Monster Perfect escrita por Lívia
Notas iniciais do capítulo
Nesse primeiro capitulo quero retratar a partida do Professor de História, Walter Strickler durante o final do último episódio da primeira temporada da série.
Espero que gostem!
P.O.V Narrador On
Vazio .
Era essa única forma de descrever a mente de Walter. Uma tela em branco. Ele não notava as pessoas passando apressadas porque estava andando cabisbaixo, triste.As pálpebras avermelhadas denunciavam o seu choro silencioso. Não se importava com o vento frio passando e que poderia provavelmente fazer seu corpo humano pegar uma gripe. Seu coração doía apertado como se uma força esmagadora tivesse pisoteado nele.
“Bárbara...”, disse o nome em sua mente.
Esse era o nome da mulher que havia roubado o seu coração , e que depois jogou – o fora.
O homem de cabelos negros como ébano , mas com alguns fios grisalhos adentrou em sua caverna fria e escura enxugando a sua última lágrima .
— Está na hora de parar de chorar , Walt. – disse a si mesmo , sentado em sua cama.
O homem de cabelos negros como ébano olhou ao redor da caverna, as memórias invadiam em sua mente. Ele fechou os olhos e respirou fundo. " É melhor irmos dormir", pensou.
Ele se deitou em sua cama sem pensar em tomar um banho ou mudar de roupa . Apenas fechou seus olhos inchados querendo se entregar ao mundo dos sonhos e esquecer do mundo frio com o qual estava vivendo.
No dia seguinte, seu nariz detectou um cheiro gostoso de comida fazendo o seu estômago roncar de fome e lembrou –se de que ainda estava ali e vivo. Por mais duro que seja viver.
Uma presença o trouxe de volta a realidade. Ele se levantou e viu uma menina segurando um prato de sopa em suas mãos. Seus cabelos eram amarelados como o sol e havia uma tiara preta prendendo os seus cabelos , o seu rosto e as suas roupas estavam imundos , características típicas de uma mendiga , como eram chamados pela sociedade humana.
— Bom dia ,Walter. – a menina cumprimentou com um sorriso.
—Bom dia... Mas como sabe o meu nome? E por quê está aqui neste lugar ?– perguntou confuso.
— Acho que seria melhor comer essa sopa enquanto está quente primeiro,não acha?
Walter pegou a sopa das mãos dela sentindo –se constrangido e ao mesmo tempo faminto. E curioso sobre ela , a garota. Ele não se lembrava quanto tempo exatamente ele teria ficado sem se alimentar direito, mas a sopa de vegetais tinha um sabor leve e gostoso para o seu paladar.
—Obrigado. Está uma delícia. – ele tentou dizer com a boca cheia de pão.
Aquilo fez a menina soltar uma risada inocente e Walter abrir um sorriso largo em seu rosto. A garotinha respirou uma deliciosa emoção de alegria estrelada como nunca havia sentido isso antes.
— Meu nome é Maria. E eu resolvi seguir você porque você parecia estar muito triste , e queria fazer alguma coisa para ajudá-lo . – explicou olhando profundamente nos olhos dele , com carinho.
Walter estava muito intrigado com aquela estranha garotinha ; e pensou que talvez seu magnetismo humano tenha captado a empatia dela , como aconteceu anteriormente com ...
“— Pare! Isso não irá me ajudar.,” disse para si.
Ele se levantou de sua cama e rumou até a sua mesa cheia de livros, quando viu um pedaço de papel cheio de palavras.
— O que é isso? – perguntou para a garota , confuso.
—Acho melhor você ler antes de perguntar para mim, sabia?!
Walter ficou olhando incrédulo para aquele pedaço de papel à sua frente , não acreditando nas palavras que encontrava enquanto lia. Mas , por mais ruim que parecesse , ele havia conseguido escrever uma carta. Uma carta de amor .
— Você escreveu essa carta enquanto dormia. – informou a garota sorrindo.
— E eu disse algo? – perguntou .
— Você pediu para que eu levasse a carta , de manhã bem cedo, para essa moça que você ama. E me deu o endereço , também.
Walter parou para pensar um pouco , sabia que era arriscado, mas não custava nada tentar a sorte. E então respondeu:
— Pode ir entregar a carta .
A menina pulou e até gritou de contentamento. Ela se aproximou e pegou a carta da mão do homem , com todo o cuidado.
— Muito obrigado – agradecia enquanto os seus olhos verdes como capim olhavam calidamente para a menina – Tome muito cuidado com a carta e espero que você volte aqui em segurança para eu te pagar , mais tarde.
A menina Maria saiu da caverna escura e foi andando em direção ao rumo da cidade Arcadia, que Walter havia falado para ela .
Ela andou durante varias horas , parando somente para beber e tomar um gole de água do seu cantil. Os seus pés estavam se movendo com dificuldade , o escuro da noite dificultava a sua visão , mas pelo menos Walter havia dado uma capa que protegia o seu corpo da chuva e do frio .
Quando chegou a cidade e a casa que Walter havia se referido , a sua pressão sanguínea caiu drasticamente . Maria se deu conta que estava ajudando o deus grego cupido em um amor impossível . Mas valia pena lutar por um sentimento tão lindo como esse.
A garota abaixou –se e com todo o cuidado depositou a carta por baixo da porta. E o pedaço de papel deslizou com muita facilidade para o outro lado.
“ Tomara que ela ache a carta e corresponda , da forma que ele merece . E que seja o que os deuses quiserem.”, pensou a garota esperançosa com as mãos em posição de oração . E puxou o botão da campainha .
Feito isso , ela saiu correndo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então, o que acharam?
Será que Bárbara achará a carta?
Por favor , comentem para que essa história não morra tão cedo.
Recado para os leitores fantasmas:
Fiquem a vontade para acompanhar e deixar seus reviews e comentários!!
Bjs e até o próximo capitulo.