Between The Shadows escrita por Lucyanne Gillies


Capítulo 4
Capitulo 3 - Do you trust me?


Notas iniciais do capítulo

Boaa Tarde pessoal! Como vocês estão? Me perdoem a demora, eu estava sem criatividade e pensando a respeito desse capitulo.

Quero agradecer a todos que estão acompanhando a história. Vocês são muito importantes para mim e para história.
Este capitulo vai ter bastante explicação. Espero que gostem e aproveitem bem! Por favor não me matem pelo momento Stydia desse capitulo.

Tradução do Capitulo: Você confia em mim?
POVS: Stiles,Narrador, Scoot e Jughead



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739505/chapter/4

Stiles - Beacon Hils - Um dia antes do desaparecimento

Naquela manhã acordei quase caindo da cama. Minhas cobertas estavam caídas no chão. Me virei na cama, tateando com os dedos o travesseiro ao lado, alcançando cabelos úmidos. Entrelaço minha mão sobre aquele cabelo cheiroso e macio de Lydia, deitada ao meu lado. Desço minhas mãos sobre suas costas, até chegar em sua cintura, a trazendo para perto do meu corpo. Aconchego meu queixo em sua nuca e sussurro lentamente em seu ouvido.

— Bom dia Lyds - Sussurrou dando um beijo em seu pescoço - Dormiu bem?

Lydia colocou sua mão sobre a minha e se mexeu devagar na cama, virando para mim. Aproximou seus lábios carnudos e macios dos meus, em segundos nossas línguas se encontraram e pude sentir um arrepio percorrer meu corpo. Puxei seu corpo para mais perto, ficando de conchinha na cama. Lydia passou suas mãos pelos meus cabelos, ela solta um sorriso travesso e com a outra mão passando levemente sobre minhas costas, me aranhando. O que me causou mais arrepios. Sentamos-vos na cama, coloquei minha mão sobre sua coxa, apertando de leve. Com a outra mão em sua cintura. Lydia afastou seus lábios dos meus e me olhou sorrindo com o canto da boca.

— Bom dia Stiles, eu dormi muito bem, e você? - Lydia me deu um selinho, colocando sua mão sobre a minha.

— Não tenho como não dormir bem ao seu lado - Eu sorri retribuindo o beijo - O que vai querer de café hoje?

Lydia gargalhou, suas maçãs do rosto vermelhas.

— Com tanto que não seja panquecas de novo, eu como qualquer coisa - Ela aproximou seus lábios da minha orelha, e deu uma leve mordida - Estarei aqui esperando.

Lydia com certeza sabia como me deixar louco. Era impossível não ama-la. E eu estarei mentindo se dissesse que não gostava de acordar todos os dias com ela fazendo isso. Dês daquela vez que fiquei sumido por dias, preso naquele lugar sinistro dos Cavaleiros, nosso relacionamento tem andado muito bem. Ela passou a morar comigo, já que meu pai viajou recentemente. Também pelo fato de que estávamos de férias da faculdade. Estava gostando de estudar para o FBI, era maravilhoso sentir-me dentro desse mundo. Lydia, escolheu estudar Química, ela se dava muito bem e como sempre é melhor aluna da sala.

Sai do quarto e fui até a cozinha para preparar um belo café da manhã para ela. Aproximei-me do fogão e preparei bacon com ovos. Preparei um suco de laranja e arrumei a mesa. Colocando tudo sobre. 

Depois de um tempo Lydia apareceu na cozinha. Vestida com uma das minhas camisetas de Lacrose, cujo ela gostava muito de usar. A mesma se sentou na cadeira e se serviu. Sentei na sua frente, admirando sua beleza. Os cabelos meio despenteados e jogados para o lado. Ela sorriu para mim.

— Isso está uma delicia - Disse ela com a boca cheia – Não está queimada dessa vez – Ela arqueou uma das sobrancelhas debochando

— Está dizendo que cozinho mal? – Questionei apoiando meu cotovelo na mesa sorriu de canto.

— Claro que não! Só estou agradecendo por não ter queimado o ovo – Disse Lydia critica – Mas esta gostoso, parabéns.

Eu assenti com a cabeça agradecendo. Após terminar nosso café da manhã. Lydia seguiu em silêncio até a sala, se sentando no sofá, ligando a Tv. Apesar de não aparentar, ela estava muito reflexiva ultimamente. Ficava mais na dela sem conversar muito. Então eu pensei que estivesse concentrada nos projetos da faculdade. Por tanto, resolvi não questionar.

O restante do dia passou rapidamente. Aproximei-me da janela da sala, olhando pelos cantos, sentindo a leve brisa tocar meu rosto. Lydia estava no quarto a um bom tempo. Então resolvi subir para podermos conversar. Enquanto esperava a nossa janta chegar e nossos amigos.

Ao adentrar o quarto Lydia estava de toalha ao lado do espelho. Eu parei na porta, admirando suas curvas. De como tinha sorte de finalmente estar com ela.

— Posso entrar? - Disse dando um meio sorriso, cruzando os braços.

Lydia sorriu para mim um pouco assustada por ter aparecido do nada. A mesma andou até o guarda roupa, pegando um short preto e uma blusinha rosa claro.

— É claro que pode, por que não poderia? - Ela disse se vestindo, em seguida sentando na cama de pernas cruzadas. Lydia arqueou uma das sobrancelhas, sorrindo com o canto da boca - Então, vai ficar ai parado?

Despertei caminhando em sua direção. Quando me aproximei a empurrei delicadamente para trás. Encostei meus lábios nos seus e começamos a nos beijar. Ela entrelaçou seu braço em meu pescoço. Desci suas mãos até sua cintura, a encaixando em meu corpo. Aos poucos fui tirando sua roupa. e ela tirando as minhas. Em segundos estávamos deitados, Lydia por baixo e eu por cima. A mesma move seus braços para minhas costas, me aranhando de leve. Aos poucos fui penetrando meu membro dentro dela, delicadamente para não a machucar. 

Lydia crava as unhas em minhas costas, me trazendo mais próximo dela,ela explorava meus lábios e eu retribui. Até que ela emite um gemido e para o beijo. Lhe encaro assustado, com a sobrancelha arqueada. 

— Eu te machuquei? - Disse preocupado, ouvindo sua respiração ofegante.

—Não, eu só estou cansada - Disse Lyds me puxando para seus lábios - Continue. 

Então eu assenti e continuei, eu não queria que aquele momento acabasse, era maravilhoso a ver sorrindo, me beijando e me tocando. Retiro meu membro de dentro dela e ficamos sentados na cama. Lydia segurou meu rosto encostando seus lábios nos meus. Passo levemente minhas mãos em seu corpo, descendo pelas suas curvas até chegar em suas coxas, cravo minhas mãos em sua coxa, vendo ela dar um leve gemido. A mesma passa a mão pelo corpo, seguindo até meu tronco. Até que Lydia para novamente de me beijar, com sua respiração pesada e descompensada. Ela segurou em minha mão, sentada em meu colo.

— Esta tudo bem? - Perguntei colocando uma mecha de seu cabelo para trás.

Lydia me olhou mordendo os lábios. Ficou quieta por uns minutos e me deu um selinho. Respirando normalmente ela sorriu para mim.

— Stiles eu preciso contar uma coisa - Ela me olhou, pude ver em seus olhos o brilho de seu olhar - Esse é o motivo por eu estar estranha esses dias, e por termos parado por mais que estivesse prazeroso - Ela deu um sorriso travesso e segurou firme minha mão.

— Tudo bem amor, me conta - Me sentei ao seu lado, juntando nossas mãos. Ela me olhava e lágrimas escorriam pelo canto do seu rosto.

— Eu estou grávida Stiles - Ela tentou sorrir, mas suas lágrimas impediam.

Aproximei meus dedos do seu rosto, secando a água que escorriam. Ela segurou minha mão e fechou os lábios. Podia ver seus olhos brilharem de esperança. Naquela hora meu coração pareceu explodir de felicidade. Aproximei meus lábios de sua testa, depositando um beijo.

— Que noticia maravilhosa, porque está chorando meu amor? - Eu disse breve.

— Eu não sei, não sei estou chorando de felicidade ou tristeza - Ela riu me abraçando - Stiles, isso não podia acontecer agora. Voltamos pra faculdade mês que vem, vou ser mal falada por lá.

Segurei seus braços a abraçando, ela deitou a cabeça em meus ombros e aos poucos parou de chorar. Acariciava suas costas, tentando a acalmar.

— Eu vou estar com você, não vou deixar ninguém te fazer mal - Passei uma das mãos sobre seus cabelos úmidos - Ninguém vai machucar você e meu filho.

Lydia me abraçou mais forte. Estava tão feliz e aconchegado, que podia ficar ali abraçado com ela a noite toda. Mas nosso momento foi interrompido por batidas na porta. Scoot, Malia, Hyden e Liam adentravam o andar de baixo aos berros, a nossa procura. Lydia se afastou de mim, se sentou na cama e olhou na direção da porta.

— Melhor descer - Disse ela se levantando, pegando sua roupa a colocando - Antes que eles subam.

Rapidamente eu me troquei. Coloquei uma calça jeans, minha camiseta xadrez favorita e coloquei chinelos. Lydia já ia descendo quando segurei em sua mão. A mesma parou e me encarou.

— Antes de a gente descer, me responde uma dúvida - Indaguei olhando fixamente em seus olhos.

— O que quer saber Stiles? 

— Está com quanto tempo? Quer dizer, você está com quantos meses? - Perguntei confuso, eu não entendia muito bem sobre isso.

Lydia sorriu para mim simpaticamente. Provavelmente achando meu comportamento um tanto ''fofo''. A mesma segurou firme a minha mão e colocou sobre seu ventre levemente avantajado.

— Estou com 13 semanas Stiles, três meses - Respondeu sorrindo de orelha a orelha - O período que ele ou ela começam a se formar, dando leves chutes.

Ajoelhei-me ficando á sua frente, aproximei meus lábios e levantei sua blusa, dando um beijo em sua barriga.

— Você será uma mãe maravilhosa, e vai ficar a cada dia mais linda - Me levantei saindo do quarto - Vou ser o pai mais feliz do mundo e estou ansioso pra ver essa barriga crescer.

— Eu não estou ansiosa pra ficar gorda e minhas roupas não servirem mais - Ela gargalhou segurando minha mão enquanto descia as escadas - Vou te dar trabalho Stiles.

— Gorda ou não vai ficar linda de qualquer jeito, e eu estou pronto pra fazer você a gravida mais feliz do mundo - Pronunciei feliz, estava tão empolgado com aquela noticia. Era sem dúvida a melhor sensação do mundo.

Beacon Hills - 20:30 da noite - Atualmente

[Narrador]

Naquela noite  estrelada. A lua minguante brilhava deixando a estrada iluminada. O vento estava denso e dedilhava nos cabelos de Asheley. A ruiva cujo havia saído da pequena cidade de Riverdale, para prosseguir no desaparecimento de Lydia Martin. Ela tinha poucas informações da garota, apenas sabia seu nome, sua idade e algumas pistas dos suspeitos. A ruiva dirigia seu carro, um Hyundai preto. Estava sozinha, nervosa demais para trazer sua parceira junto. Há poucas horas atrás tudo havia se transformado em uma grande confusão. Ter brigado com o lobisomem a deixou estafada. Uma dúvida alarmante circulava em sua cabeça. Aquilo que ela enfrentou na noite anterior, era muito maior que um lobisomem. A ruiva não tinha certeza do que enfrentara, mas tinha uma sugestão do que podia ser.

Assim que chegou à cidade nova, dirigiu por alguns quarteirões procurando o ponto de encontro. Subitamente se depara com barulhos de sirenes de policia vindo de uma estrada mais distante. Sua audição era aguçada, o local era longe de onde estava. A mesma fez o contorno e seguiu na direção que o barulho aumentava. Ao chegar ao local um Jeep Azul estava parados no meio da estrada, dois carros de policia em volta. Asheley estacionou seu carro próximo dali e saiu do veiculo. 

A ruiva vestia uma calça jeans com os joelhos rasgados. Uma camiseta vermelha e uma jaqueta jeans. Calçava coturnos pretos e seus cabelos ruivos estavam jogados sobre seu ombro. A mesma se aproxima lentamente do local. 

A frente Stiles, o garoto cujo a  namorada desapareceu do nada. Em uma noite escura e silenciosa. Aparentemente sem deixar pistas, exceto pelo sangue já seco na rodovia ao lado do Jeep. O garoto estava com alguém ao lado, que o abraçava toda vez que o garoto ameaçava chorar de desespero. O jovem ao seu lado arregalou os olhos ao ver a ruiva se aproximando. Ele sentiu como se um flash passasse sobre sua visão, lembrando-se de onde ele reconhecia aquela garota a sua frente. O rapaz se afastou um pouco do amigo, segurou em seu braço o puxando um pouco para trás dos policiais que revistavam o carro.

— Stiles, você conhece aquela ruiva ali? - Disse Scoot sussurrando para o amigo apavorado e confuso.

— Não, porque a conheceria? Eu nunca a vi por aqui - Stiles pronunciou coçando a nuca.

— Eu não sei de onde conheço ela, mas eu acho que éramos amigos - Scoot dizia sem tirar os olhos dela - Acho que ela está aqui pra te ajudar Stiles, se for a ruiva que estou pensando ela pode ser perigosa.

Stiles se afastou do amigo, colocando a mão no bolso. Fitando Scoot com as sobrancelhas arqueadas. Um nó se formava na sua cabeça cada vez que Scoot dizia alguma coisa.

— Espera, se ela veio me ajudar então eu devo ter medo dela, ou simplesmente aceitar o fato dela ser ameaça? - Murmurou 

— Não faço a menor ideia Stiles.

Asheley se aproximou dos dois. Scoot a olhou fixamente, seus olhos mudaram de cor, para um vermelho rubi ao perceber que ela era ameaça. Ela também era um deles. A ruiva retribui o olhar mudando a cor dos seus olhos no mesmo instante, para um azul turquesa, que brilhava como a luz da lua. Scoot se concentra em seus batimentos, sentindo não somente os dela, mas ouvia também mais um batimento acelerado. O moreno arregalou os olhos incrédulos. Aos poucos voltando ao normal. Asheley percebeu que algo estava errado. Parou com os braços cruzados á frente de um dos policiais.

— Ela não é humana Stiles, eu só não sei se ela é uma loba ou outra coisa - Scoot franziu o cenho, confuso - Seu cheiro não é de lobo, o que ela pode ser?

— Agora você está me deixando assustado cara - Afirmou Stiles, agora olhando para o amigo - Tem mais alguma coisa além dela ser algo ameaçador?

— Ela também está grávida, eu posso ouvir os batimentos do bebe - Scoot olhou na direção da barriga de Asheley- Mas eu não consigo enxergar algum volume na roupa dela.

—Certo, eu não estou entendendo mais nada, Scoot - Queixou-se - Será que ela é como Malia? 

— Não sei, mas com certeza não é - Disse - É algo mais que isso.

Depois de a ruiva conversar com o policial.  Ela se aproximou dos dois. Encarou Scoot com atenção e abriu um imenso sorriso ao reconhecer o rapaz. Colocou as mãos no bolso e lhes fitou.

— Ah quanto tempo Scoot - Disse surpresa - Não acredito que te encontrei por aqui.

— Asheley?  - Scoot mentiu ao fingir se lembrar de onde a conhecia, mas pelo menos se lembrava do seu nome.

— Oii Scoot, há quanto tempo - Ela pronuncia com sarcasmo - Pelo jeito agora é um alfa, não é mesmo?

— Sim, eu sou - Scoot olhou para o amigo, em busca de alguma informação. Ele não se recordava muito disso - O que faz por aqui?

— Espera! De onde vocês se conhecem? - Stiles puxou a manga da camiseta do amigo - Você não disse que não conhecia essa mulher? - Sussurrou.

— Disse, mas eu conheço ela há um tempo - Sussurrou o moreno, voltando a olhar para Asheley.

— É bom te conhecer também Stiles Stilinski. Estou aqui pra ajudar no desaparecimento da sua namorada ou noiva? - Questiona dando de ombros - Ah, Scoot, será que podemos conversar?

Scoot sem hesitar balançou a cabeça positivamente, e a seguiu para perto do seu carro. A ruiva apoiou a mão sobre o capo do carro. Scoot ficou á sua frente, colocando as mãos no bolso.

— Eu não me lembro do dia que conheci você - Disse constrangido - Só se lembro do seu nome.

— Imaginei que não se lembrasse - A ruiva apanhou a mão do rapaz e colocou sobre seu pescoço - Não acha que está na hora de se lembrar? Vamos, isso não vai doer nada, acredite em mim.

[Scoot]

Estava confuso em relação ha Asheley. Vasculhei no fundo da minha memória para assimilar alguma relação com ela. Mas eu não me lembrava de nada, somente seu nome. Asheley colocou minha mão sobre seu pescoço, como ela sabia desse método de acessar as lembranças de alguém com as garras de um lobisomem?

— Não posso fazer isso – Gaguejei descendo minhas mãos, lhe fitando seriamente – Vou acabar vendo suas memórias.

— Eu não me importo, é só se concentrar somente no objetivo. Lembrar de onde me conhece, se não lembrar não fará sentindo te contar algumas coisas – Asheley pegou minha mão novamente, decidida do que fazer.

— Você tem certeza disso? – Perguntei duvidoso.

— Certeza absoluta, anda logo - Ela esbravejou fechando os olhos, encostando-se ao carro, cravando as unhas no capo do carro.

Respirei fundo e cravei minhas garras em seu pescoço. Asheley ficou imóvel, abriu os olhos imediatamente sem piscar. Estava em transe temporário. Imediatamente entrei em sua memoria acessando seus pensamentos.

Eu estava parado no meio de um parque central. Várias crianças corriam a minha volta, subiam nos brinquedos e conversavam. Olhei para minhas mãos, e elas pareciam menores e mais delicadas. Estava me sentindo estranho. Tateei minhas mãos pelo meu corpo percebendo que agora era uma criança. Alguém cutucou em meu braço. Dei um pequeno salto e me virei para ver quem era.

—Oii, você quer brincar comigo? Eu estou sozinha, e nem uma das outras crianças quer brincar comigo – Disse uma garotinha pequena, com cabelos ruivos e lisos, tinha olhos cinzentos e vestia um vestido preto com flores.

— Quem é você? – Eu perguntei

— Eu sou a Asheley Marsheel, tenho 10 anos – Ela sorriu estendendo a mão – E você? Qual seu nome?

— Eu sou Scoot McCall, prazer em conhecer você – Eu sorri para ela, segurando na sua mão – Você tá sozinha?

— Gostei do seu nome – Ela sorriu caminhando ao meu lado – Sim, eu sou órfã e você me achou perdida nesse parque.

De repente a cena mudou completamente. Dessa vez me encontrava na floresta, no dia em que fui mordido por um lobo. Estava caído no chão, com uma das mãos sobre o ferimento. Procurando minha bombinha pelas folhas caídas a minha volta. Olhei rapidamente para o lado, avistando alguém parado atrás de uma árvore. Tinha olhos brilhantes e não conseguia enxergar seus cabelos.

Aquela pessoa se aproximou de mim se ajoelhando. Minha visão estava ficando turva e sentia que precisava sair correndo dali. Senti um toque doce em meus ombros. E pude ver seu rosto.

— Scoot, você precisa de ajuda. Ele vai voltar. Corra daqui! – Eu tomei um susto ao ver presas em sua boca, sangue escorrendo nos cantos e seus olhos azuis brilhando.

Retirei minhas garras de do pescoço de Asheley. Que escorregou no capo e caiu sentada no chão. Pondo as mãos sobre o ferimento e emitindo um grunhido de dor. Estava abismado pela lembrança, incomodado pelos motivos.

— Achou o que precisava Scoot? – Pronuncia a ruiva se colocando de pé, ajeitando a roupa.

— Consegui, eu realmente não me lembrava disso – Indaguei – Porque você estava lá quando fui mordido?

— Isso não vem ao caso, nada que precise saber a respeito. Nosso foco agora é outro – Ela sinalizou com a cabeça em direção á Stiles. – Lydia pode estar em um grande perigo.

— Eu ouvi seus batimentos quando você chegou, e escutei outro também – Averiguei lhe encarando – Ouvi os batimentos do seu bebe.

Asheley andou em minha direção. Bufando pelo nariz.

— Isso é assunto pra outra hora,Scoot.. não quero falar sobre isso – Asheley olhou para baixo pensativa, transparecendo que estava incomodada com a situação – Lydia, ela também está grávida, certo?

— Sim – Confirmei – É por isso que você disse que ela pode estar em perigo? – Questionei andando em direção á Stiles.

— Exatamente, o fato de ela estar vulnerável a torna um objeto fácil de tortura. Se os sequestradores forem o que estou pensando, ela pode já estar morta.

— Lydia é uma *Banshe, saberíamos se ela estivesse morta – Confirmei.

— Mas a criança pode ter morrido, e eu tenho certeza que isso não é o que aquele garoto vai querer ouvir. A situação é bem mais delicada do que eu pensava.

— E você tem alguma ideia do que podemos fazer? - Retruquei 

— Tenho, mas eu preciso que confie em mim - Disse Asheley cruzando os braços, ficando a minha frente. Olhando-me severa - Você confia em mim, Scoot?

 

Riverdale –22:00 – Atualmente, horas depois

[Jughead]

A noite não foi agradável na nossa adorável cidade. Depois do sumiço de Betty, o restante do grupo não conseguiu passar a noite na casa dela. Todos foram para a casa da Verônica para tentarmos dormir. Até mesmo a comparsa daquela ruiva insuportável, Charlotte. Ela tem se comportado normal, apesar da namorada ter ido embora sem esclarecer absolutamente nada. Não concordamos em trazer ela conosco, mas como Verônica nos convenceu dizendo ''Ela não teve culpa, não é justo deixar ela na rua''. Fui totalmente contra essa decisão, ela tinha várias armas de fogo guardadas no carro e em seu cinto, podia se virar na rua. Mas, como fui o único a recusar, não teve jeito.

Verônica havia se mudado para uma casa maior. Uma casa grande com dois andares, incluindo uma piscina nos fundos. Ao chegar jogo minhas coisas no sofá e subo para o quarto de hospedes. A cama era próxima da janela, tinha uma vista incrível e era o lugar perfeito para refletir sobre a situação. 

— Temos que fazer alguma coisa pra ajudar ele - Disse Verônica para Archie. A porta do quarto estava aberta, então podia ouvi-los conversando lá de baixo - Deve estar sendo mais difícil para ele.

— Não sei se podemos fazer algo, Verônica. Você sabe como ele é, e afinal de costas, vamos encontra-la - Archie a tranquilizou.

— Não será fácil, a criatura que a levou tem um mestre - Charlotte dizia calmamente - Alguém deve estar controlando a criatura.

— Como assim controlando? - Disse ambos em conjunto.

Sai do quarto sentando na escada, tendo uma pequena visão da sala.

— O Canima é uma criatura que deve ser controlado por alguém, ele não age sozinho. Alguém o comanda, o mandando sequestrar ou matar alguém. Essa pessoa pode ser qualquer um. Ele possui aquela pele cheia de escamas, e deixa a vitima imobilizada na parte em que ele tocar ou deixar o líquido cair. Por isso não podíamos fazer nada.

A conversa estava ficando interessante. Resolvi descer e me intrometer. Paro a frente da escada, colocando as mãos no bolso, encostando meu corpo na parede.

— Mas pelo visto a sua amiga podia fazer alguma coisa, todos nos a vimos atacando aquele ''lobo'' - Disse sínico, franzindo o cenho - Ela parecia forte o suficiente pra acabar com ele.

Charlotte ficou sem graça com a pergunta. Ela cruzou os braços, olhando-me rispidamente.

— Ele podia imobilizar ela também, ela fez o que pode para ajudar. O lobisomem foi apenas uma distração.

— Eu tenho uma perguntinha. Você poderia me explicar porque a sua amiga, ficou daquele jeito? Aquilo não me pareceu nada humano - Questiona Verônica.

— Asheley não é humana, apenas uma parte dela é - Asheley respirou fundo, ficando sem falar por uns segundos. Até tomar coragem para prosseguir. - Vocês acreditam no sobre natural? 

Todos concordaram com a cabeça. Estava curioso para descobrir.

— Acreditamos claro! - Menti, em um tom irônico.

— Você está mentindo Jughead - Charlotte arrumou suas vestes e caminhou na direção do quarto no andar de baixo - Não estão prontos pra saber, é muita informação. É melhor irem descansar, temos muito trabalho pela frente.

Fiquei decepcionado com suas palavras. Estava mais do que curioso para saber o que Asheley escondia de nós. Andei em direção ao sofá e peguei minha mochila. Subindo novamente para o quarto me sentando na cama, abro minha bolsa e retiro meu notebook, colocando sobre minhas pernas. Já que Charlotte não me dizia, optei por passar a noite pesquisando. Eu iria descobrir o que feriu Betty, e farei de tudo para levar esse caso á serio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Este não ficou tão grande. Espero que tenham gostado e possam dar suas opiniões.
Beijos da Scar pessoal, espero vocês no próximo.
Ah! Eu tenho outra história Stydia aqui e tenho também no Spirt. Se quiserem dar uma passadinha ficarei feliz!

Beijos e abraços, até o próximo!!