Bom, eu nunca fui de ligar pra status em escola...então, sair em pleno segundo ano não me afetou muito.

Meu nome é Thalia. Mudei de escola por amor às minhas amigas e até que parece ser legal aqui...não sou o que se pode chamar de nerd, mas gosto de estudar e aqui parece ser um colégio bom, que dá muitas oportunidades. Vamos ver.

E uma das coisas que fizeram parecer que vai ser legal estudar aqui foram as pessoas. Umas pessoas em especial. Como peça do destino, apareceram 4 garotos que combinam comigo e com minhas 3 amigas...m a r a. Agora é só ver no que vai dar. Um em especial, como minhas próprias amigas falaram, estava "babando em mim". E eu confesso que foi bom... ter alguém que goste de mim, ou pelo menos que pareça que goste.

O que posso falar de mim? Bem...

Tenho cara de menina "roqueira porra louca", mas é só cara mesmo. Quer dzer...eu gosto e rock, não posso negar kkk mas não sou tão maluca assim como dizem. Pelo menos eu não acho. Só tento levar a vida mais de boa, sem tanta perturbação que nem algumas pessoas fazem. E não foi indireta!

Não ligo muito pra o que as pessoas dizem sobre mim, só tento fazer a minha parte no mundo e ser feliz.

Eu e minhas amigas fomos pra tal escola nova e, como um imã, atraímos os garotos. Sem querer, eles apareceram e foi top porque eles são super legais e eu imaginava que nos tornaríamos bons amigos. Alguns talvez, só talvez, mais do que isso.

Fui para a minha aula sozinha, pois as meninas tinham as aulas delas. A aula acabou, eu desci para me encontrar com elas e acabou que um dos meninos nos chamou pra sentar com eles. Ou melhor, chamou a Annabeth. 

— Você e suas amigas querem sentar com a gente? - Perguntou ele, apontando para uma mesa com os meninos.

— Claro que ela quer! Vamos! - Respondi. Ela ia me matar, mas eu não ligo.

Nos sentamos e eu fiquei do lado do menino que não tirava os olhos de mim, eu chegava a ficar constrangida. Mas não podia negar que era engraçado.

Só ouvi sua voz quando o tal Nico contou uma piada e ele respondeu:

— Essa eu sei, essa eu sei.

E só. Fazer o que.

O sinal tocou e eu fui para o pátio. Ainda não tinha decorado o meu horário e nem todos os caminhos, então fui pra lá pra perguntar onde ficava a minha sala.

Vi o tal menino, que por sinal era muito elétrico. Seus olhos não paravam, suas mãos não paravam...alguém dá um suco de maracujá pra ele pra ver se ele se acalma.

Ele veio em minha direção e começou a fala comigo.

— Oi.

— Oi - Respondi.

— Qual o seu nome? - perguntou.

— Thalia. E o seu? - Tentei parecer interessada.

— Prazer, Thalita. Meu nome é Léo. Quer dizer, é Leonardo, mas pode me chamar de Léo. Todo mundo me chama de Léo - Ele fez uma cara engraçada.

— É Thalia, não Thalita. Prazer, Léo. - Respondi. Ele estava...estranho.

— É...desculpe. Então, Thalita...quer dizer, Thalia. Quer dizer...Ah, eu não sou bom nisso. Eu tô nervoso, mas eu sou engraçado, eu juro!

Comecei a rir dele. Não de uma forma má, mas por que até nervoso ele era engraçado.

— Tudo bem, Léo. Eu percebi que você é engraçado. Você e o Nico.

— É, nós somos primos. A graça é de família. A vergonha também.

Ri feliz por ele estar quebrando o gelo.

—Então, o que te fez vir até aqui? Porque aposto que você não está perdido que nem eu.

—Então...eu vim na esperança de te chamar pra sair, mas a gente acabou de se conhecer, então eu pensei em pedir o seu telefone, mas depois de tudo o que eu falei eu pensei que vc me acharia estranho, então eu vou pra minha sala, tá? Foi bom falar com você, beijos.

Ele falou tudo sem respirar e eu comecei a rir.

— Bom, não foi o pior toco que eu já levei - Disse ele, rindo.

— Calma - Falei, rindo.

— Calma é o meu segundo nome. Léo calmo Valdez.

— Isso não foi um toco. Agora para de me fazer rir.

— Ué. Que? Ué!

— É sério, não foi um toco. Talvez eu te dê meu telefone, mas você vai precisar merecer.

— Merecer como? Sou todo ouvidos.

— Me surpreenda. Agora deixa eu ir pra minha sala. Beijinhos - E saí. Olhei pra trás e peguei um Léo rindo feito um bobo. 

Fui em direção onde o inspetor estava para pedir a informação, quando vi o Nico carregando a Hanna até a enfermaria.