Equalize escrita por Emily Chase


Capítulo 12
Não me subestime


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente!
Um aviso:Eu editei a imagem do prólogo, acho que assim vai ficar melhor quando eu for colocar os vídeos da cantora que representa ela.Tudo bem? Se tiverem alguma ideia com relação a isso ou a história em si, deixe nos comentários. Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/737492/chapter/12

Ponto de vista - Hanna

Apaguei e acordei um pouquinho em cima da hora. Tomei banho rápido, me arrumei e desci pra tomar café.

— Oi, mãe. Cadê meus irmãos?

— Bom dia, filha. Lucas já foi e Sofia ainda ta dormindo, ela pega mais tarde hoje. 

— Eu tô atrasada. Vou comer rapidinho e vou. Vou de moto hoje - falei com a boca cheia de geleia.

— Tudo bem. Cuidado, hein?!

— Sim senhora - falei.

Mandei mensagem no grupo das meninas avisando que estava indo e saí de casa. Andar de moto me dava uma sensação de liberdade, então aproveitei que estava atrasada e o fiz.

Cheguei na escola, estacionei a moto perto de onde os meninos estavam ontem e cheguei onde eles estavam, que riam de alguma coisa.

— Estão rindo de que? - perguntei, rindo com eles

— Do nico - Respondeu, Thalia.

— O que ele fez? - perguntei. 

— Nada não - respondeu Nico rindo, que estranhamente estava vermelho - Ta melhor?

— Pronta pra outra - respondi - só tô roxa.

— Outra não, pelo amor de Deus - Annie disse - já basta o susto que você nos deu

— É - disse Silena - preocupou todo mundo.

— Desculpa, meus nenês. Não vai acontecer de novo - respondi. Tadinhos, ficaram preocupados!

— Aí, Nico! Você falou com o Octavian? - perguntou Percy

— É, ele foi muito vacilão! Nem pediu desculpas - disse Léo

— Ainda não, mas eu vou ter uma conversinha com ele - respondeu Nico.

— Melhor não... não quero ninguém se metendo em encrenca por minha causa, muito menos você que me ajudou - Falei

— Ele precisa ver que ta errado, se ninguém falar com ele ele não vai se tocar...ele é assim, um idiota - disse Nico.

— É, a gente vai com você - disse o Charles.

— Os diretores já sabem que foi ele...com certeza já o chamaram a atenção. Pode ficar tranquilo, não precisa ir - eu disse, na tentativa de fazê-lo desistir. Não queria que ele se envolvesse em confusão por minha causa. Chega de problemas.

Ele pareceu pensar por um instante.

— Tudo bem, se é assim que você quer... - Respondeu Nico, por fim.- Dei um sorrisinho. Que bom que ele teve cabeça.

***

O sinal tocou e nós fomos pra dentro da escola. 

— Qual é a sua primeira aula? - perguntou Nico.

— É...artes cênicas - falei, conferindo no meu papel com os horários.

—Sério? A minha também! - disse ele, animado - Não sabia que vc gostava dessa área.

— Eu amo música - eu disse - acho que vai ser bom pra mim mergulhar nisso.

— Sempre é. Você vai gostar - ele disse - quero ver se você vai me surpreender, hein... você não tem cara de quem mexe com essas coisas- O que ele quis dizer com isso eu não sei, mas eu não gostei. Nunca me subestime.

— Surpreender eu não garanto, mas eu vou fazer o melhor possível. E agora vou fazer melhor ainda depois desse comentário. - E eu saí na frente pra encontrar a Thalia.

Entrei com ela na sala e sentamos nas carteiras do meio.

— Bom dia, meus amores! Como passaram as férias? - Perguntou a professora. Os alunos responderam ao mesmo tempo. Parecia ser uma turma bem legal.

— Nem aproveitei de tanta saudade, meu amor - disse Nico pra ela. Todos começaram a rir, menos eu. Não achei graça.

— Vou fingir que acredito, chuchu - respondeu ela, brincando - Então, amores...hoje eu pensei em uma coisa diferente pra abrir a aula...uma dinâmica pra apresentar os alunos novos. Vocês terão que apresentar cantando, tocando ou dançando uma música pra gente conhecer vocês. O que acham?

— Todo mundo começou a falar e eu pensei "Não quero ser a primeira, não quero ser a primeira, não quero..."

— Tudo bem, quem quer começar? - ela indagou e começou a olhar pra todos a volta.

— Tomara que não me escolha - Thalia me falou.

— Tô na mesma - Disse a ela

— Bom, já que ninguém se manifestou eu vou escolher...você! - ela apontou pra mim. Pra mim? Por que eu?

— Eu? - Perguntei

—Você mesma. Vem, docinho. Ninguém aqui morde. - respondeu a professora.

— Pode ser em dupla? Eu toco e outra pessoa canta?

— Pode.

Olhei pra Thalia e ela entendeu o recado. A gente podia fazer que nem em uma das vezes que cantamos na outra escola. Não custa tentar...Eu toco e ela canta, por que eu não canto mais em público.

Mas aí eu lembrei que estava de unha grande e tocar violão com todas as unhas grandes é horrível. E passou pela minha cabeça que o Nico poderia ter me subestimado e eu pensei "Não, lindo. Ninguém me subestima". Uni o útil ao agradável e tive uma ideia.

— Espera aí - falei pra Thalia. Peguei meu cabo e fui falar com a professora do meu plano, sem contar a parte do Nico.

— Pode, querida. Mas lembre-se, aqui a gente normalmente faz tudo ao vivo. Vou abrir essa exceção pra você por que não te falamos como funciona. Tudo bem?

— Sim. Obrigada, professora!

— Conectei o meu celular no computador que ficava escondido. A professora me ajudou ligando o retroprojetor e voilà, lá estava eu em uma das minhas melhores performances, mostrando a voz que eu escondia a muito tempo.

https://www.youtube.com/watch?v=QTrb92wmLTU

É claro que eu não cantava a muito tempo, e talvez nem tivesse o mesmo alcance, mas eu queria mostrar que eu sabia fazer alguma coisa...que eu era boa em algo, embora eu não o fizesse mais e estivesse triste por isso.

Na hora que começou a tocar eu olhei pro Nico e pude notar que sua expressão era de surpresa e...alegria? Não sei, mas fiquei feliz de ter surpreendido ele. Na hora dos agudos no final, não resisti em olhar pro Nico, que mantinha a boca aberta e logo começou a rir pra mim quando percebeu que eu o olhava, não acreditando que aquilo tinha saído de mim. Dei uma piscadinha pra ele e voltei a olhar pra frente. A professora me encarava com um sorriso.

— Acho que temos uma aluna maravilhosa aqui, não é mesmo, turma?

Não deu pra entender o que falaram, mas entendi que foi um sim. Fiquei feliz.

A próxima foi a Thalia, que arrasou demais.

https://www.youtube.com/watch?v=2-4gnFSunmg

Foram algumas pessoas mais que eram maravilhosas, diga-se de passagem e foi o Nico.

Eu imaginava que ele era bom, mas não que era tão bom. Ele me surpreendeu.

Ele subiu no mini palco e falou:

— Fala, galera! Hoje eu vou cantar uma música minha, beleza? Ela é assim:

E começou.

https://www.youtube.com/watch?v=j65miKyuSNo

Mais algumas pessoas foram e a aula acabou. Thalia foi na frente e quando eu estava saindo a professora me chamou.

— Flor, deixa eu te falar uma coisa.

— Pode falar - eu disse.

— Você tem uma voz incrível. Quero ouvi-la mais mais vezes.

— É... - falei, desconfortável - não sei se isso vai acontecer, mas fico muito feliz pelo elogio. De verdade.

— Não vai mais por que?

— Longa história. Um dia te explico. Mas vou me esforçar pra fazer o melhor aqui.

— É disso que eu gosto - Ela disse e eu saí da sala.

Estava lá fora quando ouço uma voz me chamando:

— Hanna, Espera! - E veio o Nico atrás de mim.

— Oi, pode falar

— Eu só queria dizer que você é...incrível! E que...eu... - ele coçou a cabeça em sinal de nervosismo.

— E que você me subestimou e agora ta constrangido? Tudo bem...

— Na verdade eu não te subestimei, não entendi por que você falou isso - falou ele, confuso.

— Subestimou sim

— Eu não

— Então o que você quis dizer com "quero ver se você vai me surpreender, hein... você não tem cara de quem mexe com essas coisas"?

— Ah, cara...foi uma piada.

— Não interpretei como uma piada, desculpe.

Vi de relance a professora saindo de perto de nós.

— Desculpe...e confesso que não apostei todas as minhas cartas e você...eu dava bem menos, você realmente me surpreendeu.

— Desculpe também...você também me surpreendeu, então acho que estamos quites.

— Podemos começar de novo? - Perguntou ele.

— Podemos - eu disse

— Então pera ai - ele me deu as costas e voltou - Oi, prazer. Meu nome é Nico.

Comecei a rir dele, esse menino não existe.

— Não tão do começo assim, menino - falei rindo.

— Então vamos começar da parte do refeitório, por que eu tô cheio de fome.

Fomos até lá e ele ficou o caminho todo tentando me fazer rir. Tentando se redimir? Talvez. Eu ri pra me redimir? Talvez. Ou talvez por que ele seja engraçado mesmo. De repente a gente se torne bons amigos...de repente a gente não se dê bem nunca...nunca se sabe. O que se sabe é o agora, então vamos vivê-lo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

:) ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Equalize" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.