It's All About Timing escrita por Nonni


Capítulo 24
Infinito de Felicidade


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Resolvi aparecer antes que eu enrole mais, já que faz um tempinho que tenho essa OS pronta mas estava com medo de postar.
Nessa OS vocês vão encontrar um Roland apresentando a namoradinha pros pais.
Espero que gostem!
Boa leitura!



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Assim que chegou em casa, Regina ouviu a voz de Robin. A morena deixou um sorriso deslizar pelos lábios, largando a bolsa e as chaves na mesinha perto da porta e seguindo a direção da voz do amado. Encontrou Robin na cozinha, falando alegremente ao telefone. Por um momento, a ex-prefeita se permitiu admirar o marido. Não importava quantos anos tivessem se passado, Regina sempre achava que o coração iria explodir de amor todas as vezes que o visse. As mangas da camisa do loiro estavam dobradas, e ele colocou o telefone entre o ouvido e o ombro, a fim de verificar uma panela. O cabelo loiro escuro agora dava lugar a fios grisalhos, e Regina podia jurar que ele nunca estivera tão charmoso. Quando os olhos azuis encontraram os castanhos, o sorriso de covinhas que Regina tanto amava deu as caras.

— Sua mãe chegou. – Robin disse para a pessoa no telefone, e Regina só conseguiu alargar mais o sorriso. Tinha certeza que era Roland, e numa ansiedade de ouvir a voz do filho, a morena terminou com a distância que a separava de Robin.

— É o Roland? Me deixe falar com ele. – ela pediu, e Robin lhe roubou um rápido selinho, antes de entregar o telefone a mulher. – Oi, querido! Como você está? Por que não ligou mais? – ela disparou e ouviu a risada de Roland do outro lado da linha.

— Oi, mãe! Estou bem, só muito ocupado, a promoção na empresa não me deixa ter tempo para nada... – ele explicou, e Regina suspirou, preocupada.

— Mas você está comendo direitinho? Dormindo direitinho? Roland, trabalhe menos, por favor. – a morena o encheu de perguntas, sabendo que desde que saíra de Storybrooke, Roland estava batalhando arduamente para construir um futuro.

— Mãe, eu estou bem, não se preocupe. – ele assegurou, e pode ouvir o suspiro de alívio de Regina. – Eu até conheci uma garota... – completou.

— Uma garota? – Regina repetiu, jogando um olhar atento para Robin. – Como assim? 

— Sim, mãe, uma garota. Quero que você e o papai conheçam ela. – ele disse.

— Nossa... então é sério? – ela perguntou, e Robin deu um pequeno sorriso para ela, e Regina soube aí que o marido já estava há muito tempo a par da situação. – Você já sabia, Robin? – ela perguntou, séria.

— Mãe... –Roland falou, calmamente. Sabia que sobraria os xingamentos para o pai.

— Regina, ele pediu conselhos... é para isso que pais servem. – Robin disse, devagar, e sentiu a morena o fuzilar com o olhar.

— Mamãe, papai já sabia há algum tempo. Olha o relacionamento perfeito que vocês têm, eu só quero que dê certo com essa garota. – Roland disse sincero, e Regina amoleceu, respirando fundo e fechando os olhos. Quando que seu menino havia ser tornado um homem? Como o tempo havia passado tão rápido? Ainda ontem Roland era um garotinho que implorava por sorvete de chocolate e voltava com a boca toda suja para casa. Agora ele já eraum homem formado, começando a construir a sua própria vida.

— Certo, querido. Desculpe. – ela disse. – É só que... ontem mesmo você era a minha sombra, e olhe agora... – Regina falou, e Robin riu, se aproximando dela, enlaçando a sua cintura e depositando um calmo beijo nos fios castanhos. – Como é o nome da moça, posso saber? –

— O nome dela é Sophie. Tenho certeza que você vai adorá-la mãe. Sophie é incrível. – Roland disse, e a Regina sorriu ao sentir o carinho nas palavras do filho.

— Certo, agora estou ansiosa para conhecer essa Sophie. – Regina comentou, fazendo tanto Roland quanto Robin rirem. – Quando vocês vem? – perguntou.

— Acho que no próximo fim de semana, o que você acha? – Roland sugeriu.

— Filho, pra mim você poderia vir amanha já. – Regina respondeu. – Mas vamos marcar então para domingo, o que acha? Henry vem com Violet e Lilian.

— Ah, dona Regina, você vai ser a mãe mais feliz do mundo, não vai? – Roland brincou, fazendo a morena rir. Os dois conversaram por mais alguns minutos, combinando as coisas para o final de semana, e quando desligara o telefone, Regina se encontrava com um sorriso nos lábios.

Robin a admirou por longos segundos, e perdido nos traços de Regina, nem percebeu quando um leve tapa lhe atingiu o peito.

— Você sabia! E não me disse nada! – Regina o xingou, e Robin segurou o riso, sabendo que isso a irritaria mais.

— Não era uma coisa que cabia a eu dizer, Regina. Roland iria lhe contar quando chegasse a hora. – Robin respondeu, calmamente.

— Robin, ele nunca quis apresentar uma garota para nós! – a morena falou, exasperada. – Ele está mesmo apaixonado, não está? – ela sussurrou, escorando a cabeça no peito de Robin, o loiro a puxando mais para si.

— Eu acho que sim, meu amor. – Robin respondeu, depositando um leve beijo nos cabelos castanhos.

Regina deixou um suspiro escapar de seus lábios, sabendo que agora as coisas não estavam mais ao seu alcance. Os filhos tinham agora sua própria vida para viver, e ela deveria estar ali para apoiá-los sempre.

— Como foi o seu dia? – Robin perguntou, e Regina buscou os olhos azuis do marido.

— Foi bom. Passei na casa de Henry, papariquei Lillian um pouquinho. E o seu? – ela perguntou de volta.

— Normal... mas eu estava louco mesmo era para chegar em casa e te ter em meus braços de novo. – ele falou, sussurrando a ultima parte próximo ao ouvido dela, fazendo-a se arrepiar.

— Amo você. – Regina disse, antes de juntar os lábios aos de Robin. Robin sorriu entre o beijo, e depois de se separarem, o loiro foi até o fogão, desligando as panelas e saindo da cozinha junto com Regina. O jantar podia ficar para depois. E ficaria.

***

A gargalhada de Lilian podia ser ouvida de toda a casa. Robin fazia cócegas na bebê que se encontrava no sofá, rodeada de brinquedos. Violet e Henry observavam a cena, juntamente de Regina que sentia o coração explodindo de felicidade. Quando viu a avó, a menina de lindos olhos castanhos esticou os bracinhos gorduchos para Regina, engatinhando pelo sofá até que a mais velha a pegasse em seus braços. Regina depositou inúmeros beijos no rostinho de Lilian, fazendo a menina gargalhar ainda mais.

Era um momento comum, e acontecia com frequência, porque era impossível para a ex-prefeita não encher sua neta de beijos sempre que a via e tinha oportunidade. Roland estava para chegar, e enquanto o almoço ficava nas mãos de Henry e Robin, Regina e Violet se entretinham com a filha do casal.

 Regina ainda lembrava com clareza quando Henry começou a namorar Violet. A morena, naquela época, não imaginava onde iria chegar. Ela não fazia ideia de que após toda aquela bagunça, ela se casaria com Robin Hood, se tornaria uma verdadeira mãe para Roland, e veria Henry se tornar um homem. Tudo isso sem mais problemas. A Regina daquela época, marcada pela decepção e sofrimento, jamais imaginaria que os anos passariam tão depressa, e que hoje ela estaria ali, vendo seu filho cozinhar com o homem de sua vida, acompanhada de sua nora e neta, e esperando seu outro menino chegar com a nova namorada. A Regina daquela época teria ironizado isso tudo, até mesmo achando um cúmulo se tornar avó. Mas a Regina de agora, a Regina que vivia o dia de hoje, ela não poderia ser mais grata e feliz por tudo que estava passando. Vivendo um final de semana rodeada de pessoas que a amavam, e que ela amava de volta.

Foi exatamente quando pegou Lilian no colo novamente, a menina colocando a mão gorducha na bochecha da avó, que Regina ouviu a campainha tocar. Ela viu Robin fazendo o caminho até a porta, e o sorriso do seu ladrão ao enxergar Roland. O abraço que eles deram, e Roland puxando pela mão uma moça ruiva, de pele clara e que se encontrava claramente tímida. Tudo isso passou em câmera lenta para Regina, que só foi tirada desse torpor quando a neta soltou um gritinho, assim que viu o tio se aproximando. A menina se jogou nos braços de Roland, e o garoto a pegou, jogando-a levemente para cima, fazendo aquela famosa gargalhada escoar pela casa novamente. Roland se aproximou da mãe, abraçando-a, ainda com Lilian nos braços.

— Oi, mãe. - ele falou depois que se separou.

— Oi, querido. - Regina disse, sorrindo para Roland, e depois desviando o olhar para a ruiva que se encontrava agora ao lado do menino, que não era mais tão menino assim. - E você deve ser a Sophie. - Regina disse, se aproximando e dando um leve abraço na menina, que sem jeito, retribuiu.

— É um prazer conhecer a senhora, Roland fala muito de você. - Sophie respondeu, fazendo Regina sorrir e encarar Roland, que ao mesmo tempo que brincava com a sobrinha, observava a cena entra a mãe e a namorada.

— Espero que bem, se não é hoje que eu puxo a orelha desse menino. - Regina advertiu, olhando séria para Roland. - E não me chame de senhora, Sophie. Apenas Regina está bom. - Regina disse, e a garota assentiu.

Depois do almoço, Sophie já estava entrosada com a família, e todos conversavam animadamente. Lilian se encontrava no quarto dos avôs tirando um cochilo da tarde, e os três casais estavam no jardim dos fundos, jogando conversa fora. Roland e Henry haviam ressuscitado um antigo jogo de tabuleiro, e cada um com suas respectivas duplas jogavam. Regina e Robin apenas observavam, nos braços um do outro. As mãos estavam entrelaçadas, e Robin estava sempre buscando contato com Regina.

A babá eletrônica emitiu uns resmungos, e esse era o sinal de que Lilian estava acordando de seu sono. Antes que Violet se levantasse, Regina já estava de pé, seguindo até a escada. Henry e Roland trocaram um olhar, sorrindo. Robin sorriu também, deixando os jovens sozinhos e seguindo a mesma direção que a mulher. Quando chegou ao quarto, encontrou a morena com a neta no colo, cantarolando para acalmá-la. A menina já não choramingava, e sim brincava com o cabelo e os brincos da avó, o que fez Robin rir, chamando a atenção das duas.

— Veja só que esperta essa menina, vovô. – Regina disse afinando a voz e seguindo até Robin.

— Muito esperta e linda! – Robin respondeu, e Lilian se jogou pros braços de Robin. Regina revirou os olhos, fazendo o loiro rir. O ladrão seguiu até a cama, depositando Lilian lá, e Regina sentou-se perto dos dois.

— Ele gosta mesmo dela, não é? – Regina perguntou, e não esperou Robin responder. – Ele tem um brilho diferente no olhar quando olha para ela, Robin. E eu vi isso nela também.

— Isso é bom, não é? – Robin perguntou, enquanto fazia carinho na barriga da bebê que mexia novamente nos brincos de Regina.

— É bom... é muito bom. – Regina sussurrou, ficando pensativa em seguida.

— Estamos ficando velhos? – Robin perguntou, e Regina olhou séria para ele.

— Fale por você ladrão, eu estou muito nova ainda. – respondeu rápida, e Robin soltou uma gargalhada.

— A vovó ainda é muito nova, não é, Lilian? Uma verdadeira rainha. – Robin disse, fazendo Regina sorrir.

— Amo você, ladrão. – Regina disse, e antes que Robin se aproximasse de Regina para depositar um beijo em seus lábios, Lilian engatinhou e foi até o avô, apontando para a porta do quarto, balbuciando coisas que não dava para entender. Robin sorriu para a menina, pegando-a no colo e enchendo-a de beijos, sobre o olhar atento de Regina.

— Você não vem? – Robin perguntou quando chegou a porta do quarto e viu que Regina não fazia nenhum movimento para segui-los.

— Estou indo. – ela disse, levantando-se e seguindo até eles, passando um braço pela cintura de Robin, os dois caminhando juntos até a escada.

E Regina tinha a total noção de que depois de tudo que ela tinha passado, a família que ela havia formado era exatamente tudo o que ela havia sonhado. Tudo o que ela sempre quis.

O seu infinito de felicidade. Porque ela não queria um final feliz. Ela queria e merecia um infinito.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Gente, a Violet aparece como mulher do Henry nessa OS porque pra mim ela tinha que ter sido o par dele na série. Acho fofo os dois.
Espero que tenham gostado da Regina vovó haha.
Até a próxima, mores!



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