Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 20
Significado


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa, tudo bom amores?! Mais um capítulo aqui postado com sucesso hein :)

Então galerinha, estamos já no capítulo 20 de EATO e dá pra acreditar? Outro dia eu estava fazendo o primeiro capítulo e agora já estamos no 20! E eu só tenho que agradecer a vocês por isso, por me darem o incentivo e me fazerem ficar horas e horas sentada escrevendo e aumentando ainda mais nosso amor por Olicity ♥

Mas sinto informar aos caros leitores que ela já está acabando :( estamos entrando em reta final a partir de agora e prevejo uns cinco capítulos até o fim mais um epílogo ( esse número de capítulos pode mudar).
Então já sabem, vamos muito amar este amorzinho de fic ♥

Muitos beijos e desde já desejo uma boa leitura :)



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Felicity Smoak:

O tempo parecia brincar de passar rapidamente quando não sentia mais minhas pernas em passos largos e respirações frenéticas. O grande hospital e os largos corredores com as inúmeras luzes brancas deixavam tudo em maior apreensão. A mão enrolada na minha trazia a sensação de conforto, mas a pressa ainda era evidente e estávamos praticamente correndo dentro do que era permitido. Sinto a respiração pular quando vislumbro ao dobrar o corredor e  ver  Thea encostada no ombro do namorado encarando o chão.

“Como ele está?” Oliver diz quase sem fôlego antes mesmo te termos chegado mais perto.

“Não sabemos muita coisa. Caitlin veio há alguns minutos e explicou que ele está estável, mas que não havia falado com ele.” Thea diz tremula.

“O que aconteceu na Verdant, Roy?” encontro enfim minha voz.

“Foi tudo muito rápido. Tinha uns caras que aparecerem no início da madrugada, eles haviam entrado e queriam falar com o Tommy. Mas eu disse que ele não descia aquele horário para a pista e ficava no escritório. Eu não entendi o que eles queriam no início, então eu acionei os seguranças, mas o Tommy apareceu e eles falaram algo que eu não entendi e quando vi já tinham partido para cima dele e todo mundo na boate começou a sair gritando e correndo. Mas eles eram muitos e só os seguranças não davam conta. Percebi quando eu já estava no meio e ele no chão desmaiado. Aí eu corri com ele e vim pra cá...” diz e só agora noto o hematoma vermelho no canto da boca.

“Estou bem.” ele diz observando o meu olhar preocupado e aceno dando um sorriso triste.

“Mas se já se passou tanto tempo, porque Caitlin ainda não apareceu?” Oliver diz depois de um tempo em silêncio. E como se estivesse pedido, na mesma hora aparece no corredor um médico mais velho e não hesito em levantar e ir até ele.

“Doutor, desculpe, mas poderia me dizer alguma coisa sobre o estado de um paciente que deu entrada há pouco? O nome dele é Thomas Merlyn.” digo.

“Oh sim, eu era um dos poucos médicos de plantão no momento que ele chegou, ele era o meu paciente até a Doutora Snow pedir para assumir o caso. Eu o examinei brevemente, então posso afirmar que ele está bem. Acordado e já pode conversar. Acredito que a Doutora Snow possa lidar mais detalhes.” ele diz e um grande peso do meu peito se esvai fazendo com que a respiração seja bem melhor.

“Qual o quarto, por favor?” Thea diz.

“Creio que seja o 203. Se me derem licença.” diz com um olhar breve e dou um aceno agradecido antes de sair dali e nos dirigir para o lugar em questão. Quando chegamos no local, me inclino brevemente na maçaneta apenas franzir o cenho e tirar a mão do local e inclinar o ouvido para as vozes interiores.

“Felicity, o que você está fazendo?” Oliver fala com um olhar confuso e eu faço um gesto de silencio apontando para o quarto.

“Tommy está falando com alguém.” sussurro e ao mesmo tempo todos se inclinam na porta para tentar ouvir.

“... eu já disse que posso acompanhar essa luz. Menos a celestial no caso. Quanto tempo mais desses testes?” ouço o resmungo de Tommy em dizer.

“Pare de reclamar. Suas pupilas não estão mais dilatadas, o que é bom sinal. Só precisa fazer mais alguns check-up. Daqui a pouco vou chamar o pessoal, eles devem estar preocupados.” ouço Caitlin dizer.

“Ei espera. Não chama eles. Quer dizer, ainda não. Precisamos conversar.” ele diz.

“Sobre o que exatamente?”

“Você sabe sobre o que, doutora. E não fuja disso, porque foi exatamente o que você fez assim que se soltou das algemas...”

“Nem me lembre esse negócio de algemas, Thomas. Eu tenho medicamentos e uma seringa no jaleco. Posso fazer parecer que sua morte foi um acidente!”

 “Ok ok! Não vamos lembrar das algemas. Mas eu quis dizer que precisamos conversar sobre o que aconteceu na outra noite. Você correu assim que ficou livre de mim dizendo que tinha que trabalhar. Qual é, eu merecia uma explicação.”

“Explicação? Você dá uma explicação para todas as mulheres com quem você passa a noite?”

“Ouch, essa foi forte doutora. Eu realmente achei que você queria falar, ainda mais porque você disse milhares de vezes na minha cara que não iria dormir comigo.”

“Isso é ridículo, Felicity. Não podemos ouvir a conversa deles.” Oliver protesta alcançando a maçaneta apenas para ganhar um tapa no braço de Thea.

“Silencio, Ollie. Queremos ouvir.” Thea diz apenas para ouvir Roy bufar.

“... você mesmo falou isso na outra noite, Thomas. Iria ser apenas sexo casual. Como muitos do que você tem todas as noites. É simples somos adultos.”

“Oh... então quer dizer que estamos poupados de conversas longas e chatas e desculpas com flores e bombons caros?”

“Exato.”

“Isso é melhor do que eu imaginei, doutora.”

“Sim, agora fique quieto para terminar o exame.”

“Mas você gostou que eu sei...” ele diz.

“Tecnicamente eu estava bêbada para afirmar isso.”

“Mais ainda posso ouvir você gritando “Sim Thomas... assim...oh.”

“Cala a boca! Eu não fiz isso.”

“Então para tirar a prova dos nove teremos que repetir a dose da última vez...” ele diz e posso imaginar seu sorriso malicioso.

“Ok já chega...” Oliver diz batendo na porta e logo entrando na quarto ouvindo um resmungo de Thea e eu.

“Ollie! É bom te ver amigo.” Tommy diz radiante.

“Estamos interrompendo algo?” Thea diz indo até a beira da cama olhando com expectativa para ambos.

“O que? Não... Na verdade, o que vocês estão fazendo aqui?” Caitlin diz.

“O antigo médico disse que Tommy já estava consciente e... bem você não aparecia para dar notícias...” falo indo até ele.

“Aí vocês resolveram invadir?” ela diz com um olhar severo.

“Em nossa defesa, Ollie bateu na porta.” Thea diz.

“Como você se sente?” Oliver diz.

“Dolorido. Bem pior que ressaca por assim dizer...” ele diz rindo.

“Como ele está, Cait?” digo.

“Ele tem uma concussão um tanto perigosa e um braço quebrado. A maior preocupação era a cabeça, já que chegou desacordado e sempre há um risco quanto a isso, mas ele acordou assim que terminamos de enfaixar o braço sem nenhuma sequela, então ele está bem. Só precisa de repouso, então recomendo que passe o dia ainda no hospital.” ela diz.

“Você nos deu um belo susto, chefe.” Roy diz batendo nas suas costas levemente.

“Eu não sei o porquê de tanta preocupação, família. Pessoas como eu são imortais...” ele diz mexendo no cabelo.

“Então... isso não deveria doer, Sr. Imortal.” Thea diz dando um tapa no braço machucado.

“Ow! Isso doeu, sai daqui garota!” diz.

“Quem eram aqueles homens na boate, Tommy?” Oliver diz franzindo o cenho.

“Eu não sei. Não conheço.”

“Então eles entram na sua boate, te atacam e você nem sabe o porquê?” falo.

“É totalmente normal isso. Eles sabem que sou famoso e me atacaram. Eu sou um bilionário, gente.”

“Sério? Nem percebemos.” Thea bufa.

“Não consegue lembrar de algo? Como eles eram?” falo.

“Não lembro dos detalhes, Detetive Smoak.” diz rindo e eu reviro os olhos.

“Roy como eles eram?” Oliver diz.

“Estranhos. Diria que não eram daqui. Cicatrizes no rosto, tatuagens e casacos enormes. Isso não é dos Glades.”

“Por que vocês estão dando uma de policiais e querem reconstruir a cena do crime? Deveríamos chamar a polícia de verdade.” Thea protesta.

“Até que enfim alguém sensato.” Tommy diz.

“Espere chefe, ele disse algo para você. O mais alto do grupo. Ele falou algo de começar a confusão.” Roy diz.

“Ele disse, mas não entendi nada. Embora meu pai tenha feito de tudo para me tornar um poliglota, eu não aprendi o russo.” ele diz e meu queixo cai.

“Russo?” Oliver diz percebendo a mesma coisa que eu.

“Sim. Eu acho, já ouvi uma russa falar e parecia bastante... Só que as circunstância eram outras...” ele diz com um sorriso malicioso.

“Tommy, se importa se eu olhar as câmeras de segurança da Verdant?” digo.

“Eu já disse que só foi uma confusão na boate, Felicity. Não precisa tanto alarde.” diz.

“Tommy, por favor, é importante.” Oliver insiste.

“Ok, mamãe e papai, podem vê. Se é tão importante assim.” ele diz e vou até a beira da cama depositando um pequeno beijo na bochecha.

“Obrigada. Se cuide, ok?” falo para receber um olhar seu malicioso.

“Não me agrade muito se não a doutora fica com ciúmes...” ele diz ganhando um revirar de olhos dela.

“Nos vemos mais tarde, amigo.” Oliver diz apertando sua mão para logo sair do quarto e seguir em passos rápidos pelo corredor.

“Acha que é o que eu estou pensando?” digo o seguindo entrelaçando nossas mãos.

“Tenho certeza...” diz enfurecido.

(...)

“Aproxime mais.” Oliver diz encarando a tela.

“Certo, mais um pouco e... isso.” digo suspirando pesadamente ao reconhecer o rosto assustador.

“Alex Kievz.” Oliver diz socando a mesa com ambas as mãos.

“Não muita coincidência que ele esteja em Starling no mesmo período que Isabel...” falo irônica.

“Tem o áudio ou é só vídeo?” ele diz incapaz de esconder a raiva em sua voz.

“As filmagens originalmente não tem. Mas posso conseguir o áudio, só preciso da série do meu software que deixei na QC.” falo e ele acena que sim.

“Então vamos, você pega Mavi na casa da minha mãe e eu vou para a empresa. Não posso me ausentar tanto com Isabel ali. Nos encontramos lá?” ele diz e eu confirmo deixando um pequeno beijo em seus lábios e buscando um taxi direto para a mansão Queen.

Mergulhada em meus pensamentos de tudo que tinha já acontecido em tão pouco tempo e nem havia notado que já tínhamos chegado se não fosse pelo taxista alertado e já me movia em direção ao grande castelo.

“Srt. Felicity, que bom vê-la novamente. Entre” a governanta que havia conhecido mais cedo atende a porta com um pequeno sorriso.

“Eu já falei que é somente Felicity, Raisa. É bom te ver também. Vim buscar Mavi, prometi a Sra. Queen que seria apenas uns instantes.” falo e não consigo reter o pequeno suspiro de admiração ao ver a casa em toda sua maravilha e realeza novamente.

“Elas estão lá em cima. Enquanto espera não aceita uma água ou suco. Posso fazer um café se quiser.”ela diz.

“Eu estou bem, obrigada.” falo com um pequeno sorriso.

“Oh certo, então vou chamá-las...”

“Não será necessário, Raisa. Já estou aqui.” Moira diz com toda sua elegância descendo as longas escadas no seu conjunto de saia e camisa sociais em um azul royal.

“Sra.Queen eu não queria incomodar, eu só vim buscar Mavi. Espero que ela tenha se comportado, quero dizer, não que ela seja uma bagunça, porque não ela é. Só não queria que ela quebrasse um desses vasos caros e importados, vai que as cinzas dos seus avós estão em um desses vasos e não queremos perturbar quem já está descansando... e muito menos invocar essas pessoas. Não que eu insinue que você já é muito velha para não ter os avós vivos, mas é que Oliver já disse que eles morreram e que fique claro que em nenhum momento eu disse que são fantasmas ou algo do tipo, mas... o que eu estava falando antes?” falo sem fôlego franzindo o cenho. Um relampejo de um sorriso discreto aparece no rosto da matriarca Queen quando ela termina de descer as escadas.

“Não se preocupe, Srt. Smoak, as cinzas dos meus avós estão seguras. Mas respondendo a sua pergunta, a pequena Charlotte foi uma agradável companhia esta manhã.” diz e eu suspiro aliviada.

“Bonito colar...” ela diz e minha mão vai diretamente até o pingente de coração e o sorriso é quase instantâneo.

“Oliver me deu na noite passada.” falo com um sorriso tímido no rosto.

“Oliver sempre foi um menino de muito bom gosto.” fala.

“Mamãe!!” ouço uma pequena de cabelos claros vir correndo pelas escadas.

“Não corra nas escadas, Mavi.” falo e ela diminui na mesma hora a intensidade, mas ainda vem com passos rápidos.

“Você não vai acreditar onde nós fomos esta manhã, mamãe.” ela diz com entusiasmo.

“Oh onde?” falo me agachando para ficarmos na mesma altura.

“Na Mech.. Mechs... qual o nome mesmo, Sra. Moira?” ela diz em um olhar confuso.

“Na Merchs’al. Espero que não tenha problema Srt.Smoak, mas  tomei a liberdade de vesti-la adequadamente em uma loja de  uma amiga. Você sabe,  moletom e pijamas não são adequados para uma moça.”ela diz e eu mordo o lábio inferior em diversão.

“Claro... Você realmente se comportou querida?” digo olhando para minha pequena que acena que sim freneticamente.

“Como está Tommy?” Moira pergunta.

“Ele está um tanto machucado, mas vai ficar bem. Foi mais um susto.”

“Entendo. Raisa certifique-se de enviar as flores que eu havia pedido mais cedo para Tommy no Hospital Geral, por favor.” ela diz para a governanta que estava ali e logo sai. Suspiro na mesma hora lembrando que teria que voltar às pressas para a empresa.

“Sra. Queen eu preciso ir para a empresa agora, mas obrigada por ficar com ela. Eu sei que deve ser um tanto entediante e meio abusivo pedir cuidar dela e... bom... eu... eu só queria agradecer mesmo. De verdade.” falo com um olhar agradecido.

 “Não tem o que agradecer, eu sei como é ser mãe e precisar nesses momentos. E sei também que qualquer ajuda é bem vinda. Além que a companhia dela foi divertida, confesso que eu não tenho uma manhã assim em anos desde que Thea cresceu e bem... vocês estão cada vez mais presentes na vida do meu filho, seria bom se pudéssemos conviver com mais momentos assim.” ela diz suavemente e pela primeira vez vejo a verdadeira Moira Queen mãe falando, e não aquela mulher fria e direta que costuma apresentar a todos.

“E todo aquele discurso sobre Oliver ter milhões de ex’s namoradas e eu... bem... não ser qualificada?” falo engolindo seco.

“Observei vocês no meu aniversário, Srt. Smoak. Posso ser um tanto velha, mas ainda não estou cega. Qualquer um que estivesse de fora diria que vocês são uma verdadeira família. Ela é até parecida com ele.” ela diz olhando brevemente para minha filha e ganhando um sorriso banguela da mesma.

“Então... sem mais ex-namoradas nos lugares em que estivermos de propósito?” falo ainda desconfiada.

“Acho que posso tentar entender porque meu filho gosta de tê-las por perto. É isso.” diz.

“Ok...” falo dando um pequeno sorriso e ela assentir suavemente e limpar a garganta.

“Então você disse que está indo para a QC?” diz retomando a postura.

“Sim, eu combinei com o Oliver de nos encontramos lá. Temos que fazer algumas coisas urgentes.”

“Sua sorte ou não, eu também estava indo para lá. Uma das razões pelo qual fomos comprar roupas para a pequena Charlotte, pijamas não combinam com a empresa.” diz.

“Oh mais não se incomode... nós já estávamos de saída. Vou pegar um taxi.” falo pegando a mão da Mavi.

“Não seja modesta, Srt. Smoak. Eu já estava indo para lá de qualquer forma. Antoine já está com o carro pronto, Raisa?” diz e Raisa logo assente.

“Tudo bem então. Vamos, querida?” falo para Mavi que está ainda frenética e abro a porta do carro para ela que entra feito o Flash.

“Nos leve para a QC, Antoine.” a Queen mais velha diz e logo estamos saímos da mansão.

Ficamos em um silêncio confortável somente cortado pelo motor e as inúmeras paisagens que fascinavam a minha pequena que não tirava os olhos da janela de jeito nenhum. E posso jurar pela minha alma, que são blindadas. Tomo a deixa para perguntar algo que está ainda me incomodando e olho para Moira que está com uma expressão ilegível.

“É... eu sei que não deveria me meter nisso, mas Oliver me disse sobre a chantagem que Isabel vem fazendo há alguns anos e... eu queria perguntar algo que ainda está me atormentando.” sussurro a última parte e ela me encara com um olhar de caído.

“Pergunte.” diz.

“Se Isabel realmente poderia fazer o que quisesse, porque ela pediu a vice presidência em vez de algo mais alto?” digo.

“Ela é maluca, Srt. Smoak, suas ações não precisam fazer sentido. Mas particularmente, eu acho que Isabel está sendo controlada por alguém maior. Suas exigências, pedidos... sempre foram secundários, nunca pessoal.”

“Até mesmo a QC da Rússia?.” falo.

“Creio que sim. Nunca lhe ocorreu que ela não havia feito exigências significativas até pedir a presidência de lá?”

“Mas você deixou a gente ir mesmo assim para lá. Mesmo sabendo que Isabel não poderia ser a responsável pelo roubo da QC.”

“Vocês iriam investigar ela, seja ou não a responsável ela estava envolvida. Pode não ser pelo roubo, mas pela morte de Robert eu tenho certeza.”

“Poderia ter nos dito que ela poderia estar trabalhando com alguém. Acha que pode ser alguém que conhecemos? Tipo o namorado?” falo.

“Não acho que seja Chase, ele me passa uma imagem de subordinado não de alguém que comanda. Mas isso só é uma suposição.

“Deveria ter nos dito, seria mais fácil se trabalhássemos com a possibilidade de que alguém maior que ela estaria por ali. Aquela viagem foi arriscada, Sra. Queen. Poderíamos ter morrido naquela noite.” falo alto chamando atenção de Mavi que nos deu um olhar confuso. Dou um pequeno sorriso para ela e ela volta à atenção para a janela.

“Eu realmente sinto muito pelo o que aconteceu lá. Quando eu vi as notícias... era como se tudo estivesse acontecendo novamente, igual há cinco anos. Eu não podia perder mais alguém da minha família na Rússia, principalmente para aquela gente. É por isso que não hesitei em fazer o que ela pediu.” ela diz com a voz embargada e suspiro pesadamente me encolhendo na posição anterior no assento.

O caminho depois disso foi silencioso, somente algumas palavras dirigidas, e só vim perceber que chegamos quando o carro parou e indicava que já estávamos na QC. Moira disse que iria na seção onde ficava a diretoria para ver Walter, então me despedi e disse para Mavi fazer o mesmo enquanto ela sorria animadamente com o seu dente da frente faltando para divertimento de nós duas.

Aperto o botão do elevador e espero pacientemente contando os andares até parar onde estou e entro assim que as portas se abrem apenas para ouvir alguém gritar em minha direção.

“Segure o elevador...” ouço uma voz distante se aproximando e mantenho as portas abertas para dar de cara com alguém muito conhecido.

“Hey Felicity.” Carter diz sorrindo brilhantemente.

“Olá Carter.” falo sorrindo suavemente.

“Oh e quem é essa menina fofa?” ele diz se inclinando para baixo para ficar na mesma altura que ela, fazendo a se encolher.

“Ela é minha filha. Diga seu nome para ele, querida.” ela me olha com um olhar duvidoso e aceno que sim.

“Mavi.” diz seca e encara outro ponto do elevador.

“Bem... olá Mavi. Eu sou Carter.” diz e ela olha para ele com um olhar indecifrável.

“Ela é mais simpática do que isso normalmente. Não ligue.” digo um pouco corada.

“Oh não se preocupe, parece que eu não levo muita sorte com as meninas Smoak.” ele diz rindo e sorrio envergonhada abaixando a cabeça.

“Mas me diga, vi hoje todos no departamento comentando que o Sr. Merlyn está no hospital. Ele está bem?” pergunta.

“Sim, ele está bem. Foi mais um susto mesmo, não se preocupe.” digo e ele assente.

“Me surpreendo com essa cidade ficando mais insegura a cada dia. Quer dizer, ele estava no trabalho e foi atacado por . Onde será que vamos parar assim?” ele diz soltando um suspiro longo e ouvindo o click do elevador indicar o andar dele.

“Bom, é a minha hora. Vejo vocês por aí, damas” ele diz e eu assinto com um pequeno sorriso vendo as portas se fecharem.

“Ele é estranho.” Mavi comenta logo em seguida.

“Por que?” falo.

“Ele fica enrolando a língua para poder falar, é estranho.” ela diz e eu rio.

“Ok senhora rabugenta. Hoje não é o seu dia.” falo e quando o elevador clica no andar Mavi dispara feito um raio.

“Olá Sr. Diggle.” diz e vai até ele deixando um beijo na bochecha.

“Olá Srt. Mavi.” ele diz entrando na brincadeira e ela ri alegremente.

“Olhos Azuis!” ela se joga completamente em seus braços e o agarra.

“Olá minha princesa, como foi na casa da minha mãe?” ele diz e sorrio suavemente pelo contato entre os dois.

“Foi legal, ela me levou em uma loja muito grande porque eu só estava de moletom e pijamas e depois voltamos para ir pra piscina...” ela começa seu balbucio enquanto me concentro no computador para obter os áudios.

“Oliver me falou sobre o que aconteceu...” Diggle diz tocando suavemente no meu ombro.

“Nem me fale. É apenas de manhã e já sinto como se minha cabeça fosse explodir.” falo concentrada baixando as filmagens da Verdant e completando com o áudio.

“E pronto.” digo clicando no vídeo chamando atenção de Oliver para ver alguns homens entrando e escaneando o lugar. Os seguranças se aproximam e murmuram algo como Roy havia falado, para depois Tommy aparecer em sua típica pose de playboy sorridente. Os homens murmuram algo antes de tudo se desenrolar e a briga começar. Pauso o vídeo imediatamente.

“Então? O que ele falou?” digo e vejo Oliver praguejar algo mais baixo.

“Fizeram um código de conduta e disseram que isso era com os cumprimentos de alguém.” ele diz suspirando.

“Então como imaginávamos, não foi aleatório.” falo bufando.

“E o que fazemos exatamente?” Diggle diz se aproximando.

“Bom...eu ainda tenho comigo o dispositivo que indica a localização de movimento dele.” digo.

“Onde você conseguiu algo assim?” Digg diz surpreso com as sobrancelhas levantadas.

“Eu fiz. Rastreie a conta do banco dele e instalei um programa que me dava total acesso da sua localização enquanto a conta estivesse vinculada com qualquer eletrônico.” falo indo até a bolsa puxando o pequeno objeto.

“Me lembre de nunca te irritar...” ele diz e eu encolho os ombros.

“E como fazemos isso? Esperamos ele se mexer e vamos saber onde ele está?” ele diz e eu assinto.

“Fica mais fácil de ir atrás dele agora que está em Starling. Certo Oliver?” falo me virando para ele que está com um olhar focado em um ponto.

“Oliver...” falo indo até ele tocando com carinho em seu rosto.

“Vamos esperar. Ele vai ter que se mexer...” diz sério e eu me inclino suavemente e deposito um beijo simples e demorado nos seus lábios inspirando satisfatoriamente quando me afasto.

“Obrigado.” diz e eu sorrio deixando outro beijo.

“Você precisava. Mas não acostume, temos regras aqui.” falo e ele sorri enquanto me afasto esperando silenciosamente que Alex Kievz se mova o mais rápido possível para enfim obtermos algumas respostas.

(...)

“Estou cansada.” falo me aconchegando em seu peito. Enfim estamos voltando para casa após um dia mais do que cansativo. Eu só queria uma massagem nos pés e o sorvete de menta com chocolate a noite toda. Além é claro do meu aquecedor/travesseiro particular.

“Eu sei. Quando Thea veio buscar Mavi, ela disse que Tommy já iria ser liberado. Questão de horas.” diz.

“Ótimo. Hospitais são uma merda.” digo e ele ri beijando o topo da minha cabeça. Um barulho de apito começa a soar e me afasto dele perdendo seu calor quando procuro na minha bolsa o causador do som e arregalo os olhos quando vejo o que é.

“Oliver ele está se movendo...” falo observando o pequeno ponto se mexer perto de onde estávamos.

“Quem está se movendo?” diz.

“Alex Kievz.” falo.

“Onde ele está?” ele diz olhando para o dispositivo.

“Próximo daqui. Precisamos segui-lo.” falo e ele nega na mesma hora.

“Não. Não vou atrás desse cara com você aqui. É perigoso.” ele diz evitando o contato visual.

“Oliver não comece com essa história de ser perigoso, essa é a melhor chance que tivemos. Ele não se moveu durante o dia todo, quem sabe quando teremos ele perto assim.”falo e ele olha para o outro lado.

“Você sabe que é a verdade! E sabe que essa é a melhor chance.” falo pegando seu rosto entre minhas mãos.

“Certo. Mas você fica na carro. Não quero que ele te veja ou grave o rosto.” diz e eu assinto.

“Então, isso ainda é para hoje?” Diggle diz nos olhando pelo retrovisor.

“Onde ele está, Felicity?” Oliver diz.

“Curiosamente ele está andando. Quinta rua com a principal.” falo e sinto como se o carro fosse voar as ver as ruas passarem com velocidade nem conseguindo acompanhar a visão. Após alguns minutos entramos na rua iluminada e logo um cara se destaca.

“É ele. Ali passando pelo carro.” falo olhando do dispositivo para a rua e confirmando. Digg estaciona silenciosamente e desliga os faróis sem chamar atenção.

“Vamos.” ele diz.

“Fique aqui. Me ligue qualquer coisa.” Oliver diz deixando um beijo no topo da minha cabeça enquanto observo ambos saírem do carro.

Oliver Queen:

“Tem muita gente na rua.” falo e Diggle concorda olhando para os lados como se quisesse uma rota de fuga.

“Precisamos tirar ele da vista.” ele diz e como se as palavras pudesse ser ouvidas, o cara da frente olha para trás brevemente antes de começar a correr.

“Droga.” falo começando a correr rapidamente e pego o telefone já na discagem para ligar.

“Felicity para onde ele está indo?”

“Para um beco, eu acho, mas vocês podem o encurralar.” ela diz.

“Para onde?”

“Pegue a próxima e dobre a direita e diga ao John para pegar a outra rua, ela acaba em um mesmo local. Agora!”

“John pegue a próxima, eu pego essa.” falo ofegante e entro em um beco parcialmente escuro e paro abruptamente quando o vejo parado com uma arma apontada para mim e levanto os braços em rendição e com cautela. Vislumbro Diggle descer do telhado e chutar a arma do outro para longe e o golpear fortemente. Vou até ele e toda a raiva acumulada parece voltar a tona e tomar conta ao lembrar que ele já esteve tão perto de Mavi.

“Isso é por você ter a tocado!” grito o chutando nas costelas e o impedindo de rolar para golpeá-lo novamente só que dessa vez no rosto.

“E isso é pelo Tommy.” falo o acertando novamente com mais força.

“Sr. Queen, que prazer em revê-lo.” ele diz sorrindo com sangue escorrendo entre os dentes e o pego e levanto na parede mais próxima pelo colarinho.

“Pra quem você trabalha?” rosno com impaciência.

“Qual a graça disso se eu dissesse?” ele diz rindo e eu o prenso mais na parede.

“Quem?” falo.

“Você já sabe, Sr. Queen.” diz.

“É Isabel Rochev? É ela que está te mandando?” Diggle diz tão sem paciência como eu.

“Isabel? Ah sim, tem ela também. Mas essa é fichinha. Vai ter que ser melhor do que isso.” ele diz rindo e eu o solto apenas para o golpear com mais um soco dessa vez sendo mais satisfatório ao ouvir algo quebrar.

“Eu tenho a noite toda para socar essa sua cara imunda e com muito prazer. E será pior para você enquanto você não me disser para quem você está trabalhando. E por que voltou para Starling.”

“Acha que Isabel é o pior dos seus problemas? Você não viu nada, tem tanta gente querendo ferrar com a família Queen há anos. Vai precisar contratar um novo funcionário para descobrir o porquê.” ele diz rindo  tossindo sangue.

“Chefe? É ele? Ele está com Isabel. É o Chase?” falo e ele gargalha compulsoriamente.

“Adrian Chase? Aquele banana não serve para nada, muito menos para liderar algo.”fala sorrindo.

“Quem é então?” grito com minha mão indo até o seu pescoço e o apertando progressivamente.

“QUEM É?” grito.

“Tenho certeza que você vai descobrir... mas vai ter se empenhar mais.” ele diz e na mesma hora puxa algo do bolso e joga no chão fazendo com que uma fumaça branca se espalhe e a visibilidade seja quase nula.

Começo a tossir desesperadamente e saio o mais rápido possível da fumaça. Estendo o braço para Digg sair da fumaça também e na mesma hora que percebo, me amaldiçoou internamente procurando em todos os lugares só para confirmar que ele não estava mais lá.

 


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Notas finais do capítulo

Eitaaa!! O que será que vem a partir de agora? Eu amo um mistério! E vocês?

Não esqueçam de dizer o que acharam do capítulo, hein! Isso ajuda muuito.

Muitos beijos meus amores, nos vemos nos comentários e até a próxima sexta ♥



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