Instantes de calefação. escrita por meudescontraste
Notas iniciais do capítulo
Era para ser algo motivador, mas eu fiquei meio deprimida com a minha própria inspiração.
Surgiu quando eu queria ampliar minha visão limitada a uma única existência.
Daqui a cem anos tudo será apenas pó.
E eu serei igual a todo mundo.
As memórias, as lembranças de tudo que já vivi, já sofri, serão enterrados junto com meu corpo.
Você não estará comigo em meu túmulo, porque minha mente será comida pelas vermes e nem das lembranças se sustentará mais. O vazio habitará e eu estarei liberta.
Quando eu morrer, e só houver escuridão, terei o meu perdão porque finalmente não irei lembrar mais dos meus erros.
O que foi de nós, o que será nós? Nada.
Poderei cruzar meus braços em meu corpo e sorrir porque enfim acabou.
Mas se quando acabar eu ainda existir, só se houver outras vidas para me consolar.
Porque imagina ter que aguentar o fim no infinito.
Será uma dor muito insuportável e não terei como morrer para acabar: a simbologia do próprio inferno.
Se outra vida existir, e se nela eu esquecer de quem fui aqui, rogo para que eu possa pelo menos uma vez acertar.
Nem que seja por uma fase.
Por uma hora.
Nem que não seja do jeito que quero.
Na verdade, o que mais quero, é que um dia eu possa me redimir. Para quando morrer de novo, finalmente respirar.
Se existe tantas vidas assim, então somos apenas instantes.
E a eternidade é um parâmetro do quão pacato são os dramas humanos. Porque se sempre iremos existir, e viver mais de uma vida, em alguma hora seremos perfeitos.
Não haverá mais erros.
E eu poderei morrer em vida.
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Morrer para alguns é um alívio.
Mas imagina se formos eternos?