainda temos muito caminho pela frente.

— Mas não custa já estar preparada.

— Tá bom, tá bom. — Revirei os olhos.

Mais tarde, Alexy, Armin e Rosa tiveram que ir embora. Nathaniel desligou a música e ligou a TV de volta e eu comecei a recolher os pratos.

— Maya, deixa aí que eu arrumo. — Nath disse vindo até mim.

— Por quê? — O olhei sem entender.

— Não quero que você se esforce. — Deu um beijo em meu rosto.

— AI, Nath, não precisa ser tão cuidadoso agora...

— Eca. — Ouvi Castiel rindo no sofá.

Me virei para encará-lo. — Qual seu problema? Graças a Deus que eu não casei com você. — Ele e Nath riram ao mesmo tempo.

— Realmente. — Castiel zombou.

Olhei para Gabie, que estava sentada na ponta oposta onde Castiel estava, mexendo no celular e eu analisei os dois, juntinhos.

Ele percebeu minha cara. — Está inventando o quê?

Sorri. Ele me conhecia tão bem quanto Nathaniel. — Nada — cantarolei, indo até a poltrona e me sentando. Ele continuou me olhando, desconfiado. — Então Gabs, e o Marcus? — Olhei para ela.

— Nossa, você está meio atrasada, hein — comentou sem tirar os olhos do celular.

— Sério? Acabou?

— Faz é tempo, viu? — Deu risada.

— E o que aconteceu?

— Ah, ele era carente demais, credo. Nunca vi um cara ser tão carente na minha vida!

Uma sobrancelha do Castiel se levantou e ele a observou. — Você tem cara de quem é carente.

— Carente é uma coisa que eu não sou de jeito nenhum. Odeio gente carente. — O olhou com cara de nojo.

Ele riu e eu sorri, vendo aquilo. Essa risada aí eu conhecia.

— Ah é? O que mais você odeia? — Ele perguntou interessado, se virando para ela. Ela estranhou o súbito interesse dele, mas começou a falar.

Levantei e fui até a cozinha, onde Nathaniel estava lavando a louça.

— Você existe mesmo? — O abracei por trás.

— Como assim?

— Você aí sendo o marido perfeito. O que eu fiz pra ganhar isso?

— Hm... boa pergunta. — Sorriu, brincalhão e virou o rosto pra mim. — Fiquei na ponta dos pés e o beijei, sendo interrompida por uma pigarreada, me fazendo olhar para trás. Gabie estava na porta da cozinha.

— Eu preciso ir embora — disse chateada. — Desculpe.

— Tudo bem... — Fui até ela e a abracei. — Mas é pra voltar outro dia.

Ela riu. — Volto sim.

Castiel apareceu. — Eu também vou indo. — Estranhei, já que ele sempre ficava até tarde. A não ser que...

— Não quer dar uma carona pra ela?

— Não, Maya... — Gabie protestou.

— Se ela estiver com medo de voltar sozinha... — Ele zombou, dando de ombros.

— Eu não tenho medo.

— Ele é um bom segurança, pode ir com ele. — Dei risada.

— Eu não mordo. Só se você pedir, claro.

Gabie ficou corada e eu comecei a gargalhar. — Para com isso Castiel.

— Vamos lá. — Ele saiu na frente.

— Sei não, Maya... — Ela disse, insegura.

— Ele não é um poço de intimidação igual você acha — sussurrei. — Ele é legal, mas se não quiser tudo bem.

— ... bem, uma carona é sempre bom — considerou.

— Isso aí. — Acompanhei eles até a porta e a abri. Abracei os dois. — Deixa ela em casa, hein. Nada de desviar do caminho.

— Vou pensar no seu caso. — Castiel disse indo até o elevador.

Gabie me olhou com cara de falso pavor e eu ri, balançando a cabeça. Então eles se foram.

Entrei e fui ajudar Nathaniel com o resto da bagunça.

—--

Os meses foram passando de uma forma assustadoramente rápida, e minha barriga só crescia. Eu havia ganhado muitas coisas no chá de bebê, então estávamos muito bem seguros de roupas e fraldas nos primeiros meses, e Nathaniel já estava se mostrando um ótimo pai. Ele era todo preocupado.

Estava sempre em cima querendo saber se eu estava bem, se estava cansada, com fome, com dor nas costas... Sempre fazia de tudo para me ver bem.

— Isso é maravilhoso e tal, mas caramba... Não aguento mais. — Ri, enquanto sentava na cama e me encostava nos travesseiros recém arrumados por meu marido.

— Estamos quase lá. — Ele sentou do meu lado, passou um braço por meus ombros e deixou a mão direita em cima de minha barriga enorme. — Às vezes dá a impressão que vai explodir. — Riu, fazendo carinho.

— Nem me diga... Estou cansada demais.

— Então durma. — Me beijou de leve.

Me ajeitei e deitei de lado, e ele também, depois de apagar a luz. Apaguei quase no mesmo minuto.

Senti um incomodo no meio da noite e acordei. Uma espécie de cólica me tomou e me sentei, colocando as mãos na barriga, que estava mais dura do que o normal. Pouco depois, outra cólica veio, mas eu estava começando a achar que não era cólica...

Então, senti que o lençol estava molhado.

Ai não...

Mais uma contração, e meu coração começou a disparar.

— Nath... — Balancei o ombro dele. — Nath, acorda!

— O quê? — perguntou, sonolento.

— A Clara vai nascer!

— Quê? — Despertou de vez, se sentando em um pulo. — Tem certeza? M-mas está cedo ainda!

— Olha aqui, minha bolsa estourou! — Puxei a mão dele para o lençol e ele viu que estava molhado.

— Ai meu Deus... — Levantou correndo e começou a se trocar.

Levantei com cuidado e cacei alguma roupa aceitável enquanto Nathaniel pegava a bolsa da maternidade. Ele pegou mais duas bolsas e saímos de casa. Descemos no subsolo e pegamos o carro.

— Como você está? Dá para aguentar até lá? — perguntou, preocupado, enquanto ligava o motor.

Eu estava fazendo a respiração profunda que tinha aprendido e só balancei a cabeça. Ele fez uma careta de medo e o carro ligou. Saímos da garagem e fomos para a rua.

Quando a contração passou, peguei o celular e procurei o número do Castiel. Mesmo que ele estivesse viajando, eu precisava avisar que chegara a hora. Apertei o botão para discar o número e deixei o celular na orelha.

Chamou, chamou e nada.

— Que droga... Ele não atende.

— Deixa que depois eu ligo. Não se preocupe com isso agora — disse, tentando me confortar.

— Que saco... — E outra contração começou, e eu agarrei as laterais do banco. Nathaniel me olhou assustado, querendo fazer algo, sabendo que não tinha o que fazer.

Cinco minutos depois, estacionamos o carro no estacionamento do hospital, e enquanto eu descia e ele pegava as malas, meu celular começou a tocar.

— Castiel... — falei ao atender.

O que foi? Aconteceu alguma coisa? — perguntou com a voz rouca de quem acabou de acordar.

— Sim, a bolsa estourou... — Nós dois começamos a andar para a recepção do hospital.

QUÊ?! Essa pirralha vai nascer agora? Mas está muito cedo!

— É, eu sei, mas a bolsa estourou e eu estou tendo contrações... que estão ficando cada vez mais fortes... — Nathaniel informou a atendente, e ela deu uma prancheta pra ele preencher.

É sério isso?

Vocês já estão no hospital?

— Sim, acabamos de chegar.

Eu estou saindo daqui...

— Espera, você não está viajando? Não precisa voltar agora...

Não, eu estou em casa. Não sei o porquê, mas decidi deixar para ir outro dia.

— Uau, que coincidência, não? — Sorri.

Felizmente. Estou saindo daqui. Aguenta até eu chegar?

— Duvido muito, mas não dá para saber... Vem logo.

Vou tentar. Tchau.

— Tchau. — E desliguei.

Nathaniel ainda estava preenchendo o papel e outra contração começou. Me apoiei no balcão, me inclinando um pouco por causa da dor.

— Uma cadeira de rodas aqui, por favor! — A mulher do balcão berrou.

Finalmente.

Me sentei na cadeira de rodas e Nathaniel terminou de escrever. Devolveu a prancheta e ficou atrás da minha cadeira. Uma enfermeira apareceu e ele me empurrou logo atrás dela. Entramos em um quarto, e a enfermeira me ajudou a trocar de roupa e a me deitar, já começando a me colocar diversos aparelhos, para monitorar os batimentos cardíacos meus e da Clara, entre outras coisas.

Nathaniel ficou o tempo todo do meu lado. Felizmente não precisei sofrer tanto. Quando o médico chegou e ele me disse para fazer força, na terceira vez, a Clara saiu. Comecei a chorar ao ouvir o choro dela, e logo ela foi colocada no meu peito.

Olhei para Nathaniel, que estava inclinado sobre nós, olhando para a filha dele. Ele sorriu e me beijou, acariciando os cabelos sujinhos e ralos dela.

 

Uma hora depois, Castiel chegou.

Ele entrou no quarto, e eu estava com a Clara no colo, toda enrolada em um cobertor.

— Tarde demais... — Ele ofegou, se aproximando.

Sorri. — Quer segurar sua afilhada?

— Afilhada? — Me olhou surpreso.

— É... Quer ser padrinho dela?

Castiel abriu um sorriso enorme, e com cuidado, a pegou no colo. — Claro que quero... — Ele parecia fascinado por ela, assim como eu e Nathaniel.

— Então... A Gabie vais ser madrinha? — Ele perguntou sem tirar os olhos da pequena.

— É claro. Ela será obrigada a ser.

— Ela vai ficar doida com isso. — Riu.

Olhei para o Nath, que olhava todo feliz para a filha e o amigo.

Eles serão dois pais babões e superprotetores, sem dúvida alguma.


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Notas finais do capítulo

Ai, gente. Imaginem Nath e Castiel cuidando de uma menininha? hahaha seria muito engraçado!

Espero que tenham gostado! Comentem, quero saber o que vocês acharam :3

Obrigada e até mais o/