Animals escrita por mckinnon


Capítulo 1
You can't stay away from me.


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey!
Eis que eu finalmente posto uma fanfic desse casal. Culpa das minhas inspirações para shippar: Isa e Vane. Essa fic é para vocês, se divirtam e sofram lendo. Obrigada por tudo e eu amo vocês.
Espero que gostem e deem um desconto, é a primeira fic dos dois que eu escrevo!
Ps.: ouvir a música Animals, do Maroon 5 é uma boa para acompanhar a fic, já que ela foi baseada nela ;)
Boa leitura.



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you can't stay away from me.

Remus sentia o receio começar a se alastrar lentamente por todo o seu sistema nervoso. Talvez fosse uma má ideia, a pior delas, mas era tarde demais para desmarcar. Ele sabia que ela viria de qualquer forma, e de certa maneira, se encontrava ansioso por isso. Estranhamente ansioso e nervoso.

Ele finalmente daria a verdade completa para ela. Finalmente deixaria Nymphadora Tonks entrar de vez em sua vida e a mostraria toda sua monstruosidade, cicatriz por cicatriz.

Não que fosse exatamente sua vontade no momento, ou em qualquer momento, já que Remus sentia a vontade de aparatar para qualquer lugar longe de seu pequeno e escondido apartamento, para que pudesse respirar direito. Arrumou as mangas de seu suéter, coçando a nuca em nervosismo e logo em seguida foi até a janela, afastando a cortina levemente. Viu apenas a escuridão e a lua minguante no céu e suspirou, ainda sentindo os impactos da última lua cheia sobre si.

Era loucura. Ele sabia que era. Mas não podia mais evitar a mulher em todo local e a todo o momento, era hora de mostrar a ela quem ele era. Por mais danificado que ele fosse. E por mais que ele quisesse se afastar dela, era impossível.

Porque ele era um maldito animal. E estava malditamente apaixonado por ela.

Suspirou, forçando a vista mais uma vez para a escuridão da rua e viu uma movimentação suspeita. Engoliu em seco, temendo e saiu da janela, se sentando em seu sofá, cruzando os braços. Talvez ele estivesse enxergando coisas. Talvez o cansaço da última lua cheia e o receio de finalmente conversar com Tonks a respeito de seus sentimentos o estivesse deixando confuso.

Mas ele soube que não quando sentiu o perfume dela no ar. Ouviu passos desajeitados no corredor e o perfume foi se tornando mais forte, até que alguém parou em frente a sua porta. Ele sabia que era ela. Seu olfato e audição ficavam mais aguçados após a lua cheia, mas ele reconheceria aquele perfume em qualquer local.

Nymphadora Tonks estava em sua porta. E Remus teve que se segurar para não correr até lá como um adolescente precoce. Esperou ela bater e se levantou calmo, sentindo o coração disparar de expectativa. E quando finalmente abriu a porta para encarar a mulher de cabelos rosados e olhar curioso, Lupin achou que fosse ter um ataque.

— Demorei? — ela perguntou, sorrindo e tirando a touca do casaco pesado que usava. Ele negou, dando espaço para que ela pudesse entrar no apartamento e fechou a porta atrás de si, mordendo o interior da bochecha, nervoso.

Quer beber alguma coisa? disse baixo, fazendo Tonks encará-lo enquanto tirava o casaco. Ela sorriu, assentindo.

Chá seria bom — ele concordou, indo para a pequena cozinha, sentindo ela o seguir, observando tudo curiosa. “Sua casa é bonita” Ela murmurou baixinho, sorrindo ao ver alguns quadros na parede, com fotos de Remus e os outros marotos. Tonks suspirou, depois de ver uma foto de seu primo Sirius e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha. Na cozinha, Remus se distraiu com as xícaras e a água fervendo, evitando encarar Dora por mais de 5 minutos. Ela tentou puxar assunto, mas ele continuou em silêncio, o que fez a mulher revirar os olhos.

Quando finalmente terminou de servir o chá para Tonks, Remus respirou fundo, tomando coragem. Sentou-se na frente dela na pequena mesa redonda da cozinha dele e a encarou. Ela retribuiu o olhar, cruzando os braços pequenos na frente dos seios.

Por que você me chamou aqui hoje, Remus?

— Porque eu queria conversar com você — ele respondeu calmo, embora sentisse sua garganta ameaçar fechar. Ela era tão bonita. Porque ele tinha de ser um animal? Céus, ele não a merecia.

— Sobre? — ela questionou, arqueando a sobrancelha e pegando a xícara até então intocada a sua frente, dando um pequeno gole no chá. Remus levou a própria xícara até a boca e sentiu a substância quente aquecê-lo por dentro. Não só fisicamente.

— Nós — ele respondeu, soltando sua xícara. Ela bebeu mais um gole da bebida e soltou a xícara também, encarando-o curiosa. Remus olhou para as mãos dela, apoiadas na mesa e balançou a cabeça, ignorando as vozes que ecoavam em sua cabeça repetindo o mesmo de sempre: “monstro”, “animal”, lobisomem. Mas decidiu, só dessa vez, as ignorar. — Eu gosto de você, Nymphadora — ela fez uma careta que o fez sorrir e antes que ela dissesse a frase de sempre (“Não me chame de Nymphadora!”), ele segurou suas mãos, as apertando de leve. — E eu estou cansado de lutar contra isso. Mas eu sou uma animal, Dora. E sempre vou ser.

Ela suspirou, apertando as mãos de Remus com força, com medo daquele momento (o quão ela tinha esperado tempo demais para acontecer) fosse mais um devaneio seu.

— Eu sei, Remus — disse suavemente, acariciando a mão dele de leve, com o polegar. — Mas eu sou um animal também. Nós dois juntos somos, porque nós nos completamos — ele tentou negar, mas ela o calou com apenas um olhar. — Você pode achar que não e negar, mas sabe que sim, Rem. Você pode fingir que não estamos destinados a ficar juntos, mas não pode fugir de mim.

Ele quis negar veemente, mas ele sabia que era verdade. Remus sabia muito bem que Nymphadora Tonks estava preenchendo sua vida de uma forma a qual ninguém nunca havia preenchido antes. Ela estava em sua mente, seus sentidos e seu coração. Completamente presa em toda sua vida. Para sempre.

— Eu… — o Lupin começou, com a garganta seca. Tossiu, tentando recuperar a voz e espantar o nervosismo que ainda o assombrava. — Quero que você veja minhas cicatrizes— ele disse sem jeito, desviando o olhar do rosto de Tonks. Ela apertou sua mão mais uma vez, calorosamente, o que fez com que ele se sentisse melhor. Muito melhor.

Sem dizer mais nada, ambos se levantaram e voltaram para a sala, de mãos dadas. Lá, Remus soltou a mão de Dora e tirou o suéter lentamente, ouvindo ela prender a respiração. Colocou o suéter no sofá e tirou a camiseta, respirando fundo. Esperou por algum grito de terror ou qualquer reação, mas Dora continuou em silêncio, o encarando com atenção. Ele quis rir de puro sarcasmo e nervosismo, por medo de ver qualquer traço de nojo ou coisa do tipo no olhar da mulher. Mas ela apenas continuou o olhando fixamente.

— Eu disse, Nymphadora. Eu sou um maldito monstro. Um animal — ela suspirou, balançando a cabeça negativamente e se aproximando, ficando a poucos centímetros dele.

— Posso? — estendeu a mão, pedindo para tocá-lo. Ele assentiu, observando os finos dedos de Dora tocarem seu peito nu com delicadeza, como se ele fosse uma peça de porcelana. O que era completamente incoerente, comparado às cicatrizes que carregava no peito e nas costas. Ela o rodeou com calma, passando a mão com delicadeza por toda cicatriz de Remus, o fazendo suspirar e fechar os olhos, gostando do toque dela. Mais do que ele pensou que gostaria.

Quando ela parou novamente a sua frente, apoiando as duas mãos no peito de Remus, ele estranhou o brilho no olhar dela. Mas se sentiu perdido encarando aqueles olhos tão repletos de… Confiança. Ele respirou fundo, olhando-a de forma desolada, com as vozes voltando a atormentar sua mente.

— Você sabe muito bem o que eu sou e eu não quero te machucar.

— Eu não sou mais uma criança, Remus — ela rebateu, mordendo o lábio inferior. Ele suspirou, assentindo. — Eu sei muito bem o que eu quero e quais escolhas eu tenho que tomar.

— Nem todas as escolhas são sábias, Nymphadora — ele respondeu, de forma um tanto grosseira, se afastando das mãos da mulher. Ela revirou os olhos, enquanto ele vestia sua camiseta novamente.

— Como você pode ter tanta certeza que as minhas não são sábias se você não me deixa nem ao menos tomar elas, Lupin? — Dora disse impaciente, gesticulando. — Mas eu não me importo. Você não consegue entender que nada vai me fazer parar de te amar? Sejam marcas ou transformações na lua cheia? — murmurou ela, passando as mãos pelo rosto, de forma cansada. Remus suspirou, balançando a cabeça negativamente e se aproximando novamente dela, cansado também. Cansado de negar seus sentimentos. Cansado de tudo ser tão difícil para ele. Para os dois.

— Você é uma teimosa — ele sussurrou, antes de puxá-la pela nuca e beijá-la. O beijo foi calmo, profundo. Dora achou que seu coração fosse explodir e Remus quis viver o momento para sempre, completamente extasiado. Ali percebeu que beijar Nymphadora Tonks acabara de virar o seu mais novo vício.

Ao se afastarem, Dora sorriu, acariciando o rosto dele. Remus fechou os olhos, aproveitando o carinho. Cansada de ficar em pé, Dora o empurrou de leve para o sofá, sentando-se no colo dele em seguida, suspirando.

— Nós podemos fazer isso dar certo — ela sussurrou, demonstrando fragilidade pela primeira vez na noite. — Eu sei que podemos. — Remus assentiu, acariciando o braço dela gentilmente. Voltaram a se beijar sem pressa e quando o ar faltou, Remus se deitou no sofá levando Dora consigo, a abraçando apertado.

— Nós vamos fazer dar certo — ele disse baixinho e ela assentiu, suspirando e acariciando o peito dele com o dedo indicador, confortável e feliz por estar ali. Porque não havia lugar mais aconchegante no mundo para ela que os braços de Remus John Lupin.

Depois de minutos, ou talvez horas, sentiu a respiração dele se suavizar e constatou que ele estava dormindo. Levantou a cabeça levemente, para não assustá-lo e nem despertá-lo e sorriu, com o peito se aquecendo.

Porque ali, deitado e respirando de forma compassada, Remus se mostrava exatamente como Tonks o enxergava: puro e completamente inofensivo.

Mais precisamente, o homem pelo qual ela estava completamente apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro de digitação! Vou revisar a fic depois, hihi
Obrigada por ler e me deixem reviews, amores!
E me sigam no twitter: @leneckinnon ;)
xoxo, mckinnon.



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